Charles

“Não, eu não odeio as pessoas. Só prefiro quando elas não estão por perto”

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Imperdível!

Através de imagens coletadas por câmeras escondidas, o dia a dia de três mulheres com vidas distintas é retratado, mostrando como a violência de gênero é constantemente praticada no espaço público urbano. Dessa forma, as diretoras Amanda Kamanchek Lemos e Fernanda Frazão procuraram especialistas para discutir sobre o assunto, buscando encontrar respostas e alternativas para a uma questão fundamental: será que as cidades foram feitas para as mulheres?

Chega de FiuFiu – Documentário de Amanda Kamanchek e Fernanda Frazão, 73 minutos, 2018, Brasil.  http://www.imdb.com/title/tt8458920

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10enhistas

Salão de Humor do Piauí, 2004.

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Bailey Rayne. © Zishy

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Apparício Torelly

O banco é uma instituição que empresta dinheiro à gente se a gente apresentar provas suficientes de que não precisa de dinheiro.

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Sessão da meia-noite no Bacacheri – Vale a pena ver de novo

Underground – Mentiras de Guerra – (França, Alemanha, Bulgária República Checa, Hungria, Sérvia), 1995. Direção: Emir Kusturica. Roteiro: Emir Kusturica (baseado em história de Dusan Kovacevic) Elenco: Predrag Manojlovic, Lazar Ristovski, Mirjana Jokovic, Slavko Stimac, Ernst Stötzner, Srdjan Todorovic, Mirjana Karanovic, Milena Pavlovic, Danilo ‘Bata’ Stojkovic, Bora Todorovic, Davor Dujmovic, Nele Karajlic. Duração: 170 min.

Era ma vez um país… Era uma vez [um pedaço] da história do século XX na Europa. Era uma vez um diretor de guerras e festas, de cenários barrocos e realistas, de roteiros alegóricos sobre História, política e sobre as muitas faces da humanidade. Era uma vez um lugar de mentiras, uma fábrica de armas chamada Underground, um filme de Emir Kusturica, diretor nascido em Sarajevo, capital da atual Bósnia e Herzegovina, independente da Iugoslávia em 1992. O filme em questão, falado em sérvio, alemão, francês, inglês e russo, é um apanhado plural das guerras e das políticas da Europa Oriental nos extremos do século vinte, da explosão da II Guerra Mundial em 1939 aos conflitos internos e de intervenção da OTAN que marcaram a região no anos 1990 e que podem ser divididos em três grandes categorias:

*As guerras separatistas dentro da República Socialista Federativa da Iugoslávia (1991 a 1995, de onde saíram independentes Eslovênia, Croácia e Bósnia e Herzegovina);

*As guerras de cunho étnico-político envolvendo os albaneses (1996 a 2001, com destaque para os conflitos de Kosovo, Sérvia e Macedônia);

*As duas grandes ações da OTAN contra a Sérvia, uma em entre 1995 e 1996 (Operação Força Deliberada) e outra em 1999 (Operação Forças Aliadas), na província e Kosovo.

Esse grande número de movimentações bélicas na região balcânica (a mais instável do Velho Continente) começou a dar os seus primeiros passos ainda nos anos 1980, após a morte de Tito, político bastante influente e admirado não só pelos seus compatriotas, mas pela comunidade internacional de diversos pontos da Guerra Fria — em seu massivo velório, em 4/05/1980, estiveram Leonid Brejnev, Margaret Thatcher, Indira Gandhi, Saddam Hussein, Yasser Arafat, Fidel Castro e Nicolae Ceauşescu, isso só para citar alguns (o nosso presidente, General Figueiredo, não pode ir, mas mandou o Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, o General José Ferraz da Rocha) — e sua situação se agravou após a queda a URSS em 1991. O roteiro de Underground usa especialmente essas mutações políticas e conflitos bélicos para montar um quebra-cabeça ideológico e social de uma região inteira, mas o seu alcance pode ser para todo um continente, ou para o mundo inteiro.

Como estamos falando de um longa de Emir Kusturica, é importante ressaltar que o surrealismo (reinterpretado pelo diretor) e as formas mais nonsenses de mostrar conflitos humanos são a base do roteiro, como por exemplo, o cenário que dá título ao filme, o Underground, local onde um grupo de pessoas é mantido acreditando que a II Guerra ainda está acontecendo, mesmo 20 anos depois dela ter terminado. Nesse sentido, o subtítulo brasileiro cai muitíssimo bem à fita: Mentiras de Guerra. Primeiro, porque o roteiro trabalha as frequentes mentiras entre teoria e práxis, as mentiras que se conta e que se articula em massa para que uma situação X seja bem aceita ou que um líder X seja mantido no poder. Segundo, porque o filme foi lançado, oficialmente, no dia 1º de abril de 1995, mais um dos caprichos irônicos de Kusturica.

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Portfólio

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Vespas em dieta

Já viajou no site Shein? Nem precisa se esforçar; basta acessar o Uol e o Shein cai pelas bordas. Inconfundivel. Atenção: não dê uma de bocó como eu, que dizia shein. É inglês, como exige o mercado – She in, ela na moda, por dentro.

Primeiro, esclareça-se que saite é chinês e vende roupas femininas, baratinhas e lindas – não posso falar da qualidade porque não comprei, embora quisesse, pois pertenço à categoria dos homens que gostam de vestir mulher, sem o benefício de as despir, pois sofro do ‘conseguinte’, como se diz em Triunfo, qual seja a mulher que aceite meu gosto – em outras palavras, literárias, um Pigmaleão frustrado. Segundo, a gente se diverte no Shein. Recomendo a todes, inclusos homens e mulheres em transição. Paga a pena, além das roupas baratinhas, as modelos são um barato. Nada de chinesa ou oriental, o Shein orienta-se pelo mercado: no Brasil são brancas, pretas, mulatas e loiras. Na maioria as roupas caem bem, no resto caem mal, como é da moda, que pelas tantas perde o senso da medida.

O ministro Haddad pretende taxar o Shein e outros sites estrangeiros para confortar a concorrência brasileira, que sempre vende mais caro. Acaba acontecendo, o governo Lula só se aguenta com muito dinheiro, mais que Bolsonaro, que só precisava de dinheiro para o atraso, nunca para o avanço. O Insulto apoiaria apenas, sobretudo pela a propaganda no detalhe das curvas das modelos. Algum espiroqueta chinês decidiu que vende melhor com fotos de modelos infladas em peitos e bundas e reduzidas na cinturas. No Brasil, nem a mais delirante e psicótica influencer posta imagens, nem a mais deformada celebridade retocada e depilada desfila no carnaval com tão bombadas comissões, tanto de frente e de fundos como as do Shein – e o pior, com cintura de vespa em dieta.

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Pimentinha

 © Marcia Santos

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Mural da História

Bando de cafonas

A Amazônia em chamas, a censura voltando, a economia estagnada, e a pessoa quer falar de quê? Dos cafonas. Do império da cafonice que nos domina. Não exatamente nas roupas que vestimos ou nas músicas que escutamos — a pessoa quer falar do mau gosto existencial. Do que há de cafona na vulgaridade das palavras, na deselegância pública, na ignorância por opção, na mentira como tática, no atraso das ideias.

O cafona fala alto e se orgulha de ser grosseiro e sem compostura. Acha que pode tudo e esfrega sua tosquice na cara dos outros. Não há ética que caiba a ele. Enganar é ok. Agredir é ok. Gentileza, educação, delicadeza, para um convicto e ruidoso cafona, é tudo coisa de maricas.

O cafona manda cimentar o quintal e ladrilhar o jardim. Quer todo mundo igual, cantando o hino. Gosta de frases de efeito e piadas de bicha. Chuta o cachorro, chicoteia o cavalo e mata passarinho. Despreza a ciência, porque ninguém pode ser mais sabido que ele. É rude na língua e flatulento por todos os seus orifícios. Recorre à religião para ser hipócrita e à brutalidade para ser respeitado.

A cafonice detesta a arte, pois não quer ter que entender nada. Odeia o diferente, pois não tem um pingo de originalidade em suas veias. Segura de si, acha que a psicologia não tem necessidade e que desculpa não se pede. Fala o que pensa, principalmente quando não pensa. Fura filas, canta pneus e passa sermões. A cafonice não tem vergonha na cara. O cafona quer ser autoridade, para poder dar carteiradas. Quer vencer, para ver o outro perder.

