Tutti-Frutti

Rita Lee já admitiu usar drogas, entre elas o LSD. Mas não recomendou aos jovens que experimentassem, pois “não se fazem mais drogas como antigamente”.

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Damaresvírus

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Fraga

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O armário das drogas

Estratégia usada pelo então movimento LGBT dos anos 1970 também é válida no combate ao proibicionismo

Em artigo publicado em 1971, um misterioso “Mr. X” relata suas experiências com a maconha. Afirma que a droga o ajudou a entender expressões artísticas e que esses insights perduraram após o uso, ativando a percepção estética no cotidiano.

O autor do texto era um astrônomo que, na década de 1980, produziria a série de TV “Cosmos”, que encantou gerações ao explicar para o público leigo os mistérios do Universo. Sim, Carl Sagan era maconheiro (uso o termo considerado pejorativo para desmistificá-lo). Mas foi obrigado a esconder essa faceta para não ser julgado pela opinião pública.

O conteúdo precioso do artigo teria mais impacto se todos soubessem que seu autor era um profissional competente de uma área que exige raciocínio lógico. Trata-se da estratégia conhecida como “sair do armário”, encampada nos primórdios do então movimento LGBT na São Francisco dos anos 1970.

Tabus comportamentais e preconceitos são criados e mantidos a partir da escuridão. Quando um advogado afirma fumar maconha ou uma médica revela que é lésbica, ilumina-se o debate ao derrubar estereótipos.

Desde que Charles Baudelaire relatou suas experiências com o haxixe em “Paraísos Artificiais”, no século 19, artistas foram agentes fundamentais nessa estratégia. Rita Lee é um exemplo. Sempre falou abertamente sobre o tema, ou com histórias engraçadas ou apontando os problemas que teve com o vício.

Não faz sentido, portanto, que um dos diversos textos publicados pela Folha no dia da morte da cantora tenha sido tachado de moralista e reacionário por abordar esse aspecto importante da vida da artista.

O título do texto foi infeliz ao dizer que a cantora foi guiada pelas drogas, mas isso não é motivo para tamanho chilique. Rita, na verdade, tiraria sarro dessa turma carola.

Pior, boa parte dos indignados defende a descriminalização de substâncias ilícitas. Mas, se jornais não devem dizer que uma roqueira usava drogas, como um cientista poderá revelar que também usa?

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Tomi Ungerer, 1979.

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Quaxquáx!

© Joe Trujeito

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Eternamente Agradecido

No dia 9 de dezembro de 1999, poetas, músicos, publicitários, jornalistas, artistas plásticos, cartunistas, fotógrafos e professores se reuniram no Memorial de Curitiba, no Largo da Ordem, em plena quinta-feira, para fazer uma grande festa. Foi o Bazar do Solda – Brechó Cultural, sob a batuta de Antonio Thadeu Wojciechowski e o pessoal da Oss Propaganda.

Todos os que lá compareceram Me deram as flores em vida/ o sorriso, a mão amiga/ para amenizar meus ais, como na música do Nelson Cavaquinho. Selaví, diria o Boczon. Eu não estava lá, mas confesso que vivi. 

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Faça propaganda e não reclame

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Rose P. © IShotMyself

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Jacu de argola

Ontem fui ao Lucca Café, Batel. Comi e corri de volta pra casa, assustado como jacu de argola, feito o capiau de repente chegado à cidade grande.

Moro vizinho da cloaca redundantemente nauseabunda chamada Mariano Torres, construída sobre um rio fecal e concebida pelo urbanista com forévis de carrapato. No Batel todo mundo sabe a perfume francês, nada de Boticário (saber é cognato de sabor, aquilo que cheira bem a olfato e paladar). A patroa e eu não vestíamos roupas de grife, mas esforçamos no desmazelo estudado do pobre que tenta esnobar o rico. Lá presentes os que camuflam a timidez-insegurança na antipatia-grosseira, saudosa do verde-amarelo, que ignora o vizinho no elevador e elege o genocida.

