Mural da História – 2016

curitiba-é-uma-fresta-lina-e-dórisLina Faria e Dóris Teixeira.  © Vera Solda

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Flagrantes da vida real

©Maringas Maciel.

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Mural da História – 2018

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A aliança pela Vale

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, aliou-se de vez ao empresário Rubens Ometto na disputa pelo comando da Vale. Entre o presidente Lula, a quem é formalmente subordinado, e o dono da Cosan, Silveira não hesita mais. Age conforme os interesses de Ometto e à revelia do Planalto, segundo fontes que participam da escolha do novo CEO da mineradora.

No começo do mês, o Bastidor revelou que Silveira fazia jogo duplo: defendia em público a opção de Lula por Guido Mantega e, em privado, trabalhava com Ometto para emplacar Luiz Henrique Guimarães, ex-presidente da Cosan. De lá para cá, de acordo com representantes de acionistas da Vale que conduzem as tratativas, a parceria entre Silveira e Ometto intensificou-se. Resultou num acordo entre ambos, cujos detalhes ainda são desconhecidos. O objetivo, contudo, é claro: ceder o comando da maior mineradora do país a Ometto.

Para viabilizar o plano, Ometto e seus aliados surpreenderam os demais acionistas, na última reunião do Conselho da Vale, com a proposta de reconduzir por mais um ano Eduardo Bartolomeo, o atual CEO da empresa, cujo mandato encerra-se em junho. Pelo acordo, Bartolomeo daria lugar a Luiz Henrique Guimarães, o homem de Ometto. Previ e Bradespar se opuseram à proposta. Eles querem um substituto para Bartolomeo, mas não pretendem entregar a Vale ao dono da Cosan.

Ometto, porém, não desiste. Além de fazer novamente carga em Brasília, conquistou apoio dos acionistas estrangeiros Black Rock e Capital Group Internacional. Não há sinal de que o empresário possa mudar de ideia – nem de que seus adversários na Vale, que agora incluem a Mitsui, possam recuar.

Os demais acionistas temem que, uma vez no comando da Vale, mesmo que indiretamente, Ometto use a mineradora em benefício de suas empresas: seja diretamente, seja pela força política dela. Além da Cosan, o empresário é dono da Compass, da Raízen, da Moove e da Rumo Logística, que recentemente conseguiu dois acordos vantajosos com o governo federal, graças a ajuda de políticos do MDB.

Havia a expectativa para uma nova reunião do Conselho ainda nessa semana, entre quinta-feira (15) e sexta-feira (16). Até o fechamento dessa reportagem, a Vale, porém, não havia confirmado se haveria uma nova assembleia.

A Previ, além de duas cadeiras no conselho, tem 8,7% das ações da Vale. A Mitsui tem 6,3% e a BlackRock tem 5,8%. Outros 5,3% são da própria empresa. Os 73,9% estão divididos entre acionistas minoritários que não ultrapassam os 5% das ações.

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© Jan Saudek

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Assim rasteja a humanidade

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O vício da jijoca

A POLÍCIA pegou no flagrante o cearense que costumava furtar calcinhas do varal da vizinha. Preso, alegou ter fetiche pela peça, com a qual satisfazia o instinto primal após sorver o embriagante perfume de sabão em pó com volúpia igual à do viciado em cocaína. Foi liberado depois de assinar o tal termo de conduta – que não funciona, pois não converte o ladrão em cheirador de cuecas. Frise-se que o crime foi o de furto, aqui sem qualquer qualificatória; ao contrário, seria no máximo furto famélico, em estado de premente necessidade. O fato aconteceu em Jijoca de Jericoacoara, cidade no Estado de Ciro Gomes, que teve em seu varal as melhores calcinhas do Brasil. Seja o que Jijoca ou Jericoacoara signifiquem solitárias ou em conjunto no cearense tupi-guarani, no brasileiro contemporâneo são excelentes metáforas para o território coberto pela res furtiva.

