2003


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Estilo

Chauncey Bradley Ives – (1810-1894). Escultor americano prolífico, que trabalhou principalmente no estilo neoclássico. Suas obras mais conhecidas são as estátuas de mármore de Jonathan Trumbull e Roger Sherman consagrados na Estatuária Salão Coleção Nacional.

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Estas palavras

estas palavras sobre mim você pierre menard arnold schwarznegger fantasmas escombros betinho grandes sertões são petersburgo demi moore thelonius monk alan parker liberdade bhagavad-gita kundera privada sísifo bomba & brigite bardot estas palavras epitáfios poemas vida e morte al capone solidão
sacco & vanzetti hiroshima & nagasaki

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o vazio & o saco cheio

estas palavras não pedem as palavras estúpidas traiçoeiras canto gregoriano mudas adágios parábolas fonemas signos cruzadas indiscretas vãs párias imundas promessas madonna definitivas pitorescas obscenas inconvenientes caladas verbais escritas
catatau & livro dos contrários

estas santas palavras pedem a palavra de hegel dos irmãos marx juan rulfo frank zappa ângela maria antonioni pablo neruda carlos estevão sadam husseim george bush capitão marvel penélope monteiro lobato bergson pelé mendigos punks padres arquitetos japoneses locutores paranistas aleijados jogadores de futebol mágicos amantes cozinheiros comunistas viados santos pitonisas cachorros
pássaros & vice-versa

estas palavras não dão a palavra têm a palavra palavrório palavroso palavreado palavrão tufado logomáquico expressão bagaçada conversa parlenda lábia loquaz papo opinião jorge amado pachouchada enfático empolada charada
grammatiké & gramatiquice

estas palavras são cópias de outras palavras de outras palavras de corbière e foram minhas últimas palavras – não necessariamente nesta ordem

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Desaforismo

barbudodoisNão tenho absolutamente nada. Mas sou o único dono da minha vida.

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Desbunde!

Curitiba, muito antes antes da pandemia. © Leonardo Maceira

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Morre Paulo Caruso, um dos maiores cartunistas brasileiros, aos 73 anos

Silvio Tanaka| TV Cultura

Chargista estava internado em São Paulo, intubado, para tratar das complicações de um câncer no intestino

Meu primeiro contato com o trabalho do Paulo Caruso, morto na manhã deste sábado (4) aos 73 anos, foi na adolescência, nas páginas do jornal O Pasquim. Alguns anos depois, na faculdade de comunicação social, quando me transformei em um ávido leitor de jornais e revistas semanais, ficamos mais íntimos, pois as publicações sempre vinham recheadas com suas caricaturas, HQs, charges e cartuns.

Paulo nasceu em São Paulo, em 6 de dezembro de 1949, irmão gêmeo de Chico Caruso, também cartunista. Cursou arquitetura na USP, mas não exerceu a profissão. Sua paixão eram os cartuns. Com uma carreira extensa, com passagens também por esta Folha, Paulo agora fazia charges no Roda Viva, da TV Cultura.

Paulo estava internado no hospital Nove de Julho, na capital paulista, há cerca de um mês, para tratar das complicações decorrentes de um câncer no intestino. A família pediu que ele fosse desentubado para receber os amigos na manhã deste sábado, mas ele não resistiu.

O chargista, que começou a desenhar por influência do avô aos cinco anos, junto com o irmão, teve suas primeiras publicações na imprensa no final da década de 1960, durante a ditadura militar. O período marcou seu trabalho, conhecido por sátiras políticas, que renderam livros como “Avenida Brasil”.

Ele também se destacou ao fazer caricaturas de personalidades brasileiras, tarefa que exercia todas as segundas-feiras durante as entrevistas do Roda Viva, acumulando prêmios como o de melhor desenhista pela Associação Paulista dos Críticos de Arte, em 1994.

Paulo recebeu homenagens de amigos como Laerte, que o definiu como “o herói do quadrinho brasileiro”, e do presidente Lula, para quem “o traço veloz e o humor” do chargista se tornou parte da memória nacional.

Minha história com Paulo começa em 1993, quando fui morar em São Paulo e me tornei amigo de Angeli. Todos os sábados, a gente comia no restaurante Urca, ao lado do Fórum de Pinheiros. Em um desses almoços, apareceu o Paulo na porta do lugar. Discretamente, perguntei a Angeli: “Aquele lá é Paulo ou Chico?”.

