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No evangelho de são Milton Ribeiro, pastores integram o gabinete paralelo Dele

E Jesus disse: ‘Só não os convido para se sentarem conosco porque eles exigem comer 10% do prato de toda a gente’

E, entrando Ele em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, dizendo: “Quem é este?”. E a multidão dizia: “Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galileia”. E entrou Jesus no templo de Deus, e expulsou todos os que ali vendiam e compravam, exceto os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, cujos negócios eram dignos e realizados em nome do Senhor.

E então um cego e um coxo se aproximaram de Jesus, para que Ele os curasse. Mas Gilmar e Arilton disseram: “Falai primeiro conosco, pois somos o gabinete paralelo do Senhor, e fazemos a intermediação”.

Então o cego disse: “Gostaria que Jesus me devolvesse a capacidade de ver”. E o pastor Arilton respondeu-lhe: “Com certeza, mas primeiro transfere R$ 15 mil para a minha conta, para eu protocolar a sua demanda junto do Messias”. E depois o coxo disse: “Eu também gostaria que Ele me curasse”. E Arilton propôs: “Você precisa depositar R$ 40 mil para ajudar a igreja. Uma mão lava a outra, né?”.

E quando, mais tarde, Jesus lavou os pés dos discípulos, na Última Ceia, todos viram que era, basicamente, o mesmo procedimento caridoso: mãos que lavam os pés, uma mão que lava a outra, tudo a mesma coisa.

Depois chegou ao templo o prefeito do município de Luís Domingues, no Maranhão, que queria a ajuda de Jesus para construir uma escola. E Arilton solicitou: “Traz um quilo de ouro para mim”. E a multidão ficou comovida com a bondade do pastor Arilton, porque eles tinham ouvido Jesus dizer que era mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus. E por isso aquele era um gesto tão belo. Aliviava o outro daquelas imundas riquezas, passando ele a suportar o fardo. Ao mesmo tempo que facilitava a entrada do outro no reino de Deus, dificultava a sua. E o mais impressionante era a despreocupação e o entusiasmo com que o fazia, sem pensar duas vezes no pesado transtorno que aquilo lhe iria causar.

E Jesus disse: “Em verdade vos digo, os pastores Gilmar e Arilton são dignos representantes da minha mensagem de despojamento e amor, e só não os convido para se sentarem à mesa comigo e com os meus apóstolos porque eles exigem comer 10% do prato de toda a gente”. Palavra da salvação.

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Delegados e policiais podem conceder medidas protetivas às mulheres que sofrem agressões

A alteração legislativa feita em 2019 na Lei Maria da Penha permite afastar sem decisão judicial o suposto agressor do domicílio em caso de risco à vida da mulher.

Foi questionada a constitucionalidade dessa lei e o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou válida a alteração promovida na Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006).

A lei permite que, em casos excepcionais, a autoridade policial afaste o suposto agressor do domicílio ou do lugar de convivência quando for verificado risco à vida ou à integridade da mulher, mesmo sem autorização judicial prévia.

Diante do risco atual ou iminente à mulher em situação de violência doméstica e familiar ou a seus dependentes, o agressor será imediatamente afastado​ do local.

A medida poderá ser implementada pelo delegado de polícia, quando o município não for sede de comarca​ (quando o juiz responsável não mora na localidade), ou pelo policial, quando não houver delegado disponível no município no momento da denúncia.

Nesses casos, um juiz deve ser comunicado, em no máximo 24h, para decidir sobre a manutenção ou revogação da cautelar.

Durante a pandemia aumentaram os casos de violência doméstica e, nesse período, 24,4% das mulheres brasileiras com mais de 16 anos sofreram algum tipo de violência ou agressão, física ou psicológica. Cerca de 66% dos feminicídios ocorreram na casa da vítima e 3% na do agressor. Em 97% dos casos, não havia qualquer medida protetiva contra o agressor.

Cerca de 56% das violações ocorrem na casa da vítima, 19% na casa do suspeito e 25% outros locais.

Na verdade, essa medida deveria abranger outros segmentos, como crianças, idosos ou quaisquer pessoas que sejam ameaçadas.

A lei foi questionada pelos setores que querem garantir poder, mas que não têm a leitura constitucional adequada da Lei Maria da Penha.

O poder de deferir a medida cautelar para outras autoridades e de forma ampla, sem exceções quanto à ausência de juiz na comarca, é fundamental, pois o poder judiciário não possui a agilidade que o combate à violência às mulheres e a proteção constitucional lhes exigem.

Publicado em Claudio Henrique de Castro | Deixar um comentário
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Governo Bolsonaro extermina futuro das crianças

pandemia da Covid-19 aprofundou a crise na educação, mas não a forjou. Escancarou a tragédia de uma área negligenciada por um governo incompetente e mal-intencionado. Não é por boa-fé que um presidente da República, em três anos de mandato, conta quatro ministros da Educação; quatro presidentes do FNDE, o fundo que banca as políticas públicas do setor; e cinco presidentes do Inep, o órgão responsável por monitoramento e avaliação do sistema educacional, além da aplicação do Enem, porta de entrada dos jovens no ensino superior.

À luz do atual escândalo, está claro que exterminador do futuro de crianças e adolescentes brasileiros é o veneno que mistura desmonte institucional, violação à laicidade do Estado, tráfico de influência, corrupção e propina em barra de ouro.

Jair Bolsonaro nunca escondeu ser motor de destruição da educação, da cultura, do meio ambiente. Elegeu-se para, em aliança com líderes evangélicos, militares, grileiros, lobistas das armas, levar a nocaute direitos humanos, instituições democráticas, reputação diplomática, pactos civilizatórios consagrados. Na educação, indicou, segundo declaração do próprio titular da pasta, o pastor presbiteriano Milton Ribeiro, um par de religiosos sem cargo no governo para intermediar o acesso de prefeituras aos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, sob a gestão de aliados do Centrão.

A parceria público-privada de pilhagem do Estado já tinha sido identificada pela CPI da Covid, tanto no gabinete paralelo de formulação da política pública de saúde quanto nos intermediários ilegítimos da compra de vacinas. A comissão parlamentar apresentou ao país o reverendo Amilton Gomes de Paula, da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários, uma entidade social batizada como órgão público.

O religioso conseguiu uma reunião no Ministério da Saúde para a empresa Davati oferecer ao governo 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca, imunizante que já era alvo de acordo do laboratório estrangeiro com a Fiocruz. O reverendo Amilton logrou em quatro horas o que a Pfizer levou meses para conseguir.

Flávia Oliveira

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Didot. © FunPop

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Conservadores do mundo: uni-vos!

Cabe a todos os democratas trazer de volta cada uma das ideias roubadas

Um dos meus prazeres nas madrugadas insones é digitar “Suassuna” no YouTube e passar horas pulando de stand-up pra stand-up. O nacionalistíssimo artista paraibano deve estar se revirando no túmulo com o termo “stand-up”, mas não há outro nome para aquelas palestras cômicas tão bem escritas e magistralmente executadas.

Suassuna foi o maior dramaturgo brasileiro na comédia e também um dos que melhor formularam um projeto para uma arte nacional popular e refinada.

A trilha aberta pelo “Auto da Compadecida“, infelizmente, foi pouco seguida. (Como exceção, o próprio filme e a série da peça, dirigidos por Guel Arraes e escritos com Adriana e João Falcão, que souberam emular a prosódia cômico-poética à perfeição).

Caso tivéssemos levado adiante o bastião de João Grilo e Chicó, nosso teatro poderia ter desembocado numa sofisticada dramaturgia para as massas, algo equivalente a um Neil Simon, nos Estados Unidos. Na TV, poderíamos ter criado uma linguagem de sitcom original, brasileiríssima.

Mas, por razões que me escapam, a comédia popular foi pra um caminho tosco, enquanto a busca pela profundidade acaba quase sempre num pseudointelectualismo prepotente e abstruso, de cineastas que têm mais vontade de aparecer como revolucionários da linguagem do que de aprender a contar uma história.

Ariano Suassuna era um conservador e reacionário de esquerda. Detestava a televisão, o hambúrguer, o rock, o pop e quase tudo o que vinha dos EUA. Discordo da maior parte dessas visões, mas é impossível não reconhecer em muitas delas críticas válidas ao mundo contemporâneo.

