“Bolsonaro é uma ameaça global”, denuncia manifesto assinado por Chico Buarque, Boff e Zélia Duncan

Manifesto “Carta aberta à humanidade” pede que STF, OAB e o Congresso Nacional “entre em ação” e coloquem um fim à política genocida de Bolsonaro

Chico Buarque, Leonardo Boff, Júlio Lancellotti e Zélia Duncan assinam o manifesto “Carta aberta à humanidade” onde pedem que o STF, a OAB e o Congresso Nacional intervenham e deem um fim às políticas genocidas do governo Bolsonaro.

No texto, q“Bolsonaro é uma ameaça global”, denuncia manifesto assinado por Chico Buarque, Boff e Zélia Duncanue já conta outras adesões de peso, afirmam que o Brasil se tornou uma “câmara de gás a céu aberto”. “Pedimos urgência ao Tribunal Penal Internacional (TPI) na condenação da política genocida desse governo que ameaça a civilização.”

No manifesto, os signatários apelam para que o Supremo Tribunal Federal (STF), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Congresso Nacional, a CNBB e as Nações Unidas entrem em ação.

Além disso, declaram que “o monstruoso governo genocida de Bolsonaro deixou de ser apenas uma ameaça para o Brasil para se tornar uma ameaça global”.

Abaixo, confira o texto na íntegra:

CARTA ABERTA À HUMANIDADE

“Vivemos tempos sombrios, onde as piores pessoas perderam o medo e as melhores perderam a esperança.” Hanna Arendt

O Brasil grita por socorro. O Brasil grita por socorro.

Brasileiras e brasileiros comprometidos com a vida estão reféns do genocida Jair Bolsonaro, que ocupa a presidência do Brasil, junto a uma gangue de fanáticos movidos pela irracionalidade fascista.

Esse homem sem humanidade nega a ciência, a vida, a proteção ao meio ambiente e a compaixão. O ódio ao outro é sua razão no exercício do poder.

O Brasil hoje sofre com o intencional colapso do sistema de saúde. O descaso com a vacinação e as medidas básicas de prevenção, o estímulo à aglomeração e à quebra do confinamento, aliados à total ausência de uma política sanitária, criam o ambiente ideal para novas mutações do vírus e colocam em risco os países vizinhos e toda a humanidade. Assistimos horrorizados ao extermínio sistemático de nossa população, sobretudo dos pobres, quilombolas e indígenas.

O monstruoso governo genocida de Bolsonaro deixou de ser apenas uma ameaça para o Brasil para se tornar uma ameaça global.

Apelamos às instâncias nacionais – STF, OAB, Congresso Nacional, CNBB – e às Nações Unidas. Pedimos urgência ao Tribunal Penal Internacional (TPI) na condenação da política genocida desse governo que ameaça a civilização.

Vida acima de tudo”.

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A mansão de Flávio Bolsonaro e a profecia de Dom Bosco

Na noite de 30 de agosto de 1883, o padre italiano Giovanni Bosco sonhou que fazia uma viagem pela América do Sul. Entre os paralelos 15 e 20, ele vislumbrou uma “enseada bastante longa e larga, que partia de um ponto onde se formava um lago”. Uma voz divina assoprava em seu ouvido: “Quando vierem a escavar as minas escondidas no meio destes montes, aparecerá a terra prometida, de onde jorrará leite e mel. Será uma riqueza inconcebível”.

Dom Bosco morreu em 1888, virou santo em 1934 e inspirou os fundadores de Brasília em 1960. A cidade foi erguida entre as coordenadas geográficas do sonho e à beira de um lago artificial, o Paranoá. O sacerdote se tornou onipresente no Planalto Central: batiza igreja, colégio, farmácia e pizzaria. Agora seu santo nome também está associado aos negócios da família presidencial.

Flávio BolsonA mansão de Flávio Bolsonaro e a profecia de Dom Boscoaro virou morador do Setor de Mansões Dom Bosco, uma das áreas mais valorizadas da capital. O senador comprou uma casa de 1.100 m² de área construída, com quatro suítes, oito vagas de garagem, piso de mármore e piscina aquecida. Com salário líquido de R$ 24 mil, ele arrematou o imóvel por R$ 6 milhões.

