Flagrantes da vida real

Curitiba – Chique no úrtimo!  © Maringas Maciel

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Mural da História

Sem medo do lugar-comum, vale a pena repetir: o riso sempre se constitui numa arma eficaz contra a prepotência. Certamente os trabalhos reunidos neste livro, assinados por alguns dos melhores artistas do cartum no Brasil, contribuíram para revelar as mazelas do autoritarismo que por mais de 20 anos dominou o País.

Censurados nos meios de comunicação, esses artistas encontraram no Salão do Humor de Piracicaba, inaugurado no apogeu (1974) do regime militar, o meio para manifestar o seu inconformismo. Por isso, ao editar este livro, que reúne o melhor do Salão do Humor de 1974 a 1984, a Imprensa Oficial do Estado oferece ao público um significativo testemunho da luta contra a repressão que caracterizou a nossa história recente. Testemunho via riso-raiva -inconformismo.

Poucas iniciativas culturais, em nosso País, têm recebido apoio popular tão expressivo como o Salão do Humor, visitado anualmente por mais de 150 mil pessoas. Atendendo ao convite da Prefeitura Municipal de Piracicaba, a Imprensa Oficial do Estado passa, a partir deste ano, a co-patrocinar o Salão. Coube-lhe, nesta promoção, organizar uma exposição retrospectiva dos salões realizados de 1974 a 1984 e agora a edição deste livro —mais do que uma coletânea de humor, documento de uma época. (Audálio Dantas 1929|2018)

São Paulo, 1985, Imprensa Oficial do Estado S.A. IMESP, Prefeitura de Piracicaba. Quem procurar, acha.

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Nossa Tribo

O cartunista que vos digita e Ligia Kempfer, no Paço da Liberdade, 2017. © Bill Matsuda. 

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Fraga

© Tânia Meinerz

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Memória

Qualquer pessoa que tenha vivido parte de sua infância no início do anos 60 não passou incólume à mágica das válvulas de uma TV. Você girava o botãozinho “Ligar” no sentido horário, corria pra trás do aparelho e espiava aquelas pecinhas de vidro com formato de naves espaciais acenderem suas luzes lentamente até esquentarem e fazerem a imagem aparecer também devagar.

Esse era o prenúncio da mágica que o monitor branco e preto traria. Um mundo povoado por caubóis, astronautas, gatos malandros, telecatchs, Hebes Camargos, Flávios Cavalcantes, seriados de gangsters e, claro, National Kid.

Não bastasse o Laerte nos surpreender a cada tira, a cada história ou a cada cena desenhada com sua conhecida maestria, e ainda se atreve a meter a mão num baú que, de certa forma, todos carregamos.

Nessa coletânea de historietas publicadas originalmente na Ilustrada da Folha de São Paulo, ele fala dele mesmo rodeado por um mundo ainda a ser explorado. A infância, as crises da adolescência, os brinquedos, os desenhos animados, a guerra entre meninos e meninas. Mas, mais que isso, parece nos perguntar o tempo todo: “Lembra disso?”

Alguns irão se lembrar, entrar num túnel do tempo e se deliciar com recordações de uma época recheada de curiosidade e ingenuidade.

Quem não se lembrar ou se não tiver vivido essa época, aproveite. Na edição caprichada, cheia de fotos, recortes e desenhos de um Laerte criança, está a oportunidade de uma viagem pelas mãos e olhos de um de nossos artistas mais talentosos e ímpares. Orlando Pedroso brincava de ir à Lua com válvulas de TV queimadas e tem um diplominha original do Clube do Capitão 7.

Orlando, El Pedroso, que também fez a foto – 18|8|2007

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Quando o ódio domina o Planalto Central

O que dizer da turba enlouquecida de bandidos bolsonaristas que invadiu os prédios e destruiu o mobiliário dos palácios do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal e saqueou-os, no último domingo, em Brasília? Patifes? Canalhas? Abjetos? Delinquentes? Facínoras? Terroristas? Tudo isso seria muito pouco, diante do que os salafrários causaram não apenas à democracia, às instituições da República, ao patrimônio público e ao conceito internacional do Brasil. Eles foram apenas o retrato do seu inspirador e incentivador – aquele ignóbil cagão, que fugiu antes de terminar o mandato para a terra de seu ídolo topete alaranjado, mas deixou aqui plantada a semente do ódio, da desordem, da calhordice e da indecência.