Outro reacionário maravilhoso, este à direita, foi Nelson Rodrigues. Em suas peças e crônicas, conseguiu passar a contrapelo tanto o falso moralismo à destra quanto as mudanças comportamentais à sinistra. Parte da originalidade do Nelson vem do fato de ele ser alguém não “à frente do próprio tempo”, como se diz, mas atrás. (No fim das contas, para ter uma visão original basta olhar de outro ângulo: qualquer outro).

O apoio de Nelson à ditadura causa repulsa, mas só quem nasceu sem um pingo de humor lê sem rir as descrições que ele faz dos hippies, da “estagiária de calcanhar sujo”, dos jovens e arrogantes artistas cabeludos decretando o fim do teatro, do cinema, da literatura.

Conservadorismo e progressismo não são bons nem maus por si só. Tudo depende do que se pretende conservar, onde se quer progredir. O bolsonarismo sequestrou termos e comportamentos. Além da família, do futebol, do amor ao país, de Deus e até do frango com farofa, garfou o termo conservadorismo. Não há absolutamente nada de conservador neste governo. É um plano de destruição: da natureza, das instituições, do patrimônio histórico, da arte e da vida.

Cabe a todos os democratas trazer de volta cada uma das ideias roubadas. Como aqueles caras do Greenpeace em vazamentos de petróleo, limpando albatrozes e pinguins com umas esponjinhas, temos que esfregar ideia por ideia com thinner, tirando dela a substância tóxica e viscosa sob a qual quase morreu sufocada.

Faremos isso em nome de um conservadorismo radical. Por nossas famílias —em todas as possíveis composições. Por nosso país —não o dos Bandeirantes, mas o dos afro-sambas. Pela liberdade —não de esculachar e matar o próximo, mas de cada um viver como bem entender.

E, pra quem acredita, por Deus —não o dos pastores que negociam propinas, mas o Deus, os deuses e as deusas dos que, em todas as religiões, levam sentido, esperança e conforto a milhões de brasileiros.

Publicado em Antonio Prata - Folha de São Paulo | Deixar um comentário
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André Hachette

Jeune fille en buste, voile transparent sur les cheveux, (Sarah-Liévine-) autochrome, 1907.

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Vivendo e aprendendo

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Michelle e os vendilhões do templo

Quem diria que Michelle Bolsonaro é a força que mantém o pastor Milton Ribeiro no ministério da Educação. Quando se trata de picareta evangélico a primeira dama esquece o pecado da simonia, o tráfico das coisas sagradas, protege os vendilhões do templo.

Os pastores podem vender o céu, empurrar o feijão milagroso da fazenda comprada com dinheiro do dízimo, até substituir o diabo sobre a crente possuída. Merecem apoio e indulgência de Michelle. Roubar dinheiro da Educação está no index dos pecados.

Para segurar o ministro, a primeira dama esqueceu a rejeição recíproca e aliou-se a Flávio Bolsonaro, o senador 01. Que Jair Bolsonaro é pau mandado dos filhos todos sabem. Mas um machista como ele de pau mandado da mulher, isso é novo.

Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário | Comentários desativados em Michelle e os vendilhões do templo
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‘Os amigos do pastor Gilmar’

É a eles que Milton Ribeiro empenhava-se em atender, como Bolsonaro determinara

Dois dos ministérios de maior alcance social, Educação e Saúde, são os mais prejudicados no desgoverno Bolsonaro por uma combinação perversa de trambicagem político-religiosa, corrupção em grande escala e incompetência na gestão de políticas públicas.

As duas pastas estão no quarto titular. Pela Saúde passaram Mandetta, o cometa Teich, o capacho Eduardo “um manda, outro obedece” Pazuello e hoje é ocupada pelo sonegador de vacina para crianças, Marcelo Queiroga.

A Educação estreou com o despreparado Ricardo Vélez Rodríguez e foi rebaixada com o fugitivo Abraham Weintraub. Carlos Decotelli mentiu sobre o currículo e não pôde assumir. Assim chegamos a Milton Ribeiro, aos pastores Gilmar dos Santos e Arilton Moura e aos amigos de ambos, a quem o ministro, pressuroso, empenhava-se em atender, como Bolsonaro determinara.

Os pastores não ocupavam cargos oficiais, mas tinham o que interessa a quem disputa o butim: o poder de abrir portas, a agenda do ministro e a chave do cofre do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), além da preferência de marcar encontros em hotéis ou restaurantes.

Graças à CPI da pandemia no Senado, soubemos que negociações para a compra de vacinas envolveram circunstâncias semelhantes, à margem dos canais formais, com a intermediação sorrateira de “facilitadores”. O leitor deve lembrar, por exemplo, de figuras como o cabo Dominghetti e o choroso pastor Amilton Gomes de Paula, e das conversas que combinavam na mesma frase as palavras vacina e propina, no restaurante de um shopping.

As políticas de educação definem um país. A saúde do seu povo o sustenta. A tragédia na Saúde pode ser contada nas 660 mil covas abertas para os mortos pela Covid. A crise na Educação será sentida por gerações. Como Darcy Ribeiro diagnosticou décadas atrás: “A crise de educação no Brasil não é uma crise; é um projeto”.

Publicado em Cristina Serra - Folha de São Paulo | Deixar um comentário
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Playboy|1950

1954|Glória Walker. Playboy Centerfold

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Nova pesquisa injeta realidade nas mentes de petistas exaltados

Derrotar um político que concorre à reeleição nunca é fácil

“Hýbris”, o termo grego para “soberba”, é um troço complicado. Há pouco, petistas mais entusiasmados falavam numa vitória de Lula já no primeiro turno. A pesquisa Datafolha divulgada esta semana, que mostra uma redução da vantagem do petista sobre Bolsonaro, serve para injetar um pouco de realidade nas mentes mais exaltadas.

Derrotar um político que concorre à reeleição nunca é fácil. A taxa de sucesso na recondução de governantes ao cargo é da ordem de 80%, considerada uma base de quase 3.000 pleitos realizados em diversas partes do mundo ao longo dos últimos dois séculos e meio. Se quisermos ser mais específicos, o quadro fica ainda mais desafiador. Desde a redemocratização, 100% dos presidentes brasileiros que tentaram a reeleição a obtiveram. Verdade que o N é pequeno, apenas três: FHC, Lula, Dilma.

Jair Bolsonaro tem três forças a favor de sua candidatura e duas contra. A pandemia, embora não tenha acabado, está ficando menos mortífera e menos disruptiva. E, quanto mais nos afastamos dos momentos críticos, menos peso o eleitor deverá dar ao desempenho criminoso do presidente na gestão dessa crise. Outro fator benéfico para Bolsonaro é o Auxílio Brasil de R$ 400. Programas como esse rendem votos no Brasil. Aconteceu com o PT, deve acontecer com Bolsonaro.

Há, por fim, o antipetismo. O fenômeno ainda apareceu com força nas eleições municipais de 2020. Seria ingenuidade imaginar que simplesmente foi embora. Bolsonaro vai tentar atiçá-lo e deve colher frutos.

Contra Bolsonaro temos a inflação, que tende a ser tóxica para candidaturas situacionistas. Nada indica que ela cairá rápida e substancialmente. Temos também o que eu chamaria de análise objetiva. Quem se dispuser a avaliar desapaixonadamente as realizações de seu governo concluirá que ele é o pior presidente da história do país. Mas a objetividade não tem muito peso eleitoral. Melhor apostar na inflação.

Publicado em Hélio Schwartsman - Folha de São Paulo | Deixar um comentário
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Flagrantes da vida real

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Bolsonaro já pergunta a pastores se pode ir ao banheiro

Depois do áudio do ministro Milton Ribeiro mostrando que pastores controlam os recursos da Educação no país, um outro registro de mensagens revelou que Bolsonaro já pergunta a líderes evangélicos o que deve vestir, calçar, comer e também se pode ir ao banheiro.

Com os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, pastores próximos da família do presidente, são negociadas as idas do presidente ao trono, em especial se ele pode fazer número 1 ou número 2. No caso do número 2, uma junta de cinco pastores é que tem que aprovar. Enquanto isso, o Brasil com certeza está na merda.

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