Publicado em Flagrantes da vida real | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Playboy|1970

1974_03_Pamela_Zinszer_Playboy_Centerfold-(1)1974|Pamela Zinszer. Playboy Centerfold.

Publicado em Playboy anos 70 | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Publicado em Sem categoria | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Olha a água!

Monica Soutelo

Todo mundo corria pra encher rapidamente o que conseguia. Se desse tempo, ainda tomávamos banho de chuveiro. Senão, depois era na base do balde mesmo. Essa é uma das lembranças mais nítidas que tenho da infância. Principalmente do grito de guerra: “Olha a águaaaaa!!!”. Soava divertido aos ouvidos de uma menina. Mas sei que de divertido não tinha nada

Não sei você, mas eu acho notável os eufemismos que são usados para encobrir as mazelas dos desgovernos. Crise hídrica, por exemplo. Tucanaram a falta d’água.

Na conta de luz que acabo de receber, veio registrada em letras minúsculas a explicação para o aumento maiúsculo: Bandeira(s)/Tarifária(s) aplicada(s) no mês – ESCASSEZ HÍDRICA.

Como carioca, sou escolada nessa “bandeira”. Quem viveu no Rio na década de 50 do século passado ganhou diploma no quesito falta d’água e apagão. Era a coisa mais natural do mundo essa situação. Tinha até aquela marchinha, lembra? “Rio de Janeiro, cidade que nos seduz, de dia falta água, de noite falta luz” (Vagalume, 1954, Vitor Simons e Fernando Martins).

Eu morava num prédio em Copacabana cujas áreas de serviço e banheiros davam para um vão livre de onde ressoavam conversas e cantorias. Quando tinha racionamento e a água chegava, havia o famoso grito de guerra que ecoava: “Olha a águaaaa!!!”. Seguido do barulho torrencial das águas enchendo tanques, banheiras, baldes e bacias.

Todo mundo corria pra encher rapidamente o que conseguia. Se desse tempo, ainda tomávamos banho de chuveiro. Senão, depois era na base do balde mesmo. Essa é uma das lembranças mais nítidas que tenho da infância. Principalmente do grito de guerra: “Olha a águaaaaa!!!”. Soava divertido aos ouvidos de uma menina. Mas sei que de divertido não tinha nada.

O berro d’água e o barulho dela chegando fazem parte da minha memória afetiva. Assim como a banheira cheia. Os apartamentos de classe média tinham banheiras. Mas nunca vi ninguém em casa tomar banho nela. Também, num lar com um único banheiro para seis pessoas (eu, minha irmã, meus pais e meus avós), seria impossível ocupá-lo pelo tempo que um banho de banheira exige. Assim, a peça não tinha nenhuma utilidade prática, a não ser nos períodos de falta d’água mesmo. Aí, usada como reservatório, ela era a salvação.

Depois, quando fizeram a famosa adutora do Guandu, no tempo do governador Carlos Lacerda, e o problema do abastecimento foi resolvido por um bom período, as banheiras voltaram a sua inutilidade. Foi aí que entraram em ação os… decoradores. Inventaram de fazer da banheira um sofá. Isso mesmo: um sofá no banheiro. Cobria-se a banheira com um compensado e por cima dele ia um estofado de plástico com direito a almofada e tudo. Ô, moda cafona. Mas quem viveu nos 50 viu. Não foi só lá em casa não que a brilhante ideia pegou. A solução virou coqueluche.

Com o passar dos anos, com o desuso e a diminuição do tamanho dos apartamentos, as banheiras sumiram. Assim como começam a desaparecer os tanques também. Novas construções começam a dispensar também esse elemento. Daí que se a crise hídrica chegar, muita gente vai se ver em maus lençóis para reservar um pouco de água para o essencial. Imóveis modernos não combinam com problemas antigos…

E não deixa de ser curioso observar como as marchinhas de carnaval de décadas passadas podem se revelar atuais. Não só por suas qualidades, mas porque o país teima em não mudar. Vagalume, cujo refrão menciono acima, é um exemplo típico com sua letra que trata de falta d’água e de energia.

Periga ser ressuscitada, junto com Tomara que chovaque clama por uma boa chuva em pleno carnaval: “Tomara que chovatrês dias sem parara minha grande mágoaé lá em casa não ter águaeu preciso me lavar”.

Esta última é da dupla Paquito e Romeu Gentil, à qual me referi na coluna passada, lembrando seus vários outros sucessos carnavalescos. Cantei muito as duas marchinhas nos carnavais da minha infância. Temo que elas voltem nos próximos meses a fazer sentido como fizeram no passado. Mas torço para que isso não aconteça. Não vai ter nenhuma graça ver ressurgir o grito de guerra “Olha a águaaaa”.

Saudações! E até a próxima.

Publicado em Ultrajano | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Mural da História

Duke© Duke. O Tempo – Belo Horizonte

Publicado em mural da história | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Mural da História

12-10-2010-CONTRACAPA

12 de outubro|2010 

Publicado em solda cáustico | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Fiat Lux!

No Festival Cinemaz o Documentário À Luz de Bruel recebeu 2 prêmios.
Melhor Direção
Teia Werner e Silvia Gabriela
Melhor Fotografia
Mauricio Baggio
Os prêmios são dedicados a todos da equipe. Sem eles nada aconteceria.
Super obrigada a organização e júri do Cinemaz.

Publicado em Sem categoria | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Ova-se!

Publicado em ova-se! | Com a tag , , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Fraga

inferno

Publicado em fraga | Com a tag , , , | 1 comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Publicado em Sem categoria | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Edson Arantes do Nascimento

Publicado em Sem categoria | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Playboy|2000

200005_Brooke_Berry_112000|Brooke Berry. Playboy Centerfold

Publicado em Sem categoria | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

© Jan Saudek

Publicado em Jan Saudek | Com a tag , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

As Namoradinhas do Professor Thimpor

Ana – Viciada em naftalina. Quando descobri ela havia enchido todas as minhas gavetas com aquelas bolinhas ridículas. Fui ao cinema com Ana três vezes e em todas elas o filme estava fora de foco, o lanterninha nos retirou do recinto e roubaram nosso pacote de pipocas.

Nosso romance terminou quando ela se entregou para um vendedor das Casas Pernambucanas. Atormentada pela traição, Ana fugiu para Alagoas três meses depois. Minha paixão por Ana durou até ela tentar vender minha coleção de figurinhas carimbadas para o dono da bomboniére do cinema. Ana foi a única capaz de pagar as contas do hospital quando nossas brigas descambavam para a pancadaria e ela descia a lenha pra valer.

Publicado em Geral | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

July September. © Zishy

Publicado em elas | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter