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Gotejando

© Ricardo Silva

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Brad Holland

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Elon Musk é um bilionário mimado

Termos de uso do Twitter: não esclarecer, não responder, debochar

Elon Musk, faz tempo, já assumiu, do alto do seu império, que está cagando para nós. Recentemente, instado a tomar providências com relação às mais de 500 contas na plataforma que fazem apologia do crime e ode a massacres nas escolas, o Twitter se manifestou dizendo que não pode coibir a “liberdade de expressão” e que tais perfis “não representam necessariamente uma apologia do crime”.

O que será, então, apologia do crime senão a sua própria incitação? Aos jornalistas que questionaram a desídia da plataforma, ele voltou a responder com o seu emoji de cocô, usando toda a sua classe e maturidade. Esses são os termos de uso da plataforma: não esclarecer, não responder, debochar.

Não é de hoje, nem é a primeira vez. O bilionário mimado, que quando não gosta de alguma coisa reage espalhando merda, já mandou o famigerado emoji até para o CEO do próprio Twitter, no meio de uma discussão sobre a quantidade de contas suspeitas da plataforma.

Musk é muito cuidadoso, por outro lado, com as contas, quando se trata de seus próprios interesses. Depois de banir a @Elonjet que rastreava o seu jatinho (essa sim, para ele, feria a sua “liberdade”), suspendeu contas de vários jornalistas que compartilhavam sua localização. Poucos dias antes, ele tinha tuitado: “Meu compromisso com a liberdade de expressão se estende até mesmo a não banir a conta que rastreia meu avião”.

Tais atitudes trazem à superfície a sujeira que mora no subterrâneo das redes sociais e de seus controladores, que se preocupam com os seus próprios umbigos e não encaram com a devida seriedade as políticas para frear a disseminação e o estímulo à violência. Pelo contrário, responder com um cocô sorridente a questionamentos tão importantes e não fazer o que lhe compete fazer é ser parte do desserviço, é ser conivente, é se permitir ser um canal disseminador de ódio.

A complacência das redes potencializa os meios de os extremistas levarem suas ideias para um público maior. É, portanto, seu papel agir com rapidez para desarticular as ações que estimulam a violência, do contrário, ficar inerte diante de conteúdos nocivos é, em última instância, permitir que ameaças graves se materializem.

Não existem bom senso nem jogo limpo do universo digital. Por isso existem as leis. Mas nem toda lei é eficiente. Enquanto se aguarda a aprovação do projeto que torne o marco civil da internet eficaz, o estrago já foi feito. Enquanto se aguarda o cumprimento da determinação da Secretaria Nacional do Consumidor, cuja multa não fará nem cócegas no bolso dos controladores das redes, a ameaça do dia 20 de abril já assombrou as escolas e a cabeça das crianças.

Resta às escolas e às famílias responderem às intimidações e ao medo disseminado, sem se render às ameaças, nem por meio de um emoji qualquer, mas com acolhimento e muita conversa, para que as crianças incorporem a cultura de paz e aprendam o que é se expressar livremente de verdade.

Publicado em Becky S. Korish - Folha de São Paulo | Com a tag , , | Deixar um comentário
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Memória

Quando morre um cartunista
pra onde será que ele vai?
Existe um céu-dentista
que repõe o dente no sorriso que cai?

E quando o abatem a tiros
como a tigres, leões e elefantes?
Seriam troféus os motivos,
a pele, a juba, as presas elegantes?

Quando o coração fica suspenso
entre o medo e a impunidade,
perguntas e dúvidas perdidas no tempo
silenciam toda a humanidade.

Marta morta viverá do passado?
Geraldão é um caso encerrado?
O mundo virou casa de mãe joana
ou é só uma piada de gente insana?

Eu gostaria de rir e não posso;
respirar aliviado e não consigo.
No ar, há uma sarna e nem coçar eu coço.
Glauco levou todas as respostas consigo.

Publicado em Glauco Villas Boas | Com a tag , , , , | Deixar um comentário
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Vejo, clara, ali na frente a eternidade estendida na paisagem e sei que ela se aproxima a cada dia, a cada minuto mais e mais próxima está a eternidade.

Sei também que ela me levará daqui e então, eu nunca mais voltarei a ver meus amigos, nem meus filhos, minha mulher, minhas netas, minha cadela vira-lata, nem ninguém!

Estarei sozinho na minha eternidade. Quieto. Sem piscar. Nem respirar. Eternamente.

Eu então, não serei mais eu.

Serei um parte microscópica deste grande nada de onde viemos todos e pra onde, desfeito o nó vital, retornaremos um dia para, eternamente, não mais sermos nós.

Sabe-se da vida quase nada, do pós vida muito menos e, assim sendo, sabe-se lá o que pode vir.

O Tempo, este nosso parceiro que por toda a nossa jornada nos acompanhou, não mais fará sentido quando alcançarmos a eternidade. Não existirão calendários por lá, nem relógios, nem cronômetros, nem distâncias. Ninguém fará mais aniversários. Nem primavera e nem inverno. Nada. Só o colossal abismo do infinito e é alí, dentro do coração desse imenso cristal onde reluzem as galáxias do universo, como ínfimas luzinhas minúsculas diante do todo escuro, que está contido todo o mistério da nossa vida e da nossa morte.