Quer ser convidado, para cuspir no prato. Quer bajular o poderoso e debochar do necessitado. Quer andar armado. Quer tirar vantagem em tudo. Unidos, os cafonas fazem passeatas de apoio e protestos a favor. Atacam como hienas e se escondem como ratos. Existe algo mais brega do que um rico roubando? Algo mais chique do que um pobre honesto? É sobre isso que a pessoa quer falar, apesar de tudo que está acontecendo. Porque só o bom gosto pode salvar este país.

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Regina Bozo

Abril|2022

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O dia em que abracei uma árvore

Além de sequestrar o dióxido de carbono da atmosfera, elas baixam a temperatura do seu entorno de forma significativa

Tenho uma amiga chamada Antônia que abraça árvores. A primeira vez aconteceu em um retiro. Desde então, pegou gosto pela coisa. Quando rola alguma festa ao ar livre, ela dá uma reconhecida no território, olha de soslaio para as espécies do local e, depois de um ou dois drinques, quando todo mundo já está se soltando, ela também se solta e atraca o tronco. De um tempo para cá, a coisa se normalizou tanto que, quando vai rolar evento em lugar aberto, ela já vaticina: vou pegar geral.

Eu achava estranho. Até ontem, quando estive em uma palestra que o cientista Paulo Nobre deu para os vereadores de Curitiba. Paulo é um dos maiores especialistas brasileiros em mudança climática e sabe muito bem que nenhum milagre vai nos tirar dessa fria —ou quente, dependendo da região.

Aquela proposta cinematográfica de borrifar dióxido de enxofre na atmosfera para capturar carbono, deixando o céu vermelho, não vai rolar. E, embora Jeff Bezos esteja tentando com afinco, ainda não conseguiu transformar Marte num terreninho habitável com apartamentos de dois quartos à venda pela Amazon. Temos, portanto, que nos virar com o que temos.

Pensei que Paulo Nobre apresentaria sugestões complexas para aliviar o aquecimento, mas o que o cientista recomendou foi investir no maior sistema de refrigeração já inventado: as árvores. Tantos sistemas operacionais e algoritmos depois e ainda não criaram nada mais eficiente —o que só mostra, mais uma vez, o quanto devemos nos curvar, repetidamente, para a natureza.

Além de sequestrar o dióxido de carbono da atmosfera, as árvores conseguem baixar a temperatura do seu entorno de forma significativa, reduzir enchentes e ainda mitigar a poluição do ar e sonora. E todo esse serviço de graça.

Curitiba já vinha botando a mão na terra. É a cidade brasileira com maior área verde: 60 metros quadrados por habitante —se a mania da minha amiga Antônia pega, a capital paranaense tem chance de virar referência em turismo pansexual no país.

Para se ter ideia, existem localidades com apenas 0,5 metros quadrados de área verde por habitante. Em um desses lugares, o morro do Vidigal, no Rio de Janeiro, a comunidade, junto a urbanistas egressos de Harvard, teve a iniciativa de construir um parque onde antes havia um depósito de lixo.

Além de dar uma refrescada na área, o parque virou um ponto de encontro, o que não é pouca coisa em lugares abandonados pelo poder público, onde as opções de lazer são tão escassas quanto uma pitangueira.

Considerando que hoje mais da metade da população mundial vive em áreas urbanas e que, dentro de trinta anos, um terço da população mundial vai morar em favelas, a proposta de plantar árvores como se não houvesse amanhã (haverá?) faz ainda mais sentido. Talvez por isso Paulo ainda empenhe seu tempo precioso rodando o país para passar essa mensagem tão poderosa e singela.

Quando saí da palestra, com tudo isso na cabeça, deparei-me com um dia atipicamente quente para abril. No centro árido da cidade, sob um sol inclemente e já com a pressão baixa, abriguei-me sob um jacarandá.

Tomada por inesperada gratidão e curiosa para saber o que Antônia sentia, passei um braço por aquela cintura áspera. Mais um grau de aquecimento e teria dito te amo.

Publicado em Giovana Madalosso - Folha de São Paulo | Deixar um comentário
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Flagrantes da vida real

O Clube do Nariz. © Maringas Maciel

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