O poder ‘inebria, corrompe e destrói’, diz ex-porta-voz da Presidência Otávio do Rêgo

O ex-porta-voz da Presidência Otávio do Rêgo Barros fez uma série de críticas indiretas ao presidente Jair Bolsonaro, em artigo publicado ontem no jornal “Correio Braziliense”. Sem citar o nome do ocupante do Palácio do Planalto, Rêgo Barros afirmou que o poder “inebria, corrompe e destrói”. O antigo auxiliar critica também auxiliares presidenciais que se comportam como “seguidores subservientes”

O texto casa com reclamações de integrantes do próprio Palácio do Planalto que criticam Bolsonaro pela suposta dificuldade do presidente de lidar com opiniões que não lhe sejam favoráveis e de reconhecer os próprios erros.

“COMENTÁRIOS BABOSOS” – “Os líderes atuais, após alcançarem suas vitórias nos coliseus eleitorais, são tragados pelos comentários babosos dos que o cercam ou pelas demonstrações alucinadas de seguidores de ocasião”, escreveu Rêgo Barros, que também incluiu no artigo o que parece ser uma alusão à sua antiga relação de trabalho com Bolsonaro.

“O escravo se coloca ao lado do galardoado chefe, o faz recordar-se de sua natureza humana. A ovação de autoridades, de gente crédula e de muitos aduladores, poderá toldar-lhe o senso de realidade. Infelizmente, nos deparamos hoje com posturas que ofendem àqueles (sic) costumes romanos”, escreveu o ex-porta-voz do governo, que, em diversas passagens de seu artigo, remete ao período do Império Romano.

“É doloroso perceber que os projetos apresentados nas campanhas eleitorais, com vistas a convencer-nos a depositar nosso voto nas urnas eletrônicas, são meras peças publicitárias, talhadas para aquele momento. Valem tanto quanto uma nota de sete reais. Tão logo o mandato se inicia, aqueles planos são paulatinamente esquecidos diante das dificuldades políticas por implementá-los ou mesmo por outros mesquinhos interesses”, escreveu Rêgo Barros. “Os assessores leais — escravos modernos — que sussurram os conselhos de humildade e bom senso aos eleitos chegam a ficar roucos”, continuou.

“CONFORTÁVEL MUDEZ” – Rêgo Barros também criticou indiretamente auxiliares de Bolsonaro que, por conveniência, preferem concordar com tudo: “Alguns deixam de ser respeitados. Outros, abandonados ao longo do caminho, feridos pelas intrigas palacianas. O restante, por sobrevivência, assume uma confortável mudez. São esses, seguidores subservientes que não praticam, por interesses pessoais, a discordância leal”

No final do texto, o ex-porta-voz do governo Bolsonaro diz: “A população, como árbitro supremo da atividade política, será obrigada a demarcar um rio Rubicão cuja ilegal transposição por um governante piromaníaco será rigorosamente punida pela sociedade. Por fim, assumindo o papel de escravo romano, ela deverá sussurrar aos ouvidos dos políticos que lhes mereceram seu voto: — “Lembra-te da próxima eleição!”

A decisão de reconhecer o benefício para Flávio Bolsonaro foi dada pela 3ª Câmara do TJ-RJ, que atendeu um pedido da defesa do senador. Com isso, o caso saiu das mãos do juiz Flávio Itabaiana, da primeira instância e responsável por medidas como a quebra do sigilo bancário e fiscal do político, além da prisão de Fabrício Queiroz, e foi parar no Órgão Especial do TJ-RJ.

Paulo Capelli

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Novidades quanto aos planos de saúde

1. Muitos planos de saúde estabelecem que apenas hospitais conveniados podem atender os consumidores, entretanto, o socorro mais próximo pode não ser credenciado pelo plano;
2. Para os casos de urgência (situações decorrentes de acidentes pessoais ou de complicações no processo gestacional) ou emergência (situações que implicam risco imediato de vida), é garantido ao consumidor o reembolso das despesas médicas e hospitalares, nos limites do preço da tabela de serviços contratados;
3. Se a operadora do plano de saúde é obrigada a ressarcir o SUS na hipótese de tratamento em hospital público, não há razão para deixar de reembolsar o consumidor que se utiliza dos serviços do hospital privado que não faz parte da sua rede credenciada;
4. Há também a questão do reembolso ao consumidor, fora da área geográfica de abrangência do plano, nesta questão há uma tendência de se garantir a cobertura pelo plano de forma idêntica, conforme decisões do Superior Tribunal de Justiça (STJ);
5. Recentemente, o STJ fixou que o consumidor tem 10 anos para pedir na Justiça o reembolso de despesas médico-hospitalares de plano de saúde ou seguro saúde.
6. Melhor mesmo é não usar o plano de saúde nem o SUS, mas se precisar, o consumidor deve ficar atento aos seus direitos.

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Sampa

Levei meu calhambeque pro mecânico outro dia. Em alguma avenida da Zona Sul.  © Lee Swain

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Vacina contra político eleitoreiro

Quem acredita em “vacina do Doria” ou “vacina do Bolsonaro” precisa abrir os  olhos. Vacina não tem candidato, é candidato que tem vacina. Vacina boa é a que funciona e ponto final.

