Pistoleiras versus Companheiras

Bolsonaro pretende trazer Michelle para a campanha de reeleição. O objetivo é patriótico, como sempre: diminuir a rejeição do eleitorado feminino. Agora, depois de toda morte de crianças, pais e avós na indiferença de seu governo com a pandemia; agora, depois de uma história de vida marcada pela misoginia (a aversão espiritual ou física pela mulher).

Como sempre tem o cego que não vê quando seu guia rouba o dinheiro da esmola, tem gente que não só absolve como ignora os males de Bolsonaro. Males, leia-se, não erros. Porque tudo em Bolsonaro é não só intencional como premeditado. Michelle trará um batalhão de mulheres, as ‘Pistoleiras do Mito’, subcomandadas pelas combatentes Damares Alves e Sara Winter, as mais sanguinárias.

Será briga boa, porque Lula também tem seu exército feminino, que ele próprio batizou de “Companheiras do Grelo Duro”. As comandantes, ora, começam com Gleisi Hoffmann, que conquistou a patente no campo de batalha. Como candidato debate com candidato, primeira dama enfrenta primeira dama: Michelle terá que debater com Janja. De tão boa, essa briga exigirá um terceiro turno das eleições.

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Todo sangue é vermelho 2

Ana Cristina Rosa fez a síntese definitiva: ‘nem todos os olhos são azuis, mas todo sangue é vermelho’

Desde a Antiguidade, uma guerra pode ser contada de muitos pontos de vista. A nova ordem mundial dela resultante, os lances do xadrez geopolítico, as vitórias militares, os lucros da indústria armamentista, tudo isso conta uma parte da guerra.

Há outras maneiras, porém, e o jornalista norte-americano John Hersey mostra isso muito bem no seu clássico livro-reportagem “Hiroshima”. Hersey escolheu meia dúzia de sobreviventes do ataque nuclear dos Estados Unidos ao Japão, em 1945, para escrever sobre a guerra na sua dimensão mais singular e humana.

As histórias condensam a dor, o horror e o desespero provocado por um dos maiores crimes de guerra, jamais julgado. Estima-se mais de 200 mil mortos em Hiroshima e Nagasaki, desintegrados, em minutos, nas chamas do cogumelo atômico.

Setenta e sete anos depois, quem ameaça apertar o botão da hecatombe nuclear é a Rússia, em sua guerra contra a Ucrânia, os Estados Unidos e seu braço na Europa, a Otan. A cartada nuclear e a agressividade do invasor provocaram a justíssima e urgente solidariedade aos ucranianos e acenderam o alerta e o medo de uma terceira guerra mundial em solo europeu.

Terceira guerra? Na Europa, sim (se considerarmos os Bálcãs um conflito localizado). Mas o que foram a Guerra Fria (Coreia, Vietnã, guerras colonialistas na África e na Ásia), a chamada Guerra ao Terror (Afeganistão, Iraque, Síria) e muitos outros confrontos se não decorrência da disputa de hegemonia entre as grandes potências?

Guerras sempre existiram nas periferias do mundo desenvolvido, com seus rios de sangue e sofrimento, crises humanitárias e milhões de refugiados. A estupidez da guerra faz a espécie humana retroceder ao estágio primitivo de selvageria, seja qual for o canto do mundo onde ocorra. Sobre isso, a colunista Ana Cristina Rosa elaborou a síntese definitiva: “Embora nem todos os olhos sejam azuis, todo sangue é vermelho”. Uma verdade que o mundo inteiro precisa ouvir.

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Dia Internacional da Mulher

Nadyr do Prado de Oliveira|29 de novembro, 1929|16 de novembro, 2016, entre Carmen Silvia (Leca) e Vera Solda. © Luana Todt

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Playboy|1970

1978|Christina Smith. Miss March|Playboy’s Playmate of The Month

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Nem um pio

Um sábio atento do Centro Cívico ainda não leu ou ouviu um pio do empresário Junior Durski sobre a invasão da Rússia na Ucrânia. Ele é de Prudentópolis, região do Paraná com uma grande de imigrantes Ucranianos, como sua avó, com quem aprendeu a cozinhar.

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A transparência nas agências de regulação

As agências reguladoras sempre fugiram da transparência, especialmente nas conversas com os grandes grupos econômicos quanto aos reajustes de planos de saúde, do setor da energia, dos transportes, das concessões de serviços públicos e tudo mais que afeta o bolso de milhões de brasileiros.

Recentemente duas delas, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), em processos que envolviam a apuração de infrações detinham sigilo na tramitação desses processos por forma de uma lei federal.

A questão do sigilo dos processos administrativos nas agências chegou no Supremo Tribunal Federal (STF) e, adivinhe o resultado?

O STF fulminou o sigilo e afirmou que todos esses processos devem ser transparentes e públicos, declarando a inconstitucionalidade da lei que garantia o acobertamento das apurações de infrações.

Ficou patente que a Constituição não adota como regra o sigilo nos processos administrativos disciplinares ou nos processos judiciais criminais.

Os maiores prejudicados por esse tipo de sigilo são os consumidores, que não ficam sabendo das apurações das infrações dos grandes grupos econômicos, nem quais as punições que eventualmente recebem, se é que são punidos.

Outro aspecto não abordado no julgamento do STF é a publicidade pela imprensa desses desatinos, pois tudo isso tem que contar com a máxima transparência, já que envolvem serviços e interesses públicos.

A informação de que as concessionárias dos pedágios do Paraná, desviaram cerca de 10 bilhões de reais, foi recentemente divulgada, depois de anos de silêncio e pouquíssima ou, quase nenhuma transparência.

