Abu

Antônio Abujamra (1932|2015), diretor de teatro, ator e apresentador, um dos primeiros a introduzir os métodos teatrais de Bertolt Brecht e Roger Planchon em palcos brasileiros. Era conhecido por sua irreverência, suas encenações e por seu humor ácido e crítico em relação aos tabus sociais.

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Third World

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As ameaças ao STF

A grave tensão entre o Supremo Tribunal Federal e Bolsonaro segue ignorada pelas academias, professores, ditos juristas e várias corporações do Direito.

Por que será?

Parte dessas pessoas conhece a história do Brasil e sabe que se o golpe de Bolsonaro for sacramentado, muita gente será varrida das suas funções.

Esse cenário de choque institucional contra a democracia está ocorrendo desde 2018, seja por comentários em mídias sociais, entrevistas, xingamentos e ameaças explícitas às instituições.

A peça mais importante nesse tabuleiro político são as forças armadas.Acrescentem-se as polícias militares de alguns estados e os setores neopentecostais.

Historicamente, o primeiro confronto do STF e o Presidente foi quando Rui Barbosa entrou com um habeas corpus contra atos do ditador marechal Floriano Peixoto naquela Corte.

Peixoto teria se antecipado a uma improvável derrota e vaticinado que os juízes que votassem a favor do pedido de HC precisariam, posteriormente, também de um habeas corpus.O governo venceu com folga.

O ministro Kássio Nunes Marques, indicado por Bolsonaro, exerce o direito de permanecer calado quanto às ameaças ao STF.

André Mendonça, futuro ministro, foi Advogado da União, demonstrou fidelidade canina ao padrinho Bolsonaro, quando da defesa intransigente das empresas religiosas poderem abrir suas portas, durante a pandemia.

As indicações do Poder Executivo aos poderes são verdadeirosconcursos de bajulações e puxadas de tapetes. O maior arrependido de todos os tempos foi o PT que viu a maior parte de seus indicados admitir, com muito custo, as ilegalidades da operação lava-a-jato.

Nada como o modelo de Portugal, onde todos os poderes indicam ministros à Corte Constitucional e o mandato é de oito anos.

Getúlio Vargas que comandava o governo provisório, em 1931, determinou a redução dos salários dos ministros do Supremo e demitiu seis deles, por decreto. Ao final os ministros aprovaram um “voto de saudade” pela saída compulsória dos colegas. O ministro Hermenegildo de Barros foi o único a protestar.

A elogiosa lembrança de alguns personagens golpistas, de Bolsonaro e aliados ao Ato Institucional nº 5, tem uma explicação.

Em 1968 amparado pelo AI 5 o governo militar aposentou três ministros: Evandro Lins e Silva, Victor Nunes Leal e Hermes Lima. Gonçalves de Oliveira e Lafayette de Andrada, também ameaçados pela ditadura, anteciparam-se e pediram aposentadoria.

Quem tem coragem de se manifestar pelo afastamento de um ditador?

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Paris

Cleopatra. The life of 1930’s parisian prostitutes. © Corona

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Interrogações

Como não seria de bom tom sugerir que esses fdps investigados pela CPI da Covid fossem interrogados pela Inquisição ou pela versão mais atualizada dela, o método Brilhante Ustra, resolvi eu mesmo entrar de sola na sala do interrogatório. A CPI precisa deixar de ser boazinha, tem que ir mais fundo na carne dos corruptos. Eis algumas perguntas que, além de não quererem calar, exigem um megafone na orelha dos canalhas:

1) Sua excelência, sua mãe não lhe deu educação, não? Ela não lhe disse mil vezes que é feio roubar, hein?! De quem veio esse seu apurado senso estético que vê beleza na apropriação indébita? Responda, seu miserável!

2) Tirando a punheta, quantos novos atos sacanas o senhor desenvolveu por baixo do pano? Quantos aplicou no mercado?

3) O nobre colega sabe a diferença entre cleptomania e se aproveitar dos indefesos cofres públicos? E entre pungar idosos e roubar pirulito de criança? Queremos medir a sua ética na roubalheira.

4) Senhor, quantas vezes já tirou troco a mais da carteira do ceguinho que vende bilhete e jogo da loteca? Quantas? Não ouvi, fale mais alto!

