meu-tipo-inesquecivel-nadyrNadyr do Prado de Oliveira|29 de novembro, 1929|16 de novembro, 2016, entre Carmen Silvia (Leca) e Vera Maria. © Luana Todt

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Sweatbreathsex. © IShotMyself

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Monark comete o equívoco do jovem liberal em seu podcast

Parabéns a Tabata Amaral pela elegante defesa da razão no caso do Flow

Há um equívoco conceitual grave entre os jovens liberais no Brasil, fruto da péssima formação do debate liberal entre nós, recusado pelas universidades e dominado por empresários e afins que limitaram quase sempre o repertório à liberdade de mercado e seus interesses. O resultado está aí. Cada dia uma polêmica vazia aparece que serve à estupidez comum das redes sociais e afins.

caso Monark é paradigmático. Monark do Flow não é nazista ou antissemita, mas errou feio. Convergem vários fatores na sua estúpida defesa recente da liberdade de expressão para um partido nazista no Brasil.

Primeiro, o sucesso deveria ser permitido apenas a pessoas com mais de 40 anos. O sucesso é um fator corrosivo da nossa capacidade de visão de mundo, de avaliação do ridículo que nos cerca e nos constitui, e da dúvida que sempre devemos alimentar em relação a nossas próprias certezas. Um jovem não enxerga nada disso, na sua imensa maioria. Confunde ganhar dinheiro e sucesso com entender o “segredo último das coisas e do mundo”.

O sucesso prematuro na vida, como é o caso do Monark e de muitos outros como ele, facilmente destrói um maior cuidado na lida com o mundo e as pessoas. Produz o que ele mesmo chamou no seu vídeo de desculpas de “insensibilidade”. O sucesso prematuro pode levar a cegueira mesmo com muito dinheiro.

Outro elemento é o ethos das redes sociais. Afora os evidentes ganhos que a acessibilidade das redes gera, elas, de fato, alimentam a imbecilidade, como dizia Umberto Eco (1932-2016). E aqui, não me refiro ao caso Monark especificamente. Basta acompanhar comentários aos textos e vídeos para ver essa imbecilidade claramente. As redes praticam uma linguagem pobre e agressiva. Enfim, uma semântica para o uso dos idiotas ressentidos.

Por exemplo, nos comentários ao vídeo em questão são muito claros a elegância e o cuidado com os quais a deputada Tabata Amaral se move diante dos argumentos descabidos do podcaster —fala devagar, usa as ideias de forma consistente, respeita a fala do outro. Corretíssima no seu argumento contra o absurdo da defesa da legalidade do partido nazista, ela, ainda assim, foi objeto de críticas cretinas nos comentários.

Às redes só interessa xingar, linchar e mostrar falsos repertórios. Não há esperança nenhuma de que as redes venham a desenvolver maturidade nas sociedades porque a cada minuto entram milhões de idiotas nelas.

Outro elemento é a estética “clube da luta” —refiro-me ao filme “Clube da Luta”— que marca os espaços físicos dos podcasts. Essa estética “clube da luta” faz parecer que encher a cara, fumar maconha e chutar o balde 24 horas por dia é cool e faz de você um ser livre.

Mas, além desses reparos de contexto, há o equívoco essencial de jovens liberais como Monark —a fetichização da ideia de liberdade, e, por tabela, de liberdade de expressão. Não existe nenhum valor absoluto, e os jovens liberais no Brasil têm brincado com ideias.

A liberdade, como tudo mais no âmbito moral e político, é segunda, sendo ela determinada por fatores de contexto, de linguagem, de leis, de história, de economia, de política, enfim, uma série exaustiva de fatores. A liberdade não é um valor absoluto, talvez nenhum seja. Mesmo não matar é relativizado em revoluções ou guerras para aqueles que as defendem. Essa relatividade da moral e da política nos ocupa o tempo todo, de forma exaustiva.

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O barulho sob sigilo

O processo que deflagrou a demissão de Monica Rischibieter da direção do Teatro Guaíra está “sob sigilo”. Ele começou com a consulta da ex-diretora à Procuradoria Geral do Estado (PGE) a respeito da utilização da verba da Lei Aldir Blanc fora do prazo estipulado por lei, ou seja, dinheiro que não foi gasto em 2021 sendo distribuído em 2022.

Monica questionou o que estava ocorrendo pois sabe que essa bomba pode estourar no Tribunal de Contas da União. O “sob sigilo” de agora fica mais patético porque o barulho que causou a exoneração continua fazendo estrago em todos que decidiram por ela, principalmente no chefe deles todos, o governador Ratinho Junior.

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O irritante guru do Méier

“Não digo que os críticos percam o total da poesia, mas sem dúvida perdem seu lado emocional, ao examiná-la como especialistas. Mais ou menos o que acontece aos ginecologistas em relação ao sexo”.

Millôr Definitivo|A Bíblia do Caos – L&PM Editores

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Itararé

Gruta da Barreira. © Ken Chu

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Ora, bolas!

