Cavalo também é ser humano

O ministro Juscelino Filho, das Comunicações, nomeou trabalhador de suas fazendas como assessor na câmara dos deputados. Não se fie no jornal que noticia que o ministro levou assessor para trabalhar na fazenda; isso seria condição análoga à da escravidão. Juscelino visita exposições de cavalos com dinheiro e avião públicos e alega ser atividade oficial. O ministro sabe que o relincho do cavalo funciona para a comunicação com os burros que o elegem.

Juscelino é como Antonio Rogério Magri, o ministro do Trabalho de Fernando Collor, flagrado ao levar sua cachorra a hospital público. Forjado nas mordomias do peleguismo, Magri requentou uma desinência do dicionário ao se proclamar imexível no ministério. Tornou-se herói das dondocas ao dizer que “cachorro também é ser humano”. O Magri de Lula, Juscelino é imexível e seus cavalos também são seres humanos. O ministro das Comunicações está firme e forte como ACM avô, o mais poderoso ministro das Comunicações.

ACM foi ministro forte não porque mandasse em José Sarney, seu presidente, mas porque Roberto Marinho, o dono da Rede Globo, era seu sócio. Juscelino é sócio de Lula na base aliada, tratado com a benevolência que Silvio Santos dispensou ao genro, a quem fez ministro das Comunicações de Bolsonaro. Juscelino é forte, não cai nem se, como Calígula, eleger um de seus cavalos ao Senado. Só cairia na remota hipótese de ser apanhado chupando a língua de um cavalo. Mas Juscelino não é lama tibetano.

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Planeta Água

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Mural da História

silvio-santos-romero-BrittoSenor Abravanel. Foto da filha, já deserdada.

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Viciados em metanfetaminas: Livro diz que nazistas eram movidos a drogas

Pela quantidade imensa de livros já dedicados aos nazistas e Hitler, seria possível presumir que tudo de interessante, terrível e bizarro já seja de conhecimento sobre um dos regimes mais notórios da história e seu líder genocida. Mas então surge Norman Ohler, um romancista de fala mansa de 46 anos de Berlim, que remexeu os arquivos militares e encontrou este fato surpreendente: o Terceiro Reich era movido a drogas.

Na verdade, todo tipo de drogas e em quantidades assombrosas, como Ohler documenta em “Blitzed: Drugs in Nazi Germany” (algo como “Drogados: Drogas na Alemanha Nazista”, em tradução livre, ainda não lançado no Brasil), um best-seller na Alemanha e no Reino Unido que será publicado em abril nos Estados Unidos, pela editora Houghton Mifflin Harcourt. Ele esteve em Nova York e se sentou para uma entrevista, antes de fazer uma palestra em um loft no East Village, perto da faculdade Cooper Union.

“Trata-se na verdade de meu antigo bairro”, ele disse, enquanto bebia um suco de uva em um sofá. “Eu morei aqui enquanto escrevia meu primeiro romance, uma história de detetive.”

Ohler fez uso de seu interesse por investigação durante os cinco anos que precisou para pesquisar e escrever “Blitzed”. Por meio de entrevistas e documentos que não foram estudados cuidadosamente antes, ele descobriu novos detalhes sobre como era fornecido regularmente aos soldados da Wehrmacht metanfetamina de uma qualidade que daria inveja a Walter White, do seriado “Breaking Bad: A Química do Mal”. Milhões de doses, embaladas como pílulas, eram tomadas nos combates ao longo de toda a guerra, parte de uma campanha contra a fadiga, direto da fábrica para o fronte, aprovada oficialmente.

Assim como a ressaca ocorre após o efeito das drogas, essa estratégia farmacológica funcionou por algum tempo (ela foi crucial para a invasão turbinada e derrota da França em 1940) e depois não, mais notadamente quando os nazistas ficaram atolados na União Soviética. Mas o retrato mais vívido do abuso e abstinência em “Blitzed” é o de Hitler, que por anos recebeu por seu médico pessoal doses injetadas de poderosos opiáceos, como o Eukodal, uma marca de oxicodona que já foi avaliada por William S. Burroughs como “realmente horrível”. Por alguns poucos meses sem dúvida eufóricos, Hitler também recebias doses de cocaína de alto grau, uma combinação de sedação e estímulo que Ohler compara a um “speedball clássico”.

