Flagrantes da Vida real

Maringas Maciel. © Maringas Maciel.

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Piadas de Caserna

O General, surpreso, pergunta ao Capitão:
— Capitão, o senhor peidou? E o Capitão responde, rápido:
– Não, General. Eu nasci com este cheiro.

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Vale a pena ver de novo – De Ilusionist

De Ilusionist – Holanda 1984. Atores: Freek de Jonge, Jim Van Der Woude, Catrien Wolthuizen, Gerard Thoolen, Carel Lapere, Craig Eubanks. Direção de Jos Stelling.

Dois irmãos acabam separados por um deles sofrer de esquizofrenia. Enquanto um é internado, o outro segue tentando a carreira de ilusionista após se apaixonar pela bela assistente de um mago. Não há diálogos apenas grunhidos, risos histéricos em cenas que parecem vir do inconsciente. Conta a trajetória de uma familia do interior da Holanda que tenta superar os percalços da vida entre arte, riso e o da vida.

Um clássico! Obrigado, Sonia Luyten.

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Tutti-Frutti

“Mulher é bicho esquisito, todo o mês sangra, um sexto sentido maior que a razão”.

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Fraga

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Supremo cinismo

“Não há cruzada moral que justifique, à luz das garantias constitucionais, a abrupta supressão dos benefícios recebidos de boa-fé durante décadas por pessoas idosas, sem condições de reinserção no mercado de trabalho”

Do voto pomposo e retórico de Gilmar Mendes, nosso Catão de plantão, para restabelecer a aposentadoria especial dos governadores de Estado. Mudou o nome, agora é sinecura especial, pois os destinatários seriam pessoas idosas, incapazes, até inválidos como Paulo Maluf, sem condições de “reinserção no mercado de trabalho”, caso, exemplo, de João Dória, bilionário e ex-governador de São Paulo. Ou do futuro desempregado Ratinho Júnior, nascido rico, colher de prata no mingau e cueiros de seda no fundilho. E de José Sarney há 60 anos desempregado como governador do Maranhão, presidente da República, décadas como senador por dois Estados; também de sua filha Roseana, governadora e senadora. Justa, só a aposentadoria integral só para Roberto Requião, que depois de três mandatos de governador não consegue reinserção no mercado de trabalho. Ele pode merecer pelo desemprego, mas teria que ser punido pela hipocrisia: elegeu-se no primeiro mandato com uma certidão fraudulenta da aposentadoria de José Richa e, ao final do segundo, refestelou-se, esquecido do que fez, na própria aposentadoria: e agora busca uma “reinserção” no mercado de trabalho de governador.

Questão de justiça, uma justiça que Gilmar e seus colegas do STF não garantem a Deltan Dallagnol e a Sérgio Moro, aos quais negam a inserção na política – que em última análise é inserção no mercado de trabalho. Eles não terão aposentadorias de políticos, pagas pelo povo, como a de ex-governadores, ainda que patifes e poltrões. O argumento de Gilmar, compartilhado pelos colegas do STF, é da mais acintosa falsidade, sob o pressuposto hipócrita e escamoteado de que a política é profissão remunerada – com a melhor das carteiras de trabalho – e direito a auxílio desemprego vitalício com equiparação salarial a desembargadores, primos pobres dos ministros do STF. Como na relíquia profana de Eça de Queiroz, o STF restaura santifica e restaura a ignomínia que outrora negou, vista então como veneno destilado do fruto podre das constituições imorais. O tribunal condena – depois de aprovar – como nos desvios da toga de Sérgio Moro do powerpoint de Deltan Dallagnol. A falta que fez ao Brasil uma autêntica revolução, como a francesa, que extinguiu os privilégios da noblesse, tanto a d’épée quando a du robe, as aristocracias da espada e da toga. O STF equipara os políticos sem mandato aos nobres da espada e aos obres da toga.

