Precursora da imprensa alternativa, Pif-Paf usou irreverência contra a ditadura

Charge de Fortuna na quarta capa da “Pif-Paf” nº 7, de 13 de agosto de 1964.

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Haddad com moral

Durante o churrasco na Granja do Torto para integrantes do governo, o presidente Lula se mostrou animado com o crescimento econômico do Brasil a partir de 2024. Ele ainda fez questão de atribuir o futuro crescimento econômico ao ministro Fernando Haddad (Fazenda).

Lula disse a seus interlocutores que a inflação ficará ainda menor, o que significará o aumento no poder de compra das pessoas. Uma das principais reclamações dos eleitores, segundo pesquisas internas encomendadas pelo governo, é a falta de percepção de que a vida melhorou no último ano.

Foi Haddad o responsável pelo convite de Lula ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que compareceu ao evento. Lula e ele trocaram algumas palavras e, novamente, o presidente disse acreditar no crescimento econômico maior a partir do próximo ano. Campos Neto concordou.

A deferência de Lula a Haddad foi interpretada como sinal de confiança e um recado a Rui Costa (Casa Civil), que ao longo de 2023 comprou briga com o colega e tentou enfraquecê-lo no governo.

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Poluicéia Desvairada

Galinho da Igreja de Santa Efigênia. Bem no centro da cidade. © Lee Swain

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Seremos todos brancos

Redenção de Cam, quadro de Modesto Broco (1895), acervo do Museu Nacional de Belas Artes (Rio), ilustrando as três gerações do branqueamento brasileiro: mãe negra, filha parda, neta branca.

O BRASIL é 45,3% pardo e 43,5% branco. A informação do Censo complementa com 10,2% negros. Estamos na transição para o branqueamento, o pardo sendo fio condutor? O branqueamento foi sempre a aspiração não só dos negros como fuga ao preconceito, como da elite branca, envergonhada com a composição étnica brasileira. O imperador Pedro II, chegou a patrocinar o movimento indigenista nas artes para fugir da vergonha e da culpa de ser o único chefe de Estado com população escrava. Vem daí seu apoio material a compositores como Carlos Gomes, autor de O Guarani, e escritores como José de Alencar, de Iracema; melhor enaltecer o índio poético, puro, distante e longe das vistas, que o negro sujo e descalço das ruas e das residências, vendido como mercadoria e tratado como animal depois de avançado o Iluminismo.

O Império não podia se desvencilhar do trabalho escravo que o sustentava; quando o aboliu, fez nascer a República. Mas a população negra continuou sendo o pesadelo da elite branca. O indicativo, o fenômeno das primeiras décadas da República na proliferação de sociedades de estudos sobre eugenia, a pseudociência da purificação étnica – um movimento que tivera apoio em dom Pedro II, que se correspondia com o conde Arthur de Gobineau, divulgador francês da eugenia. Em 1911, o médico João Batista de Lacerda, diretor do Museu Nacional, defensor da tese do branqueamento da população brasileira, foi o único representante da América Latina no Congresso Universal de Raças, realizado em Londres, onde apresentou seu estudo ‘Sobre os mestiços do Brasil’. Lacerda teve apoio oficial, aprovado pelo presidente Hermes da Fonseca.

A tese do branqueamento pela miscigenação ainda é sustentada pelo darwinismo social, pelo qual a população mais forte suplanta e domina a mais fraca e assume o poder do Estado. Entre nós o caminho seria a miscigenação, pela qual, segundo João Batista de Lacerda, em um um século, três gerações, todo o Brasil seria branco, assimilado ao homem europeu. Já se passou século e tanto desde a Lei Áurea e a tese de João Batista de Lacerda. A julgar pelo Censo, o movimento continua com os pardos a caminho do branqueamento; essa miscigenação não pode ser fruto exclusivo da inclinação afetiva ao casamento misto, pois se sabe desde sempre que tais uniões também têm sua componente de ascensão social. E os índios? Ora estes desaparecem por inanição, ataques de garimpeiros e posseiros e e pela indiferença criminosa do Estado.

