O superendividamento dos consumidores

O superendividamento tem afetado milhões de consumidores.

São indicativos para descobrir se a pessoa está superendividada: as dívidas equivalem a mais de 50% do salário; o salário termina antes do final do mês; há desavenças familiares em razão das dívidas; não consegue pagar em dia a luz, água, alimentação, condomínio ou aluguel; sinais de depressão em razão do endividamento; o nome está em cadastros de negativação de crédito como SPC, Serasa e outros; já pediu dinheiro emprestado para familiares e amigos para pagar as contas; a família desconhece a situação de endividamento.

Esta situação pode ocorrer em virtude de má avaliação do orçamento doméstico, ou imprevistos tais como: o desemprego, doença pessoal ou familiar, divórcio ou separação de união estável, falecimento de familiar, etc.

A legislação brasileira não trata dos superendividados e, normalmente, protege os interesses dos bancos. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul – TJRS estabeleceu, gratuitamente, um procedimento de conciliação para esses casos.

Os credores recebem cartas-convite com a advertência da necessidade de comparecimento com procuração com poderes para conciliar, e é marcada uma audiência de renegociação.

A sessão de conciliação entre o consumidor e os seus credores é realizada em um único ato, e o parâmetro para o acordo é o orçamento familiar do superendividado. Para o procedimento são feitas catorze perguntas ao devedor e é elaborado detalhado mapa dos credores.

Pela quase completa ausência da legislação nesses casos, as instituições financeiras ganham bilhões nas costas dos consumidores. O crédito é uma ferramenta de desenvolvimento nacional, mas sem uma disciplina adequada, sempre gera superendividamento.

Enquanto isso, uma outra indústria fatura em cima dos consumidores, a das empresas que prometem reduzir as dívidas, mas que cobram por isso. A iniciativa do TJRS é exemplo para o Brasil e deveria ser adotada em outros estados.

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O mais recente desvario do capitão

Mais de 16 milhões e setecentos mil brasileiros infectados pelo coronavírus, mais de 470 mil mortes, UTIs e enfermarias dos hospitais entupidos de doentes, mais de 2.000 na lista de espera, carência de vacinas, falta de medicamentos e de equipamento, atendentes em desespero – e eis que o diligente, generoso e benevolente Jair Messias Bolsonaro decide realizar no Brasil a Copa América de futebol, que a Colombia e a Argentina não quiseram. Mas o bravo capitão-presidente reunirá em território nacional dez seleções do continente, cada uma com cerca de 65 pessoas, mais jornalistas, radialistas, árbitros, agregados e aficionados. Um mundão de gente que poderá trazer para cá as novas cepas da Covid-19 ou levar as nossas para o resto do mundo.

Como pode um sujeito desses continuar solto, sem camisa de força e sem focinheira?!

No sábado passado, o povo saiu, enfim, às ruas para dizer o pensa de s. exª. Enfrentou a pandemia, usou máscara, mas, infelizmente não pôde evitar a aglomeração. Ela se tornou imprescindível. Ele precisava soltar a voz e dizer aos genocidas de Brasília que basta. Manifestações ocorreram em todas as 27 capitais brasileiras. Em todas, destacou-se a crítica à gestão federal da pandemia e exigiu-se maior celeridade na vacinação e o impeachment do capitão-presidente.

Estava mais do que na hora de a maioria oculta e silenciosa mostrar a cara e pôr a boca no trombone. Chega de canalhice, de patifes e oportunistas que exploram a população e ditam regras como se fossem donos do Brasil. Aí, apesar da pandemia, o povo terá toda a razão de sair às ruas e caminhar por um país melhor e mais justo. Podem me chamar que eu vou junto.