Disse-o bem o mestre Ze Beto, ainda no domingo:

“Essa cambada de imbecis vestidos de verde-amarelo se alimentou durante quatro anos do veneno da ignorância – este que despertou o que há de pior numa sociedade, esse verniz que os fazem crer serem patriotas, mas que revela serem eles nada mais do que uma rima, pois idiotas violentos que não sabem o que é democracia, o menos pior dos regimes. Uma semana depois da posse de um novo governo, eleito de forma legítima, eles, como vermes teleguiados, fizeram hoje o show de horror nunca antes visto – ato de provocação que pode resultar num grande cabresto para que ser restrinjam ao curral fétido que os abriga.”

A violência era esperada. Fora anunciada pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência), mas as autoridades brasilienses, a partir do governador bolsonarista Ibaneis Rocha, fizeram-se de tolas. Foram omissas, lenientes e até parceiras da baderna, no primeiro momento. Nenhuma providência foi tomada para reforçar a segurança da Praça dos Três Poderes – ao contrário, há flagrantes de que a PM do Distrito Federal ajudou a entrada dos terroristas.

Mais importante, porém, do que enquadrar os baderneiros/destruidores/ saqueadores e recolhê-los ao Presídio da Papuda, junto dos marginais de alta periculosidade, é identificar os mandantes e os financiadores da baderna (tal qual policiais, políticos e eventuais militares e servidores que tenham colaborado).  Esses, covardes como o seu santo padroeiro, têm medo de se expor publicamente e agem na penumbra do anonimato, acionando hordas de zumbis irresponsáveis e desequilibrados. Todos deverão ser responsabilizados, autores e patrocinadores, inclusive pelo pagamento dos prejuízos causados ao patrimônio artístico e cultural do país. É o mínimo que se espera de uma nação dita civilizada.

Lula foi obrigado a declarar intervenção federal na segurança pública de Brasília e o ministro Alexandre de Moraes afastou Ibaneis do cargo por noventa dias.

E o omisso Procurador-Geral da República, o notório Augusto Aras? Deve ter passado a noite escondido debaixo da mesa de seu gabinete. Só se mexeu na segunda-feira por pressão dos demais procuradores e sub-procuradores. Está na hora de deixar o cargo.

Também na segunda-feira, Luiz Inácio convocou os governadores estaduais para uma conversa. A pequena ratazana que ora habita o Palácio Iguaçu compareceu? Não foi notada. Sua fidelidade ao capitão fujão e ao papai do SBT talvez o tenham impedido. Arcará com as consequências.

A baderna foi inédita na história do Brasil. Assim como o país ter o sido desgovernado por um psicopata. Que as lições tenham servido e desatinos desse tipo jamais voltem a acontecer.

Além do que e sobretudo, a atitude revelou-se um autêntico tiro no pé dos baderneiros. As instituições públicas nacionais fortaleceram-se e Luiz Inácio Lula da Silva recebeu a unânime solidariedade, interna e externa, de entidades e partidos políticos, inclusive os da oposição, e de governantes dos principais países do mundo. 

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O mito deu baixa

Jair Bolsonaro emitiu nota sobre sua baixa hospitalar. Qualquer doente tem alta hospitalar. Os fascistas têm baixa, guerreiros como os militares que vão para a reserva.

Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário | Deixar um comentário
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Bolsonaristas detidos estão descobrindo para que servem os direitos humanos

Detidos por tentar promover um golpe de estado e destruir o patrimônio público, 1,5 mil bolsonaristas que desprezavam o “povo dos direitos humanos” estão descobrindo para que servem esses mecanismos. Seu “mito” tem repetido ao longo de sua carreira política que “bandido bom é bandido morto” e que quem não quer ser estuprado ou morto numa prisão, então que não cometa crimes.

