O deputado Eduardo Bolsonaro propõe lei para criminalizar o Comunismo. O deputado sabe que o comunismo hoje só existe na Coréia do Norte. Portanto, sua lei só poderia ser aplicada fora do Brasil. O último comunista no Brasil morreu ontem sufocado pela estupidez nacional.
A cultura do deputado Bolsonaro não alcança a linha da Constituição nem dez dos manuais do professor Olavo de Carvalho, mesmo considerada a metodologia e a pobreza científica destes. O deputado Bolsonaro 03 faria melhor se fizesse lei para criminalizar o fascismo.
O deputado sabe do comunismo de orelhada e sabe do fascismo porque este lhe corre nas veias. Mas nunca irá se aventurar no criminalizar o fascismo. Daria um tiro no pé com a arminha-símbolo do clã e meteria na cadeia a si, aos irmãos, ao pai e aos malucos que votam na bolsoterva.
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Creio que a minha dúvida é a de muitos brasileiros: abandono o Brasil ou desligo a TV? Do jeito que está não dá para ficar. É só morte, violência, ladroagem, patifaria, canalhice. Sei que a TV não é a culpada, mas adora. Começa cedo, de manhãzinha; na hora do almoço (ou logo depois), a Maju tira-nos o apetite ou faz com que ponhamos para fora o que havíamos comido. É uma coisa de louco! Na quinta-feira passada, foram exatos quarenta minutos de tragédia: guerra de quadrilhas no morro carioca, tiroteio, balas ao léu, uma mãe foi morta ao proteger o filho, invasão de domicílio, sequestro, milicianos dominando o território… A PM entra em ação: mais violência, mais sangue derramado… Aí, lembrei-me que a Maria Júlia nem havia ainda entrado na pandemia, o que, por certo, duraria mais meia hora. E teria também o capitão-reformado… Levantei-me, abandonei a TV e fui descansar no banheiro. Agora, estou digitando estas letrinhas.
Na TV, onipresente e permanentemente ligada em nossas casas graças à Covid 19, é uma nova emoção por dia. A mais recente é a protagonizada por aquela pastora-deputada que, em nome do senhor jesus, adotou 52 filhos e mandou matar o marido, que já fora um de seus filhos e genro. O serviço foi feito por outros três filhos. Agora, ela tem oferecido uma das filhas a quem interessar possa. Sim, eu sei que a televisão não inventa, mas faz questão de alardear.
Que o Brasil está uma desgraça todo mundo sabe. Basta lembrar quem está no comando. Mas é preciso enterrar todas as tragédias dentro de nossas casas todos os dias, de manhã à noite? Será que alguém, em algum lugar, não está se atrevendo a fazer alguma coisa boa, digna, alvissareira, capaz de elevar o nosso moral e oferecer-nos um mínimo de esperança? Se tem, a TV ignora. Não dá audiência. Pelo menos é o que me diz o meu filho, que é jornalista televisivo em atividade e afirma ser necessário proceder de acordo com a realidade existente.
Tenho certeza, porém, que ele, como eu, prefere quando a TV mostra a força que tem e o jornalismo brilhante que também sabe praticar. Como agora está fazendo a Globo, ao enfrentar, com competência e resultado, o prefeito carioca, também pastor evangélico e outro malandro de carteirinha, que, de olho na reeleição, mantém com o dinheiro público lacaios encarregados de silenciar a população que se queixa do péssimo atendimento da rede hospitalar municipal do Rio de Janeiro.
“O tempora! O mores!” – bradou Marco Tulio Cícero, nas célebres Catilinárias, no Senado Romano. Para quem não é versado no latim: “Oh tempos! Oh costumes!” E isso 68 anos antes de Cristo! Protestava contra os vícios e a corrupção de seu tempo, quando conspirações governavam Roma. O que diria hoje o notável tribuno?
O que me causa espanto (e pavor) é que a grande maioria do povo brasileiro é de boa índole, gente decente, trabalhadora, digna. No entanto, são as minorias criminosas que se sobressaem. Na política, da administração pública, na polícia, nas cidades e nas comunidades. A maioria, no entanto, silencia, esconde-se, tem medo. E os lugares vagos são ocupados pelos bandidos, pelos criminosos, pelos estupradores e pelos corruptos de toda natureza.
Na semana passada, completei 80 anos, coisa que jamais imaginei. Ou, melhor, como ensinava o meu querido e saudoso Rubem Alves, “desfiz 80 anos”. “Quando anos tenho? Não sei; sei quantos não mais tenho”. No meu caso, 80. Quantos ainda tenho, só Deus sabe. Um, dois, nenhum? É coisa para o Altíssimo responder. Só torço para que do outro lado, se houver outro lado, tudo seja diferente e não haja TV.
