O mistério continua no ar – I

Uma pergunta inusitada, paciente leitor: você acredita em OVNIs, UFOs ou nos populares discos voadores? Sabe, aqueles objetos voadores não identificados que, segundo as autoridades, não existem, mas continuam aparecendo? A Nasa não acredita, mas Neil Armstrong e Edwin “Buss” Aldrin, os primeiros terrestres a colocar os pés na Lua, acreditam. Mais: sabem que eles existem. Quando chegaram à Lua, “alguém” os esperava lá. Já contei aqui o ocorrido:

Apollo 11:  —  Oh, meu Deus!… Eles estão aqui!… E são enormes!… Esses “bebês” são enormes!…

Houston:  —  O que foi, Apollo 11? Que diabos foi…?

Apollo 11:  —  Não… Não… Não é nenhuma ilusão de ótica nem distorção… Oh, Meu Deus!… Ninguém acreditaria nisso!…

Houston:  —  Que… que está acontecendo com vocês?… Que diabo ocorre…?

Apollo 11:  —  Eu lhes digo… Há outras naves espaciais aqui, alinhadas na borda da cratera!… Estão na luz… só observando!… Estão na superfície!…

Houston:  —  Controle chamando Apollo 11…

Apollo 11:  — Roger… Roger… Estamos bem aqui… Mas encontramos alguns visitantes. Eles estão aqui já há algum tempo, a julgar pelas instalações…

Houston:  —  Missão central falando. Confirme a última informação…

Apollo 11:  —  Estou lhes dizendo que aqui há outras naves espaciais… Estão alinhadas em fila, do lado mais distante da cratera…

Houston:  —  Repita… Repita…

Apollo 11:  —  Examinaremos a órbita… Queremos voltar para casa… Em 625 e um quinto. O relógio automático está colocado. Minhas mãos tremem de tal forma que não consigo…

Houston:  —  Filmar?…

Apollo 11:  —  Diabo! É assim… As condenadas câmeras estão funcionando mal aqui em cima…

Houston:  —  Vocês conseguiram alguma coisa, rapazes?…

Apollo 11:  —  Não temos mais filmes agora… Temos apenas três tomadas dos ufos, ou o que quer que sejam… Mas podem estar veladas…

Houston:  —  Missão… Controle. É o controle da missão. Estão para partir? Repito… Vocês estão para ir embora?… Que significa toda essa agitação?… Por que cenas de ufos?… Expliquem…

Apollo 11:  —  Estão pousados aqui!… Estão na Lua, nos observando!…

Houston:  —  Obtenham fotografias… Todas as fotografias possíveis… Vocês estão filmando?…

Esse diálogo foi mantido entre os astronautas Neil Armstrong e “Buss” Aldrin e o Centro de Controle da Nasa, em Houston, no Texas, EUA. A transmissão era vetada aos meios de comunicação, mas foi captada por um grupo de rádioamadores, através de sofisticados equipamentos. O jornal The Washington Post publicaria a transcrição da conversa que, algum tempo depois, acabou sendo ratificada por Otto Binder, membro da equipe espacial da Nasa, e pelo diretor Christopher Craft, quando este deixou a agência.

O próprio Aldrin, durante as comemorações do 24º aniversário da chegada da Apollo 11 na Lua, ocorrido em 1994 na Itália, confidenciou ao jornal La Stampa:

—  Tinha sempre um ufo conosco. Logo depois de ter deixado o campo gravitacional da Terra, Neil, Mike e eu vimos aparecer na janela da nave um objeto voador luminoso que nos seguia à distância.

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Direito à informação em anúncio de venda de veículos

1.O consumidor tem direito à informação em financiamento de veículo;

2.Uma empresa anunciou a venda de veículos, por meio de panfletos, jornais, televisão, rádio, cartazes, faixas, outdoors e sites, todavia, sem prestar aos consumidores as informações devidas, referentes ao valor de entrada, valor total a prazo, valor à vista e juros embutidos;

3.Por estas omissões caracterizou a propaganda enganosa que é proibida pela CDC;

4.No mercado de consumo, juros embutidos ou disfarçados configuram uma das mais comuns, graves e nocivas modalidades de oferta
enganosa;

5.A informação prévia e adequada – sobre, entre outros, preço, número e periodicidade das prestações, montante dos juros e da taxa efetiva anual e valor total a pagar, com e sem financiamento – precisam constar obrigatoriamente da oferta, que envolva parcelamento ou financiamento de produtos e serviços de consumo;

6.Não preenche o requisito da adequação estampar a informação em pé de página, com letras diminutas, na lateral, ou por ressalvas em multiplicidade de asteriscos, ou, ainda, em mensagem oral relâmpago ininteligível;

7. A empresa de Rondônia foi condenada por dano moral à coletividade em 60 mil reais.

Acesse o site www.direitoparaquemprecisa.com.br

Fonte aqui!

