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Quebra de sigilo mostra que Bolsonaro não tomou vacina contra raiva

O ex-presidente Jair Bolsonaro pode ter o sigilo de sua carteira de vacinação quebrada a qualquer momento. Antivacina desde garoto, ele sequer fez o teste do pezinho só de teimosia. Quando a enfermeira veio, em vez de dar o pé ele fez arminha com a mão e pediu 20% do salário dela.

Uma investigação revelou que Bolsonaro ganhou o apelido de Zé Gotinha porque mijava na cama até os 14 anos. Aí desenvolveu uma raiva descomunal sobre as vacinas.

Outro ponto chamou a atenção dos técnicos : Bolsonaro não tomou vacina contra febre aftosa. E liderou todo o gado, colocando em risco a produção bovina no país.

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Scaps

Curitiba, década de 1970. Jornal editado por Toninho Vaz, Retta Rettamozo, Hélio Teixeira, Paulo Roberto Marins, Paulo Leminski, João Urban, Rogério Dias, Pedro Franco Y Cruz, Alice Ruiz, Dante Mendonça, Reinoldo Atem, Nelson Padrella, Solda, Milton Ivan, Ali Chaim, Cassia Marta, Matogrosso, Janelinha, Luizinho Stinghen (SP), José Trajano (SP), Marília Guasque (SP), Dácio Nitrini (SP), Jaime Leão (SP), Chico (SP), Elvira Alegre (SP), Gollo (RJ), Call (RJ), João Antônio (SP), Carlos João (RJ), Veríssimo (RS), Leonid Strellaev (RS), Juarez Fonseca (RS), Maria Inglaterra (PI) e Sergio Algusto Silveira. Um jornal que respeita a grande imprensa como se fosse sua mãe.

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1989

Você é um babaca, Jaguar”, eu disse pro espelho logo depois que li no jornal a notícia da morte de Leminski. “Um tremendo babaca.” Leminski foi um dos quatro porraloucas de gênio que conheci; os outros foram Hélio Oiticica, Armando Costa e Glauber.

Quando Leminski mandou pro Pasquim aquele seu romance-tijolo, Catatau, me irritou. Achei pernóstico, pretensioso, provinciano, metido à besta. Os artigos que nos mandou também, botei na gaveta. E ficou por isso mesmo. Isso foi há quase 20 anos. Há uns 2 anos estive em Curitiba, nos encontramos por acaso num bar. Porre de steinhager com cerveja. Me mostrou poemas magníficos. Ficou de mandar colaborações pro jornal. Escreveu um telefone de São Paulo num guardanapo de papel, é claro que perdi. Antes que conseguisse localizá-lo, a cirrose o apanhou.

Depois recebi Nicolau, uma revista paranaense com textos e poemas dele da maior qualidade. Mas no Pasquim, que é bom, não teve Leminski. Culpa minha. Perdão, leitores. 

Jaguar|O Pasquim

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Décio Pignatari – Jundiaí, 20 de agosto de 1927|São Paulo, 2 de dezembro de 2012 –  advogado, poeta, ensaísta, professor e tradutor brasileiro.

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Ruy, querido

A ABL nunca mais será a mesma

Dias atrás, quando seguia um bloco de Carnaval no Centro do Rio, lembrei do nosso primeiro e, até então, único encontro. Era também uma daquelas tardes tão quentes em que o calor deixa o ar embaçado. Entrei na rua do Ouvidor, seguindo a música, e procurei o bar onde naquele encontro dividimos uma mesinha apertada, com a Heloísa e o Marechal.

Tudo fechado, inclusive a livraria Folha Seca, onde estivemos e eu aproveitei para comprar um livro seu que eu ainda não tinha. Na certa, aproveitava a folia para descansar enquanto a festa deste ano fazia história. Este oásis de resistência do conhecimento há de um dia receber o livro que contará como o Carnaval de 2023 foi excepcional.

Parece que nossos encontros serão marcados por samba, suor e, no meu caso, cerveja. No dia de sua posse, a temperatura na cidade estava num nível ao qual me refiro como “quente de suar na bunda”. Pensei se deveria usar uma expressão que combina mais com o botequim no qual estivemos juntos do que para descrever uma cerimônia na Academia Brasileira de Letras, mas deixarei as formalidades para você que virou oficialmente “imortal”. Na minha estante, no jornal em papel, na home da Folha, no meu coração, este é o lugar que você ocupa desde sempre.

Cinco anos depois ainda não consigo fingir naturalidade em ser sua vizinha de coluna e me dedico a pequenos gestos tal qual a fã que jamais deixarei de ser. No meu e-mail, tenho uma pasta com o seu nome para as mensagens que chegam. Ainda me assusto quando leio o remetente, o que pode levar dias porque, como você mesmo já reclamou numa entrevista, as pessoas não checam mais as suas caixas eletrônicas. A minha é uma profusão de spam que mistura ofertas das Casas Bahia, do Zona Sul, da Electrolux, da Wine e, no meio desse mafuá, a sorte com uma mensagem sua.