Hoje, os criminosos descobrem que, se essas máximas de seu líder fossem usadas pelas forças de ordem e pela Justiça contra eles, teriam sérios problemas. Não há como negar que balas de borracha ou “perdidas”, golpes, execuções sumárias, sufocamento e tortura estão reservados em nosso país apenas a outro segmento da população. Mas não é o momento de desejar a esses criminosos bolsonaristas o mesmo destino. O que precisamos é que todos tenham direitos, mesmo detidos.

Eles incluem:

♦ A garantia da dignidade

♦ garantia de acesso à Justiça

♦ a garantia de um processo justo

Os direitos humanos não são apenas para uma parcela da população. São para todos e infraestrutura fundamental para a construção de uma democracia. Não se trata de um luxo. O contrário de uma sociedade pobre não é uma sociedade rica. Mas sim um país justo. E sem as garantias de direitos humanos, isso é apenas uma utopia.

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União férrea pela democracia

A única certeza que temos é que a luta será árdua, difícil e demorada

O fascismo nunca havia mostrado suas garras e caninos com tanta fúria e ferocidade entre nós. Só em golpes de Estado se vê tamanho grau de violência e barbárie contra a Constituição e os Poderes da República. O momento é de mobilização permanente em defesa da democracia e do país e de fortalecimento da autoridade do presidente Lula.

A selvageria contra o Estado democrático de Direito teve comando, planejamento, coordenação e estratégia. Não foi ato de aventureiros alucinados. Os financiadores do terrorismo têm que ser identificados e presos. Os culpados pelo caos, por ação ou omissão, devem ser punidos com rigor.

Um deles é o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que precisa ser afastado do cargo em definitivo. A Polícia Militar de Ibaneis protegeu os terroristas e os deixou livres para extravasar sua bestialidade contra as sedes dos três Poderes. Há dezenas de vídeos mostrando a cumplicidade de policiais. A insistência em nomear Anderson Torres como secretário da Segurança Pública fala por si.

O aparato federal fracassou estrondosamente. Força Nacional de Segurança, Gabinete de Segurança Institucional, polícias especiais do Legislativo e do Judiciário, Batalhão da Guarda Presidencial, Comando Militar do Planalto. Todas essas unidades obedecem a comandos, que devem explicações sobre a vulnerabilidade em que deixaram os prédios públicos.

Publicado em Cristina Serra - Folha de São Paulo | Deixar um comentário
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Angela Davis, professora e filósofa socialista que alcançou notoriedade mundial na década de 1970 como integrante do Partido Comunista dos Estados Unidos, dos Panteras Negras, por sua militância pelos direitos das mulheres e contra a discriminação social e racial nos Estados Unidos. © Getty Images

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Arachnofhile – iara_f. © IShotMyself

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Flagrantes da vida real

flagrantes-2Telefone pedindo bis! © Maringas Maciel

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Kat Keen. © Zishy

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A Louca

Lembra daquela mulher que costumava passear pelas estrelas, bastando deitar-se e fechar os olhos? Sou eu. Estou de volta de uma daquelas viagens. Foi a mais demorada de todas. A Via Láctea tinha tantos planetas, tantos sóis, que meus olhos se ofuscaram e eu não soube encontrar a estação de volta. Visitei o buraco negro. E de repente estava diante de ti. Teu sexo sem nexo, diante do qual, genuflexa, entrava em vertigem. Vi anjos – não apenas um ou dois: um séqüito. Fiquei perplexa.

Pois alvíssimas vestes vestiam, plúmbeos, desconexos; de uma brancura imensa, algodã. E quando me recordo do supremo sacrilégio – indagar-me por que não funcionava o relógio –, me surgiram, de abrupto, o cheiro da romã, um eixo convexo, um campo polimagnético.

Abriram-me o córtex. Mergulhei em mim. Era, sem cores, o vazio. E quando procurei em ti a culpa para meus mortos, meus caminhos tortos, um arrepio: tomou-me um eflúvio, uma exalação.Uma força avassaladora, um jardim com todas as flores, todos os sabores, todas as dores, odores, – você – destruíra minha razão.

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