Há horas em que o povo fica bonito, deixa de ser gado marcado, deixa de ser ignorante iludido, para exigir os seus direitos de cidadão e marchar entoando o velho Geraldo Vandré:

“Caminhando e cantando / E seguindo a canção / Somos todos iguais / Braços dados ou não / Nas escolas, nas ruas / Campos, construções / Caminhando e cantando / E seguindo a canção / Vem, vamos embora / Que esperar não é saber / Quem sabe faz a hora / Não espera acontecer / Pelos campos há fome / Em grandes plantações / Pelas ruas marchando / Indecisos cordões / Ainda fazem da flor / Seu mais forte refrão / E acreditam nas flores / Vencendo o canhão… / Os amores na mente / As flores no chão / A certeza na frente / A história na mão / Caminhando e cantando / E seguindo a canção / Aprendendo e ensinando / Uma nova lição / Vem, vamos embora / Que esperar não é saber / Quem sabe faz a hora / Não espera acontecer…

No caso da Copa América, o interesse das patéticas Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol, com a cumplicidade da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), é exclusivamente financeiro. Pouco lhes interessa a vida humana, a pandemia e a tragédia biológica que vivemos. A não realização do torneio, segundo os especialistas, causará um “prejuízo” milionário aos “cartolas”.

Bolsonaro está de olho na reeleição de 22 e, tresloucado como é, acha que a realização da Copa América no Brasil lhe garantirá votos. Era a mesma opinião de seu figadal adversário, o governador paulista João Dória. Ao saber da decisão da Conmebol, Dória imediatamente colocou São Paulo à disposição da CBF, não obstante tenha havido no Estado, nos últimos dias, um aumento da incidência de casos da Covid-19, de 370 para 410 por 100 mil. Depois, mudou de ideia, convencido por alguém de bom-senso do Palácio Bandeirantes.

A Conmebol e a CBF são entidades privadas. O que Bolsonaro têm a ver com isso?!

Claro que o assunto iria parar no Supremo Tribunal Federal, que agora regula e decide tudo o que acontece neste país. Ali, o notório ministro Ricardo Lewandowski foi sorteado relator na questão. O que acontecerá, só Deus sabe.

Publicado em Célio Heitor Guimarães | Deixar um comentário
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Em plena pandemia, 500 pessoas de blacktie se reúnem no Copacabana Palace em festa de bicheiro

No dia em que o Brasil ultrapassou 432 mil mortos pela Covid-19, o Copacabana Palace (RJ) fechou todos os salões, na noite desta sexta-feira (14/5), para ser palco de uma festa blacktie, com direito a 500 convidados, entre famosos e anônimos, e vários shows concorridos.

Segundo informações obtidas pelo Metrópoles, o evento ocorre em comemoração ao aniversário do bicheiro Adilson Coutinho de Oliveira. Entre as principais atrações da noite, a mais aguardada é o show de Gusttavo Lima. Alexandre Pires também é um dos convidados. Os dois postaram fotos no hotel na tarde desta sexta (veja galeria abaixo). Na porta do evento, Mumuzinho foi flagrado pela reportagem.

A lista de convidados foi preparada pela famosa promoter Carol Sampaio. Para fugir dos curiosos, a entrada é feita pela porta dos fundos, na avenida Nossa Senhora de Copacabana, protegida por inúmeros seguranças. Na portaria, os baladeiros recebem máscaras ao entrar no prédio.

Antes das 22h, horário marcado para o início da festa, a aglomeração já acontecia. Em fila, os convidados esperavam para acessar o local.

Equipe Ultrajano

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Carlos, Mário e Paulo

Primeira metade dos anos 50 do século passado. Escola Politécnica da USP. Eleição para o grêmio dos estudantes. A esquerda lança para presidente o aluno Carlos Zarattini. A direita, o acadêmico Paulo Salim Maluf. Após renhido pleito, a vitória é da esquerda. No ano seguinte, nova eleição. Os futuros engenheiros fazem um conchavão. Paulo Salim Maluf se elege vice-presidente. O calouro, craque de bola, vindo de Santos, Mário Covas se elege diretor de esportes. Pelo menos uma vez na vida, Covas votou em Maluf e vice versa.

Nenhum dos três seguiria a profissão de engenheiro. Paulo Maluf foi trabalhar nas empresas do pai e depois se lançaria na política. Mário Covas, na época militante do proscrito PCB, volta para Santos e começa sua carreira como vereador. Em toda a sua vida, Covas só perderia duas eleições: para prefeito de Santos e presidente da República, logo as que mais ambicionava. Carlos Zarattini não se interessa pela profissão, prefere o teatro, adotando o nome artístico de Carlos Zara.

