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1965|Março – General presidente recebe primeira vaia
Universitários do Rio protestam contra Castelo Branco; cinco são presos
Ao deixar a Escola Nacional de Arquitetura, onde fora participar da abertura dos cursos da Universidade do Brasil, Castelo Branco é vaiado por cerca de 150 estudantes. Acompanhavam o general presidente o ministro da Educação, Raimundo Moniz Aragão; o ministro da Fazenda, Octávio Gouvêa de Bulhões; os ministros das Casas Civil e Militar, Luís Viana Filho e Ernesto Geisel; e o embaixador dos EUA, Lincoln Gordon, entre outras autoridades.
Terminada a aula inaugural do professor Iberê Gilson, diretor da Faculdade de Ciências Econômicas, que abriu a solenidade, a maioria dos estudantes presentes deixou o recinto. Quando Castelo Branco tomou a palavra, o espaço antes ocupado pelos universitários estava praticamente vazio. Ao deixar o prédio, o presidente parou por alguns instantes no saguão para ouvir reivindicações de estudantes. Quando atravessava a porta principal da escola acompanhado de sua comitiva, o murmúrio surdo que começou entre os universitários se transformou em vaia. O general abaixou a cabeça e deixou o local a passos rápidos.
Foram presos imediatamente no local pela Polícia do Exército (PE) os estudantes Nei Couto Marinho (4º ano de medicina), Mauro Fernando Campos (5º ano de engenharia), Sérgio Medeiros (2º ano de engenharia), Milton Castro Filho (1º ano de direito) e Nacif Elias Haid Sobrinho (aluno de filosofia). Conduzidos ao quartel da PE, seriam libertados no final da tarde e novamente presos pelo Dops. Três deles seriam soltos depois de algumas horas. Nacif e Milton foram mantidos incomunicáveis porque assumiram a responsabilidade pela manifestação. Todos sofreram processo disciplinar e foram condenados a penas de suspensão.
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Tempo
Talita do Monte, Salão Internacional de Humor do Piauí, Teresina, 2007. © Joyce Vieira
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Com a tag joyce vieira, salão internacional de humor do piauí, talita do monte
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Por que Michelle Bolsonaro é hoje o nome mais competitivo da direita
Três perguntas para Maurício Moura
Maurício Moura é pesquisador, economista e professor de Estatística da Universidade George Washington e finaliza um livro sobre as eleições brasileiras de 2022. Aqui, ele fala sobre o futuro do bolsonarismo.
1 – Quem herdará o eleitorado de Bolsonaro?
Primeiro, é preciso separar esse eleitorado em duas partes. Existe aquele grupo que está com o ex-presidente Jair Bolsonaro pelo menos desde 2017 e que foi totalmente indiferente a todos os desvios da sua administração. São os “bolsonaristas raiz”, que compõem algo como 5% a 10% do eleitorado brasileiro. Sempre foi um grupo muito duro, muito forte — o mesmo que levou o Enéas Carneiro [ex-deputado federal e ex-candidato à Presidência com programa nacionalista e conservador, morto em 2007] a ser o terceiro colocado nas eleições presidenciais de 1994. Hoje, eu não consigo ver alguém que substitua a figura do Jair Bolsonaro nesse grupo — talvez alguém da família dele.
Outro segmento do eleitorado bolsonarista muito importante é o que representa o antipetismo. Trata-se de uma base instalada e muito maior, mais enraizada e mais complexa que a dos bolsonaristas raiz. Essa base, que representa quase a metade do país, inclui o público evangélico, majoritariamente de classe média baixa.
Nesse segmento, há muitos nomes com potencial para ocupar o lugar de Bolsonaro, na eventualidade de ele não querer ou não poder se candidatar em 2026: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); o governador de Minas, Romeu Zema (Novo); a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro; ou algum governador mais jovem do PSDB, como Eduardo Leite ou Raquel Lyra. No momento, esse espaço está aberto.
2 – Dos nomes citados, Michelle Bolsonaro seria hoje o mais competitivo?
Sim, porque os atributos dela são mais óbvios do que os dos outros. A começar pelo fato de ela ter o sobrenome Bolsonaro. Além disso, é uma pessoa conhecida nacionalmente. Nessa eleição de 2022, o que antes de mais nada diferenciou Lula e Bolsonaro dos outros competidores foi que os dois eram amplamente conhecidos no país.