A mansão é o mais novo símbolo do enriquecimento dos Bolsonaro na política. Quando disputou sua primeira eleição, em 2002, o primeiro-filho declarava como único bem um Gol 1.0. Cinco mandatos depois, ele pilota um Volvo XC e acaba de adquirir seu 20º imóvel em 16 anos.

A casa também simboliza a crença da família na impunidade. Em novembro, o Ministério Público do Rio denunciou o senador por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Ele fechou o negócio dois meses depois, às vésperas de o Superior Tribunal de Justiça julgar seus recursos contra a investigação.

Seguindo a tradição da família, a transação está encoberta por mistérios. O Zero Um registrou a compra do imóvel na cidade-satélite de Brazlândia, a 58 quilômetros da mansão. O cartório atropelou a Lei de Registro Público e tarjou a escritura pública para ocultar seus dados patrimoniais. O Banco de Brasília (BRB), ligado ao governo do Distrito Federal, financiou parte da operação com juros abaixo do mercado.

Irritado com a descoberta da mansão, Flávio atacou a imprensa e negou irregularidades. Ele disse ter comprado o imóvel com o valor da venda de um apartamento e de uma franquia da Kopenhagen, apontada pelo MP como fachada para lavar dinheiro. “Tá tudo redondinho, dentro da lei e sem problema nenhum”, afirmou, em vídeo divulgado nas redes sociais.

Eleito com a promessa de combater a corrupção, o presidente ainda não falou sobre a casa milionária. Há poucos dias, ele abandonou uma entrevista para não responder sobre as manobras do herdeiro no STJ.

Depois de 138 anos, os Bolsonaro dão novo significado à profecia de Dom Bosco. Ao se instalar entre os paralelos 15 e 20, o clã passou a ostentar uma riqueza inconcebível. A diferença está no detalhe: em vez de leite e mel, a mina do primeiro-filho faz jorrar chocolate.

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Desmonte ambiental, manobra de Damares e censura contra professores e IPEA, as novas ofensivas do Planalto

Em meio a recordes de morte pela covid-19 no Brasil, atraso na vacinação e resultados pífios no desempenho econômico, o Governo de Jair Bolsonaro continua centrando sua artilharia em algumas de suas principais bandeiras desde o início do mandato, em acenos claros à sua base eleitoral mais ideológica. Após uma série de decretos ampliando acesso e compra de armas de fogo e munições no início do ano, agora a gestão investe na desregulamentação ambiental —a “passada da boiada” antecipada pelo ministro do Meio Ambiente, Ricado Salles—, e em medidas que, na visão das ONGs do setor, atacam os direitos humanos.

Na última semana, dois episódios também acenderam o alerta: a Controladoria Geral da República, subordinada à Presidência, abriu procedimento contra dois professores que haviam criticado Bolsonaro enquanto uma circular constrangeu pesquisadores do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), ligado à pasta da Economia, a não divulgar nada sem a estrita supervisão da cúpula.

Na área ambiental o novo golpe veio com a nomeação, feita pelo ministro Salles e publicada no Diário Oficial da União na quarta-feira, da advogada Helen de Freitas Cavalcante como superintendente do Ibama no Acre, um Estado-chave para a preservação da floresta amazônica. As credenciais da indicada para o cargo, no entanto, contrariam a finalidade do órgão, que é o responsável pela fiscalização e preservação dos ecossistemas brasileiros. Cavalcante fez carreira advogando em prol de infratores ambientais que eram autuados não apenas pelo Ibama, mas também pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio).

A defensora divulga vídeos em suas redes sociais nos quais vende seus serviços como uma maneira de evitar que os produtores rurais sejam alvo de multas e outras sanções por parte da fiscalização. “Com uma assistência jurídica especializada não será a Justiça que lhe citará como um executado em (…) multa do Ibama, mas você como autor de uma ação anulatória do auto [de infração] do Ibama, mandará citar o Ibama”, diz Cavalcante. Em outro trecho, ela indaga: “Você que já recebeu aquela multinha do Ibama, aquela que vai de 100.000 reais pra frente? E pensa que é só isso? Mas esse é só o início da sua saga. Você se vê respondendo aqui: na Justiça Federal. Se você tiver um bom advogado, você vai ser autor [de um processo contra o órgão]”.