5) Desde que ano escolar o senhor começou a mostrar esse obsessivo interesse por sinônimos como falcatrua, mutreta, negociata, maracutaia? Não minta, sua professora de português vai depor a seguir!

6) Esse seu incontrolável cacoete de babar toda vez que ouve falar a palavra propina – pare de babar, não terminei a pergunta! –, o senhor já tentou tratar? Diga o nome do seu analista, queremos o parecer dele!

7) E aquela história de obrigar um tatuador a desenhar “vergonha” na face direita para provar a todos que o ilustre parlamentar não era um desavergonhado? Por que saiu da loja sem pagar? E por que depois mandou apagar? E por que não pagou o procedimento clínico, porra?!

8) Onde vossa senhoria conseguia notas falsas para pagar os 10% dos funcionários no esquema da rachadinha no seu gabinete? E desde quando deixou de pagar os costumeiros 15%, que todo parlamentar rachadista costuma pagar?

9) Conte em detalhes para esta comissão sobre o curso de prevaricação que o senhor fez no Congresso, mas fugiu sem dar aula nenhuma e muito menos os prometidos certificados. Suas vítimas não deram queixa, mas você lembra os nomes, não lembra? Não proteja ninguém, seu infeliz!

10) Sua excelência nega que tenha laranjas nos seus negócios imobiliários. Mas queremos saber o seguinte: por que seus colegas corruptos o acusam de ter a maior concentração de laranjas, e que não sobra nenhum para eles?

11) Alguém da editoria do livro Guinness costuma contar em jantares que o senhor o sondou para saber se poderia inscrever o recorde de maior superfaturamento no Brasil. De quanto era esse valor?

Etc etc etc. A comissão tem que ser muito mais dura com essa gente.

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Paris é uma f(r)esta!

The life of 1930’s parisian prostitutes. 

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Escândalo! Coronel Ustra, torturador da Ditadura, é um dos marechais do Exército

Carlos Alberto Brilhante Ustra, coronel do Exército condenado em 2008 pela Justiça brasileira como torturador durante a Ditadura Militar (1964-1985), foi elevado ao posto de marechal. É o que mostram os dados do Portal da Transparência, acessados na noite desta quinta-feira (5). Ontem (4), a reportagem da Fórum já havia mostrado que 100 generais do Exército e outros 115 da Marinha e da Aeronáutica tinham sido elevados ao posto normalmente atribuído a heróis nacionais que participaram de guerras, inexistente atualmente.

O fato mais conflitante fica por conta de Brilhante Ustra ter ido para a reserva como coronel, o que no máximo, se passasse a um posto acima, poderia conduzi-lo ao grau de general de brigada, três níveis abaixo da extinta patente de marechal, legalmente possível apenas em tempos de guerra.

Falecido em 2015, o oficial que usava o codinome Dr. Tibiriçá durante as sessões de tortura na sede do DOI-CODI, em SP, transmitiu sua pensão de marechal às filhas Patrícia Silva Brilhante Ustra e Renata Silva Brilhante Ustra, que recebem cada uma 15.307,90, totalizando R$ 30.615,80, valor correspondente aos vencimentos de outros “marechais” do Exército.

Outra figura emblemática de um dos períodos mais sinistros da História do Brasil que foi elevado a marechal no banco de dados do Executivo federal é o general Newton Cruz, ex-chefe do SNI dos governos Geisel e Figueiredo. Notório integrante da chamada “linha dura” do Regime Militar, Cruz ficou conhecido pelo estilo agressivo e pelas frases intimidatórias que utilizava na frente de todos, inclusive contra jornalistas. Há vídeos da época, disponíveis na internet, que mostram a truculência do antigo n° 1 dos serviços de inteligência da Ditadura.

Revista Fórum

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Nada será como antes

Nada será como antes: sabe aquele pessimismo de estimação, sob medida ou flexível, no piloto automático ou no improviso, o velho e bom pessimismo de tocaia na realidade, sempre pronto pro bote em cima dum fato novo? Sisqueça. Daqui pra frente todo pessimismo será insuficiente.

Nada será como antes: ah, kibon que eram os abraços apertados, os apertos de mão pra valer, os tapinhas nas costas e até a troca de perdigotos amigáveis. Irresistíveis os convites pruma reunião caseira com trocentas pessoas num espaço onde mal cabem 10 ou 15. E, claro, saudades do uso indiscriminado da palavra saudável.