“Há todas essas histórias sobre líderes do partido vindo para se queixarem de suas cidades bombardeadas”, disse Ohler, “e Hitler apenas dizia: ‘Vamos vencer. Essas perdas nos deixam mais fortes’. E os líderes diziam: ‘Ele sabe de algo que não sabemos. Ele provavelmente conta com uma arma milagrosa.’ Ele não tinha uma arma milagrosa. Ele tinha uma droga milagrosa, para fazer com que todos pensassem que ele tinha uma arma milagrosa.”

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My name is Bradneck — John Bradneck

De repente, a árvore genealógica da família recebe uma lufada de vento contrária. Curva-se e os frutos maduros balançam. Primeiro, o vento vinha da Alemanha — sujeito a rajadas mais ou menos fortes, dependendo das conjunturas políticas e sociais de épocas passadas. Aí, o vento vira e vem da Irlanda! Traz litros e litros de cerveja e aquela literatura infernal de Joyce, Beckett e companhia. Aliás, me respeite — posso ser meio parente de um desses grandes escritores, tá?

Você não está entendendo nada? Nem eu. Acontece que minha família, por parte dos Werneck, agora tem um livrão-documento de 2010. São mais de 600 páginas ressuscitando a genealogia dos Werneck no Brasil.

Meu nome é Rui Werneck de Capistrano, como poucos sabem. Nasci e cresci em Curitiba. Já havia pesquisado um pouco a origem dos sobrenomes e só o Werneck tem destaque. O Capistrano é misterioso.

Pois bem, agora com o livrão, pensei que ia desvendar alguma coisa. Ele é bem intencionado, bem documentado, bem feito. Vai ao mais longínquo patriarca. Aí começa o vento contrário. Minha mãe era descendente de alemães: Müller (pronuncia-se Mêla). Meu pai — Werneck de Capistrano — casou com minha mãe e nós, os seis filhos, sempre pensávamos que o Werneck também era alemão. Isso porque avós maternos, tios e tias maternos falavam alemão. Os paternos não, mas não estavam próximos.

Logo nas primeiras páginas do livro, o autor Nelson V. Pamplona, casado com uma Werneck, desmente a origem alemã dos Werneck do Brasil. Tem lá na Alemanha, mas é outra vertente.

Documentos provam que John Bradneck, originário da Irlanda (ou Inglaterra), foi o fundador da nossa família no Brasil. O nome foi mudando de Bradneck para Berneque e finalmente Werneck. Coisa de algumas gerações, enrolação de língua e tramóias do patriarca. Aí, o autor vai da raiz aos mais recentes frutos. Só que, acredite, quando chega no último capítulo, intitulado Os Werneck da Aquidaban de Curitiba, quando eu ia entrar em cena — cai o pano! Ou, o fruto!

Explico rapidinho. Aquidaban foi uma sociedade fundada pelos Werneck. Funcionava legal com torneios de xadrez, saraus, bailes, festas em geral. Ficava no casarão ali da Rua Aquidaban, hoje Emiliano Perneta, esquina da Visconde do Rio Branco — em Curitiba.

Meu bisavô era engenheiro telegrafista e veio de Florianópolis pra Morretes durante a construção da ferrovia Curitiba – Litoral (RVPSC – Rede de Viação Paraná Santa Catarina). Meu pai dizia pra nós que era Restaurante Vendeu Pastel Sem Carne. Ou, Rita Viu Paulo Sem Calça. Em Morretes nasceu meu avô, que depois veio pra Curitiba.