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Desaforismos

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Muda?

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Pandemia da Covid-19 no Brasil pede medidas drásticas

O Brasil vive seu pior momento desde o início da pandemia. Não foi por falta de aviso. A comunidade científica alertou para a importância das medidas preventivas, para o uso de máscaras, para a importância de evitar aglomerações e de manter o distanciamento físico e social. O governo federal, ao contrário, negou a ciência e propagou desinformação. Não faltaram ocasiões em que o Presidente Jair Bolsonaro diminuiu a gravidade da pandemia, falou contra o uso de máscaras, promoveu curas milagrosas e incentivou aglomerações — inclusive participando pessoalmente de algumas.

A ciência é clara. Estratégias de contenção funcionam. E nem precisa ir muito além do senso comum para entender a razão. A transmissão do coronavírus é classificada como transmissão direta, via gotículas. Direta porque exige o contato próximo entre pessoas, e por gotículas porque o vírus é carregado justamente nas gotículas que emitimos ao falar, espirrar, tossir. Outro fator relevante é que a transmissão ocorre antes do aparecimento dos sintomas, então pessoas vão circular livremente sem saber que estão transmitindo.

Assim, a melhor maneira de interromper a transmissão é implementar medidas para reduzir a interação entre pessoas e reduzir a emissão das gotículas. Exemplos recentes de Portugal e Inglaterra, que adotaram esta estratégia, ainda que tardiamente, comprovam isso. Portugal reduziu o número de casos de aproximadamente 16 mil para menos de mil, em um mês de lockdown. As internações caíram 73%. Na Inglaterra, a média móvel de óbitos foi de 619 para 314 em dois meses.

Aqui, sem medidas preventivas e sem vacinas, chegamos a uma situação de total descontrole da pandemia, onde o vírus ganha fácil a corrida, e a circulação livre da doença favorece o surgimento de linhagens mais bem adaptadas, mais transmissíveis e capazes de escapar de anticorpos e vacinas.

O resultado é um vírus mais bem sucedido em nos infectar, e uma população confusa e dividida, sem saber em quem confiar. Nessa situação, finalmente começamos a considerar medidas mais drásticas como o lockdown. A verdade é que esta é uma estratégia que teria sido melhor se utilizada no início, como uma tropa de choque, para depois ser seguida por medidas menos proibitivas e de longa duração.

Antes tarde do que nunca, mas ainda enfrentamos a resistência de setores da economia que questionam a validade e necessidade da intervenção. Com um planejamento adequado, estes setores estariam protegidos com auxílios governamentais e teríamos vacinas em quantidade adequada. Citação atribuída ao escritor americano Robert Heinlein, conhecida como “navalha de Heinlein”, diz: “Nunca atribua à malícia o que pode ser adequadamente explicado pela estupidez”.

Seja por estupidez ou plano de governo, chegamos a quase dois mil mortos por dia e à beira do colapso do sistema de saúde. Enquanto a ciência mostra o caminho no resto do mundo, no Brasil ainda se debate a falsa dicotomia entre priorizar economia ou saúde. Ou fechamos agora para lockdown ou o único setor da economia priorizado será o funerário.

Microbiologista, presidente do Instituto Questão de Ciência, pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da USP e autora do livro “Ciência no Cotidiano” (ed. Contexto)

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Brasil deixa de ser pária para se transformar em ameaça global

Nesta semana, recebi um telefonema de um casal de diplomatas que estava num país da América do Sul. A voz do outro lado da linha era de pessoas desesperadas. Precisavam voltar para seu posto na Europa e, horas antes do voo, a companhia aérea deu aos passageiros uma péssima notícia: o avião teria de fazer escala no Brasil.

O medo de uma contaminação os levou a duvidar se deveriam embarcar, enquanto consultas legais eram realizadas com as entidades onde trabalhavam para saber se passar pelo Brasil representaria um risco.

Há poucos dias, levei meu filho caçula ao dentista e, ao ver que era eu quem o acompanhava, o profissional imediatamente deu um passo para trás e perguntou: você não esteve recentemente no Brasil, não é?