Reli algumas delas, bem verdade não são tantas assim, mas o suficiente para eu poder me gabar. Devo me lembrar de recorrer a esses arquivos naqueles dias em que cometo a audácia de escrever algo com o qual os leitores não concordam e eles acabam sendo muito menos generosos do que você sempre é. Confesso que já pensei em imprimir algum desses e-mails e mandar com um não tão menos generoso “chupa” como resposta para um desses desafetos. Achei melhor não.

Você estava radiante na posse. Foi bonito ver Nelson Rodrigues, Carmem Miranda, Garrincha ocuparem aquele espaço levados por suas mãos. Mesmo metido naquele fardão, havia em você o mesmo Ruy de uma tarde de samba na rua do Ouvidor. A ABL nunca mais será a mesma. Ainda bem.

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Elas

Marina Solda e Alzira Nunes Vidal, respectivamente mãe e avó do cartunista que vos digita, no pomar da casa em Itararé, SP. Ambas já partiram para Alhures do Sul.  © George Schpatoff

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https://cartunistasolda.com.br/wp-content/uploads/2017/11/07-Komm-Gib-Mir-Deine-Hand.mp3?_=1

 

The Beatles – Komm Gib Mir Deine Hand

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Susanna Torres.© Zishy 

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Ele

© Orlando Pedroso

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Promíscuo é Morfeu,  que vai pra cama com qualquer um.

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Ouríssas

Eu, Khorn Gachet, respiro aqui na ilha de Ouríssas e acho que o Deus é aquele que está no quartzo, mas não é o quartzo; é aquele que está na baleia jubarte, mas não é a baleia jubarte; é aquele que está na respiração de Khorn Gachet na ilha de Ouríssas, mas não é nunca – o Deus –, a respiração de Khorn Gachet na ilha de Ouríssas.

Porque Khorn Gachet sou eu e sei que não existo. O que há é o Deus se fazendo de desentendido, um braço de mar atrás das montanhas que circundam a baía e algumas estrelas cadentes que despencam do escuro céu das noites de Ouríssas se Dona Lua não nos deu o ar da graça.

Eu, Khorn Gachet, respiro as luas de Ouríssas. E se é tormenta em mar sinistro, deito ao convés de minha galé errante, posto que, em Ouríssas, não sou o Deus, mas o olho Dele na escotilha – se me faço entender, se me faço entender melhor.

Ouríssas é pequena como uma pedra sob o sol, ao largo dos promontórios de Khür, que ruem sobre as águas, em estrépito contínuo. E povoam, a ilha, os pássaros, além de servirem generosamente, a mim, Khorn Gachet, e à minha não pequena distração, momentos de intenso devaneio ou dessa coisa precária e insuficiente a que chamam alegria.

A última vez que eu, Khorn Gachet, medi, a passos, o diâmetro de Ouríssas, cruzando-a de Leste a Oeste em busca de seu equador perfeito, trombei com nuvens que me fizeram tornar à galé, alguma vez ferido de seus raios e elétricos, estrondos de estilhaçar um coração mais fraco. Eu, Khorn Gachet, também da estirpe militar dos Bragança, logrei resistir aos feitiços de Ouríssas.

Nas noites crivadas de morcego, e sem lua, só o barulho do mar à praia, a hora sabendo a sal, duas vezes ao menos amarrei-me eu mesmo ao mastro da galé, único recurso para não sucumbir ao chamamento terrível das águias e do brilho delas em metálico prata, das águias que silvam, às centenas, cruzando o céu de Ouríssas feito uma chuva diagonal do abismo.

Não crocitam nem piam as águias de Ouríssas, sereias de asas; antes nos convocam a um cio de penas e penachos; escruciante maneira com que o instinto clama por um gozo que é farpa, que é farpa e chama.

Em Ouríssas, afinal, alcançamos, eu Khorn Gachet e meus navais, vencer o pior – a nós mesmos.

E por isso, os navegantes de Hérida somos tão orgulhosos desta ilha próxima ao incessante ruir dos promontórios de Khür. Antes que tudo afunde – de uma só vez e golfada. Ouríssas, Ouríssas, meu amor.

Do livro “Ilhas” – Editora Medusa 2017

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Jair Renan ganha cargo de R$ 9,5 mil no Senado; não entenda

O filho 04 de Bolsonaro acaba de ganhar um cargo no gabinete do senador Jorge Seif (PL) no Senado. Jair Renan é bom em ganhar coisas sem explicação, como um carro elétrico em troca de licenças de mineração.

Jair Renan se apresenta como gamer, influencer digital e estudante de direito. Pessoas próximas dizem que Jair Renan é má influencer.

A única coisa que o pai Jair Bolsonaro pediu ao 04 é que não faça nada para quebrar a hierarquia familiar e ser preso antes dos outros. Uma curiosidade: a primeira palavra de Jair Renan não foi “mamãe”, mas “mamata.

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Quando a carroça puxa o burro

Gente fina, paizão, amigo dos alunos, Sílvio Almeida, professor de português no Ginásio Adventista, devolveu-me a redação com o comentário em letra vermelha: “aqui a carroça vai na frente do burro”. Minha redação tinha “eu” antes dos outros personagens. Levei pra vida a lição, que poucos aprendem em toda uma vida: eu, o burro, atrás da carroça, esta sempre com precedência.

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