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Balas perdidas

beguine do mercado

teu rosto rouge o mercado
ligas luzes caminhão
intrigas sono fadigas pecado
brigas uísque esperas pão
o preço a corda a cidade
comes & bebes o freguês
corpos mentes a idade
risos falas japonês
nabos em saco aventureiros
ternos goiabas sabra dios
capas ovos marinheiros
uvas passas pó-de-arroz
danças e tranças boleros
verduras sonho jasmins
legumes plantas lembranças
estrelas eras maxim’s

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Kafka

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Quanto ganha um vereador em Curitiba?

Quanto é o subsídio de um vereador em Curitiba?

Resposta: R$15.156,70 (quinze mil, cento e cinquenta e seis reais e setenta centavos). O Presidente da câmara leva R$19.703,71 (dezenove mil, setecentos e três reais e setenta e um centavos). Em quatro anos, um vereador ganha 788 mil reais.

Os subsídios de toda Câmara, em quatro anos? Quase 30 milhões. Quanto cargos em comissão pode nomear cada vereador? Resposta: Sete comissionados, cujo valor total não exceda R$57.838,00 (cinquenta e sete mil, oitocentos e trinta e oito reais). Sete comissionados por gabinete vezes 38 vereadores dá um total de 266 comissionados, só neste quesito, o que dá de despesa por mês, cerca de 2 milhões.

O vereador tem direito a carro oficial? Resposta: Sim, um veículo para cada vereador, modelo Sandero/Voyage ou VW Voyage 2015/016, locado por contrato com a empresa Santa Cruz Ltda. O vereador ganha décimo terceiro salário? Sim, desde 2018. Depois de longa polêmica judicial decidida pelo STF. Inclusive, ex-vereadores receberam retroativo a 2013, ano da edição da lei municipal que institui o benefício.

O que mais? Resposta: Em 2017, a nova gestão da Câmara Municipal substituiu as antigas cotas de selo, que eram de 3 mil unidades mensais, por um contrato de chancela com os Correios. Agora, os vereadores dispõem de até R$ 2,7 mil mensais em serviços postais. Com isso, ainda que a cota permaneça cumulativa, a Câmara passou a pagar o efetivamente gasto, e o controle da despesa é feito pela administração. Apesar de não haver cota específica, os gabinetes recebem material de expediente: 5 caixas de etiquetas 6181, 2 caixas de grampos para grampeador 26/6, 4 pastas A/Z, 6 pastas Polionda e 1 pendrive de 8 GB. Mensalmente, conforme a necessidade, podem requisitar bloco de rascunho, bloco tipo Post It, canetas esferográficas, caneta marca-texto, clips, copos de plástico e 200 envelopes. A quantidade de fotocópias que os mandatos podem utilizar também é controlada, limitada a 4 mil cópias por mês por mandato, não cumulativos. Os membros da Mesa, por sua vez, possuem adicional de mil.

Que outros benefícios, reembolsam as despesas de viagens?

Resposta: As viagens de vereadores e servidores a serviço ou em representação do Poder Legislativo em que as despesas (alimentação, hospedagem e locomoção) são pagas pela Câmara são realizadas somente após autorização do presidente. A solicitação de viagem tem que ser feita pelo vereador, que precisa justificar a necessidade do deslocamento.

Após o retorno, é necessário apresentar relatório circunstanciado, documentos que comprovem o deslocamento e informações sobre a atividade realizada, com destaque para os benefícios resultantes ao Legislativo. Caso contrário, o dinheiro deve ser devolvido à Câmara. O procedimento está regulamentado pela Resolução 3/2014, que estabelece cinco modalidades de diárias, com valores diferentes para atividade realizada dentro ou fora do Paraná. São elas: hospedagem, alimentação e locomoção urbana (com passagem adquirida pela CMC); alimentação e locomoção urbana (com passagem e hospedagem adquiridas pela CMC); hospedagem e alimentação (com deslocamento em veículo da CMC); locomoção urbana; e alimentação. Os valores variam entre R$ 70,00 e R$ 450,00.

Vale a pena ou não vale?

Fontes aqui!

