O estresse pega pelo pescoço

Diz num artigo médico que os animais são atacados pelos predadores, quase sempre, no pescoço. Uma dentada de leão no pescoço de um bisão ou de uma gazela é mortal. Nós, humanos, herdamos dos nossos ancestrais o medo dos predadores e, quando a tensão aumenta, tendemos a retesar a musculatura do pescoço.

É uma forma instintiva de torná-lo mais resistente e fora de alcance dos golpes. Relaxar é difícil nos dias de hoje, apesar dos milhares de incentivos de todos os lados (programas de tevê, artigos em revistas, conselhos de todas as espécies).

Não é raro que usemos expressões do tipo ‘tô com a corda no pescoço’, ‘tô com a água pelo pescoço’, ‘querem cortar meu pescoço’, ‘tô por aqui com isso’. Como sair dessa? Dizem que massagem é bom, que ducha quente diretamente no pescoço faz bem, que alongamento (rotacional do pescoço) é ótimo. O melhor mesmo seria que cada um cuidasse da própria cabeça e não enchesse o saco do outro, seja no trabalho, em casa, na rua.

*Rui Werneck de Capistrano não sabe de nada

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Flagrantes da vida real

Fátima Ortiz. ©Maringas Maciel

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Россия

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Papai Noel para a J&F

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, determinou a suspensão dos pagamentos da multa de R$ 10,3 bilhões firmada no acordo de leniência da J&F, junto ao Ministério Público Federal e outros órgãos de controle. A decisão foi publicada nesta quarta-feira (20), em um processo que está sob segredo de Justiça.

A informação foi divulgada pela revista Piauí. Bastidor teve acesso à íntegra da decisão de Toffoli. Em 64 páginas, o ministro concordou com as alegações da J&F, que pedia a suspensão da leniência, para que os termos fossem revisados.

Em resumo, a J&F usou a mesma reclamação pela qual a defesa do presidente Lula solicitou a anulação das provas obtidas contra ele pela Operação Lava Jato.

A empresa pediu para a corte compartilhar as provas da Operação Spoofing, que demonstrou indícios de proximidade entre os procuradores da Operação Lava Jato com o então juiz Sergio Moro. Para a J&F, o acesso às mensagens obtidas por hackers nos celulares de procuradores apontariam vícios que levaram à deflagração de operações contra a companhia, comandada pelos irmãos Wesley e Joesley Batista.

Na decisão, Toffoli usou os mesmos argumentos que o fizeram anular as provas obtidas pela Lava Jato dos acordos de delação e leniência da Odebrecht. Para o ministro, há indícios de que o acordo da J&F foi firmado sem observar a voluntariedade da empresa – ou seja, os donos da companhia teriam aceitado termos apenas para satisfazer a pressão sofrida do MPF.

“Tenho que, a princípio, há, no mínimo, dúvida razoável sobre o requisito da voluntariedade da requerente ao firmar o acordo de leniência com o Ministério Público Federal que lhe impôs obrigações patrimoniais, o que justifica, por ora, a paralisação dos pagamentos, tal como requerido pela autora”, afirmou o ministro.

Toffoli também determinou que a Controladoria-Geral da União revise o acordo de leniência da J&F, “a fim de corrigir os abusos que tenham sido praticados, especialmente (mas não exclusivamente) no que se refere à utilização das provas ilícitas declaradas imprestáveis no bojo desta reclamação”.

Dias Toffoli é casado com a advogada Roberta Rangel, que atua na defesa do grupo J&F em outro litígio, a disputa com a Paper Excellence pelo controle da Eldorado Celulose. O caso está diretamente ligado à tentativa de acesso às mensagens da Spoofing. Mesmo assim, o ministro não se declarou impedido de julgar a causa da J&F.

O pedido que levou Toffoli a suspender a multa da empresa é assinado pelo advogado Francisco de Assis e Silva, um dos delatores da J&F. É um caso único de delator que atua para negar provas que ele mesmo ajudou a fornecer.

Toffoli herdou os processos da Lava Jato e de outras operações correlatas em virtude da manobra que fez no início deste ano. Com a aposentadoria do então relator, ministro Ricardo Lewandowski, ele pediu para transferência para a Segunda Turma do STF.

A mudança fez com que o novato Cristiano Zanin fosse para a Primeira Turma. Isso impossibilitou que casos da Lava Jato caíssem nas mãos de Zanin, que teria de se considerar impedido por ter atuado na defesa de Lula.

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Mural da História – 1989

Esta foi a última foto que fiz na Fototécnica, como diretor de arte, 1989. Foi para a agência Casulo, de Paulo Vitola, onde eu e o Bandido Que Sabia Latim ganhávamos o leite das crianças. Era um depoimento de Leminski para um anúncio do Sir Laboratório.