Digo a minha idade para dizer que, com todo esse tempo nas costas, pensei que já havia visto e vivido tudo. Não havia, como constato agora, em plena pandemia que nos prende em casa e nos tira a vida, neste Brasil de 2020, sob a proteção do Messias que não é aquele.
O presidente Jair Bolsonaro participou hoje do lançamento do projeto de construção de uma ponte sobre o rio Pariquera-Açu, no interior de São Paulo. Com ele, o deputado Marco Feliciano (PSC), o prefeito de Pariquera-Açu, José Carlos Silva Pinto (PL), que falaram no evento.
Em cima do palanque também estavam os ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles, da Justiça, André Mendonça, os deputados Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Rosa Valle (PSB-SP) e Guilherme Derrite (Progressistas), o deputados estaduais por São Paulo Gil Diniz (PSL), Frederico D’Ávila (PSL), Caio França (PSB) e Matheus Coimbra (PSL).
um homem com uma dor é muito mais elegante caminha assim de lado como se chegando atrasado andasse mais adiante carrega o peso da dor como se portasse medalhas uma coroa um milhão de dólares ou coisas que os valha ópios édens analgésicos não me toquem nessa dor ela é tudo que me sobra sofrer, vai ser minha última obra
(Paulo Leminski, 1989)
Acabo de ser informado que o filho legítimo de Paulo Leminski, agora oficialmente chamado de Paulo Leminski Neto, discorda radicalmente das meias-irmãs Áurea e Estrela. Ele acha abominável a censura feita à biografia do pai-poeta. Não apenas por isso, mas ele está entrando com outras ações na justiça por outros motivos. Finalmente algo acontece nestas águas paradas. Toninho Vaz
Após 124 anos de tramitação está finalizado o processo mais antigo do Brasil. A pendenga foi sobre a propriedade da família real brasileira sobre o Palácio Isabel, ou como foi batizado pela República, o Palácio da Guanabara, atual sede do governo do Rio de Janeiro.
Alguns historiadores sustentam que a queda da monarquia brasileira não foi somente por causa da abolição da escravatura, que culminou no golpe militar chamado de República, mas foi em razão do Imperador Dom Pedro II descuidar da sua imagem.
A corrosão da imagem da família imperial deixava clara a fragilidade da monarquia e o poder político, até então vinculada à estabilidade do Estado. A etiqueta da realeza fazia parte da própria definição do poder.
Esta é razão pela qual os palácios governamentais, Brasília e as sedes de poder sempre devem estar muito bem cuidados e seus ocupantes devem se portar como vestais e a caráter, terno gravata e dedinho levantado quando se toma um simples copo de água.
Voltando ao Palácio da Guanabara, não se pode desconsiderar que o Estado do Rio de Janeiro conta com a quase a totalidade de governadores e vices, dos últimos 20 anos, envolvidos em crimes de corrupção: Pezão, Sérgio Cabral, Moreira Franco, Rosinha Garotinho, Anthony Garotinho e o mais recente, Witzel.
A família real se distanciou das elites e a gota d’água foi a abolição da escravatura., não cometeram crime algum.
E os governadores cariocas, cometeram crimes? Nos processos há recursos e ainda podem demorar anos para transitarem em julgado. O Palácio da Guanabara tornou-se uma arapuca para os que sonham com a Presidência da República.
A atual família poderosa da República passou longe dele, em décadas de política.
Será que no Palácio há alguma maldição centenária, lançada por membro da família real que, no exilio, amargou anos de vida mundana?
Assim como a imagem do imperador foi substituída pela imagem de Tiradentes, a imagem dos governadores cariocas foi substituída pelas manchetes dos jornais e mídias sociais que os definem como corruptos e outras definições chãs. O Palácio da Guanabara tornou-se uma ilha de corrupção, cercada por um mar de moralidade?
A família Bolsonaro cerca de mimos o vice-governador em exercício do Rio para trazê-lo de volta ao regaço na eventualidade da cassação do governador Wilson Witzel. Como se os pecados de Witzel fossem menores e menos graves que os pecados dos Bolsonaros – também cometidos no Rio.
Os ministros do STF fazem fila e se afastam, declarando-se impedidos, do julgamento do governador Wilson Witzel, afastado por liminar de um dos ministros. Podem ter sido amigos de Witzel, ex-juiz federal, mas também revelam a intimidade perigosa entre o judiciário de Brasília e os políticos.