E o povo que vive com R$ 600 ao mês, esses índios fora da taba de quem se tira a sardinha em lata o salame com alho, como fez Jair Bolsonaro? Ora, o povo que se exploda, que não tem voz mas tem pedras a atirar contra os prédios dos poderes. Ali na epígrafe da frase e foto do filósofo Anatole France. Na época (1844-1924) a frase representou lapidar, ainda que ingênua, definição da Justiça – e por extensão de seus operadores, os juízes, e de seus sustentáculos, os homens de Estado, políticos em suma, ex-governadores sustentados por dinheiro sonegado ao povo. Rasguei meu exemplar de Anatole France, da Abril Cultural. Motivo: mentira, falsidade, ignorância, alienação. Ainda que lido por alguns – um dois, talvez, dos ministros do STF, estes só se servem dele para embelezar argumentos falsos, cínicos, hipócritas e ofensivos ao povo. Pior que isso, inconstantes como as procelas do mar. E depois, sem rubor nas faces, os senhores da toga recriminam – não sem antes aprovar – os “celerados” da Operação Lava Jato. O chanceler Bismarck tinha medo que os alemães descobrissem como eram feitas as leis e as salsichas. O brasileiro só descobriu neste mês como são feitas nossas salsichas. As sentenças e as leis ficam para o século 22.

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O Dedo-Duro

— Alô, Mercer? Alles blau? Aqui também. Escuta: o pessoal, Paulinho Vítola, Jaime Lechinski, Ernani Buchmann, Roberta Storelli, Werneck, Dante Mendonça, Jaime Lerner, Nireu Teixeira, veja bem, não quero estragar a surpresa, está querendo fazer uma cerimônia, uma espécie de homenagem, digamos, lamentando os 10 anos sem Sérgio Mercer. Falando da falta que você faz, essas coisas.
— Ah, é? Huummm. Eles fazem isso pra todos.
— Você recebeu flores em vida?
— Algumas. Mas murcharam muito rapidamente. Uma duas ou três vezes. Não mais que isso. A Marica nem as colocou no vaso.
— Então. Ele vão escrever sobre você aquelas coisas maravilhosas, que você sempre foi um sujeito formidável, excepcional, uma pessoa extremamente criativa, um gourmet que não sabia fritar ovos. Que você tinha uma risada contagiante. Por onde andava espalhava alegria. Eu inclusive, queria contar algumas coisas que fizemos. Que uma noite fomos a um bar, eu você, o Miran, João Mídia, Raquel Machado e Fernando Nogueira e tomamos todas da noite. Até amanhecer o dia. Roubamos a carteira de um famoso colunista social da época e pegamos todo o dinheiro pra continuarmos a bebelança. E continuamos até não aguentar mais. Então fomos à uma pastelaria, lembra? Comer pastéis e tomar refrigerantes pra ver se passava a ressaca. O sol começava a nascer. Eu, você e Fernando Nogueira. Aí, na hora de pagar a conta, ninguém tinha dinheiro. O dono da pastelaria não queria nem saber. Queria receber de qualquer maneira. Então, Mercer, lembra-se? Deixamos você como refém do truculento dono da pastelaria e prometemos ir buscar o dinheiro para resgatá-lo. Alguém foi? O Fernando Nogueira apareceu? Eu não fui. Cheguei em casa e dormi, quer dizer, desmaiei. — Não, ninguém foi me resgatar. Fiquei até as 10 da manhã, vocês não apareceram eu assinei um documento para o dono da pastelaria. Também não apareci mais.
— Pois é. Pra você ver. Bolso de bêbado não tem dono.
— Eu sei, Soldinha.
— Tem mais, vão dizer que você foi um presidente da Fundação Cultural de foder. Fez um Festival de Humor e, num sábado levou todos os cartunistas que estavam em Curitiba pra almoçar no Guilhobel. Depois do pantagruélico almoço, colocou o lenço na perna e tocou todo o repertório do Piazzolla no famoso bandonéon imaginário. Uma figura excepcional.
— Fui aplaudido em pé! Por uns 10 minutos!
— Sim, e os cartunistas me perguntavam, quem é esse sujeito engraçado, essa figura formidável? É o presidente da Fundação Cultural, dizia eu. O Mercer, Sérgio Mercer. Vocês não sabiam? E tem mais: vão mostrar todo o seu currículo, onde começou na propaganda, todas as agências por onde passou, quais fundou e quais ajudou a afundar. Vão dizer que tinha toneladas de discos de vinil, a maioria de jazz. Que gostava de tudo e lia de tudo. Adorava a família. Vão dizer que na década de 70 descobriu, ali na esquina da Mateus Leme, pertinho da P.A.Z., um boteco com o melhor cachorro quente da cidade.
— Huuummmm. Eles vão fazer tudo isso? 10 anos depois? O Tataio que não me apareça com o Gol camuflado de bar. Agora não precisa camuflar mais…
— Eu queria escrever alguma coisa diferente, Mercer, o que você acha?
— Eu acho muita graça em tudo isso. Pode escrever o que quiser. Eu não tô nem aí.
— Pensei em falar que você era estelionatário. Passava cheques sem fundos. Espancava as filhas. Deixava a Marica de castigo nos fins de semana. Que era viciado em naftalina. Tinha quilos e mais quilos de naftalina espalhados pelas gavetas. Atrasava o salário dos funcionários e ia para Paraty descansar. Concorda?