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Carná

© Amorim.

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Quando o Judiciário é engrandecido

Na coluna passada, com grande tristeza, fui obrigado a dar ao leitor um exemplo de um mau juiz, que denigre a imagem do Judiciário, causa um enorme prejuízo ao erário e acaba com a confiança da população nas instituições públicas, particularmente naquelas que abrigam os togados.

Hoje, sinto-me na obrigação de oferecer um contraponto, relembrando a figura de um jurista de escol, um jurista que engrandeceu o Judiciário brasileiro. Desses que estão se tornando cada vez mais raros. Refiro-me ao ministro Milton Luiz Pereira, que lamentavelmente já nos deixou.

Paulista de nascimento, Milton tornou-se desde logo paranaense. Aqui estudou, aqui formou-se pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná, aqui foi locutor de rádio, aqui foi advogado, aqui foi professor – rigoroso com os alunos e consigo mesmo, e aqui foi juiz federal, até chegar ao Superior Tribunal de Justiça.

Como ministro do STJ, Milton Luiz julgava, em certa ocasião, a questão de um ex-gerente bancário, Waldemar Cardoso de Sá, do Rio de Janeiro, que, em maio de 1977, durante um assalto à sua agência bancária, foi vítima de uma bala perdida e ficou paraplégico.

O precatório cobrado por Waldemar das autoridades fluminenses foi pré-anotado em maio de 1996 – dezenove anos depois que a má pontaria da polícia carioca interrompeu a atividade do então promissor bancário e o atirou em uma cadeira de rodas.

Até 2001, porém, o governo do Rio – como, de resto, acontece com todos os governos estaduais, inclusive o do Paraná – não havia definido a data da quitação.

Waldemar, com amparo na lei, solicitou a intervenção no Estado do Rio de Janeiro por descumprimento de ordem judicial. O pedido foi deferido pelo Tribunal de Justiça fluminense, mas, como sói acontecer, o Estado recorreu ao Superior Tribunal de Justiça, em Brasília. Alegou falta de recursos e a existência de algumas dúvidas sobre a exatidão do quantum devido. Tudo igual a o que tantas vezes já ocorreu aqui mesmo na Terra dos Pinheirais.

Só que, no STJ, o Estado relapso, devedor e mau-pagador bateu de frente com o paranaense Milton Luiz Pereira.

“Neste País” – sentenciou o ministro –, “credor da Fazenda Pública que não tiver vida longa, levará o seu crédito para o além. É um sofredor numa verdadeira fila de pedintes, a despeito de favorecido pelas leis constitucionais, orçamentária e por decisão judicial. Teve a sua espinha dorsal destruída por um tiro disparado por engano por um policial do Estado e hoje, com quase 70 anos, vive por razões que nem mesmo o próprio sabe, diante da carga estupenda de sofrimentos”.

É isso aí: credores do Estado, neste país, formam um batalhão de pedintes, humilhados e maltratados, como se fossem párias gananciosos, embora tenham a seu favor a lei e reiteradas decisões judiciais. Agora, experimente ficar devendo para o Estado…

Milton Luiz Pereira votou favorável à intervenção federal no Rio de Janeiro, como única maneira para garantir o pagamento do precatório em favor do ex-bancário Waldemar. E, como fecho, evocou o pensador André Malraux:

“A esperança dos homens é a sua razão de viver e morrer. Desde a tragédia ocorrida há quase 25 anos, um brasileiro não esmoreceu a sua confiança no Judiciário, força do seu viver para não morrer. Não pode ser desapontado”.

Publicado em Célio Heitor Guimarães | Deixar um comentário
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“O socialismo é uma espécie de esperanto. Uma língua universal que não é falada em nenhum país do mundo.”