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Ente querido

Me doeu muito o passamento do Ministério do Trabalho. Era um companheirão, quase um parente. Tão familiar que tinha o hábito de cutucar o ombro do trabalhador caso o despertador falhasse: “Acorda, Zé, vamos perder a hora.” E lá se ia – de trem, ônibus, bicicleta, carona ou a pé – a dupla mais afinada que já existiu: o empregado e o Ministério do Trabalho. Saudades eternas.

O Ministério do Trabalho pegava junto, dava duro tanto quanto o operário. Quando aparecia briga com o patrão, ficava sempre ao lado de quem só levava porrada. E assim não perdiam as lutas. Foi a primeira união estável que surgiu no Brasil, entre uma pessoa e um órgão oficial.  Exemplo tão bom e bonito de comunhão de interesses que, hoje em dia, os casais preferem mais a união estável que o casamento. O Ministério do Trabalho tinha mesmo uma queda pelos empregados. Deu a eles uma CLT, com benefícios e garantias. E apontou o dedão institucional pros empregadores: “Olha aqui, o salário mínimo é ridículo, sim, mas é o limite: menos que isso é crime!”

E assim, por décadas, vigiou a desclassificada classe patronal, apesar de não ter conseguido desridicularizar o valor do mínimo. Também foi impotente com o trabalho escravo, mas isso era da esfera da sua esforçada colega, a Justiça do Trabalho, outra moribunda dos novos tempos.

Nos últimos anos, o Ministério do Trabalho sofreu demais com o desemprego crescente. O que ajudou a definhar o finado. Mas o velório do Ministério do Trabalho começou enquanto o coitado ainda respirava, durante a campanha eleitoral. Já o enterro, assistido pela população como a um telecurso, à distância, foi doloroso. O único trabalhador que pôde chegar perto do corpo do Ministério do Trabalho foi um terceirizado, o encarregado de remover as letras do seu nome na fachada do prédio que habitava na Esplanada. Uma lápide às avessas. Quanto ao cemitério, não se sabe ao certo qual; é sabido apenas que o caixão baixou em cova rasa.

A mesma profundidade, aliás, do governo que tirou a vida do Ministério Público. Até um dia, solidário amigo. Ainda bem que nas democracias deve-se acreditar na reencarnação das ideias. Você voltará!

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Puro nonsense

O ditador português Salazar lia um jornal feito para fazê-lo acreditar que continuava no poder

Um dos contos nonsense de Woody Allen, de quando ele escrevia contos para a revista The New Yorker e os reunia em livros nos anos 70, trata de um homem maduro, solteirão, inútil, que sempre morou com a mãe e era por esta tratado como um idiota. Um dia, para massacrá-lo de vez, ela lhe revelou: “E quer saber de uma coisa? Você é anão. Eu e seu pai montamos esta casa na sua escala para você nunca perceber!”.

A ideia de armar um pequeno mundo para uma pessoa não saber que a realidade lá fora é outra me ocorreu ao ler sobre uma nova biografia do ditador português Oliveira Salazar (1889-1970), que por 40 anos condenou Portugal ao atraso, à asfixia, à pobreza e ao desprezo internacional. Trata-se de “O Ditador que Morreu Duas Vezes”, do italiano Marco Ferrari, com uma novidade em relação a outras biografias de Salazar que conheço

Como se sabe, em agosto de 1969, aos 80 anos e sem a menor intenção de pedir o boné, Salazar sofreu um acidente doméstico. Foi sentar-se a uma cadeira de diretor para ler seu jornal favorito, o Diário de Noticias, o que mais se acanalhava para agradá-lo. A cadeira virou, Salazar caiu para trás e bateu com a nuca no chão. Sofreu uma hemorragia intracraniana, não descoberta de imediato. Mas o caso se agravou, ele teve de ser operado e ficou inconsciente. Certo de que Salazar morreria e o poder não podia vagar, seu governo o substituiu por Marcelo Caetano, velho aliado.

Só que Salazar não morreu. Voltou a si e, para terror de seus homens, resistiu por 11 meses, razoavelmente lúcido. Já não governava, mas não podia saber disso, donde seus ministros o visitavam para “discutir” com ele os problemas. E —esta a novidade— toda manhã Augusto de Castro, diretor do Diário de Notícias, ia levar-lhe o jornal.

Um exemplar único, rodado só para ele, com as notícias alteradas omitindo seu sucessor, para Salazar pensar que continuava ditador. Era Woody Allen na veia.

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Avril Lund. © LePress

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Eu, Maringas Maciel

Atividade profissional: atualmente fotógrafo.
Atividades outras: de produtor a palpiteiro, brinco nas onze.
Principais motivações: inspirar, expirar, inspirar, expirar.
Qualidades paradoxais: passar desapercebido.
Pontos vulneráveis: o Coritiba.
Ódios inconfessos: gente que mente constantemente.
Panaceias caseiras: banana amassada com aveia.
Superstições invencíveis: jogar sempre os mesmos números na Mega Sena (essa superstição continua invencível, mas…).
Tentações irresistíveis: colocar o pé na estrada.
Medos absurdos: medo de nunca aprender a dizer não.
Orgulho secreto: ser um ser bom.

*Revista Ideias|Travessa dos Editores

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Alpha Blondy

 

Jerusalem

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Fraga

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