São necessários uns quatro encontros, no mínimo, para ser possível distinguir os gêmeos. “É o Paulo!”, respondeu Angeli, acenando para ele. Acabamos almoçando os três juntos e depois fomos tomar um café no Fran’s da Fradique Coutinho. No final da baladinha, trocamos telefones.

Alguns dias depois, para minha surpresa, ele me ligou. Confesso que não esperava. Paulo Caruso estava me convidando para um show de sua banda, a “Muda Brasil Tancredo Jazz Band”, que contava com Chico, Cláudio Paiva e Luis Fernando Verissimo. Só craques no palco, e eu estaria presenciando este encontro musical.

Não levou muito tempo para nos tornarmos amigos próximos e, como éramos vizinhos, sempre marcávamos de nos encontrar. Eu não era mais íntimo de seu trabalho, apenas. Era também parte de seu círculo de amigos mais chegados.

Ele gostava de pessoas em volta, bom papo, de preferência regado por um bom vinho e carne. Por isso, nosso ponto de encontro era a churrascaria Leôncio, na rua Girassol. Paulo era querido por todos no lugar, do garçom ao proprietário.

Cumprimentava todo mundo, fazia piadas com sua voz de locutor de rádio e, principalmente, desenhava caricaturas incríveis nos guardanapos. Não me considero alguém simples de caricaturar, mas Paulo não teve dificuldade alguma e foi um dos poucos que conseguiu reproduzir meus traços no papel.

Ao completar 33 anos, resolvi festejar meu aniversário e o convidei. Paulo e sua esposa foram os primeiros a chegar à pequena vila em que eu morava, na rua Fernão Dias, atrás do Largo da Batata.

“Tem que comemorar, afinal é a idade de Cristo!”, ele brincou. Em seguida, me entregou um envelope A4 e disse que era “material de imprensa”. Eu estava tão envolvido com a festa, que esqueci de abrir o envelope.

Uma semana depois, ele me ligou e perguntou se eu tinha aberto o envelope. Mas qual envelope? Imediatamente, caiu a ficha e lembrei. “Paulo, desculpa, deixei na minha estante e esqueci completamente. Vou abrir e te ligo depois”, eu respondi.

Pedi desculpas de novo, envergonhadíssimo. Desliguei o telefone e fui em busca do tal presente. Procurei na casa inteira e nada. Morrendo de vergonha, não retornei a ligação. Uma semana depois, a faxineira encontrou um envelope atrás da geladeira e me entregou. Era o famoso envelope.

Abri e meus olhos brilharam: à minha frente estavam dois originais aquarelados espetaculares, customizados especialmente para mim. Um artista de talento raro e uma pessoa tão gentil. Bonachão. Seu sobrenome deveria ser esse. Que falta você vai fazer, Paulo Bonachão Caruso.

Colaborou: Luciano Veronezi e Andreza de Oliveira

Adão Iturrusgarai|Folha de São Paulo

Cartunista que publicou na Ilustrada por mais de 20 anos, é autor das tirinhas Aline e Rocky & Hudson, entre outras

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Playboy|1980

1981|Shannon Tweed. Playboy Centerfold

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© Jan Saudek

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A última sessão de cinema

Ao menos nos últimos dez anos raramente tenho ido ao cinema. À exceção do sempre instigante Pedro Almodóvar, cronista implacável de nossos (modernos?) vícios e virtudes, ou um que outro David Lynch, nada mais me leva a trocar o conforto deste Palacete do Tico-Tico, feito de livros, jornais, revistas, CDs, DVDs, sem falar da onisciente internet, pelas geladas salas de exibição escondidas em pisos e sub-pisos dos inefáveis shoppings da vida.

Com a morte recente de Ingmar Bergman e de Antonioni, os últimos dinossauros iluminados daquilo que o saudoso jornalista Aramis Millarch gostava de chamar “a sétima arte”, confesso que a coisa piorou.

Ainda que não mais fizessem filmes, para este vosso “rarefeito” escriba, – como costuma classificar a minha sociofobia o brilhante amigo Toninho Vaz -, a morte de Bergman e Antonioni foi assim como se um definitivo balde de água fria sobre o que ainda restava em mim de entusiasmo pelo cinema.