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Playboy|1970

1977|Virve Reid. Playboy Centerfold

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Donald Trump e a direita que ganha poder usando como contraponto os equívocos da esquerda

Os políticos do Partido Republicano se articulam para aprovar a toque de caixa, como se diz aqui na terra do Zé Carioca, o nome de Amy Coney Barret para a Suprema Corte dos Estados Unidos. É óbvio que pretendem com isso dar uma mensagem de impacto eleitoral sobre objetivos práticos do voto em Trump. Os democratas reclamam, alegam que ao eleitor deveria ser concedido o poder desta decisão, mas isso não é verdade. Os republicanos têm no histórico a mesma alegação, quando impediram a nomeação de um juiz do Supremo no último ano do primeiro mandato de Barack Obama.

Claro que os republicanos mentiam, mas os democratas não deveriam se fazer de surpresos, pois afinal sabem ou não sabem que estão lidando com vigaristas? O Partido Republicano é hoje em dia uma mera sigla dominada por trapaceiros, com os políticos tradicionais do partido aceitando até a submissão a um forasteiro da política, este vigarista que apareceu apenas para ganhar mais dinheiro e arreganhar a economia americana ao deleite de seus amigos ricaços.

Trump não é nada mais que um reacionário, sem nenhuma base cultural ou qualquer doutrina, pessoal ou coletiva. Sua contribuição ao conservadorismo é paradoxal, pois tem feito mais que a esquerda para enterrar esta ideia, tornando-a um mero repositório confuso de temas polêmicos e escolhidos apenas pelo potencial eleitoral, com preferência pela facilidade na manipulação. Um conservador como Winston Churchill dizia que contra Hitler se aliaria até ao demônio. É provável que hoje em dia preferisse também o tinhoso do que aceitar certas figuras alegadamente conservadoras.

Vale qualquer coisa para esse tais “conservadores”, sem que o debate ou materialidade do objeto em discussão estabeleça de fato uma diferença de qualidade na vida das pessoas. Atualmente levantam a questão do aborto a todo momento — até nesta indicação de uma nova juíza —, mas pode ser que um dia apontem a unha encravada como um ponto determinante para as nossas vidas. Só depende de unha encravada dar voto.

Tudo bem, Donald Trump é um idiota com um discurso impactante em uma parcela de eleitores, com uma esperteza que já foi suficiente para dar-lhe um mandato. São falas e apenas isso, com temas desconexos que de modo algum se juntam organicamente para se compor em uma transformação real. É a cultura do desmonte, que espalha apenas ignorância. Claro que isso abalou o partido de Barack Obama, dos Clinton e lá de trás, de John Kennedy, mas como eu já disse, esbagaçou igualmente o conservadorismo na sua vitalidade filosófica, anulando seus valores efetivos.

No entanto, não existe vitória que não venha do contraponto ao vigor do adversário, que pode deliberadamente ser usado como alavanca ou ter este efeito como um desenvolvimento natural. É de onde surge a força desse tipo de aventureiro. O sufoco do Partido Democrata para derrotar um ogro como Trump vem de dificuldades criadas por eles próprios, com este mistureba de politicamente correto e desarmonia racial e de gênero, com ideias atravessadas que desestabilizam conceitos morais das pessoas sem trazer um sólido ponto de apoio para a mudança radical de comportamento. Eu os chamo de jacobinos do bem, sempre surpresos quando são suas cabeças que rolam, afinal não é justo que isso aconteça com progressistas.

Para espertalhões como Trump basta gritar contra a atrapalhação do discurso divisionista da esquerda na vida das pessoas, até porque esquerdistas atuam politicamente como se todos tivessem que aceitar com naturalidade mesmo as maiores mudanças. Usando este clima conturbado, políticos como Trump não precisam apontar nenhum caminho, até porque não sabem nem estão interessados para onde devemos ir.

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Bolsonaro & Mourão reescrevem a História do Brasil

Em breve, os novos livros didáticos, editados pelo Ministério da Educação do pastor Milton Ribeiro, vão contar a nova História do Brasil, reescrita a quatro mãos pelo capitão Bolsonaro e o general Mourão.

* A Ditadura Militar (1964-1985) nunca existiu. Foi uma ação patriótica de cunho preventivo, deflagrada para salvar o Brasil das garras do comunismo internacional que comia criancinhas, antes que elas fossem colocadas sob a tutela da pastora Damares à sombra da sua goiabeira.