Com diferença de horas, e pela mesma doença, Eva Wilma (viúva de Zara) e Bruno (neto de Covas) morreram no dia 16/05/2021. Paulo Maluf se encontra em prisão domiciliar.

Publicado em Paulo Roberto Ferreira Motta | Deixar um comentário
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The hidroxichloroquine is on the table

A CPI da Pandemia vai convocar o empresário Carlos Wizard para depor porque tem indícios de que o chamado “Ministério Paralelo da Saúde“, que defendia cloroquina, que não tem eficácia comprovada no tratamento contra a Covid, e contaminação em massa para atingir imunidade de rebanho, tinha ele como um dos financiadores.

Fundador de uma rede de ensino da língua inglesa que leva seu nome (vendida em 2013), Wizard era conselheiro do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e chegou a ser anunciado como secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Recuou depois de insinuar que governadores e prefeitos inflavam o número de mortos para receber mais dinheiro.

Um dado importante: enquanto fechava as portas para a Pfizer, que queria vender vacinas e não cloroquina, o governo Bolsonaro dava acesso a Wizard e a sua guru, a médica Nise Yamaguchi, ao presidente, a ministros de estado, ao Itamaraty e ainda colocava a TV estatal para divulgar as ideias da dupla.

Octávio Guedes

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A segurança dos consumidores no drive-thru

O sistema drive-thru é aquele no qual o restaurante vende produtos aos clientes, sem que tenham que descer do veículo. O consumidor passa com o automóvel pelo restaurante em área contígua à loja.

O restaurante quando opera nesse sistema obtém um acréscimo de conforto e assume o dever implícito de lealdade com seus clientes em lhes garantir segurança. Com isso deve arcar com os prejuízos e danos causados por assaltos ou furtos que ocorram, pois essa atividade amplia o acesso aos produtos, facilita a compra e venda e aumenta os lucros do estabelecimento.

Pode ocorrer de os consumidores optarem em consumir os alimentos no estacionamento dentro do restaurante e anexo ao circuito do drive-thru, nesse caso também lhes é garantida a segurança. A alegação de caso fortuito ou força maior no caso do assalto ou furto não é cabível nem defensável sob o aspecto jurídico, pois a proteção dos riscos esperados pela atividade empresarial deve atender a confiança e a segurança que os consumidores esperam.

A indenização, por dano moral e material, é devida aos consumidores-vítimas de furtos ou assaltos no drive-thru ou nas dependências do estacionamento do restaurante. Em recente processo julgado no Superior Tribunal de Justiça foi confirmada a indenização por danos materiais de R$235,00 e, por danos morais, no valor de R$14.000,00, em desfavor da empresa MC Donald’s Comércio de Alimentos ltda.

Fonte:

https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201400583712&dt_publicacao=09/11/2018

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“A chance de o governo sair ileso é nula”

CPI da Covid terá como protagonistas Eduardo Pazuello e Ernesto Araújo

Estava em cartaz desde 2019 a presidência-auditório do cercadinho do Alvorada”, diz Josias de Souza. “Há 15 dias, começou um novo espetáculo político.

Pela terceira semana consecutiva, o brasileiro vai maratonar a série de depoimentos da CPI da Covid. Indócil, Bolsonaro capricha na teatralidade. Mas tornou-se coadjuvante de um espetáculo estrelado pelo elenco que ele próprio selecionou. Os protagonistas da semana serão Ernesto Araújo e Eduardo Pazuello. Na terça-feira, será inquirido na CPI o ex-chanceler que se orgulha da condição de “pária”. Na quarta, o general que promoveu a ocupação militar da Saúde. A chance de o governo sair ileso é nula.”

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Requiescat in pace

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Bozonero

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Prostituta de Paris, em algum lugar do passado.

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Roxy. © IShotMySelf

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© Jean Jacques Lartigue

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