Tiago Recchia

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Discurso

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1975 – II Salão de Humor de Piracicaba

Desenho de Mauro Kazuo Sato

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ForaBozo#

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Brasileiro quer que Bolsonaro homenageie Neymar e saia antes do fim

A oposição diz que o presidente Jair Bolsonaro Bolsonaro está sem trabalhar desde que começou a Copa (de 2018). Desde que perdeu a eleição, Bolsonaro está na retranca. Não dá mais sequer as suas caneladas.

Entre os partidos de esquerda, lamenta-se que Bolsonaro não tenha feito o mesmo que Neymar e caído logo no início. Ele liga para os filhos em busca de apoio mas ninguém o atende. Flávio seria o escolhido para levar o legado do pai, mas está no banco. No banco fazendo depósito em dinheiro.

O presidente passa os dias perambulando pelos corredores do Palácio do Planalto. Ele não vê os jogos da Copa porque o campo é verde. E todo mundo sabe que ele odeia verde. Já Neymar até que gostou da lesão que teve porque pode descontar o tratamento médico do imposto de renda.

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Um Oscar para o SUS

Documentário ‘Quando Falta o Ar’ é uma homenagem às vítimas da Covid-19, que perderam a vida por causa da cloroquina, do desgoverno que veio de cima e da falta de vacina

“Quando Falta o Ar”, documentário dirigido pelas irmãs Helena Petta e Ana Petta, retrata o trabalho de profissionais de saúde do SUS durante a pandemia de Covid-19. O documentário ganhou o 27º Festival Internacional de Documentários, o mais importante da América Latina, e está na lista de candidatos ao Oscar.

Da lista de candidatos, apenas cinco serão indicados ao Oscar. A seleção é difícil, competitiva e as irmãs Petta enfrentam dois desafios adicionais.

Primeiro, parece haver uma fadiga sobre o tema, ainda que a pandemia não tenha acabado. Entretanto, não se pode calar, enterrar o passado. É preciso mostrar esse documentário ao mundo. A pandemia é uma cicatriz profunda na história recente da humanidade e, ainda que não esteja purgando como antes, cobri-la só fará piorar a situação.

No Brasil, por exemplo, novas variantes estão circulando, os casos voltaram a subir, porém a procura por vacinas anda a passos lentos, e as máscaras foram deixadas de lado. Péssima combinação! Por mais que já tenha sido dito, cabe lembrar que mesmo quem teve Covid-19 sem complicações pode desenvolver sequelas. Portanto, relaxar e não se incomodar caso tenha Covid-19 com sintomas leves não é, e nunca será, uma boa opção.

Segundo, há uma intrincada e cara articulação que normalmente é feita para dar visibilidade a filmes e documentários candidatos ao Oscar. Exibições, recepções, jantares etc. As irmãs Petta fizeram esse documentário com uma equipe e um orçamento que em nada se assemelham ao das grandes produções e têm recursos limitados para divulgação. O que falta de recurso sobra de coragem, dedicação, sensibilidade e compromisso com o SUS. Afinal, “é preciso ter força, é preciso ter raça, é preciso ter gana, sempre”.

Algumas exibições foram feitas em Nova York, Boston e Los Angeles. No Brasil, o documentário estará em exibição no começo de 2023. Aos poucos a hashtag #SUSnoOscar vai se espalhando. Mas é difícil saber como os membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas decidem ao que assistir.

Uma eventual indicação ao Oscar de “Quando Falta o Ar” talvez seja considerada pela imprensa internacional como uma zebra. Eu chamaria de reconhecimento justo!

Reconhecimento do trabalho de médicos de família, agentes comunitários de saúde e outros profissionais que trabalham em hospitais, nas comunidades, nos presídios e nas unidades básicas de saúde. Um trabalho de rotina, ignorado por muitos que não conhecem, de fato, o SUS.

Um trabalho que, durante a pandemia, demandou uma energia física e mental que esses profissionais jamais imaginaram ter. Um trabalho retratado no documentário de forma sensível e humana, como a atenção básica deve ser.