Todos nos olhavam de esguelha, mesmo as mocinhas vileiras, as ‘companheiras que acomodam os clientes, chamadas pelo coletivo hostess (assim, singular, não hostesses, plural). Minha vingança de pipoqueiro é que os donos da casa e os chiques de plantão não sabem que hostess era o título das coelhinhas da mansão da Playboy, que o dono, Hugh Hefner, comia, filmava escondido  e repassava aos amigos, entre eles os tarados como Donald Trump. Mas o egg benedict, delicioso, sabia a maionese de mamãe, que nos domingos da infância acompanhava a posta e o talharim.

Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário | Deixar um comentário
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Mural da História

Edgar Vasques, Edra, Albert Piauhy,  Crist, Ana von Rebeur e o cartunista que vos digita (de costas), Humour At The Falls, Foz do Iguaçu, 2005.  © Vera Solda

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Tristenezuela, República das Bananas

esta-bandera-maduroErasmo de Rotterdam, no “Elogio da Loucura”, descreve esses personagens como psicopatas. 

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Portfólio

Solda & Tiago Recchia

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O que move a continuar vivendo, quando somos meio deprimidos?

Imagina como seria pior ser um unicórnio da alegria suprema?

Alberto me escreve para saber o que me move a “continuar vivendo”. Talvez um editor ou revisor de texto transformasse a pergunta de Alberto em algo como “o que te move na vida?” ou “o que te faz apostar no futuro?”.

Mas, é por acreditar que na formulação aparentemente estranha de uma pergunta que está boa parte da graça em continuar respondendo, que eu decidi manter a pergunta de Alberto exatamente como ela chegou em minha caixa de e-mail.

Munida de poucas e preguiçosas leituras de psicanálise e de alguma experiência como manipuladora da língua portuguesa, crio um monte de teorias conspiratórias a seu respeito, Alberto.

Primeiro de tudo, acho que você não é do time dos unicórnios da alegria suprema. Você não está perguntando o que me move na vida. Você está perguntando o que me impossibilita, diariamente, de pular da janela.

Eu continuo vivendo porque não misturo ovo de Páscoa com Coca-Cola no café da manhã e não troco minha cama quentinha com chá de camomila por fentanil sintético. Essa é uma resposta possível. Mas não é isso que você quer saber.

Eu tenho objetivos claros que me tiram da cama diariamente: levar alegria para o coraçãozinho das pessoas, acabar com o plástico nos oceanos e ficar bem velhinha ao lado do meu companheiro.

Mentira. Na verdade, eu quero mais dinheiro, mais poder e sou viciada em flertar. Mas acho que ainda não é isso o que você quer saber.

Seria você Alberto, ainda que meio fora de moda, um tantinho existencialista? Nas entrelinhas de um vivendo que não basta ser gerúndio ainda tem que “continuar vivendo”, estaria você me perguntando o que fazer para não pirar com a única certeza da vida? Pois é justamente indo até o fim que uma hora se chega nele? Talvez.

Outra maluquice interessante, que eu já não sei mais se está na cabeça de Alberto ou na minha, é que, tomando todo o cuidado de não incendiar a casa ou beber cicuta por engano, bastaria seguir o fluxo.

Quase como acontecia nos tempos de faculdade, fazendo baldeação na Sé na hora do rush. Muitas vezes eu defuntava meu corpo na multidão e quando dava por mim já estava na sala de casa. Continuar vivendo, para quem não pensa muito, é isso.

Mas a gente pensa muito, né Alberto? Ah querido, é horrível, mas imagina como seria pior ser um unicórnio da alegria suprema? Um “play” feliz imbecil replicante de platitudes?

O que Alberto quer saber é como faz para continuar vivendo, quando somos meio deprimidos. É isso que Alberto quer saber.

Olha, Alberto, tem muita coisa boa na minha vida: minha filha, minha mãe (semana sim, semana não), o André em dias ímpares (também o amo em dias pares, mas com mais dificuldade), uns sete amigos que não desistem de mim mesmo eu sendo um demônio (eles também não prestam muito), escrever, ler, assistir a bons filmes, ver boas séries e estudar psicanálise.

Tá bom, Alberto. Tá bom. Eu vou responder. Eu tomo 75mg de venlafaxina. Já ouviu a palavra da venlafaxina hoje, irmão?

Publicado em Tati Bernardi - Folha de São Paulo | Deixar um comentário
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