meu-tipo-inesquecível-Nastassja-KinskiNastassja Kinski, nome artístico de Nastassja Aglaia Nakszynski, (Berlim, 24 de janeiro de 1961), atriz alemã. Filha do também ator Klaus Kinski, começou a sua carreira no cinema em 1975 no filme Falsche Bewegung, de Wim Wenders, com o qual veio a colaborar mais tarde, em 1984, em Paris, Texas. Com Tess, de Roman Polanski, em 2001, ganhou um Globo de Ouro pelo seu desempenho como Tess Durbeyfield. Por seu desempenho em filmes como Cat People ou Così come sei, foi considerada uma sex symbol nas décadas de 1980 e 2000. © Groby Group

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Tempo

Na TV Meio Norte, o cartunista que vos digita, Jô Oliveira e Ana von Rebeur. Teresina, Salão Internacional de Humor do Piauí, 2004. © Vera Solda

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Tempo|Itararé

Carteira de trabalho de Paulo de Tarso Guimarães, o Palito (1955|2018) em plena Jovem Guarda. Nota: o terno, xadrez, paletó de lapelas largas, abertas, foi feito pela minha avó, Dona Alzira Nunes Vidal, hoje também morando em Aldebarã.

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Quaxquáx!

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Como os juízes de Berlim

Quando os juízes só falavam nos – e pelos – autos, ninguém entendia. Era a língua enrolada, o português de tabelião alfacinha, o latinório com odor de sacristia, mas a coisa terminava bem. Não tinha isso de terceira e quarta instâncias, um juiz atropelando outro entre elas, até a entregar sujeiras do colega durante o churrasco da turma. Muito, bem antes, de se falar de decoro parlamentar, que não existe, os juízes praticavam o decoro judiciário, que nem usava esse nome.

Deve ser coisa da internet, ou da televisão, complexo de BBB, cacoete de WhatsApp só pode ser, aquilo de cada um buscar o minuto de fama. Aqueles juízes de antigamente não eram anjos, não senhor. Sabiam sacanear de jeito, mas com classe, sem baixar o nível. E, diferença para os de hoje, sem deixar vestígios, rabos soltos de cachorrinhos de madame.

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O nível, excelências…

Baixarias no Congresso desqualificam a oposição, requisito essencial à democracia

Permitam-me um testemunho: como repórter, acompanhei no Congresso o dia a dia da Assembleia Nacional Constituinte (1987-88). Debates duros, embates pesados entre esquerda e direita, tentava-se reconstruir o país com a ditadura ainda nos calcanhares.

O convívio era com Ulysses Guimarães, Mário Covas, Nelson Jobim, Fernando Henrique, Miro Teixeira, Affonso Arinos, Roberto Campos, Paulo Delgado e tantos outros. Nível alto, qual fosse o matiz ideológico. Tempos de sarrafo elevado.

É de se perguntar o que seria do país se a composição do Parlamento fosse a atual. Tempos de sarrafo baixo. De troca de insultos no lugar de confronto de ideias e de vulgaridades a mancheias. Uma lástima, pois pela primeira vez em seus três governos e meio o PT enfrenta oposição, requisito essencial ao bom andamento democrático.

Os petistas não se abstiveram do papel de antagonistas até chegarem ao Planalto. Tiveram vida fácil quando o oponente era um PSDB mais atento aos seus punhos de renda do que ao ofício conferido pelas urnas; a direita atuava na encolha, como pato feio.

Revigorado com Jair Bolsonaro e fortalecido pelo resultado da última eleição, esse campo obteve respaldo na sociedade para exercer o poder e se tornar competitivo para voltar a ele na cadeira de condutor e não mais passageiro, conforme foi depois da redemocratização.

A habilidade política do presidente Luiz Inácio da Silva está sendo posta à prova e até então tem falhado na tarefa de gerenciar a base de apoio. Não é possível repetir o artifício das mesadas. Primeiro, porque deu errado e, segundo, porque a oposição prefere investir no projeto político a apenas se vender.

O problema é o método. Barulhento na forma, até como convém, mas inconveniente no conteúdo desqualificado. Isso é negação da política, cuja essência, notadamente no Parlamento, é a construção da convergência dentro das divergências.