* O juramentado torturador Brilhante Ustra nunca torturou ninguém. Era um homem honrado, um herói nacional, que defendia os direitos humanos dos seus subordinados (e mandava os inimigos para o inferno, de onde nunca deveriam ter saído).

* O Brasil foi o país que melhor combateu a pandemia do coronavírus e evitou uma recessão econômica que poderia provocar o desemprego, a fome e a miséria. Já pensaram nisso? Se morreram mais de 150 mil brasileiros e mais de 5 milhões foram contaminados pela Covid-19 a culpa não é do governo, mas das vítimas.

* É mentira da imprensa comunista internacional que os incêndios tenham calcinado 26,5% do Pantanal e consumido 13 mil quilômetros quadrados da Amazônia. As fotos de satélite foram tiradas na Califórnia. Nossas gloriosas Forças Armadas mobilizaram todos os seus batalhões para impedir que isso acontecesse aqui.

* Ninguém no mundo protege mais o seu Meio Ambiente do que o Brasil, graças aos esforços do general Mourão e dos óculos do seu ajudante de ordens Ricardo Salles, que enxerga longe, além da brava atuação dos bois bombeiros.

* Ricardo Salles é um humanista impoluto, defensor das matas e dos povos indígenas, que arriscou a própria vida para apagar o fogo e passar a boiada.

* Nossas crianças foram liberadas para trabalhar a partir de qualquer idade, em qualquer serviço, pois se trata de uma atividade saudável e educativa. Quando crescerem, poderão frequentar as escolas cívico-militares construídas pelo governo teocrático-miliciano implantado em 2019, que deu origem à nova História do Brasil.

* Agora só morre a bala quem for trouxa. Foram liberadas armas e munições à vontade para todos se protegerem contra os inimigos da liberdade de ir e vir.

* A violência doméstica só existe nos lares em que as mulheres não chamam mais os maridos de senhor e não obedecem às suas ordens.

* Os militares convocados para servir ao governo, em vez de dar golpes, agora ganham salário dobrado para cumprir uma missão patriótica, com grandes sacrifícios pessoais. O general Pazuello até descobriu a existência do SUS.

* A corrupção foi banida de todo o território nacional. Laranjais, rachadinhas, funcionários fantasmas, mochilas de dinheiro vivo e lojas de chocolate são coisas do passado.

* Acabou a inflação. Se alguém ainda está aumentando os preços, o governo não pode fazer nada, a não ser apelar para o patriotismo.

* A nova Previdência é igual para todos, assim como a lei, com a honrosa exceção dos militares, juízes, parlamentares e amigos do rei.

* Marielle não foi fuzilada pelas forças da lei e da ordem. Quase mil dias após a sua morte, desconfiamos que ela se suicidou com vários tiros para colocar a culpa no governo.

* Fabrício Queiroz é inocente. Trata-se apenas de um benemérito de famílias carentes, que deposita cheques para pagar as contas no fim do mês, sem pedir nada em troca. Foi o inspirador da política econômica de Paulo Guedes, que tira dos pobres e paupérrimos para dar aos maganos e aos bancos porque eles garantem os nossos empregos, o equilíbrio fiscal e os investimentos.

Em tempo: esse texto contém uma certa dose de ironia, mas é baseado em declarações e pensamentos oficiais. Imprima-se.

Vida que segue.

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Tortura

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© Leszek

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Ilze. © IShotMyself

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A naturalização da Covid-19

Ontem, a percepção da naturalização da Covid-19 chegou por mensagem privada de uma rede social: “Oi, tudo bem com você e com seus familiares?”. Bateu um estranhamento, uma vez que, há tempos, ninguém mais se dirige assim, com esse interesse e com essa preocupação. No início da pandemia, sim, a gente tinha uma necessidade – desesperada até – de sondar como as pessoas estavam lidando com essa novidade desagradável, ameaçadora e como poderíamos apoiar, manifestar nossa empatia diante desse assombroso desconhecido. Uma amiga conta que até enviou um convite de amizade ao crusch, a quem nunca tinha tido a coragem de dirigir uma palavra antes, diante do pânico de que a pandemia tirasse ele do seu caminho de vez. Bem nos moldes da personagem da música de Assis Valente, que diz que “anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar (…)”.

