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2017
Publicado em mural da história
Com a tag Fernando Henrique Cardoso, FHC, mural da história
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Tinha um pingo de chuva no seu chapéu
e um domingo tão longo no meu jornal.
Tinha um rádio de pilha solto no céu
e um almoço em família pelo quintal.
Tinha um beijo de puro mel,
um desejo meu,
seu desejo.
Hoje, a imagem do amor é pedra de sal.
Uma pera madura sonha no chão.
Em meu peito, a pintura de um vendaval,
de uma paixão sem cura,
de uma emoção.
E essa valsa, a chamar por mim,
vai chegar ao fim,
e você diz não.
Publicado em todo dia é dia
Com a tag coração de aladim, paulo vitola, todo dia é dia
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Quarteto irreverente
Publicado em Sem categoria
Com a tag Beto Bruel, beto guiz, em algum lugar do passado, enéas lour
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Spray do Boticário
Aos sensíveis, como a distinta senhora que corrige a datilografia do Insulto e adora cinema, lembro o filme em que a falecida atriz Olympia Dukakis ingere um maço de brócolis e acende o fósforo. As chamas e a força do combustível projetam a personagem janela afora feito míssil balístico. Como sempre o Banda B fica nos devendo alguma coisa: existem gases com cheiro bom, tipo spray do Boticário?
Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário
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Robert Allen Zimmerman
Encontrei o Bob Dylan
No Bar Rei do Siri
Comendo uma casquinha
Tomando Bacardi
Cheguei e perguntei
Alô, my boy, você aqui?
Yes, me respondeu
“Gente boa”, estou aí
Pegou sua guitarra
E pôs-se a cantar
Like a Rolling Stone
Pirelli e Firestone
If Not For You
Florianópolis Camboriú
Gente boa eu vou chegar
Farewell, deixa pro beque
Amanhã I shall come back
No dia seguinte
O Bob apareceu
Com seu amigo Dico,
O Leminski e um judeu
Disse “Lurdes, venha cá”
Doze brahmas vou tomar
E a conta da patota
Você dá pro Monserrat
Raquel muito agitada
Previa confusão
Rogério deu no Dante
Tremendo bofetão
Bateu a dona justa
E levou Pedro Galvão
Que gritava Bob Dylan
Veja só que situação
(breque)
Eu cheguei de avião
E vou voltar de camburão
Sérgio Mercer, Solda, Ernani Buchmann e
Chico Branco (década de 1970).
Regulação sem censura
Se projeto de lei não definir o que é fake news e regulador, corremos o risco de construir nossa própria prisão
Há milênios filósofos se debatem sobre quem pode dizer o quê, onde e como. De Aristóteles a Sartre, passando por Espinosa e Rousseau, foram muitos os que falaram sobre a liberdade de expressão.
Mas parece que a questão é simples para o Parlamento brasileiro, e a regulação do tema poderia ser decidida de supetão —o chamado PL das Fake News data de 2020, mas cerca de 40% de suas disposições foram acrescentadas há pouco tempo. Decisão perigosa para tratar de um dos pilares da democracia moderna.
No geral, países não autoritários baseiam-se no famoso “princípio do dano” (harm principle) de John Stuart Milll: tudo pode ser dito, contanto que o dito não faça mal a alguém.
Fazer mal é muito amplo, então o filósofo restringe o dano à invasão de direitos. Direitos objetivos, diga-se. Apenas sentir-se incomodado muitas vezes não é suficiente —afinal, o mal-estar é intrínseco à civilização, já dizia Sigmund Freud.
Mill nos fornece um exemplo que já se tornou um clássico. Publicar um artigo de jornal que impute a fome dos pobres à ganância dos comerciantes de milho é válido. Outros artigos que desmontem tal afirmação podem ser publicados e, assim, a sociedade se aproxima da verdade.
Já bradar a acusação na frente da casa de um comerciante de milho durante protesto popular não é aceitável, dado o risco de violência ou do impedimento do direito de ir e vir.
Mas não estamos no século 19. Mill não viu as redes sociais, que alteraram as noções de tempo, espaço e o raio de ação daquilo que falamos.
Logo, é importante criar regulações que se adaptem a esse novo cenário comunicacional, mas isso não deveria ser feito com uma urgência fantasiosa que mascara potenciais descalabros. Entre eles, a censura.
Sem estipular claramente o que é fake news ou discurso de ódio ou, principalmente, que instituição será a responsável por fiscalizar e punir infrações, corremos o risco de construir nossa própria prisão. Não à toa, os próprios deputados querem ficar imunes aos efeitos da lei.
Publicado em Lygia Maria - Folha de São Paulo
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Seu Zé, 83 anos de luta
Publicado em Sem categoria
Com a tag palmeira dos índios, ricardo silva, zé rico
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Flagrantes da vida real
Publicado em Flagrantes da vida real
Com a tag maringas maciel, O Cartunista que vos digita, otávio duarte, rogério dias
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