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Mural da História – 2018

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Mural da História – 2012

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Argentina

buenos_aires_julho_2009-030Buenos Aires. © Giselle Hishida

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Crist (Cristobal Reinoso)

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Mural da História – 2018

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Dia da Prisão do Governador do Estado é incorporado ao calendário oficial do Rio de Janeiro

O governador do Rio está na mira da polícia. Esta não é uma frase nova. Na verdade, ela foi escrita pela primeira vez em um pergaminho por volta de 1550. Já existe um projeto de lei para mudar a residência oficial do governador para Bangu 2.

O sigilo do celular de Cláudio Castro seria quebrado, mas o aparelho foi roubado segundos antes de a polícia cumprir o mandado.

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Flagrantes da vida real

Teatro Guaíra. Homenagem a Lucia Camargo. ©Maringas Maciel

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Éramos (e, até prova em contrário, ainda somos) três

Há alguns anos, quando eu não era alérgico a ácaros e, portanto, conseguia passar horas num sebo folheando livros sem botar os bofes para fora a cada página virada, encontrei um exemplar que, a julgar pelo aspecto, quase não valia o que pediam por ele, apesar de ser bem pouco. Livros assim são a maioria no meu tipo preferido de sebo, aqueles que juntam espólios com doações com encalhes de editora com produtos de roubo com salvos de naufrágio, e só numa verdadeira barafunda como esta é que eu consigo encontrar verdadeiras pérolas como O poltergeist de Suzano (relato de um complexo fenômeno paranormal ocorrido na mencionada cidade paulista), ou o Repertório Onomástico Brasileiro (com milhares de nomes próprios recolhidos e ordenados criteriosamente, sem apresentação de significado), ou ainda Fique quieta, por favor, de Raymond Carver, numa edição tirada pela Rocco em 1988.

 Se me arrependi de ter comprado o primeiro e desprezado o segundo, o mesmo não aconteceu com a aquisição do terceiro, apesar do pouco incentivo que vinha da capa da obra. Desenhada por alguém com muito mau humor, o amontoado de cliparts sobre fundo amarelo já um tanto desbotado contava apenas com a ajuda do título para que saísse dali e fosse habitar outras menos empoeiradas prateleiras. Tal título, de paradoxal grosseria — que pede “por favor” para que ela “fique quieta” —, atraiu-me de primeira, e é ainda melhor em inglês: Will you please be quiet, please. Penso que tenha sido bastante bem traduzido, visto que o pé-da-letra é no mínimo esquisito. Não conhecia o autor nem de ter ouvido falar, e como a folha de rosto me dizia que, por cinco paus, o troço seria meu, assim foi e é desde então.

 Digamos que Raymond Carver tenha sido não o responsável por eu começar a escrever — porque isso eu já fazia desde muito antes —, mas sim o culpado pela coragem de mostrar aos outros o que escrevia (não, eu não sei explicar melhor a importância de Carver na minha vida). Magnético, o livro fez com que eu entrasse um pela primeira página, e saísse outro pela última. Para quem não o conhece, arrisco um paralelo na pintura: ele é o Edward Hopper da literatura americana. Você também não conhece Hopper? Bem, eu fiz o que pude.

 Quando, depois, acontecia de falar sobre Carver, ninguém, em momento algum, sabia dele, de forma que comecei a pensar que era uma destas bostas que ando pela vida a encontrar, gostar e colecionar. Assim foi até que me apareceu o filho mais velho da minha mulher (eu ia dizer enteado, mas a palavra é feia demais) que, para surpresa minha, havia traduzido pouco tempo antes um conto do homem — Tudo grudado nela— como trabalho de conclusão do curso de tradução. Se ele gostava do conto? Mais ou menos. Se conhecia mais do autor? Nem uma linha. E eu continuava sozinho.

 Nesse meio tempo, acabei por descobrir que, além da mãe de Carver, pelo menos mais uma pessoa gostava dele: Robert Altman, que selecionou contos do autor e os adaptou para o cinema. Deles, saiu Short Cuts, filme que, em português, carrega a cruz de se chamar Cenas da Vida, que também virou livro-do-filme homônimo, e chegou a ser editado em português. Eu não estava mais sozinho: entre os não-parentes, éramos então, no mínimo, eu e Altman a gostar de Carver.

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Mural da História – 2010

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