Ave, Rogério!

Rogério Dias pinta e borda no lançamento do livro “Ave, Rogério”. Autografando para a nossa arquiteta Dóris Teixeira, em algum lugar do passado.  © Lina Faria

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Voz que se cala

“Amo as pedras, os astros e o luar
Que beija as ervas do atalho escuro,
Amo as águas de anil e o doce olhar
Dos animais, divinamente puro.
Amo a hera que entende a voz do muro,
E dos sapos, o brando tilintar
De cristais que se afagam devagar,
E da minha charneca o rosto duro.
Amo todos os sonhos que se calam
De corações que sentem e não falam,
Tudo o que é Infinito e pequenino!
Asa que nos protege a todos nós!
Soluço imenso, eterno, que é a voz
Do nosso grande e mísero Destino!…”

(Florbela Espanca)

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Beach Bettie.  © Ishotmyself

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Já foi na Academia hoje?

Luiz  Rettamozo, Patrimônio da Humanidade. © João Urban

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As_I_Feel. © IShotMyself

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Doze anos de alagação

NÃO É DE HOJE que Curitiba quase afunda com chuvas e enchentes. Não é de hoje que Rafael Greca é prefeito, coisa de doze anos (interregno de Gustavo, o breve, não conta). O que ele fez sobre o problema? Nada e não podemos cobrar nada dele. Nosso prefeito é devoto do padroeiro dos motociclistas, o santo xará, Rafael, ele e Jair Bolsonaro, que recebeu na prefeitura com salamaleques e ademanes.

Nosso prefeito não acende velas para são Pedro, o santo da chuva. Nem para são Valdomiro Magno, também xará nos dois nomes, nosso prefeito presta devoção. Afinal, o santo é ucraniano, e magno, para nosso prefeito, só existem dois: ele e Alexandre, nessa ordem. Enquanto Curitiba alagava, o prefeito estava em Lisboa, devoto do vinho verde e do bacalhau espiritual. 

Doze anos de chuva, doze anos do mesmo prefeito, ressalvado o interregno de Fruet, ocupado em conceder alvarás para derrubar o Hospital do Ahú e liberar o hipermercado na área coalhada de supermercados. Rafael  gosta da chuva que refresca; mora em andar alto, imune a enxurradas e goteiras. E sonha com o dilúvio curitibano, ele a pilotar e MinhaMargarida a perfumar a arca.

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Três perguntas para Pablo Ortellado

Fundador do Monitor do Debate Político no Meio Digital e professor de Gestão de Políticas Públicas na Universidade de São Paulo, Pablo Ortellado fala sobre como a direita e a esquerda produzem e consomem “fake news”

1 – Quem tende a acreditar mais em fake news, a direita ou a esquerda?

“É difícil mensurar a circulação de mentiras e compará-las de maneira metodologicamente séria. Como cientista, portanto, a resposta é que não sei. Mas, como estudioso e observador do assunto, mesmo sem elementos empíricos para embasar essa opinião, eu diria que a circulação de desinformação é muito maior na direita do que na esquerda.

Isso se deve a duas coisas. Primeiro, ao fato de, no Brasil, a direita ter ficado muito radicalizada, apaixonada e, recentemente, inconformada com o resultado da eleição. Isso faz com que ela ‘compre’ muito fácil o que lhe é empurrado pela máquina de propaganda.

Em segundo lugar, há o fato de que a direita esteve nos últimos quatro anos no poder e, a partir do momento em que a imprensa cumpriu o seu papel de fiscalizar o poder, os apoiadores dessa direita se afastaram da imprensa profissional. Assim, perderam um contraponto possível para a desinformação.

Eu chamo a atenção para essa questão porque, agora que a esquerda passou a ser situação, é possível que tenhamos um fenômeno semelhante, mas com sinal invertido: à medida que a imprensa for fazendo o seu papel, de fiscalizar o novo governo e denunciar seus eventuais erros, pode ser que os leitores de esquerda se afastem da imprensa profissional e comecem a se encapsular na máquina de propaganda da esquerda — que também existe.”

2 – Que tipo de fake news tende a ser mais compartilhada?

“As que despertam o sentimento de indignação.

Em geral, no Brasil, isso se traduz em conteúdos noticiosos que recaem sobre adversários políticos na forma de acusações como a de que a esquerda roubou ou de que a direita agiu de forma discriminatória, por exemplo. Qualquer conteúdo que desperte sentimentos fortes é um propulsor de compartilhamentos, mas a indignação é o mais poderoso deles.”

3 – O governo Lula criará um órgão contra a desinformação. Há risco nisso?

“Acho que a própria ideia de tratar o problema da desinformação enquanto desinformação não é muito apropriado. Na Europa, por exemplo, que está lidando com o assunto de forma muito séria, a tentativa não é de regular a desinformação, mas os seus efeitos na saúde pública, no discurso de ódio, na integridade eleitoral e assim por diante.

Por exemplo: se você postar numa rede social que quem tomar vacina contra a covid vai pegar aids, você vai ser investigado e processado por crime contra a saúde pública, e não pelo crime de desinformação. É um caminho que eu julgo sensato, sobretudo porque evita que o Estado fique responsável por arbitrar o que é verdade e o que é mentira, o que é muito perigoso.”