A planilhas de custos, reajustes e subsídios de transportes coletivos, os reajustes na conta de água, luz, e dos combustíveis, tudo isso, necessita total transparência e amplo debate.

A recente invenção das agências de regulação no direito brasileiro esqueceu-se do principal: atores governamentais não costumam prejudicar os interesses econômicos em favor dos consumidores e cidadãos.

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É preciso

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Comedores de gente

O presidente Bolsonaro classificou de “asquerosas” as palavras do deputado Arthur do Val (Mamãe Falei) sobre as mulheres ucranianas. Um milagre de regeneração de ambos: o deputado vai passar a vida pedindo desculpas; Bolsonaro reescreve sua história. Se você acredita na sinceridade de um e outro, vote nos dois; terá eleito candidatos à sua imagem e semelhança. Esqueçamos por ora o deputado, que terá que enfrentar a barragem feminina e política pela sua cassação (que dificilmente acontecerá).

E Bolsonaro? Virou feminista e antimachista depois que no terceiro casamento nasceu-lhe uma filha? Sei não, temos que examinar o conjunto da obra. Quando a filha nasceu ele declarou que preferia mais um zerinho qualquer coisa. Antes, disse “não te estupro porque você não merece” para a petista Maria do Rosário, deputada gaúcha. Quando se discutia o auxílio-moradia para deputados ele contou que nunca pagou aluguel porque tinha casa própria em Brasília; mas usava o auxílio para “comer gente”.

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#ForaBozo!

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Não se combate autoritarismo com censura

Cancelar artistas russos é contraditório em democracias liberais

Como forma de retaliação à invasão da Ucrânia, a cultura russa está sendo cancelada. Festivais de cinema na Europa, como o de Glasgow e o de Estocolmo, baniram filmes russos que receberam financiamento estatal. O teatro The Helix, em Dublin, cancelou um espetáculo da Companhia Real de Balé de Moscou, enquanto a Royal Opera House, em Londres, cancelou a temporada do Balé Bolshoi. Já na Itália, Dostoiévski, morto em 1881, sofreu ataques: uma universidade em Milão chegou a cancelar um curso sobre o escritor russo, mas, com a repercussão negativa, voltou atrás, e, em Florença, cidadãos pediram a derrubada de uma estátua em homenagem a ele.

Assim, democracias liberais agem a partir do mesmo fundamento que criticam. Como combater um governo autoritário a partir de censura? Lembra a contradição do macarthismo, quando o EUA, se arvorando a defensor mundial da liberdade, perseguiu artistas que seriam comunistas. Ou seja, não faz sentido algum defender a tolerância e a liberdade fomentando preconceito e censura.

Em segundo lugar, temos o caso do cancelamento de artistas que não se posicionaram explicitamente contra Putin (como o maestro Valery Gergiev e a soprano Anna Netrebko). Ora, é muita ingenuidade não considerar que, justamente por Rússia ter um governo autoritário, o posicionamento de artistas russos pode gerar represálias aos familiares desses artistas. No conforto da democracia liberal, talvez muitos estejam ignorando como é viver sob o autoritarismo.

Por último, devemos considerar a importância da separação entre a arte do artista e seu posicionamento político pessoal. O valor de uma obra de arte está contido nela mesma, não em quem a produziu. Mesmo considerando que, em período de guerra, tendemos à passionalidade, manter essa separação em mente é importante para que não se abra precedente. Afinal, governos mudam, perspectivas ideológicas também, e nunca se sabe quem terá o poder de decidir qual é a perspectiva do mal. Pode ser a nossa.

Publicado em Lygia Maria - Folha de Sao Paulo | Deixar um comentário
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Cartão Vermelho, com Juca Kfouri e José Trajano, estreia nesta terça-feira no Uol

Com apresentação de Juca Kfouri e José Trajano, o Cartão Vermelho será transmido às terças-feiras, às 15h. A dupla comandará um bate-papo sobre futebol, política e cultura. “O formato do programa é descontraído e, ao mesmo tempo, com muito conteúdo, sendo todos eles com diversas vertentes de abordagem. Estou ansioso para ver os resultados e também me aprofundar nos debates que virão”, conta Kfouri.

O nome é uma referência ao programa Cartão Verde, da TV Cultura, onde ambos trabalharam juntos nos anos 90. A atração contará com uma expansão para o formato de podcast, diversificando ainda mais as possibilidades de audiência. “Os temas abordados chegam ao público de diversas formas, uma vez que o programa estará disponível multiplataforma, além, claro, de englobar toda a nostalgia de levar a informação junto com o Juca, que é um grande jornalista, depois de tantos anos”, ressalta Trajano.

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Flagrantes da vida real

Monica Rischbieter e Benjamin. © Maringas Maciel

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Leros

A mamãe de Arthur do Val deveria chamá-lo às falas. Afinal, ou o filho vai à guerra por motivos humanitários, ou por razões sexistas. É preciso escolher um lado, ainda mais num mundo polarizado como o nosso. Graças ao comportamento dúbio, Arthur do Val terá um destino semelhante ao de seu xará Val Kilmer: ninguém mais falará dele. De mais a mais, nem o macho-alfa do Ernest Hemingway foi à guerra para pegar mulher. Por que o filho da mãe do Arthur teria esse direito?

Não, deputado, não se deve confundir Podemos com Fodemos. Se houvesse um Estado no Brasil, ele deveria usar Vossa Excelência para ajudar a Ucrânia, por exemplo, em sua escassez de produtos de primeira necessidade. O deputado não disse que limpa traseiros com a língua? Então que vá servir de papel higiênico em Kiev. Pronto, mamãe, falei.

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