A última delas, no campo da Covid-19, foi produzida por Jair Bolsonaro. Como disse o Mario Sabino ontem, “depois que o Ministério da Saúde anunciou que comprará 46 milhões de doses da vacina da Sinovac, que serão produzidas pelo Instituto Butantan, em parceria com o laboratório chinês, o presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer que a vacina não será comprada pelo governo. Em seguida, no Facebook, ele postou: “A vacina chinesa de João Doria: Para o meu governo, qualquer vacina, antes de ser disponibilizada para a população, deverá SER COMPROVADA CIENTIFICAMENTE PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE E CERTIFICADA PELA ANVISA. O povo brasileiro não será cobaia de ninguém. Não se justifica um bilionário aporte financeiro num medicamento que sequer ultrapassou sua fase de testagem. Diante do exposto, minha decisão é a de não adquirir a referida vacina.”

O que isso quer dizer? Que, passada o teatro eleitoreiro, o governo vai acabar comprando a vacina, com ou sem Eduardo Pazzuelo como ministro da Saúde.

Bolsonaro está jogando outra vez para a franja radical da turma dele nas redes sociais. A pegadinha é o pedaço em maiúscula.

Obviamente, a ‘vacina chinesa de João Doria’ terá de ser aprovada pela Anvisa, antes de ser aplicada na população, ninguém jamais disse o contrário.

Assim como a ‘vacina de Bolsonaro’, produzida pelo AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, também terá de passar pelo crivo da agência de vigilância sanitária.

Ambas estão em fase de testes e, portanto, não foram oficialmente aprovadas nem pelos fabricantes. Ou seja, Bolsonaro também comprou vacina ainda sem comprovação científica (e, lembre-se, distribui e recomenda cloroquina, remédio sem eficácia contra a Covid-19, como se fosse o ‘médico do Brasil’).”

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“Maria Fofoca” pergunta a Ricardo Barros e Eduardo Bolsonaro

Hoje, como publicado, o líder do governo na Câmara, o ínclito Ricardo Barros, propôs um plebiscito para reformar a Constituição brasileira. Ele justificou da seguinte forma: “A Constituição tornou o país ingovernável, como disse o (José Sarney). Devemos fazer um plebiscito, como fez o Chile. É hora de repensar, reformar a Constituição, que não está nos dando condições de governar a longo prazo”.

Ele está certo: a “Constituição Cidadã”, promulgada em 1988, parece saída quase que inteiramente da cachola de um grupo de sindicalistas ensandecidos. Tanto que deveria ser apelidada de “Constituição Companheira”, embora o PT tenha se recusado a participar da homologação coletiva do texto, assinando-o apenas formalmente. Mas se o exemplo é o plebiscito chileno, alguém precisa informar Ricardo Barros que os amigos de continente agora querem uma Carta Magna parecida com a brasileira. A América Latina é coisa nossa.

Salto para ontem. Como igualmente publicado, o equilibrado Eduardo Bolsonaro partiu para cima de Rodrigo Maia, porque o presidente da Câmara criticou o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pelo fato de ele ter chamado o general Luiz Eduardo Ramos, ministro-chefe da Secretaria de Governo, de “Maria Fofoca”. Disse Maia: “não satisfeito em destruir o meio ambiente do Brasil, agora resolveu destruir o próprio governo”. Como Ricardo Salles é xodó da facção ideológica do governo, Eduardo Bolsonaro tomou as suas dores e elencou, no Twitter, as Medidas Provisórias que caducaram graças ao empenho inercial de Rodrigo Maia. O filho deputado de Jair Bolsonaro escreveu: “Tem gente que é expert em destruir o governo. Que o digam as MPs caducadas: Liberdade Estudantil, Liberdade do Futebol, Bolsa Família, Regularização Fundiária, Balancete Empresarial, Anti-Imposto Sindical”.

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Flagrantes da vida real

Atenção, pixadores! © Maringas Maciel

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Arriba, Chile!

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Confira aqui.

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S.O.S SNOB – Lutar com palavras é a luta mais sã

Tem palavra que veio de longe com significado que nós não vemos de perto. Cada vez que descubro uma em situação assim, vibro. Aqui e agora, é o caso da palavra esnobe. Posso perguntar de olhos fechados no meio de um salão com mil pessoas e todas vão dizer que esnobe é o cara que é cheio de si, se acha, é rico e tem nariz empinado. É ou não? É o cara se quer acima na vida e não dá bola pros outros.

Em suma, que esnoba os outros. Em meu ofício de escritor, em primeiro lugar as palavras. E o lugar delas é o dicionário e outros livros. Além das que são proferidas nas conversas. Uma vez o Ivan Lessa, que é outro catador de palavras, falou de um livro de etimologia que estava saindo do forno. Ele folheou e não gostou. O autor não ia fundo no poço pra contar sobre a origem das palavras. Eu, de minha parte, gosto quando encontro uma origem bem fundamentada e que me ajuda na escrita.