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ilustração-revista

Desenho A|3 – caneta de retroprojetor. Desenho escaneado e colorizado no mouse.

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Flagrantes da vida real

© Maringas Maciel

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CPI do MST começa com palco para oposição e exige energia do governo

Comissão será presente para bolsonaristas, mas deve fazer poucos estragos sobre Lula

O deputado Luciano Zucco já se referiu a Lula como ex-presidiário e comparou a ocupação de terras pelo MST ao terrorismo. Ricardo Salles disse que gestões petistas são lenientes com invasões. Kim Kataguiri sentenciou, aos 100 dias de mandato, que o atual governo é desastroso.

Presidente, relator e vice-presidente terão palco livre na CPI que foi instalada para investigar a atuação do MST, mas tem o governo como alvo principal. A comissão dificilmente conseguirá fôlego suficiente para atrapalhar Lula, mas deve manter os oposicionistas agitados e exigir uma dose extra de mobilização política do Planalto.

A ideia de rivais do petista é usar a CPI para propor o endurecimento de leis contra a invasão de terras (incluindo áreas improdutivas), mas também traçar ligações do governo com os sem-terra. Considerando que Lula e seus auxiliares já emprestam apoio público ao movimento, a existência da investigação só se explica pelo desejo de fustigar o petista.

Os riscos para o Planalto são os atalhos que a oposição pode buscar para fazer estragos. Um desses caminhos seria uma pouco justificável aprovação em massa de quebras de sigilo de dirigentes do MST e de políticos ligados ao PT.

Se algo do tipo ocorrer, o governo terá que brigar no STF, uma vez que a composição da CPI dá ao governo pouca margem para conter no voto os planos da oposição. Críticos de Lula são maioria na comissão, cujas vagas foram distribuídas como uma espécie de presente aos bolsonaristas que integram cada partido.

Mesmo a União Brasil, com três ministérios no governo, adotou esse método. Além de Kataguiri, o partido tem na CPI um deputado que ligou Lula ao crime organizado e outro que pediu a queda do presidente no primeiro dia de legislatura.

A escolha dos nomes foi vista pelo Planalto como um recado, mas o governo preferiu poupar energias na relação com a legenda. Auxiliares de Lula querem guardar capital para evitar derrotas em arenas mais sensíveis, como a CPI do 8 de janeiro.