Comprovado: fake news e a tia do zap, tudo a ver.

Com base no banco de dados do Facebook, Pablo Ortellado e o também professor da USP Márcio Moretto conduziram um estudo no ano passado com mais de 1 bilhão de usuários da rede em 46 países. O objetivo era aferir a relação entre o compartilhamento de conteúdos na rede social e a idade dos usuários, além da natureza do conteúdo compartilhado – se politico ou não político, se de direita ou de esquerda.

Em 43 dos 46 países analisados, os pesquisadores constataram que as pessoas mais velhas costumam compartilhar mais mensagens do que as pessoas mais jovens.

Num detalhamento do estudo feito com 203 milhões de usuários do Facebook em quatro países da América Latina — Brasil, Argentina, Colômbia e Chile –, os pesquisadores concluíram que, além de compartilhar mais links que os jovens, os usuários mais velhos também saem na frente em número de compartilhamento de notícias sobre política, em número de compartilhamento de fake news e em número de compartilhamento de fake news com viés de direita.

Para os autores do estudo, essas conclusões reforçam a necessidade de incremento das pesquisas que investigam a possibilidade de pessoas idosas serem mais suscetíveis a estímulos vindos das redes sociais do que os jovens. Os pesquisadores concluem o estudo com a sugestão de estender “também às gerações mais velhas” os projetos de alfabetização midiática que, em geral, têm como alvo apenas crianças e jovens.

Publicado em Thaís Oyama - UOL | Deixar um comentário
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Flagrantes da vida real

Se o meu fusca falasse… © Maringas Maciel

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1900

A Model , Studio du Val de Grâce, Paris, 1900. © Alphonse Mucha Trust

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Olhar

© Ricardo Silva

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Brasil Limpeza

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Alevtina Batman. © Zishy

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Fundando uma filosofia

Crie, primeiro, uma hipótese obscura e de pouco provável verificação por meio de um microscópio. Algo mais ou menos como “todos os triângulos isósceles são monogâmicos”. A partir daí, desenvolva um raciocínio cheio de curvas e ribanceiras até chegar à margem esquerda do Rio Ganges. Em lá chegando, primeiro lance a pedra fundamental de sua filosofia na água. Se fizer cinco sardinhas, conte com bons presságios! Depois, entre na água até a cintura, faça um pedido ao deus de sua predileção e afunde a cabeça. Volte à superfície respingando água e cocô, porém com um sorriso nos lábios. Encha os pulmões de ar, novamente, e tente visualizar um triângulo isóscele se aprontando para ir ao baile de formatura da filha mais velha.

Ele calça os sapatos, veste a calça, a camisa, o paletó e depois põe as meias, a cueca e a camiseta. Não ria. Ele está fornecendo material suficiente para você encher a memória do seu micro com palavras de fino trato e boa educação. E em seguida, proporcionar a nós, simples viventes, todas as regras e todos os caminhos para a mais completa chafurdação nas entranhas da vida. Deve surgir, solidificando todo seu esforço, o corolário para a proposição levantada. Talvez você deduza algo como “logo, os monogâmicos se inclinam 45 graus centígrados para leste”.

A partir daí, estudiosos dos mais afamados centros de pesquisas franceses poderão desenvolver teses de mestrado, doutorado ou de auto-ajuda. Um dos prováveis caminhos será o de provar que, vivendo em um trapézio, o triângulo isóscele pode cair a qualquer momento em tentação e partir para bigamia, poligamia ou polo aquático. Isso, como se sabe, porque o trapézio vive balançando entre o ter ou não ter, ser ou não ser, coçar ou não coçar, trair ou não trair, ovo cozido mole ou duro.

Não se desespere se a comunidade científica não cair de joelhos imediatamente aos pés da tua filosofia. Bonitrates Torvo esperou cem anos depois de morrer para ter reconhecida sua brilhante sacada “de dia, todos os gatos são da cor que são”. Cujo corolário “logo, gatos e cores devem ser parentes próximos” sacudiu as bases da filosofia desde Sócrates até Rivelino. Infelizmente, ele não pode ir a Budapeste e nem comparecer à cerimônia de entrega do diploma a que fez jus. Seu passaporte estava vencido e a lavanderia não entregou o terno a tempo. Ele teve que se contentar com a transitoriedade do seu adiantado estado de putrefação para o de celebridade em pó.  Mãos à obra e pé na estrada. A cabeça, deixe em casa.

*Rui Werneck de Capistrano é filósofo de esquina

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Imperdível!

Pra rever – Dylda – Uma Mulher Alta. Na Leningrado de 1945, Iya e Masha são duas jovens mulheres em busca de esperança e significado em meios aos destroços deixados na Rússia após a Segunda Guerra Mundial. O cerco de Leningrado, um dos mais brutais da história, chegou ao fim, mas reconstruir suas vidas permanece uma situação cercada de morte e trauma.

Drama, 2019, (2h 17min). Direção de Kantemir Balagov, 2h17min. Com Vasilisa Perelygina, Konstantin Balakirev e Ksenia Kutepova, Rússia.

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