CTBA / 221222

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Bah!

Estivemos fora do ar até agora por falta de energia em nosso locutor.

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Cruelritiba

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Infiéis escudeiros

Há sinal inequívoco de disposição para o embate no Congresso

O centrão se organiza em grandes blocos, informa que a base governista é frágil e deixa o PT isolado na condição de quarta bancada, cujos deputados tampouco têm posição uniforme na defesa dos interesses do Palácio do Planalto. Diante disso, as raposas dizem que está tudo bem, pois a ideia é dar conforto a Luiz Inácio da Silva. Longe da turma intentos belicosos.

Dá para acreditar? Os atuais operadores palacianos, de expertise tida como bem inferior aos do primeiro governo Lula, podem até cair nessa conversa.

Mas, se o presidente estiver na posse do olho vivo e faro fino que lhe atribuem no trato da política, certamente já percebeu que seu alicerce no Congresso está fincado em solo pantanoso.

De um lado, MDB, PSD, Republicanos e anexos formam um grupo de 142 parlamentares. De outro, o PP de Arthur Lira e vasta companhia juntam 173 almas, dentre as quais algumas pertencentes ao PDT e PSB —dois partidos do campo da centro-esquerda governista. A salada junta legendas com assentos na Esplanada, não evita ida de ministros ao circo de “esclarecimentos” e perde o comando em comissões. Na oposição oficial, o PL de Jair Bolsonaro e, no outro extremo, o PT com uma bancada que, segundo o deputado Rui Falcão, está ali para manter acesa a disputa interna no governo. Em outras palavras, para tensionar, fazer ruído.

A versão dos arquitetos desse rearranjo “governista” é a de que a direita foi atraída para a base de Lula. De acordo com eles, é uma soma, jamais uma divisão. Sério? Seria mais eficaz, então, não se dividirem em blocos, ficando todos alinhados no campo da situação e ponto final.

Quando precisam se explicar dizendo que não pretendem confrontar e ao mesmo tempo constroem campos diversos é porque querem demonstrar força. Sinal inequívoco de disposição para o embate. Se o governo acha que está bom assim, é de se lhe desejar boa sorte.

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Revista Ideias

Travessa dos Editores|Fevereiro, 2019

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Faça propaganda e não reclame

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Flatos e panfletos

Gosto de ler panfletos tanto quanto pessoas mais sérias gostam de soltar flatos em reuniões da mais alta sociedade. Fufffff! Sereno e simples, levantando levemente a bunda da cadeira. Fuffffffff! Mas, como dizia, gosto de ler panfletos, principalmente esses que se querem sérios, escritos por doutores ou pessoas de estirpe e verve absolutamente impolutas. Alguém, um doutor, que indica, por exemplo, alongamento: “Todo treinamento físico envolve um estímulo e uma adaptação do organismo. Neste caso, o estímulo é explorar os limites de amplitude das articulações.”

Cara, me imagino explorando os limites de amplitude das articulações… e me sinto chique de butique. Quando ele conta por que é bom fazer alongamento, diz: “(…) o alongamento aumenta a segurança de exercícios físicos ou tarefas motoras do cotidiano como brincar com os filhos, (…)” Quase tive um orgasmo lendo tarefas motoras do cotidiano. Logo a seguir ele tem um primor: “Um outro benefício ainda pouco esclarecido é a melhora da coordenação motora e reflexos em geral.” Caramba!

A frase inteira mata tudo o que ele escreveu em três lâminas do panfleto! Se tudo o que se quer de um alongamento ainda é pouco esclarecido, então, estamos fritos. Ah, e tem mais! Veja: (O alongamento) “Parece facilitar a comunicação entre o cérebro e os músculos, o que contribui para um maior controle e precisão dos movimentos. Nota-se que até o andar de um praticante de alongamento é mais coordenado, menos tenso e até mais confiante, repare…” Meus sais! Já vejo o cérebro brigando e ficando sem falar com os músculos que não foram alongados!

E essa mulherada, que agora usa os pneus bem calibrados pra fora da blusa curtinha, será que alonga? É por isso que amo panfletos. Servem para que eu faça alongamentos cerebrais intensos aumentando a amplitude do sorriso logo cedinho. Tente. Leia um até em voz alta. E ria muito. O cérebro vai se alongar até chegar quase perto do de um Einstein, por exemplo. Se não chegar, pelo menos passa de um tipo Ratinho. Fuufff!

*Rui Werneck de Capistrano alonga seus horizontes culturais.

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Tempo

Paulo Leminski, Paulo Vítola, Marinho Gallera, Ivan Graciano e Belarmino & Gabriela, no Sir Laboratório, gravação do disco “Cidade da Gente”, década de 1980. © Nego Miranda

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Fraga

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Gilla. Zishy

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