Nada será como antes: lavar as mãos por lavar, apenas curtir o frescor frio da água no verão ou sua quentura no inverno. Não se pegar suspirando por uma torneira de álcool gel junto à porta de entrada. Nem ter com as compras um encontro compulsório de gelólatras anônimos. Álcool gel, gênero de primeiríssima necessidade, quem diria.

Nada será como antes: nunca mais entrar num ônibus com naturalidade, pedir licença pra sentar e puxar conversa ou dar trela. Jamais voltar a se firmar nos corrimões pra se segurar. Nem dar um passinho a mais naquele corredor apinhado de corpos suarentos e deseducados. E exaltar, pro resto das nossas vidas, a plaquinha do fale ao motorista somente o indispensável, e exigir dele a recíproca.

Nada será como antes: e enaltecer elevadores vazios à sua espera, rezar por salas de espera desabitadas, torcer por bancos de praça sem ninguém, e praças sem nenhuma alma. Vibrar por ter se condicionado faz tempo a atravessar pro outro lado da rua ao se deparar com um desmascarado na sua direção. Idolatrar até o fim dos tempos a expressão distanciamento social.

Nada será como antes: adeus, escurinho do cinema, telona amada, o lugar costumeiro entre as poltronas, o cinema favorito e a ida até lá. Mal vindos os streaming e seus catálogos limitados e medianos, mal vindas as telas dos televisores e as telinhas dos computadores a reduzir a farelos pixelados o impacto de qualquer filme. Maldito o conformismo da mente a palmos dos astros e desgraçada seja essa acomodação dos quadris no sofazão de casa.

Nada será como antes. Sofrer por não se arriscar a participar de manifestações públicas a favor da ciência e da paz ou contra a idiotice e a violência. Se atormentar por não se atrever a aderir ou conclamar ida às ruas pra derrubar o deprimente da república. Sentir-se cagão pela impotência maior que a do pau. Amargar a expectativa de que a eternidade é isso que taí.

Nada será como antes. E acho que nenhuma musa inspiradora vai me trazer algum assunto que não seja pandêmico, vacinântico, bozonamista, miliciânico, negaciômaco ou  cpidínico etc. Argh!

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Argh!

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Fraga

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Aviso aos navegantes

Estou no mato sem cachorro. Mas acho que é o caminho certo.

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Será que estamos em guerra? Brasil tem 100 generais nomeados marechais; Augusto Heleno, Villas Boas…

Dados públicos disponibilizados no Portal da Transparência informam que 100 generais de exército (último posto da escala hierárquica do Exército Brasileiro) receberam a patente de marechal, extinta desde 1967 após uma reforma no regramento da força terrestre que pôs fim ao título, normalmente atribuído a oficiais de alto escalão considerados heróis nacionais por comandarem tropas em conflitos bélicos. A partir da promulgação da Lei Federal 6.880, de 1980, chamada de Estatuto dos Militares, a possibilidade de um general passar ao posto de marechal voltou, mas em condições restritíssimas: somente em tempos de guerra.

Entre os generais elevados a tal posto, que não existe mais, exceto em casos de campanha, estão Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) do governo Bolsonaro, os ex-comandantes do Exército Edson Leal Pujol e Eduardo Villas Bôas, além de Sérgio Etchegoyen, que ocupou também o GSI, mas na gestão de Michel Temer. Enzo Peri e Francisco Roberto de Albuquerque, ex-chefes máximos da maior organização militar brasileira durante os governos Lula e Dilma Rousseff, são outros que engrossam a lista de marechais. (Confira as listas das três Forças Armadas ao final da matéria)

Na Marinha e na Aeronáutica, os postos equivalentes ao de marechal são, respectivamente, o de almirante e de marechal do ar, igualmente extintos. Nessas outras duas organizações militares a nomeação para a posição inexistente também corre solta. Na listagem disponível no Portal da Transparência é possível perceber que vários almirantes de esquadra e tenentes-brigadeiros (postos compatíveis com o de general de exército no Exército) receberam a “promoção” que deixou de existir há 54 anos. Eles somam 115 nesses dois ramos militares.

Revista Forum

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Mural da História

 

29 de setembro de 2018 – Repúblicas dos Bananas

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