Dia de sol, 8:30 da manhã, e, antes de irmos até a Fototécnica, passamos pelo Pudim. Ironia do destino: ficamos no estúdio por um bom tempo com João Urban e não fizemos nenhuma foto juntos. O polaco Urban então fez esta montagem e mandou para o cartunista que vos digita. C’est la vie, diria o Claudio Boczon. Gracias, Urban!

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Biblioteca Pública é tema central do jornal Cândido de dezembro

Espaço se reinventa e fortalece seus vínculos com a leitura e a formação de leitores(as), firmando-se como um centro cultural

O jornal Cândido 145 de dezembro, o último de 2023, traz para o centro do debate a Biblioteca Pública do Paraná (BPP), que expande suas ações e se destaca como um centro cultural no Estado, com editorial assinado por Luiz Felipe Leprevost, diretor da instituição. Na reportagem especial, Francisco Camolezi conversa com profissionais da BPP, que analisam as transições enfrentadas pelo espaço ao longo dos anos e as propostas postas em prática.

A professora e pesquisadora Leilah Bufrem concede uma entrevista à redação, que traz um panorama atual do papel das bibliotecas públicas e sua importância para o desenvolvimento educacional e cultural do país. Para concluir a pauta, Guilherme Shibata comenta em seu artigo as experiências compartilhadas com o público no projeto Ler Junto, da BPP, com ênfase na capacitação de leitores(as) e no estímulo à leitura.

Na seção 5×5, confira a minientrevista com escritores(as) que lançaram seus livros este ano na Biblioteca. Ainda: poemas inéditos do escritor, poeta e professor haitiano Rei Seely; Aurora Bernardini traduz o autor italiano Dante Alighieri, no especial jornal Nicolau de 1994; além de fotografias de Monique Eveline Grings. A ilustração da capa é de Junior Milek, designer do jornal Cândido.

Serviço – Jornal Cândido 145 – Dezembro 2023 – Publicação de literatura editada desde 2011 – Leia ou baixe no site candido.bpp.pr.gov.br – Biblioteca Pública do Paraná (BPP) – Cândido Lopes, 133 – Centro – Curitiba – PR 
41 3221-4900 – @bibliotecapr -Horário de Atendimento – Segunda a sexta-feira, das 8h30 às 20h -Sábados, das 8h30 às 13h

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Mural da História – Abril|2014

Filme A Babel da Luz (1992) – Sinopse: autorretrato protagonizado pela poeta paranaense, Helena Kolody, 80 anos, enquanto espelho de suas próprias angústias, enquanto aventura lingüística única, enquanto repositório de uma biografia interminável.

Ficha técnica: (35mm. Cor, 10 min.). Seleção de poemas e roteiro: Sylvio Back. Fotografia e câmara: Walter Carvalho. Som-direto: Adair Comarú. Montagem e edição: Francisco Sérgio Moreira. Produção: Usina de Kyno. Patrocínio: O Boticário. Programação visual e poemas digitalizados: Solda. Apoio: Bamerindus/Fundação Cultural de Curitiba. Direção: Sylvio Back

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Um pouco mais do Velho Lobo

Outro dia, ao homenagear o atual trabalho jornalístico da Rede Paranaense de Comunicação (RPC), citei um jornalista da velhíssima geração, Fausto Wolff, para quem “o jornalismo é a profissão mais bonita do mundo porque dá o oportunidade a um jovem pobre que tenha amor pelo mundo, pelo país, pelo que acontece a sua volta, de dizer para o povo o que o poder está fazendo”.

Aí, deu-me saudade de Fausto, considerado sempre um marginal, e a vontade de falar um pouco mais dele, certamente um estranho para as novas gerações, inclusive de jornalistas.

Jornalista, escritor, tradutor, comunista de carteirinha, gaúcho de nascimento e carioca por opção, que lecionou na Inglaterra e dirigiu teatro em Nápoles e na Dinamarca, Fausto Wolff era um revolucionário. Queria reformar o mundo. Pela força. Era feroz e desmedido na defesa de seus ideais. Assim como foi o nosso Walmor Marcellino. Quis pegar em armas, mas acabou usando apenas o verbo e a caneta. Sempre de modo devastador. Atrevido, ferino, desbocado, era maior (em tamanho e talento) que a própria mordacidade.

“Já escrevi em algum lugar que, enquanto não nos revoltarmos contra o conceito de democracia que considera sagrado o direito de uma minoria escravizar o resto, jamais chegaremos à condição de seres humanos” – legou em seu derradeiro escrito no Jornal do Brasil, publicado no dia em que morreu.