Reconhecimento de uma das maiores conquistas sociais da nossa sociedade, o SUS, um sistema de saúde que, apesar de tudo que aconteceu nos últimos anos, salvou milhares de vidas durante a pandemia. O SUS foi a resistência contra o mal. Está ferido, mas está vivo!

Reconhecimento da força de duas mulheres que se aventuraram pelos cantos do Brasil, no auge da pandemia, porque entenderam a importância social e histórica de documentar a resiliência desses profissionais de saúde e do SUS.

Uma eventual indicação ao Oscar de “Quando Falta o Ar” amplificaria a importância do trabalho humanizado e comunitário na atenção à saúde.

Indicado ou não, “Quando Falta o Ar”, além de um registro histórico de valor inestimável, é uma homenagem às quase 700 mil vítimas da Covid-19, que perderam a vida por causa da cloroquina, do desgoverno que veio de cima e da falta de vacina. Por tudo isso, #SUSnoOscar.

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Considerações a respeito da surdez

O tal homework, ou home office, agrava mais ainda as coisas. As casas das pessoas não são estúdios de gravação, com acústica tratada. As casas são casas, com paredes de concreto, que rebatem o som, produzem eco etc. Os aparelhos de quem trabalha em casa também não se comparam aos sofisticados aparelhos de estúdio. O que você recebe é um som desfigurado pelo local e pelo aparelho do entrevistado

Queria começar falando de máscaras. Atribuo às máscaras a maioria das ocasiões em que me vejo diante de alguém que me diz alguma coisa absolutamente ininteligível, fazendo com que me pergunte às vezes em que país estranho fui subitamente atirado. Não tolero passar por surdo, embora essa fosse uma possibilidade que contemplei imediatamente quando o fenômeno começou a se repetir.

Fiquei mais preocupado ainda quando comecei a perceber que não estava entendendo bem o que falavam também na TV. Ao invés de consultar um médico, consultei um amigo técnico de som consagrado, que entende como ninguém da coisa e ganha a vida gravando sons há muitos anos. Ele me tranquilizou. “Não é você que está ficando surdo. O problema é lá deles, da TV”.

Me explicou o óbvio. Como as TVs têm de ficar no ar 24 horas e algumas delas são só de notícias, gravam  de qualquer lugar e com qualquer pessoa. Não se preocupam se atrás de quem está sendo entrevistado passa um trem ou se quem está falando é fanho ou tem um sotaque que remete a regiões insondáveis do mundo ou do Brasil. Mais frequentemente, do Brasil mesmo.

Falamos aqui todos a mesma língua, mas de maneira incrivelmente diversa. E algumas maneiras são bem mais diversas do que outras. Me senti melhor quando descobri que quando não entendia metade de uma entrevista, provavelmente os outros espectadores também não. Fui até mais longe, considerando que talvez essas entrevistas com pessoas comuns sejam apenas um enfeite, uma imagem que está ali para atestar um esforço, mostrando que a reportagem de fato andou por aí e trabalhou muito coletando notícias. Talvez também tenham concluído que o som não importa muito, na medida em que as pessoas em geral falam coisas absolutamente banais, aliás em respostas a perguntas igualmente banais.

Resultado: por que caprichar no som se o que é dito não tem a menor importância? A prova disso é que se dessem algum valor ao som, poderiam pedir ao entrevistado que falasse depois de o trem passar ou fizessem entrevistas em lugares menos barulhentos do que bares jovens da moda, por exemplo. Mas como som é só para dar cor local, pra que se dar a esse trabalhão?

O tal homework, ou home office, agrava mais ainda as coisas. As casas das pessoas não são estúdios de gravação, com acústica tratada. As casas são casas, com paredes de concreto, que rebatem o som, produzem eco etc. Os aparelhos de quem trabalha em casa também não se comparam aos sofisticados aparelhos de estúdio. O que você recebe é um som desfigurado pelo local e pelo aparelho do entrevistado.

A responsabilidade fica sendo exatamente do entrevistado que fornece imagem e som. A única preocupação consiste na pergunta: “Você está me ouvindo?” O outro responde: “E você, está me ouvindo?” Se os dois respondem afirmativamente, o problema está resolvido. Só que ouvir não é ouvir bem, sequer de maneira aceitável. É apenas ouvir. Isso tudo é atribuído à pandemia. A terrível pandemia, que faz as pessoas não saírem de casa e pelo jeito não vai embora tão cedo. Já seria mais do que tempo, porém, de criar algumas regras de trabalho para melhorar as condições de som, pelo menos do som.