Se ao princípio poderá ser motivo de estranheza o interesse de Roman Polanski em adaptar o caso Dreyfus ao cinema, em retrospectiva ele surge-nos como inevitável. Polanski, como Dreyfus, sentiu na pele o anti-semitismo, com a infância passada no Holocausto entre o gueto de Cracóvia e casas de estranhos sob uma identidade falsa. Polanski, como Dreyfus, sofreu acusações injustas, pelo menos quando apontado, por parte de uma imprensa supersticiosa e moralmente sórdida, como responsável indirecto pela morte de Sharon Tate ao, entre outras calúnias, levar uma vida devassa de drogas, bacanais e rituais satânicos.
E lendo na sua autobiografia o desenvolvimento do seu próprio controverso processo judicial, compreende-se que Polanski, como Dreyfus, se encara como vítima de um sistema adulterado. Falsos testemunhos, juízes parciais, facciosismo, perjúrio, cárcere, tudo isto Polanski diz que conheceu com o seu caso. O cineasta sabe o que é, portanto, viver no universo que quase sempre retratou no seu cinema: inseguro, paranóico, cínico, kafkiano até certo ponto, com as personagens a serem vítimas fatais do absurdo. É desse universo que vem J’accuse (J’accuse – O Oficial e o Espião, 2019).
Fresco histórico que é também filme de espionagem, policial e courtroom drama, o título poderá induzir o espectador no erro de que a personagem central é Émile Zola, o escritor naturalista cujo artigo publicado no jornal L’Aurore denunciou os erros militares, políticos e judiciais permitidos pelas forças armadas quanto ao caso Dreyfus, militar judeu injustamente acusado de alta traição por espionagem, cuja sentença draconiana foi a prisão perpétua na Ilha do Diabo. Não é esse o caso [esse filme já foi feito, chama-se The Life of Émile Zola (A Vida de Zola, 1937) e é um dos biopics mais interessantes da Hollywood clássica]. Ao invés, J’accuse foca-se em Picquart, o coronel que descobriu a verdade quanto ao processo e, na rejeição da conivência com a estratégia racista e nacionalista do exército, tentou trazê-la ao conhecimento público, causando o escândalo. É um filme hitchcockiano no seu jogo de espiões, atmosfera paranóica, falsos culpados e ambiguidades morais, com o acrescento de reconstruir um caso real de forma inegavelmente casuística (desde a primeira cena, com a degradação de Dreyfus) e com o sentido do absurdo típico do realizador (a fácil aceitação do testemunho ilógico e contraditório do grafologista, por exemplo). Continue lendo →
A situação do Brasil no contexto internacional vai ficando cada vez mais parecida com uma piada pronta. Piada pronta de humor negro, assim é que está o nosso país no plano mundial. Entramos nesta segunda-feira com a notícia de que a Heckler & Koch (H&K), fabricante alemã de armas, vai suspender a exportação de armamento para o Brasil. A empresa é fabricante da arma que foi usada para matar a vereadora Marielle Franco, uma submetralhadora de uso restrito.
A suspensão da exportação de armas para o Brasil se deve a pressões de acionistas alemães, a partir de questionamentos da Associação Críticos na Alemanha feitos à direção da empresa. Este é um tipo de ação social já comum na Europa e nos Estados Unidos, com a pressão de ativistas sobre marcas e empresas, exigindo respeito ético na escolha de sua clientela, que neste caso da H&K atinge por inteiro um país tomado por barbaridades que arrasam com a nossa imagem no exterior.
Um porta-voz da fábrica de armas alemã disse que a situação política e a violência policial fizeram a H&K suspender a exportação das armas. Os bolsonaristas vão ficar irritados. A justificativa mira exatamente este governo que tem no comando esta figura execrável que se elegeu fazendo com as mãos um gesto de matar com arma de fogo.
Vejam o que disse o porta-voz da H&K: “Com as mudanças no Brasil, especialmente a agitação política de antes das eleições presidenciais e a dura ação da polícia contra a população, foi confirmada a decisão de não fornecer mais para o Brasil”.
Como eu disse, a notícia tem até um toque trágico de humor, no entanto tem consequências muito sérias, com a consolidação do Brasil como um estado pária no contexto internacional. Como por aqui se obedece cada vez menos a leis, regras ou normas, especialmente da parte das mais altas esferas, dos que têm dinheiro, poder e o domínio do uso da violência, as relações externas vão ficando cada vez mais difíceis.
Esta é a nossa imagem atual e ponto final. Vivemos em um país de tal forma descontrolado, que aos olhos estrangeiros não tem responsabilidade suficiente nem para comprar armas. E nada vai adiantar ficar buscando justificativas, que servirá apenas para o costumeiro auto-engano entre nós.
É preciso tomar decisões sobre o destino que se deseja afinal para este nosso país. O que ficou muito óbvio é que o Brasil não pode ser conduzido por um sujeito que podia até ser motivo de riso quando fazia suas besteiradas como político idiota do baixo clero, mas que na presidência da República arruína o futuro do país.
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