Publicado em Bruno Boghossian - Folha de São Paulo | Deixar um comentário
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César Marchesini

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Quando a imundice entra em campo

A atual patifaria de manipulação de jogadas de futebol e aliciamento de jogadores, denominada pelo Ministério Público Federal de Goiás como “Operação Penalidade Máxima”, é bem mais grave do que parece. Pelo fato em si e pelos resultados dela advindos. Se confirmada e mantida, acabará com o futebol, já repleto de malandragens e impunidades. Se não comprovada devidamente, estará cometendo injustiças, punindo inocentes e destruindo reputações.

Por isso, há que se investigar o assunto com seriedade e clareza, ir a fundo, descobrir e denunciar os participantes, sejam eles quem forem, a rede de financiadores, as casas de apostas, os apostadores, os atletas cooptados, as torcidas organizadas, as equipes e a própria Confederação Brasileira de Futebol. E não se pode esquecer das emissoras de rádio e de TV que transmitem as partidas e os comerciais. Pelo cheiro, está todo mundo atolado no charco.

É impressionante a criatividade e o atrevimento dos delinquentes desta pátria amada e tão gentil! Chegaram ao cúmulo de criar apostas sobre lances do futebol e a conduta em campo dos jogadores profissionais. E surpresa maior é que existam idiotas que aceitem a fraude e caiam nela. Parece mais do que óbvio que se alguém coloca em aposta se o atleta A ou B vai ser advertido ou expulso e banca tal situação é porque o acontecimento já está garantido. Precisa ser muito ingênuo ou imbecil para cair nessa. Talvez a ganância imbecilize o sujeito e disso se aproveitem os marginais.

Mas, segundo os investigadores, há casos de entrega de jogos, o resultado da partida, com o aliciamento de parte da equipe. Aí está tudo perdido. Adeus futebol!

Tudo isso, porém, só tem ocorrido pela existência de casas de apostas virtuais e a ligação de clubes das séries A e B do Campeonato Brasileiro de Futebol com plataformas de apostas, algumas delas com seus logos estampados nos uniformes dos atletas. Segundo se informa, dos 20 times da Série A, 12 têm como patrocinador principal uma casa de aposta. É Esportes da Sorte, Betano, Pixbet, Novibet, Pari Match, Estrela-Bet, Betfair, Sportsbet, Blaze, Galera.bet e vai por aí afora. Todos esses patrocinadores pagam no mínimo R$ 10 milhões anuais para os clubes. Quer dizer: as equipes também são partícipes da patifaria.

Como se sabe, as casas de apostas têm acordos comerciais diretamente com jogadores conhecidos, que são seus garotos-propaganda em comerciais exibidos e repetidos no rádio e na televisão e se fazem presentes nas principais torcidas organizadas.

E por que isso acontece? Pela falta de fiscalização, pela maldição da jogatina, pela volúpia dos apostadores e pela certeza da impunidade, que há muito grassa no Brasil, seja lá quem for o governante de plantão.

As investigações estão ainda no início, circunscritas a conversas telefônicas entre os marginais, mas alguns atletas já foram punidos, afastados da atividades pelos clubes, para tirarem os seus da seringa. No Paraná, dois do Coritiba e dois do Athetico. E aí reside o outro perigo citado no início deste texto. Estarão inocentes pagando pelo que não fizeram? Tudo é possível.

E aí a hipótese remete-me, nas devidas proporções, aos tenebrosos tempos da ditadura fardada, em que pessoas que não simpatizavam com o vizinho denunciam-no à polícia ou ao poder militar, como comunista ou corrupto, sem qualquer prova, e lá ia o indicado preso, desaparecia nos presídios, sem nenhuma justificativa ao aprisionado ou informação à família. Época de terror, que jamais poderá voltar.

Publicado em Célio Heitor Guimarães | Deixar um comentário
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© Jan Saudek

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O pinto do Zeca Correa Leite

pinto-do-zeca© Zeca Correa Leite

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Quando fumar era obrigatório

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