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Mural da História – 2005

supositóriodois14 de março|2005

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The Voice

Solda, uma modesta homenagem ao grande Ivo quando privávamos de longos, engraçados, criativos, poéticos, musicais, etílicos, enfumaçados papos chez Leminski. Tardes imensas de domingos curtindo (coisa antiga!) juntos uma amizade fraterna com todos os que lá iam, a fugir da mesmice dos parques, churrascos e futebol. Viva o Ivo. Forever. Dico Kremer

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Grandes esportistas do Século 20

Greta Patrícia Morel – Ajudadora de velhinhas, Brasil, 1964 – Ajudar velhinha a atravessar a rua na ditadura militar sempre foi um esporte popular no Brasil, muito praticado nos grandes centros urbanos. Velhinhas centenárias, ansiosas por chegar do lado de lá da rua, foram, durante muito tempo, ajudadas por Greta Patrícia, que começou cedo nesse esporte, aos 12 anos de idade, quando ajudou a tia a atravessar o corredor para chegar ao banheiro da enorme casa onde moravam.

Patrícia abandonou a carreira depois de ajudar uma velha amiga a atravessar a BR-116, perto de Registro. A amiga morreu no local e ela teve ferimentos graves.

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Cinema de autor

Num texto publicado por “Filmmaker, the Magazine of Independent Film”, um dos meus diretores preferidos, Terry Gilliam, dá seus conselhos (um tanto heterodoxos, felizmente) sobre a arte de fazer cinema. 

Comentarei alguns, principalmente aqueles de que discordo. (Conselho óbvio entra por um ouvido e sai pelo outro, não é mesmo? “Tenha boas ideias… Transmita segurança diante da equipe… Não estoure o orçamento…”).  Gilliam é um dos autores que me levam ao cinema só para curtir a desbragada e irreprimível criatividade visual dos filmes que faz.  Tudo nele é exagerado, barroco, delirante, cheio de coisas que dá vontade de ficar o tempo inteiro voltando a imagem e esquecendo a história só para curtir aquele quarteirão de casas impossíveis, ou aquele figurino cheio de deliciosos anacronismos, ou aquele monstro feito de papelão e pixels.  Quantos diretores há, no cinema comercial de hoje, com a mesma verve visual e a mesma sem-cerimônia?  Tim Burton, Jean-Pierre Jeunet e mais alguns poucos.

Diz Gilliam: “Cinema de autor já era, o que vale agora é cinema de filtro. Ser um autor de filmes é o que a gente sonhava nos anos 50 e 60, quando a ideia do cineasta autor chegou neste planeta.  E as pessoas continuaram usando esse termo, e o usam com meus filmes porque acham que eles são muito pessoais, então me dão todo o crédito e dizem que sou um autor. E eu digo que não; a realidade é que eu sou um filtro.  Sei o que estou tentando fazer, mas tenho à minha volta uma porção de pessoas que são meus amigos e não acatam ordens e não me dão ouvidos, mas têm idéias próprias.  E quando eles vêm com uma boa idéia, se é uma que se encaixa no que estou tentando fazer, eu a uso.  Assim, o produto final é uma colaboração de uma porção de pessoas, e eu sou o filtro que decide o que entra e o que não entra no filme”.

Isso que Gilliam descreve, contrapondo ao cinema de autor, é justamente – no meu modo de ver – o cinema de autor.  Um autor não é um ditador que dá ordens misteriosas, bate o chicote, e manda refazer a cena cem vezes. (Há autores assim – Kubrick, p.ex. – mas essa é uma distorção do conceito.)  Tanto em movimentos fortemente autorais como a Nouvelle Vague e o Cinema Novo quanto nos momentos mais harmoniosos dos grandes estúdios de Hollywood (quando diretores, produtores e roteiristas concordavam em fazer o mesmo filme) o diretor não é um distribuidor de ideias de cima para baixo, mas um arregimentador de ideias em torno, um catalisador da criatividade alheia. 

(Mas Terry Gilliam conhece o mundo do cinema melhor do que eu, e pode até ser que o Autor Que Dá Chilique seja estatisticamente mais frequente.)

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