O Diabo também carrega sua cruz.

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Carlo Mollino- Untitled, 1950–1960. La Petit Mélancolie

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Cor de burro quando foge

A expressão “cor de burro quando foge” é uma corruptela de “corro de burro quando foge”, que designa o comportamento agressivo do animal que pode dar um coice em alguém próximo. Hoje em dia, a expressão “cor de burro quando foge” é utilizada para se designar uma cor em que não se sabe definir precisamente qual é. Quaxquáx!

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D’aprés Lina Faria

© Julio Covello

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Playboy|1970

1971|Heather Van Every. Playboy Centerfold

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Reclamações de fim de ano

O Rogério Distéfano abandona o seu Insulto Diário do dia 26 de novembro até o dia 13 de dezembro (data do AI-5) e não dá nenhuma satisfação, mínima que seja, aos seus leitores. Puta sacanagem, passar um dia sem os Insultos do Rogério é como não tomar o tarja preta assim que acorda. A gente fica em síndrome de abstinência o dia inteiro. Da próxima vez, o Rogério que entregue a chave (ou a senha) para a Peggy. Aposto que nenhum leitor notará que o Distéfano está ausente.

Ainda o Rogério: em meados do ano, retirou o link para comentários do leitor. Mais uma puta sacanagem, a gente quer insultar junto e nem para o bispo (ou para o rabino) pode se queixar.

Outro que precisa um puxão de orelhas bem dado é o Solda. Solda e Enéas Lour se conhecem desde o dia 14 de julho de 1789, onde abandonaram a Comédie-Française em cena aberta e marcharam com a multidão para tomar a Bastilha. Tem uma foto dos dois juntos, tirada por alguém que estava lá. Pois bem, o Enéas, lá do Sultanato de São Luiz do Purunã, onde tem um harém em que habita só a Fátima Ortiz, escreve cada textaço no Face e o Solda nem publica no seu blogue. Luiz Antônio, vê se dá um jeito de levar o Enéas para a sua multidão de leitores.

O Zé Beto também merece levar uma carraspana. Muito de vez em quando nos conta a piada do dia do Alexandre Garcia publicada na Gazeta. Só que tem dias que não publica nada do dito cujo, o que obriga a gente a entrar no site do moribundo jornal só para rir um pouco.

Ainda tem mais para o Zé Beto: Milhares de leitores querem saber o desenlace da história do Henrique e da Helena, que a Thea Tavares publica em conta-gotas. Deixa de ser molenga, Zé: dá um duro e ordena que a Thea nos conte tudo, tim tim por tim tim, logo de uma vez por todas.

Falando em Gazeta, tenho uma ideia que dou de graça. Como a ordem é privatizar tudo, que entreguem o Teatro do Paiol para o jornal da tradicional família paranaense. Pode ser uma PPP e nem precisa mandar restaurar a pintura que um “lua preta” do Burgo (ou Brega) Mestre mandou fazer. A nova cor do Paiol é a cara do jornalão (que, na verdade, é um bloguinho).

Por derradeiro, alguém disse certa feita, não lembro quem, confesso, que um jornal morre 10 anos antes de ser enterrado. A Folha de São Paulo morreu no dia 15 de dezembro de 2022, ao demitir Janio de Freitas, com 90 anos de idade. O lua preta do Brega Mestre bem poderia ser contratado como diagramador do jornal e colorir a capa com as cores que escolheu para o Paiol, já que o jornal, que já vinha péssimo, agora ficou uma merda sem o Janio.

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Medo

Saber o medo. Da auto-suficiência no medo ao pavor mais legítimo. Viver de arrepios e de pressentimentos. De sustos gelados e ameaças atrás da porta. E entender o medo como a nós mesmos. Isso é ser medrosamente humano. Isso é sobreviver ao medo. (A origem do medo: vem da Noite dos Tempos. E dos dias piores. Do ronco do trovão e do ronco do es­tômago. Da fagulha do raio e da fagulha de inteligên­cia. Da união da força e da força da União. O medo vem da evolução. E vice-versa.). Os tempos são de medo. Mas o medo não tem hora. Agora, por exemplo, está faltando um minuto para o próximo medo. E há medo pelo crediário.