Até aqui, tudo bem. Só que quando o autor cita meu avô, não colocou o nome do meu pai — Arion —como filho! Meu avô casou duas vezes e teve oito filhos. Meu pai não aparece. A partir daí, claro, eu não apareço, nem meus irmãos, nem nossos filhos! Netos, muito menos. É de endoidar! Um livro grande (veja a foto), com milhares de Werneck. Acaba bem na hora do melhor — pra mim!

Imagino que o autor teve um trabalhão dos diabos pra pesquisar, juntar documentos, escrever, revisar — e fazer a edição por conta própria! Mas… Você ficaria contente se isso acontecesse com sua árvore genealógica? Podada em plena primavera? E a gente morando tão pertinho — o autor em Santa Catarina e nós em Curitiba!

Claro que nunca vai sair uma segunda edição. Nem eu vou escrever o que falta. Acho que é mais fácil mudar meu nome pra Bradneck — John Bradneck. E começar tudo de novo. Lá na Irlanda.

*Rui Werneck de Capistrano John Bradneck

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Inferno é quem idolatra religiosos

De tempos em tempos descobrem que os santos não são santos

O que me espanta não é o Dalai Lama ter pedido a uma criança que ela chupasse sua língua, me admira que tanta gente tenha ficado chocada que um líder religioso possa ter tido algum tipo de conduta criminosa. Nossa, até o Dalai Lama. Como assim, até o Dalai Lama? De tempos em tempos descobrem que os santos não são santos.

Metade da internet já o condenou, a outra metade aponta demência, aspectos culturais e dificuldade do líder budista com a língua, o inglês. Deixo essa rinha para os outros. O problema não é só o Dalai, é constatar que o mundo que se consterna é o mesmo que dá sustentação a estruturas de poder que atendem pelo nome “religião”.

Há décadas chafurdamos em histórias de líderes espirituais pedófilos, estupradores, racistas, misóginos, homofóbicos, assassinos, corruptos, mas a humanidade insiste em transformar homens em divindades, em canais diretos com Deus, com o paraíso ou com o inferno. Mas o inferno é aqui.

Dalai Lama, certamente já enaltecido por boa parte das pessoas que o apedreja, é o boi de piranha da vez. Sacrifica-se o santo do pau oco, mas ninguém move um pedregulho para que os alicerces que sustentam as religiões sejam desestabilizados. Em nome da evolução espiritual, seguimos coniventes com abusos econômicos, sociais, sexuais, mantidos pelas igrejas há milênios. Não aprendemos nada com João de Deus, Jim Jones, Prem Baba e outros milhares de bispos, padres, pastores? Claro que não.

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Do polacobaco

© Américo Vermelho

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Meu tipo inesquecível

© AdoroCinema

Dolores Fonzi, 19 de julho de 1978, argentina, faz  TV, teatro e cinema. Vários dos seus filmes foram elogiados pela da crítica, como Plata Quemada (2000), Esperando al mesías (2000), El Fondo del mar (2003) e El Aura (2005). Ela já trabalhou com diretores como Marcelo Piñeyro, Daniel Burman, Damián Szifron e Fabián Bielinsky.

Dolores começou a namorar Gael García Bernal, depois que eles se conheceram no set do filme de 2001 dirigido por Fito Paez , Vidas Privadas. Em 2009, seu primeiro filho, Lázaro, nasceu em Madrid , Espanha . Sua filha, Libertad, nasceu em 4 de abril de 2011 em Buenos Aires. Eles se separaram em 2014.

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Mural da História

Outubro|2011

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Engolindo sapos, sempre. © Rafael Araújo

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Sempre a lesma lerda…

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Flagrantes da Vida Real

Renata Bruel e Guenia Lemos na peça “Ovos Não Têm Janela”, de Manoel Carlos Karam. © Maringas Maciel

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Chupisco de lama

O Dalai Lama em flagra pede que o menino lhe chupe a língua. Em catoliquês, chupisco de língua é pedofilia. Em budistês é troca de energia. Nós budistas laicos não precisamos de ritos e lambidas de lama.

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