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© Jan Saudek

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Um título muito melhor

Quando eu tinha vinte e poucos anos e era (ou pensava que era) crítico de cinema, pensava de vez em quando que algumas das melhores críticas de filmes que eu já tinha lido eram as sátiras da revista “Mad”, aquelas arrasadoras matérias de abertura da revista onde, em seis ou oito páginas, eram expostas à luz do sol as incoerências, os clichês, as imitações, as limitações e as banalidades do roteiro, do elenco e da direção.  Claro que uma sátira da “Mad” não podia atingir a profundidade e a amplitude de uma crítica propriamente dita.  Mas em matéria de ir com o dedo à ferida e de mostrar a nudez do rei, não tinha similar.

O saite Better Book Titles (http://betterbooktitles.com/) faz algo parecido, só que numa cápsula minimalista.  Ele propõe um título diferente (e devastador) para um livro conhecido, muitas vezes denunciando de cara o principal defeito do livro, o clichê que lhe deu origem.  Ou (no caso de grandes livros, não merecedores disso) pelo menos uma alfinetada bem dada, que em nada compromete o livro mas lhe dá um novo ângulo; ou um comentário que faz rir quem conhece a história.

É interessante ver “O Colecionador”, o grande romance de estréia de John Fowles, ser rebatizado como “Se Você Ama Alguém, Sequestre-a e Deixe-a Morrer de Pneumonia”.  Ou ver o grande “Onde os Fracos Não Têm Vez” de Cormac MacCarthy ser chamado de “O Dinheiro Arrasa com Tudo à Minha Volta”.  O clássico “Arco-Íris da Gravidade” de Thomas Pynchon passa a ser chamado, apropriadamente, “Foguetes Me Dão Tesão”. O maciço e violento “2666” de Roberto Bolaño mantém o nome, mas ganha um subtítulo explicativo: “Contagem dos Cadáveres Menos a Contagem das Páginas”.

O saite não se limita a sugerir novo título. Num trabalho gráfico bem criativo, produz uma nova capa para o livro, muitas vezes incluindo-o em coleções famosas, numa releitura que chega às vezes a dar a impressão de um livro que existe mesmo.  Como na edição da Modern Classic para “Eu Odeio Ratos Mais do que Amo Minha Namorada” de George Orwell, ou a edição Penguin Classics do conhecido romance de Edmond Rostand “Sabe o que Dizem Sobre Caras com Narizes Grandes: Eles Estão Apaixonados em Segredo pela Mulher que Você Ama’.

Não dá pra não achar graça em “Virgem aos 107 Anos” de Stephanie Meyer, ou na autobiografia de Keith Richards sendo reintitulada “Guia de Sobrevivência para Zumbis”. Ou num livro qualquer de Danielle Steel, com seu indefectível design de letras prateadas em relevo e o título “Só Leio Livros Parecidos Com Este”.  É a arte da crítica literária, não através da análise, mas do epigrama ferino e da alusão venenosa, enriquecidos pela criatividade gráfica.

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Fragmento do livro inédito “Canoa Canoa”

Só ali me dei conta inteiramente de que Ele não me navegava mais. Onde a queda, o baque, o abismo? Aí outro de meus remorsos, vos confesso, Talhoto meu; e a vossas águas, confidencio, a estas que aqui perto de Palhoça se tornam de encardido ouro, adiante muitas léguas do Vizir, onde Ele teve, de todas as suas mulheres, a mais bonita, e, de lábio-romã, Talhoto, chamada Margô, ainda que também ela – embora por muito tempo às escondidas Dele –, tenha se revelado igualmente cigana; das mais desavergonhadas, Talhoto, uma cigana!

Eu que o diga, rio meu, na movimentação dessa caçada aqui no escuro. É metralha e ódio; sangue e ciúmes; de amor, estas histórias – atravessadas de facas, de balas. Bom Ele era, Talhoto, de coração franco e verdadeiro. Margô: bem apanhada de corpo, os seios firmes, os dentes detrás dos lábios, te juro, de tão brancos, luziam. E tinha o amendoado dos olhos – de um verde tão verde que até parecia o reflexo do Canhanha que pelo Vizir passava, de margem a margem, espessa esmeralda.

Pois só ali, relembro, me dei conta inteiramente do ocorrido e então aquele aperto, de novo a mesma pergunta-espinho – onde a queda, o baque, o abismo? Nadador, Talhoto, isto Ele era – nascido e criado à beira dos rios de todo o país do Eldorado del Paraná, um continente de flor e água, aonde as antas selvagens, às manadas, aos esbarrões e aos corcoveios, afundavam os cascos no barro dos campos; ou, em outras distâncias deste país primeiro, nas tranqueiras se enrola e se enrosca a terrível labréu, coral de fatal peçonha; sem reza, mesmo a mais braba, que dê conta da morte que ela produz – apesar de instantânea, uma morte horrível, Talhoto, nem queira saber, cheia de uivos e de gritos. O veneno da labréu, dizem , inventado pelo Demônio. Tem quem conte, aliás, por estas margens e paragens, que a labréu é dos criames dele, lá onde ele mora, Deus nos livre e guarde, no oco emaranhado dos escondidos da floresta, o Turvo.

Duas já vi – será que, Virgem Maria!, escapadas do criame do Chifrudo, perito Talhoto? –, nadando, vermelho-sangue nadando, próximo de Imbiara, ali onde o Chauá se espraia em lago, e nem mais parece rio o Chauá, tão redondo e claro, conformado entre os queimados morros do Cerro Agulha, ali eu e Ele pudemos observar, acho que um casal de labréu, Talhoto. Quem há de distinguir se macho ou fêmea? Ligeiras, ariscas, uma ao lado da outra cruzando a água e deixando atrás de si, na superfície branca do Chauá feito laguna, um rastro rubro-vermelho – dizem os índios que de sangue e mortal veneno. Remou para vante, meu Canoeiro, temeroso de que o líquido vertido por elas, ainda que em meio às águas do Chauá, rarefeito, em nosso remo, mesmo ao de leve, se misturasse. Nunca se sabe das coisas do Demo as suas ardilagens. Melhor precaver, Talhoto, que as labréus, ainda conforme os índios, só de vê-las pode que torne aziago um destino.

Não acreditei; ao menos daquela vez, não acreditamos. Desviamos apenas, a bombordo, Ele a selar a testa com um sinal-da-cruz e a beijar a santinha que de tão pequena se perdia, pendurada da corrente, no peito que Ele tinha – tinha ou tem, Talhoto? –, por entre o negro alvoroçado de pêlos, cabeludo. Ele, meu Canoeiro, que hei de encontrar, um dia, nem que seja o seu nome soando nos penedos que de granito gelam o Cravéu, antes de Santa Ifigênia, o rio apertado a escorrer entre os paredões, verdoengo, misterioso, no sudoeste que ali muge e estertora, soando em eco o nome Dele.

Só Ele, Talhoto, a me fazer, outra vez, Canoa.

Publicado em Wilson Bueno | Deixar um comentário
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Vamos sofrer lá no meu apê?

Um tio meu, lá de Santo Antônio da Patrulha, costumava dizer que amizade é vício. E ainda tinha a pachorra de explicar que a doença começava na simpatia, da raiz grega synpathein, algo parecido com “sofrer junto”.

Ser amigo dói e faz doer? Confesso que eu, mesmo cultuando a genialidade desse meu tio, não conseguia digerir completamente o conceito, apimentado demais para um mero iniciante no mundo das drogas emocionais.

Turbinado pelo meu bando e protegido pela minha turba, eu ainda era incapaz de avaliar os terríveis efeitos colaterais produzidos pelo hábito de compartilhar as dores da tribo.

Agora, vamos aos phatos, como diria, carregando no sal, aquele meu tio. Pense na expansão global de todos os tipos de bordéis e diga se não é verdade que esse sucesso estrondoso nasce da busca do prazer no contato descompromissado com estranhos, inimigos imaginários e indiferentes.

Seria essa prostituição nas relações uma forma de fugir das simpáticas criaturas pelas quais nos doemos de graça? O que vendem os barões da felicidade? Amigos, amigos, negócios à parte, não damos um tostão furado para os coitados que conhecem a nossa face sofredora, a não ser quando eles inventam de adoecer. E, pior, quando se vão sem cumprirem o solene pacto de morrer todo mundo abraçado.

Hoje, depois de uma desabalada sucessão de janeiros, vejo claramente que, assim como percebia aquele meu tio de Santo Antônio da Patrulha, venho me entregando gostosamente ao vício de sofrer em grupo. Viver dói, o mundo é cheio de arestas e em todo canto existe uma quina pronta para saltar sobre a sua canela.

Por isso, continuo cultivando uma sábia burrice: mais triste que levar no lombo junto com os amigos, é ser feliz em má companhia.

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Mixplico

Nunca se explique. Seus amigos não precisam e seus inimigos não vão acreditar.

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Bozonarismo

2019. Bozonaro dá um tiro no pé, na Marcha para Jesus. © Nacho Doce – Reuters

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