À vista, com menos sobressaltos. E medo dentro dos refrigerantes. Medo dentro dos ônibus. As pessoas com mais medo devem dar um passinho ao fundo do corredor. As sem medo, um passo à frente, se houver coragem. O medo movimenta.O medo pode ser em estado sólido e balançar na mio do guarda; líquido e poluído, correndo para o mar, fazendo marés aterradoras; e gasoso, em certas câmaras. Pode ser também um estado de espírito, um estado de nervos, um estado interessante ou um estado de coisas. Como um estado de sítio. Ou, ainda, o Es­tado, simplesmente. Em suma: o medo é a alma em es­tado de coma. E o medo conhece melhor o corpo. É especialista em cãibras e desmaios. O medo passeia pela medula e nisso é intimo de cada vértebra. O medo gosta de adrenalina e detesta intervalos normais entre sístoles e diástoles. O medo aprecia perder a cabeça, mas nunca é a dele.O medo conhece muito o corpo. E está na cara pá­lida. Hidrata os poros da testa. Baixa e pisca os olhos. Tem papas na língua e jamais dá com ela nos dentes.

E gagueja. Conhece bem o corpo. Conhece as mios: esfrega nervosamente uma na outra. Faz figa, sinal-da-cruz e continência. Bate na madeira. E ainda por cima rói as unhas. Conhece mais o corpo: as pernas. Andando sempre com um pé atrás, evitando levantar ou com o esquerdo ou com o direito ou até com os dois, nunca dando o passo maior que os membros inferiores inferiorizados pelo medo e ensebando as canelas inclusive dos perne­tas.

Por isso o medo dói pelo corpo inteiro, de quem está inteiro depois dele. Dói debaixo da pele, bem ali onte temos o amor a própria. Dói no cérebro, entre um pensamento realista e outro. Às vezes, dizem, é apenas psicológico, mas então dá um medo de consul­tar um psicólogo! Confessar o medo? Só por medo. Quem já teve medo teve hematomas. Os que nada tem a temer, esses temem um dia ter medo. Mas, em geral, a todos o medo já provocou alguma reação. Capi­lar, por exemplo. E fica-se de cabelo em pé só em lembrar disso. Pra tumultuar a imaginação, o medo circula pelas hipóteses. Põe, por acaso, erro ou coincidência, nosso nome num fichário policial. Afia tesouras doidas por páginas e fotogramas de criativas autorias. Sonda os laboratórios de análises clinicas à procura de um diagnós­tico de neoplasia maligna. E tenta pedir um aumento ao patrão.Toca a campainha às três da madrugada e não é ninguém. Atiça o cachorro louco na hora que você vai passando.

Mostra um revólver na cintura do belo tipo faceiro que está sentado ao seu lado. Põe chiclé no butijao ao menor cheirinho de gás. Pára elevadores entre os andares. Oferece doces às criancinhas na praça. Atrasa o táxi que vai à rodoviária ou ao aeroporto. Faz o eco das passadas da gente pelo mato, que dificil­mente anda com o mesmo ritmo das nossas. Aparece feito espuma na lata de conserva recém comprada e aberta. Some bastante tempo com parentes e familiares que foram logo ali e já voltavam. Incentiva a ejaculaçao precoce nos amantes de mulheres cujos maridos chega­rão a qualquer instante. Deixa um pacote esquisito na sua porta. Pergunta uma informação esquisita na rua. Bota idéias esquisitas na coluna do jornal… Só na sauna não percebemos o medo.

Porque sua­mos no molhado. O medo é a dinâmica das varas verdes. O silêncio do casario. A trajetória do gato preto. A soma das cores da escuridão. O ruído sem ondas sonoras. O medo medra. Sou um simples mortal. E quem quiser provar o contrário vai ter que passar por cima do meu cadáver.

(“Punidos Venceremos”, 1980)

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Arrogância sentenciosa

“Aos pobres o orçamento, aos ricos o imposto de renda” – tradução em língua culta do mote do novo governo Lula, autores o próprio e Aluísio Mercadante, presidente do BNDES (mediante traulitada na lei das estatais vendida por Artur Lira, presidente da câmara dos deputados). A primeira espanada da nova vassoura, mote que não passa de trote, tipo primeiro de abril, de dois políticos que, com longa experiência no poder fingem não saber que o poder é transitório, frágil e enganador. Caso de arrogância sentenciosa, de melhor apresentação mas não de melhor qualidade que as de Jair Bolsonaro – que também tentou reinventar a lusitana roda.

