Decidi traduzir para o português a saga do “maior baixista do mundo” (ele costumava brincar dizendo isso de si mesmo) depois de me sensibilizar pela incrível e trágica história de
Jaco Pastorius, o homem-instrumento.Jaco viveu pouco, mas intensamente. Revolucionou a batida do contra-baixo elétrico, com a mão-direita, propondo uma fusão do jazz com o rock. Com o Weather Report viajou o mundo e se encantou com o Japão, onde o jazz é a primeira língua. E o Japão se encantou com Jaco, John Francis Pastorius, filho de uma sueca com um alemão. Aos 25 anos, conheceu a glória e a fama entre os sofisticados. No final da vida estava drogado, biritado, algumas vezes nu, dormindo numa quadra de basquete no Village (onde eu costumava passear durante minha estada em NY), até que um dia alguém lhe roubou o contra-baixo com estojo e tudo. Foi o caos final.
Toninho Vaz, de Santa Teresa