Nada contra o cinematógrafo – ouviu, Almir Feijó? -, você que, mesmo enfarado do dito cujo, ainda dele se ocupa com raro talento. É que chega uma idade em que, talvez perigosamente, passamos a viver do que foram as tão suntuosas quanto avelhentadas epifanias.

Gastos ou jovens senhores, creiam: no Cine Plaza, de tantas glórias, ao lado de Lélio Sotto-Maior, uma das mais exaltadas vocações de teórico cinematográfico que o Brasil já teve – hoje muito doente e injustamente esquecido no bairro do Juvevê, em Curitiba -, assistimos ao que foi, em verdade, o cinema. Isso mesmo!

Nem queiram saber o que era aquilo, ou melhor, o que era aquela obsessão: só La Chinoise (A Chinesa), do ora quase octogenário Godard, vimos, eu e Lélio, em nossos pouco mais de vint’anos, contadas nos dedos, exatas cinco vezes! Eclipse e Blow Up, de Antonioni, no Cine Clube Santa Maria, aí umas três; e o genial Bergman (Morangos Silvestres e O Sétimo Selo, sobretudo) já nem lembro mais quantas vezes foram.

Aquilo era o cinema, senhores. Mesmo filmes “B”, como Os aventureiros ou Dr. Jivago, por exemplo, enquanto não soubéssemos de cor no mínimo a trilha sonora, não sossegávamos. E de reprise em reprises matávamos as tardes demoradas da aldeia, aquele tempo em que Curitiba era só um tosco burgo, cartorial e danadamente provinciano. Sem TV, computador ou motel digno desse nome…

Tristíssimo saber que Bergman e Antonioni estejam mortos; definitiva e para sempre eternamente mortos. Mas se existe honra que eleva e consola esta é a de havermos testemunhado que, além da morte limpa, sem maiores tormentos físicos, nossos ídolos cumpriram uma vida longa, produtiva e gloriosa. Bergman – 89 anos; Antonioni – 94.

Nem uma lágrima – por um ou pelo outro; nenhum desespero ou angústia… Mostraram aos criadores de diversas áreas que, em definitivo, o final do século 19, e parte do 20, morreram, com seus artistas “malditos” e suicidas, graças a Deus!, antes deles.

12|08|2007]|O Estado do Paraná

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Adivinha

O governador bem que foi duas vezes conversar com Renan Filho, ministro dos Transportes, para definir um modelo de pedágio para as rodovias federais no Paraná. Uma delas nesta semana, quando combinaram que a vinda no ministro seria hoje para a assinatura do ajuste. O ministro furou e não veio, sem dar satisfação, nem mesmo o clássico “problemas de agenda”, deixando o governador a ver navios, pendurado na caneta.

Estava bom demais para ser verdade. O governador não visitou Lula depois da eleição, e quando o viu em carne e osso foi em reunião com todos os governadores – as más línguas dizendo que o governador chegou atrasado e saiu adiantado. Quem aprontou isso? Martins D’Alvarez sugere: o diabo me cegue, o céu me carregue, se não foi [coisa coisa] de mulher: Gleisi Hoffman, que arbitra com Lula as coisas federais no Paraná.

Afinal, na eleição o governador doou sua alma a Bolsonaro, quer dizer, ao diabo.

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Shiva e uma taça de vinho

Capitulei. Se você vai pelas escurecidas e frufruleantes trevas terrêneas, pode se dar mal — me empurraram esse presságio. O subaquático entendimento de duas focas ou de dois pinguins, uma conversa de dois relógios digitais desorientados – assim resumiria meu desassossego. Preferi uma saída menos incrustada de dispêndio energético.

Fui direto às irradiações telúricas guimarães-rosenses.  Ele que chamou a vida de destino em estado impuro. Vá se entender com ele, que baixa éditos e convoca palavras esquivas. Elas baixam a cabeça e seguem a frase no rumo do matadouro. Não dão conta nunca do resultadão, do ostentortuoso rio que recheia as páginas e correlouco, sem regatear, até o fim-mar. Escachoar permanente de verbos, substantivos e adjetivos com espumas novas. Desconfiam-se mutuamente e se convivem gramatical-mente. Criam incerto terreno aquoso para leigos e desavisados.

Mas no meio de um rodamoinho salta e regouga um ‘amar é a gente querer se abraçar com um pássaro que voa’. E corto as asas do meu pássaro que quer voar para junto de Barbara Black, Ph.D. Morning as broken! Se eu pudesse ser mais corriqueiro, cotidiano, contíguo.