Outro ponto que torna o nome da ex-primeira dama mais competitivo do que os outros é que ela é uma figura que dialoga com o segmento evangélico — um terço da população. Essa penetração já a colocaria numa posição vantajosa numa competição eleitoral.
3 – O que pode fazer Michelle crescer ou diminuir de tamanho até 2026?
Para crescer, ela tem primeiro de se colocar como uma liderança nacional, algo que não fez e não sabemos se irá fazer. A ex-primeira-dama nunca participou do processo eleitoral e, por enquanto, tudo o que se diz a esse respeito é especulação.
Mas, caso ela venha a se colocar, o que pode fazer com que as suas chances eleitorais diminuam até 2026 é, sobretudo, a hipótese de ter seu nome envolvido em algum escândalo. E, levando em conta os perfis dos segmentos evangélico e antipetista, episódios relacionados à corrupção serão sempre os piores.
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Publicado em Thaís Oyama - UOL
Com a tag Bolsonaristas
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Flagrantes da vida real
Cada qual com seu mundo na palma da mão. © Maringas Maciel
Escroto é quem xinga os velhos de escrotos
É preciso ter coragem para ignorar os odiadores de plantão
Na semana passada, fiquei impactada com a chamada no site da Folha: “‘Chamar de velha escrota é o maior xingamento, mas não me ofende’, diz Susana Vieira”.
Aos 80 anos, a atriz não tem planos para se aposentar, apesar de saber que, dificilmente, será chamada para protagonizar uma novela. Ela contou que, quando querem ofendê-la, os internautas a xingam de velha.
“O xingamento mais comum neste país, independentemente de brigas partidárias, é me chamar de velha. Acham que estão me ofendendo! … Velhos somos todos. Todos ficaremos! …Me chamar de velha escrota, perguntar se esta velha não morreu, é o maior xingamento. Mas não me ofende, porque estou velha, mas não me acho velha.”
Fui, então, perguntar aos meus amigos nonagenários se eles se sentiriam ofendidos com o xingamento.
Uma amiga querida, de 97 anos, respondeu: “Velha não é xingamento. Sou velha mesmo, qual é o problema? O pior é o que vem depois de velha: caquética, decrépita, teimosa, inútil, imprestável, descartável, gagá, maluca, doida, ridícula. Ser escroto não tem nada a ver com idade, tem a ver com caráter. Escroto é quem xinga os velhos de escrotos”.
O que eu aprendi com meus amigos nonagenários?
Escroto é quem dissemina ódio, preconceito e intolerância, quem faz com que os velhos se sintam um peso para a família e para a sociedade;
Escroto é quem diz que velho não serve para nada, que pode morrer mesmo, que vai ser até bom para a Previdência, que o grande problema do Brasil é que os velhos querem viver até os 100 anos;
Escroto é quem debocha da morte de 700 mil brasileiros, quem sabota a vacinação, o uso das máscaras e as recomendações da ciência;
Escroto é quem acha que os velhos não podem ser autônomos e independentes, que não podem administrar o próprio dinheiro e a própria vida;
Escroto é quem não presta atenção no que os velhos dizem, quem só quer dar ordens e quer que eles obedeçam, quem não consegue conversar e escutar;
Escroto é quem acha que a maioria dos velhos é idiota, manipulável e de direita e que acredita em tudo o que recebe pelo WhatsApp;
Escroto é quem não reconhece que muitos velhos cuidam de filhos, netos e bisnetos, estão sempre lendo jornais e livros, fazem compras pela internet, conversam diariamente com amigos e parentes, resolvem problemas da casa, fazem cursos, escrevem poesias, tocam piano e muito mais;
Escroto é quem tenta tirar vantagem, engana, mente, rouba, xinga, humilha, diminui e é violento física, verbal e psicologicamente com os velhos;
Escroto é quem não respeita a dor dilacerante dos velhos que perderam seus amigos e parentes;
Escroto é quem reproduz e fortalece os estigmas, vergonhas e medos associados à velhice;
Escroto é quem quer calar a voz dos velhos e quer torná-los invisíveis;
Escroto é quem não faz absolutamente nada para cuidar dos velhos e ainda critica, atrapalha, agride e dificulta o trabalho de quem tenta ajudar e cuidar;
Escroto é quem não consegue enxergar a beleza de todas as fases da vida.