Quando sofreu uma isquemia, em 2006, Fausto fugiu do hospital onde o haviam internado. A pé. E foi tomar o café da manhã em um boteco de Ipanema: um conhaque, um sanduíche de pernil e um cigarro. Quis também escrever um poema, mas as mãos não obedeceram ao cérebro. Teve que voltar ao hospital. Desta vez de táxi. Ao receber alta, os médicos proibiram-lhe as três coisas de que mais gostava: fumar, beber e procriar. Seguiu a recomendação à risca. Nunca mais fumou, bebeu e procriou… ao mesmo tempo. “Tudo tem o seu tempo certo” – justificou.

Fausto nasceu Faustin von Wolffenbüttel, nome inadequado para um gaúcho. Ainda mais de Santo Ângelo, zona da fronteira. Estava mais para general do império austro-húngaro. Virou Fausto Wolff e mudou-se para o Rio de Janeiro. Tinha 18 anos. Foi garoto de Ipanema, tomou todas na Visconde de Pirajá, Montenegro e Gomes de Carvalho. Chegou a escrever simultaneamente para três jornais diários: Jornal do BrasilTribuna da Imprensa e Diário da Noite. Depois, foi um dos editores do velho O Pasquim de guerra e esteve também em Bundas, onde criou o Natanael Jebão, um colunista direitista, defensor dos corruptos, vejam só!

Nos últimos momentos, porém, Fausto andava decepcionado com a imprensa: “Hoje, faz-se um jornalismo de merda porque não leva o povo em conta” – acentuava. E fazia questão de diferenciar o rebelde do revolucionário: “O revolucionário sabe que o poder corrompe sempre, que o capitalismo é um sistema selvagem sim e, por isso, não pode abrir a guarda. O rebelde só é rebelde até ser convidado à mesa do poder. Em meus 50 anos de jornalismo, eu conheci muitos rebeldes, a maioria que eu ensinei a escrever”.

Outra decepção confessada era com o “seu” Rio de Janeiro: “Eu reconheço a cidade, mas não reconheço mais os habitantes. A maioria das pessoas tornou-se rude. O carioca era por natureza gentil, cordial, cordato sem ser puxa-saco. Hoje, vemos as pessoas sem esperanças, sem perspectivas, aprisionadas a um emprego, sem condições para tomar ao menos um chope na esquina, porque esse chope vai representar um litro de leite a menos em casa. É a herança que o militarismo passou para o neoliberalismo”.

Coincidências à parte, na mesma sexta-feira (5/9/2009) em que morreu Fausto Wolff, a imprensa e a cultura nacionais perderam outro bravo brasileiro, de quem também estamos sentindo muita saudade: Fernando Barbosa Lima, filho do inesquecível Barbosa Lima Sobrinho. Foi muita tristeza num dia só.

P.S. – Esse texto sobre o “enfant terrible” Fausto Wolff compõe um pequeno volume que ainda pretendo editar, edição caseira, de pouquíssimos exemplares, sem fins comerciais, e que será simplesmente denominado “Alguns Personagens”. 

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Precisa-se de criança

Precisa-se de criança
que tenha cara de anjo sujo de geléia de uva,
que se possa limpar em noites de chuva,
quando o céu despenca aos borbotões
e se adormece só,
entre agulhas e botões.
Se oferece um enxoval completo,
Meu Filho Meu Tesouro,
muito afeto e dez belas cantigas de ninar,
dez belas cantigas de ninar.
As interessadas deverão procurar, com brevidade,
o cesto vazio sobre o capacho,
no endereço abaixo.

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Glauco Villas Boas

Glauco Villas Boas — Jandaia do Sul, 10 de março de 1957 — Osasco, 12 de março de 2010 — desenhista, cartunista e religioso brasileiro. Ele pertencia à família dos sertanistas Orlando, Claudio e Leonardo Vilas Boas.

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Requiescat in pace

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A lamb lost in the woods

Deus foi generoso, não criou nada mais belo, nenhum lugar, nem mesmo a lua, está tão próximo do paraíso. No entanto cá estou eu na escuridão desta floresta, acompanhado apenas pelos vaga-lumes e os insones, a poucos instantes de ser devorado vivo. Lá em cima, os animais – mesmo os predadores – comem favos de mel e matam a sede em riachos de leite. As estrelas cadentes riscam o céu desde o alvorecer e o canto dos pássaros é acompanhado por um coral divino. Mas não há anjos nem trombetas anunciando meu fim. Estou só, rodeado de hienas. Elas se preparam para me atacar. Riem de mim. Ninguém, nem mesmo Deus, sabe que vou morrer aqui. 

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Está tudo duplo

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Mural da História – 2011


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