Os pobres sempre estiveram no orçamento e os ricos dão bananas para o imposto de renda. Os pobres entram no orçamento por uma porta e seu dinheiro sai por outra, para o bolso dos políticos – como os do Centrão – que inventam dotações que irão desviar, aplicar em despesas superfaturadas ou inexistentes. Os ricos funcionam com planejamento tributário e dinheiro em paraísos fiscais. E quando querem elegem Bolsonaro e mandam Lula para a prisão.

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Lira mostra faca a Lula

Depois de encurralar Bolsonaro, deputado tenta emparedar presidente eleito e STF

Arthur Lira é um aluno aplicado. Aprendeu com Eduardo Cunha a sufocar a oposição e esmagar o governo até arrancar o que deseja. O chefão da Câmara encurralou Jair Bolsonaro, transformando-se num arremedo de primeiro-ministro. Nesta semana, apresentou a Lula seu cartão de visita.

O presidente eleito precisa abrir espaço no Orçamento para manter o Bolsa Família em R$ 600 e reajustar o salário mínimo acima da inflação. Para cumprir as duas promessas, depende de uma emenda à Constituição que flexibilize o teto de gastos. A proposta, batizada de PEC da Transição, foi aprovada com folga no Senado. Ao chegar à Câmara, parou na barreira de Lira.

O deputado apresentou uma farta lista de pedidos. Depois de fazer campanha pela reeleição de Bolsonaro, quer abocanhar cargos de peso no governo Lula. Como ainda não houve acordo, a votação da PEC foi adiada para a semana que vem. O impasse travou a definição dos futuros ocupantes da Esplanada.

Lira já deixou claro que não vai se contentar com migalhas. Seu sonho de consumo é o Ministério da Saúde, palco de desmandos e malfeitorias no atual governo. Depois de sobreviver a figuras como Eduardo Pazuello e Marcelo Queiroga, a pasta estava reservada para Nísia Trindade, a respeitada presidente da Fiocruz. A escolha deveria ter sido oficializada na última terça-feira. Como noticiou o UOL, a pressão do presidente da Câmara convenceu Lula a suspender o anúncio.

Um eventual recuo seria desmoralizante para o petista. Ele passou a campanha criticando a má gestão da Saúde na pandemia. Eleito, abriria mão de uma indicação técnica para acomodar um apadrinhado do Centrão. Lula tem sido criticado, com justiça, pela demora a nomear mulheres para cargos relevantes. A indicação de Izolda Cela para a Educação parece ter subido no telhado. Preterir uma professora na Saúde equivaleria a dizer que a representatividade continuará em segundo plano.

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Flagrantes da vida real

Rodrigo Barros Del Rei. A voz Rádiocaos. © Maringas Maciel

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Soldas & Rettalhos

Fã Zine, by Retta Rettamozo e Solda, 1989. Editora Gambá do Ano Passado. Tiragem de 100 exemplares, xerocados. Quem procurar, acha.

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Hector-Retamal-afp-Getty-ImagesHector Retamal|AFP| Getty Images

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A segunda morte de Jaime Lerner pelo parricida Rafael Greca

O talk of town é a reforma do Teatro Paiol. Alguém vendeu ao prefeito Rafael Greca que aquilo estava uma porqueira, uma construção com marcas do tempo, um paiol de munições que passou a abrigar espetáculos cênicos. O lua preta de Greca, sem referência histórica e inserção nos marcos arquitetônicos de Curitiba, soprou ao ouvido de sua excelência que paiol tem que ter cara de paiol e que prédio público tem que ser limpinho, escovado, que nem estádio do Qatar.

Resultado, pegaram a obra prima de Abrahão Assad, o Michelângelo de Jaime Lerner, e transformaram na polaquice de um um prédio circular; o que nasceu paiol de munições ficou com cara de paiol de milho, sem as polaquinhas que lá nos deliciavam. Num desvario de diarista obsessiva, das que limpam até os números do prédio, foram-se os detalhes do desgaste do tempo que valorizavam a construção. Culpa de quem? Ora, do prefeito, auto assumido urbanista, arquiteto frustrado e filho ingrato de Jaime Lerner.

Não adianta culpar o lua preta que decidiu a obra, sua reforma e a deturpação de um logradouro histórico. Porque a prefeitura só faz o que o prefeito quer, o que o prefeito gosta. Jaime Lerner morreu uma segunda vez, vítima de parricídio.

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