Nesta sexta-feira, ao entrar na sede da ONU em Genebra, fui parado pelo correspondente do New York Times assombrado com o que leu sobre a reação do presidente Jair Bolsonaro diante da crise.

Em alguns locais, os comentários vêm permeados por ironias e até uma solidariedade sincera com o que ocorre no Brasil. Em outros, o tratamento vem de forma mais séria. Mas todos com o mesmo sentido: a desconfiança sobre o país é profunda.

Jamil Chade

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“Bolsonaro pegou carona no desmonte do combate à corrupção”

“Dizem que Bolsonaro está conseguindo desmontar o combate à corrupção e, assim, proteger seus filhos”, comenta Carlos Alberto Sardenberg.

“Engano. Ele se beneficia desse abafa, mas não é o arquiteto. O ministro Luís Roberto Barroso tem razão quando diz que todo mundo na elite brasileira tem algum parente, amigo, correligionário, ente querido envolvido em falcatrua. Gente que foi apanhada no Mensalão e na Lava Jato — e que agora está reagindo.

Bolsonaro pegou carona no desmonte do combate à corrupção. A armação geral precisa de gente mais competente e mais fria, como Gilmar Mendes e outros ilustres membros das corte superiores, os grandes advogados de réus da Lava Jato e, sim, experientes políticos do Centrão. Notando-se: o Centrão não tem amores para sempre. Só enquanto vale a pena. Disso, Bolsonaro sabe.”

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Playboy|1960

1963|Victoria Valentino. Playboy Centerfold

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O irritante guru do Meier

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Bozonarismo

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“Vão ficar chorando até quando?”, fala de Bolsonaro diante de recorde de mortos repercute no mundo

Dos Estados Unidos ao Oriente Médio, passando pela Europa, o mundo se mostrou estarrecido mais uma vez com a declaração de Jair Bolsonaro (Sem partido), que nesta quinta-feira (4), após o Brasil bater pela segunda vez o recorde de mortes pela Covid-19, mandou os brasileiros pararem de “choramingar” e que a doença seria “frescura” e “mimimi”.

“Bolsonaro diz aos brasileiros para “pararem de choramingar” enquanto as mortes aumentam”, diz a rede britânica BBC na chamada de reportagem, que destaca que “seus comentários foram feitos um dia depois que o Brasil viu um aumento recorde de mortes em um período de 24 horas.

O site Sky News, também do Reino Unido, foi na mesma linha e afirmou que o presidente ressaltou que “ninguém aguenta mais” a pandemia, depois que um toque de recolher foi imposto no Rio de Janeiro junto com outras restrições.

O jornal The Independent, um dos mais tradicionais da Inglaterra, afirmou ainda que as declarações de Bolsonaro foram ditas “enquanto o sistema de saúde do Brasil está à ‘beira do colapso’”.

No continente europeu, o site France 24 afirma em sua reportagem que Bolsonaro disse aos brasileiros que “parassem de “reclamar” e seguissem em frente, em suas últimas declarações atacando medidas de distanciamento e minimizando a gravidade da pandemia”.

A agência Reuters e a alemã Deutsche Welle traduziram como “choramingar” a declaração de Bolsonaro.

No Oriente Médio, a rede Al Arabiya, também traduziu como “choramingo” a declaração do presidente e destacou que “enquanto o surto nos EUA está diminuindo, o Brasil enfrenta sua pior fase da epidemia, levando seu sistema hospitalar à beira do colapso”.

A revista Business Insider classificou Bolsonaro como “presidente populista do Brasil presidindo um dos piores surtos de COVID-19 do mundo”.

Nos EUA, a rede ABS CBN também deu destaque para a declaração do presidente brasileiro, ressaltando que Bolsonaro “ataca as medidas de distanciamento e minimiza a gravidade da pandemia”.

Plinio Teodoro

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Playboy|1970

1979|Dorothy Stratten. Playboy Centerfold

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A garantia do direito à vida

Os jornais europeus e do mundo mostram o cenário alarmante e uma deterioração dos diversos indicadores sanitários o que transformou o Brasil num grande risco para o mundo.