O estranhamento bom que se seguiu àquela pergunta também transmitiu a noção exata da naturalização da Covid-19 nas nossas vidas. Mesmo mantendo o isolamento e as noções elementares de sobrevivência, já estamos falando dos resultados do futebol, tretando pelas mínimas coisas do cotidiano, vendo a propaganda eleitoral ocupar os espaços no rádio e na televisão e, quando precisamos sair para algum bate e volta na rua, já ficamos com a impressão de sermos os únicos poucos persistentes a manterem-se em isolamento e a seguirem as regras e recomendações para evitar a propagação do vírus. A cidade fervilha e a sobrecarga de atendimento para os profissionais da saúde, que tanto nos chamava à responsabilidade sobre os impactos coletivos de atitudes individuais, reside agora no ambiente da invisibilidade. Naturalizada está!

O “copo meio cheio” da banalização é termos vencido aquele medo paralisante do começo e, mesmo que assumindo riscos – até que se tenha um antídoto eficaz comprovado ou uma compreensão maior do comportamento desse vírus, será sempre um risco irresponsável, sim -, encontrarmos formas de, se não da retomada da vida por completo, abrir espaços de convivência e de mobilidade nesse nosso habitat. Mesmo os planos traçados já soam mais factíveis, plausíveis, ainda que ilusórios e distantes no horizonte futurístico. O “copo meio vazio” está na razão lógica de perceber essa naturalização como produto de um esgotamento físico e mental. É esse cansaço que impele as pessoas a tomarem decisões perigosas e a demonstrarem, no quesito empatia, que o “velho normal” sempre esteve latente e virá com tudo nesse mundo de distanciamentos impostos pelas desigualdades, pelas ignorâncias, por dogmas e por castas.

O tal do alardeado “novo normal”, a partir das reflexões de autoconhecimento e dos balanços feitos sob o olhar da ética do cuidado, deverá se restringir a um universo pequeno de mentes e de hábitos. A alegria manifesta e desesperada é do retorno ao que se fazia antes, sem grandes racionalizações. Serão incorporadas, sim, alternativas e inovações rentáveis, lucrativas, enquanto que agregações imateriais aprendidas nas lições da pandemia ficarão anestesiadas no frenesi da retomada.

Quase que ao mesmo tempo em que vivemos isolados, a população do Distrito Federal convive com uma estação seca medonha e com picos de ondas de calor insuportáveis, que motivam inundar hoje as redes sociais dos moradores da capital federal com comemorações e danças da chuva, diante das primeiras gotas de água caídas do céu em mais de seis meses. Passada essa euforia, o que mudará no cotidiano de quem sofreu as intempéries? A prevenção e a resiliência vão apontar os caminhos de um “novo normal” para se buscar entender as razões e tentar evitar no futuro situações como essas também? Tenho cá minhas dúvidas…

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Um que eu tenho

Zimmer down y arriba, muchachos!

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Caetano Veloso ganha mais uma de Olavo de Carvalho

Olavo de Carvalho terá duas semanas para pagar uma multa milionária a Caetano Veloso, relativo ao famoso processo das acusações de pedofilia ao cantor. O escritor foi condenado por descumprir ordem judicial de apagar posts em suas redes sociais que difamavam o cantor. Não sou dos que acham que Olavo tem razão, mas dinheiro ele tem? Vai precisar de muita grana.

A multa é de exatamente R$ 2.930.373,28, em decisão da juíza Renata Gomes Casanova de Oliveira e Castro, da 50ª Vara Cível do Rio, que determinou a intimação de Olavo, nos Estados Unidos. Ele tem 15 dias para fazer o pagamento.

Essa encrenca milionária com Caetano Veloso já havia motivado reações estranhas de Olavo, em junho deste ano. Irritado com uma derrota no processo, ele fez críticas pesadas ao presidente Jair Bolsonaro e a aliados do governo, como Luciano Hang, dono da Havan. Em um vídeo bem pirado, Olavo chamou Bolsonaro de “covarde” e ameaçou derrubar o governo.

“Se as pessoas não conseguem derrubar o se governo, eu derrubo. Continue inativo, continue covarde, eu derrubo essa merda desse seu governo”, ele deu o recado em seu estilo de costume. O dono da Havan, que aparece bastante com um terno verde-amarelo, foi chamado por ele de Zé Carioca.

Depois da bronca, Hang usou um grupo de empresários governistas no WhatsApps para tentar convencer colegas a ajudar o emburrado guru do Bolsonaro, mas não obteve sucesso. Foi tentado também o recurso de pedir dinheiro por meio de vaquinhas virtuais, mas isso também não funcionou.

Fui dar uma sapeada numa delas agora há pouco: de uma meta de 30 mil reais haviam arrecadado apenas R$ 1.232,00. Nesse ritmo será demorado juntar quase 3 milhões de reais para pagar o Caetano.

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