Mas volto às máscaras do início e seu papel neste meu verdadeiro trauma que é tentar compreender o que meu semelhante fala. A questão é que as máscaras estão aumentando cada vez mais de espessura e há até quem esteja usando duas. Acho ótimo que sejam cada vez mais protetoras, mas aconselho então que se crie uma nova forma de comunicação entre as pessoas. Frases muito curtas, talvez ditas bem alto e sempre duas vezes. Evitar perguntar muito, como nos caixas dos supermercados, onde sou colocado diante de várias hipóteses e interrogações e frequentemente não entendo uma palavra do que me estão dizendo.

Tento recapturar na memória outros interrogatórios feitos nos caixas em tempos passados, antes da pandemia. Respondo chutando as respostas com frases que usava anos atrás, quando ouvia melhor as perguntas. Felizmente, a imaginação não é o forte dos supermercados e assim minhas respostas ao acaso parecem se encaixar perfeitamente no que me diz a funcionária. É um milagre, porque provavelmente eu também, por causa da minha máscara, não devo ser bem entendido por ela. E nesse diálogo de surdos concluímos nosso encontro mutuamente satisfeitos.

Uma nova sociedade está diante de nós pronta para tomar seu lugar no nosso cotidiano. Vamos falar sem saber bem o que estamos falando, muito menos o que estamos ouvindo. Todos de máscaras, vamos desenvolver uma possível linguagem corporal especial, acessível e prática, para, na medida do possível, substituir as palavras. Começo essa nova fase na saída do supermercado fazendo com a mão um gentil gesto de adeus para a funcionária do caixa. Ela retribui, talvez com um sorriso invisível por trás da máscara.

Ugo Giorgetti

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Svetlana. © Russian Girls

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Lady Godiva?

© National News & Pictures

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Flagrantes da vida real

Fumando, espero.  © Maringas Maciel

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Vai lá!

À Pala de Walsh

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No Panteão Simonal

Se o brasileiro tivesse memória já teria incluído Neymar no panteão Wilson Simonal, do ídolo que queima prestígio e respeitabilidade com pela ilusão de impunidade. Simonal sumiu de cena na plenitude do sucesso e morreu esquecido porque teria usado relações da ditadura para prender e investigar o contabilista a quem atribuía desvios de dinheiro. O cantor morreu alcoólatra e esquecido e seus filhos lutam até hoje para limpar sua memória.

Houve no caso Simonal a mesma rejeição que passa a atingir Neymar: a proximidade com a ditadura que matava, e com Jair Bolsonaro, que pretende reinstitui-la. O craque visitou Bolsonaro duas ou três vezes, inclusive no auge da omissão criminosa na pandemia, apareceu em fotos com o presidente e ainda há pouco disse que dedicaria seu sucesso na Copa ao presidente, que diz admirar pelos “valores da religião e da família”. Neymar enfiou os pés pela boca nessa frase mentirosa.

Um carma vem visitando o craque, que vive na sem cerimônia de criança rica, mimada, com indulgência plenária enquanto satisfaz o gosto da plebe. Como disse Camões na imagem eterna, Simonal e Neymar incidiram no “engano d’alma” que a vida não permite perdurar. O primeiro aderiu aos militares durante a ditadura e o outro aderiu a Bolsonaro, que hoje se confunde com a ditadura, que defende, aprecia e não se incomoda em replicar com generais prepotentes e seguidores cegos e desvairados.

O Brasil vinha tolerando Neymar, desde seu namoro documentado e exibicionista com Bruna Marquezine. O Brasil torceu o nariz quando o craque importou a garota de programa Nájila Trindade a Paris e lá protagonizou cenas de agressão que chegaram à polícia paulista. A aproximação com Bolsonaro não soa exercício livre e patriótico de opção política quando se sabe do milionário débito que Neymar Sr e Jr buscam na Receita Federal um afago como o que Simonal obteve dos gorilas da ditadura militar.

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