Declararam morte cerebral do meu coração. Ou seria morte coracional do meu cérebro? Importa é que os dias e as horas passam céleres. Queria mesmo achar o parágrafo perdido do meu texto. Levantar qual bandeira-guitarra e dar um golpe de fuego. Ele seria a boia de luz no mar revolto da espera para atrair Barbara, Ph.D. Não tenho forças para retirar o sufixo acadêmico do seu nome. O que não daria por um nome simples, sonante, coracionalmente sonante: Barbara. Me abraço ao pássaro da saudade que levanta voo doido dentro da minha casa.

Vai voando direto contra o vidro transparente. Tuf! Som seco de corpo emplumado contra o vidro. Algo de morte humana no som. E cai quietamente quieto em cima do sofá, asas derreadas: sofrendo. Não haveria Rosa que desse jeito verbal naquelas asas. Sofro junto, mas apenas por questão de estética.

Toca o telefone. Petulâncias do destino em estado burro. Não atendo

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Nude imobiliário

Seu bolso furado e vazio penetrou a minha bolsa vagabunda e falsificada

Foi na semana em que as Torres Gêmeas caíram. Eu fazia estágio em uma agência de publicidade, e ele apareceu lá para mostrar seu portfólio de redator.

As roupas que usava eram da Galeria Ouro Fino, e na época eu achava isso mais sexy que caráter. No elevador lancei minha risadinha tímida, tipo da coisa que faço para enganar rapazes fingindo que sou suave. Não obtive sucesso com meu personagem doce, então escrevi algum texto meio depravado e mandei para o email que estava em seu cartão de visitas. Combinamos de sair, o que nunca ocorreu –e nisso se passaram mais de 20 anos.

Mas o que acho importante ressaltar é que éramos dois durangos extremos em meio a um glamour sufocante. Enquanto os estagiários, quase todos filhos de clientes, chegavam com motoristas em blindados, eu tinha de acordar às cinco da manhã para atravessar a cidade, e ele emanava o puro suco da caipirice não herdeira. Na verdade, o que acho importante frisar mesmo é que um ambicioso agudo sabe reconhecer outro ganancioso ávido. E na única vez que nos vimos, naquele elevador, o match que demos foi claramente capitalista. Como se o bolso furado e vazio dele penetrasse a minha bolsa vagabunda e falsificada. Em algum lugar do cosmos, transamos nossa obstinação vexatória pela aristocracia comprada a prazo.

Eis que semana passada, zapeando os stories do Instagram antes de dormir, vi o que podemos chamar de “a sala mais bem decorada de que já tive notícias”. Eu, que sou uma espécie de voyeur masoquista de imóveis, que entro no site da Axpe só pra sofrer bem gostoso, que apelidei o Casas Brasileiras do GNT de meu Xvídeos, que quando encontrei o Isay Weinfeld fazendo exame de urina o persegui pelo laboratório. Eu desejei lamber aquele tapete, morder aquelas cadeiras, apanhar da mesinha de centro. Quem habitava aquele cantinho de elegância vigorosa?

A vista dava para um campo verde belíssimo. E nada fazia o estilo ostensivo rico babaca. Nada lembrava pisos claros brilhosos ou peças tão caras quanto bregas, estrategicamente posicionadas, tal qual brasões ridículos acima do peito. Poderia muito bem ser a casa de um intelectual progressista angustiado com seus desejos mercantilistas fazendo um tipinho meio farto de seus objetos de design, se algum dia um intelectual progressista angustiado com seus desejos mercantilistas e fazendo o tipinho meio farto de seus objetos de design pudesse ganhar o dinheiro que a publicidade paga.

O rapaz chegou lá. Foi o que ele havia afiançado mais de 20 anos atrás, apenas com a cintilação do seu olhar já gasto pela dispersão em esbórnias.

Por três dias, trocamos toda sorte de imagens eróticas: meu puxador bem cavado, o pezinho retorcido da sua poltrona de leitura, o banquinho de quatro para meu descanso, seus pilotis, minha prumada desnuda, seu pínus, meu cumaru, seu goiabão, meu pau, seu carvalho. “Hmmmm, você malha?” “Já fiz muito retrofit.”

Nada como dar certo na vida.

Publicado em Tati Bernardi - Folha de São Paulo | Deixar um comentário
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Mural da História

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