No caso de esnobe, eu sabia que no original se grafa snob, mas nem atinava o que queria dizer. É claro que usava no sentido moderno, que significa tudo aquilo que já disse antes. Aí, num livro de Ortega y Gasset chamado A Rebelião das massas (não é das massas de comer!), encontrei o real significado de snob. E é francamente o oposto do que nós conhecemos! Pode isso? Veja: na Inglaterra de tempos atrás, as listas das residências indicavam junto a cada nome o ofício e a classe da pessoa. O nome dos simples burgueses era acompanhado da abreviatura s. nob., que queria dizer sem nobreza! Sine nobilitate (em Latim). Ralé! Segundo Ortega Y Gasset é o homem-massa, previamente esvaziado de sua própria história e sem entranhas de passado. Só tem apetites, crê que só tem direitos e nenhuma obrigação. Aqui se transformou em pessoa que se acha superior, que sabe mais, que dá de ombros pras idéias dos outros.

Por essas e outras é que mergulho no reino silencioso das palavras. Às vezes, pego um peixe bom. É comida pra alguns dias. Depois, trato de limpar o arpão e… tchabuuum!

É autor de Nem bobo nem nada, primeiro romancélere do Brasil – com 150 capitulozinhos do capeta.

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Join_002.  © IShotMyself

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Vídeo em que Pazuello é humilhado foi exigência de Bolsonaro para manter ministro no cargo

Vídeo da visita que Jair Bolsonaro fez ao ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, foi uma exigência do próprio ex-capitão para que o militar permanecesse à frente da pasta. “É simples assim, um manda e outro, obedece”, diz Pazuello no vídeo.

O vídeo da visita que Jair Bolsonaro fez ao ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, foi uma das exigências feitas pelo próprio ex-capitão para que o militar permanecesse à frente da pasta. No vídeo, Pazuello aparenta dificuldade para respirar em função da Covid-19 e é alvo de uma humilhação pública por parte de Bolsonaro.

Segundo reportagem da coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, “no auge de sua irritação com o episódio que envolveu Eduardo Pazuello, João Doria e a vacina chinesa, Jair Bolsonaro determinou uma condição básica para manter o ministro da Saúde no cargo: ele teria que se retratar publicamente”.

Horas antes, Bolsonaro havia cancelado o acordo de intenção de compra de 46 milhões de doses da vacina chinesa produzida em parceria com o Butantan e exigiu a gravação do vídeo como um espécie de pedido de desculpas por parte de Pazuello.

Na gravação, Pazuello diz estar sendo medicado com hidroxicloroquina – medicamento defendido por Bolsonaro no combate á Covid-19, apesar de não haver comprovação cientifica de sua eficácia – e se desculpa publicamente. “É simples assim, um manda e outro, obedece”, disse.

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Mural da História

8 de abril de 2008

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Coisas das eleições – parte IV

  1. Descobrir que em Curitiba é tão chata que não tem candidatos palhaços, engraçados ou folclóricos;
  2. Sentir falta das candidaturas do oil man e de outros personagens da feirinha de domingo do Largo da Ordem só para imaginar eles entrariam na câmara municipal naqueles trajes ou sem eles;
  3. Descobrir que as famílias das elites locais estão na política há mais de 300 anos, com filhos, netos e bisnetos, mas ocultam isto do eleitorado;
  4. Saber que as nomeações de familiares continuam a toda, inclusive, pelo nepotismo cruzado, que é a prática de nomear, mutuamente, a parentela em outros poderes, discretamente, para que ninguém perceba;
  5. Saber que a pandemia beneficiou os atuais prefeitos pela alta exposição que tiveram como salvadores da pátria;
  6. Descobrir que cerca de 80% do eleitorado se esquece em quem votou nas eleições passadas;
  7. Saber que equipes das campanhas eleitorais, tem desde produtores de discursos e frases, maquiagem, efeitos musicais, indumentária e media training para treinar e modular o discurso do candidato para captar votos dos eleitores mediante pesquisas de opinião e tendências;
  8. Se perguntar “que país é este?” ao ver o deputado federal Tiririca a cada eleição se eleger com peças de paródia, cada vez mais hilárias, mas sem nenhum conteúdo político objetivo;
  9. Receber mensagens de candidatos pelas redes sociais e lhes dizer que podem contar com seu apoio, morando fora do Brasil e não tendo que votar de forma obrigatória;
  10. Saber que desde a década de 1960 a Suécia aboliu o pronome Excelência para as autoridades e que no Brasil isso jamais ocorrerá em todos os poderes;
  11. Descobrir que na Itália os prefeitos de pequenos municípios, são chamadas de síndacos e não ganham nenhum tostão para administrar a cidade, nem tão pouco os vereadores;
  12. Descobrir que na Suíça toda proposta de investimento público passa pela consulta popular direta e que não há gasto público que seja autorizado em canetas de pouquíssimos personagens e seus grupos privados de interesse;
  13. Saber que apesar dos discursos dos políticos que se referem à países da Europa e do mundo civilizado, eles nunca farão o mesmo.

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