Quando contei que fiquei muito triste porque um odiador de plantão disse para eu parar de falar sobre meus amigos nonagenários, bela velhice, velhofobia e passar a escrever sobre coisas diferentes, minha amiga de 97 anos me deu o seguinte conselho:
“Coragem, Mirian, tem que ter coragem para ignorar as víboras peçonhentas. O veneno só mata se você engolir. Ele deve ser o típico caga-regras, dono da verdade, autoritário e prepotente, que se acha superior e com o direito de vomitar suas opiniões mesquinhas e medíocres. Tenha certeza de que se ele é um cretino com você, ele é assim com todo mundo. Deve acordar pensando: ‘Quem será que eu vou infernizar hoje? Vou desqualificar e diminuir o trabalho de quem?’. Ele se acha poderoso porque agride e machuca, mas é um covarde parasita: vive de destruir a saúde física e emocional dos outros. É um pedacinho de fruta podre que consegue estragar a salada de fruta inteira”.
Ela me fez uma pergunta que não sei como responder: “Será que quando esse imbecil asqueroso envelhecer vai ter alguém que ame e cuide dele como você ama e cuida dos seus velhos?”.
Mulheres da Índia
© Lucília Guimarães
Como está o tempo?
—Que tempo, né?
—Pois é, ainda ontem não estava assim. Cruzei com ele. Estava firme, sem nenhuma aparência de chuva.
—Não, não é o mesmo que eu vi. Hi, estava enferruscado, cara de poucos amigos, pronto pra desabar.
—Minha mãe disse que isso é coisa de hoje. O tempo pra ela nunca foi assim. Era ameno, respeitava as estações. No inverno fazia frio, no verão, só calor.
—Pro meu pai, o tempo corria sempre bem. Não estava nem aí. Não estressava. Com chuva, com sol, com guerra, sem guerra. Ele estava sempre na boa.
—Minha avó também sabia levar a vida. Não tinha tempo ruim pra ela. Mas, hoje, mudou. Ela passa ao tempo todo se queixando desse tempo horrível de hoje.
—É, todo mundo sem tempo pra nada. Na correria. Parece que todo mundo vai tirar o pai da forca.
—É, os tempos bons… já se foram.
—Não é bem assim. Agora mesmo está fazendo tempo bom…
—Mas está frio, virando pra chuva.
—Em dois tempos, muda. Temos que ser otimistas.
—Faz tempo que nem sei o que é otimismo. O tempo todo é só preocupação, notícias ruins, falta de perspectivas…
—Dê tempo ao tempo…
—Tentei. O tempo que passei com meus filhos na praia foi ótimo. Não esquentei com nada. Calor, sol. O tempo todo com eles, curtindo.
—Não falei que ia chover! Essa garoa chata. Vai durar um tempão.
—Bom tempo pra pegar uma gripe! E faz tempo que não vê tua família?
—Dois anos. Ninguém tem tempo pra se encontrar. Um pra lá, outro pra cá. E assim vai.
—Na minha, só minha tia não tá nem aí pro tempo. Fez 95 anos. Inteiraça. Não reclama do tempo. Só dos pés frios, mesmo no verão.
—É, cada um com seu tempo. Cinco minutos de chuva e já tem gente reclamando. Esqueci o guarda-chuvas! Vou perder a hora do dentista.
—O tempo, mesmo, não tá nem aí. Chove, passa cinco anos, faz sol, deixa muita gente esperando. O tempo vai em frente.
—E nós aqui, parados. Conversando. Matando tempo.
—É pura perda de tempo. Mas a gente não consegue viver sem falar do tempo. Falar bem ou falar mal.
—Todo mundo que se encontra, fala do tempo. O tempo dá álibi pra gente falar com desconhecidos. Que tempinho, heim? Pois é, só chove! Mas na TV diz que vai mudar. Ah, a TV nunca acerta. Bom, té logo!
—O tempo deve pensar: falam bem ou mal, mas não vivem sem mim.
—Vou indo, que minha namorada está me esperando. Tenho pouco tempo pra pegar o ônibus.
—Até mais ver. Se der tempo, me ligue. Se não chover. Tchau!
*Rui Werneck de Capistrano escreve para não enlouquecer
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