Foram 80 bilhões de reais que ficaram paralisados em 2020, ou seja, cerca de 90% da verba destinada para o combate da pandemia.

Isto é, há recursos para atender a população, para comprar vacinas, mas há uma profunda paralisia governamental que aterroriza o mundo civilizado.

O Brasil bateu o recorde de mortes diárias pela Covid e ultrapassou os EUA.

Um hospital de Porto Alegre e a Prefeitura de Itajaí contrataram containers refrigerados para armazenA garantia do direito à vidaar os corpos das vítimas da pandemia.

UTIs, ambulâncias e corredores de hospitais, todos lotados.

Uma crise que não é contida transforma-se em caos.

E os direitos à vida e à saúde?

A Constituição garante que a vida é inviolável e cita a palavra vida cinco vezes, o vocábulo saúde é dito mais de oitenta vezes no texto constitucional.

Quem ou quais instituições podem agir nesse momento?

O Congresso Nacional preocupado com as reformas do Estado e a venda das estatais lucrativas, o Supremo Tribunal Federal debatendo as ações diretas de inconstitucionalidade, os governadores preocupadíssimos com a reeleição em 2022, os prefeitos recém eleitos enfrentando a escassez de recursos.

E a elite econômica, quem são e o que pensam? Creem que uma vasilha de álcool na entrada de suas empresas e o uso de máscaras resolvem a questão?

No jargão jurídico, estamos mergulhados num estado de coisas inconstitucional.

Todos os limites do direito à vida foram rompidos, estamos numa guerra civil, cujos maiores inimigos são a pandemia, a omissão e a incompetência governamentais.

A banalização da violência contra as mulheres, as milhares de mortes no trânsito e a impunidade dos culpados, a estatística de que 30% dos crimes contra a vida prescrevem, não superam o atual colapso.

A postura negacionista, o discurso oficial contra a ciência, contra o uso de máscaras, o incentivo das aglomerações e o desprezo quanto a gravidade da pandemia são a tônica do governo federal e seus aliados.

É real e previsível a possibilidade de o Brasil bater a marca de 3 mil mortes por dia nas próximas semanas.

 O lockdown (fechamento) é fundamental para conter esse avanço catastrófico e não menos necessário um auxílio financeiro suficiente para que a população possa enfrentar essa paralisação.

A vacinação tão questionada pelo Presidente é uma das medidas que devem ser aceleradas, já passou da hora, a catástrofe se instalou.

O deus grego Pã se divertia aparecendo subitamente na presença das pessoas que passavam na região das montanhas da Arcádia, causava-lhes reação de medo intenso e pânico.

Pois bem, Pã chegou nas cidades e nos hospitais brasileiros.

O inimigo avança, a pandemia se alastra e a perda de centenas de milhares de vidas pode ser apenas o começo. Estudos recentes demonstram que a pandemia pode se arrastar por anos, caso as variantes do vírus não sejam contidas e o processo de vacinação não seja amplo e acelerado.

A quem podemos recorrer? À ONU, à União Europeia? Quem pode debelar essa guerra civil sanitária no Brasil? Quem pode nos garantir o direito à vida?

Fonte: www.direitoparaquemprecisa.com.br

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Mourão contraria Bolsonaro e defende lockdown no País

Após Jair Bolsonaro mais uma vez debochar das vítimas da Covid-19 e dizer que  “no que depender de mim nunca teremos lockdown”,  o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, rebateu sua fala e defendeu nesta sexta-feira (5) a prática e a autonomia dos governadores para decretarem lockdown “se for necessário”.

“Cada gestor tem a avaliação da situação em sua região e deve tomar as medidas necessárias”, disse Mourão, segundo relatou o jornalista Guilherme Amado, em sua coluna no portal Época. 

Durante a semana, Jair Bolsonaro promoveu uma série de ataques às medidas protetivas contra a Covid, no momento que o Brasil amarga o colapso do sistema de saúde e quase duas mil mortes diárias em decorrência do vírus. 

Além de pregar contra  lockdown, ele condenou o uso da máscara e disse que é preciso parar de “mimimi”, referindo-se às 260.970 mil vítimas da Covid-19 no Brasil.

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