Roberto Prado, Ithlo Furtado e Fernanda Veiga. © Vera Solda

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Paulo Leminski Neto

um homem com uma dor
é muito mais elegante
caminha assim de lado
como se chegando atrasado
andasse mais adiante
carrega o peso da dor
como se portasse medalhas
uma coroa um milhão de dólares
ou coisas que os valha
ópios édens analgésicos
não me toquem nessa dor
ela é tudo que me sobra
sofrer, vai ser minha última obra

 (Paulo Leminski, 1989)

Acabo de ser informado que o filho legítimo de Paulo Leminski, agora oficialmente chamado de Paulo Leminski Neto, discorda radicalmente das meias-irmãs Áurea e Estrela. Ele acha abominável a censura feita à biografia do pai-poeta. Não apenas por isso, mas ele está entrando com outras ações na justiça por outros motivos. Finalmente algo acontece nestas águas paradas. Toninho Vaz

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Parceria

Paulo Leminski e Luiz Carlos Rettamozo, no habitat do Polaco, em algum lugar do passado. © Nélida Rettamozo, a Gorda

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Playboy|1970

1970|Jill Taylor – Playboy Centerfold

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No mato sem cachorro…

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Os desencantos do palácio da Guanabara

Após 124 anos de tramitação está finalizado o processo mais antigo do Brasil. A pendenga foi sobre a propriedade da família real brasileira sobre o Palácio Isabel, ou como foi batizado pela República, o Palácio da Guanabara, atual sede do governo do Rio de Janeiro.

Alguns historiadores sustentam que a queda da monarquia brasileira não foi somente por causa da abolição da escravatura, que culminou no golpe militar chamado de República, mas foi em razão do Imperador Dom Pedro II descuidar da sua imagem.

A corrosão da imagem da família imperial deixava clara a fragilidade da monarquia e o poder político, até então vinculada à estabilidade do Estado. A etiqueta da realeza fazia parte da própria definição do poder.

Esta é razão pela qual os palácios governamentais, Brasília e as sedes de poder sempre devem estar muito bem cuidados e seus ocupantes devem se portar como vestais e a caráter, terno gravata e dedinho levantado quando se toma um simples copo de água.

Voltando ao Palácio da Guanabara, não se pode desconsiderar que o Estado do Rio de Janeiro conta com a quase a totalidade de governadores e vices, dos últimos 20 anos, envolvidos em crimes de corrupção: Pezão, Sérgio Cabral, Moreira Franco, Rosinha Garotinho, Anthony Garotinho e o mais recente, Witzel.

A família real se distanciou das elites e a gota d’água foi a abolição da escravatura., não cometeram crime algum.

E os governadores cariocas, cometeram crimes? Nos processos há recursos e ainda podem demorar anos para transitarem em julgado. O Palácio da Guanabara tornou-se uma arapuca para os que sonham com a Presidência da República.

A atual família poderosa da República passou longe dele, em décadas de política.

Será que no Palácio há alguma maldição centenária, lançada por membro da família real que, no exilio, amargou anos de vida mundana?

Assim como a imagem do imperador foi substituída pela imagem de Tiradentes, a imagem dos governadores cariocas foi substituída pelas manchetes dos jornais e mídias sociais que os definem como corruptos e outras definições chãs. O Palácio da Guanabara tornou-se uma ilha de corrupção, cercada por um mar de moralidade?

Publicado em Claudio Henrique de Castro | Deixar um comentário
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Seria cômico se não fosse trágico

A família Bolsonaro cerca de mimos o vice-governador em exercício do Rio para trazê-lo de volta ao regaço na eventualidade da cassação do governador Wilson Witzel. Como se os pecados de Witzel fossem menores e menos graves que os pecados dos Bolsonaros – também cometidos no Rio.

Os ministros do STF fazem fila e se afastam, declarando-se impedidos, do julgamento do governador Wilson Witzel, afastado por liminar de um dos ministros. Podem ter sido amigos de Witzel, ex-juiz federal, mas também revelam a intimidade perigosa entre o judiciário de Brasília e os políticos.

Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário | Deixar um comentário
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Mazzi. © IShotMyself

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“J’accuse”: o pequeno bom soldado de Polanski

Se ao princípio poderá ser motivo de estranheza o interesse de Roman Polanski em adaptar o caso Dreyfus ao cinema, em retrospectiva ele surge-nos como inevitável. Polanski, como Dreyfus, sentiu na pele o anti-semitismo, com a infância passada no Holocausto entre o gueto de Cracóvia e casas de estranhos sob uma identidade falsa. Polanski, como Dreyfus, sofreu acusações injustas, pelo menos quando apontado, por parte de uma imprensa supersticiosa e moralmente sórdida, como responsável indirecto pela morte de Sharon Tate ao, entre outras calúnias, levar uma vida devassa de drogas, bacanais e rituais satânicos.

E lendo na sua autobiografia o desenvolvimento do seu próprio controverso processo judicial, compreende-se que Polanski, como Dreyfus, se encara como vítima de um sistema adulterado. Falsos testemunhos, juízes parciais, facciosismo, perjúrio, cárcere, tudo isto Polanski diz que conheceu com o seu caso. O cineasta sabe o que é, portanto, viver no universo que quase sempre retratou no seu cinema: inseguro, paranóico, cínico, kafkiano até certo ponto, com as personagens a serem vítimas fatais do absurdo. É desse universo que vem J’accuse (J’accuse – O Oficial e o Espião, 2019).

Fresco histórico que é também filme de espionagem, policial e courtroom drama, o título poderá induzir o espectador no erro de que a personagem central é Émile Zola, o escritor naturalista cujo artigo publicado no jornal L’Aurore denunciou os erros militares, políticos e judiciais permitidos pelas forças armadas quanto ao caso Dreyfus, militar judeu injustamente acusado de alta traição por espionagem, cuja sentença draconiana foi a prisão perpétua na Ilha do Diabo. Não é esse o caso [esse filme já foi feito, chama-se The Life of Émile Zola (A Vida de Zola, 1937) e é um dos biopics mais interessantes da Hollywood clássica]. Ao invés, J’accuse foca-se em Picquart, o coronel que descobriu a verdade quanto ao processo e, na rejeição da conivência com a estratégia racista e nacionalista do exército, tentou trazê-la ao conhecimento público, causando o escândalo. É um filme hitchcockiano no seu jogo de espiões, atmosfera paranóica, falsos culpados e ambiguidades morais, com o acrescento de reconstruir um caso real de forma inegavelmente casuística (desde a primeira cena, com a degradação de Dreyfus) e com o sentido do absurdo típico do realizador (a fácil aceitação do testemunho ilógico e contraditório do grafologista, por exemplo). Continue lendo

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Flagrantes da vida real

Maxixe Machine. © Maringas Maciel

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O Brasil de Bolsonaro passando vergonha no mundo

A situação do Brasil no contexto internacional vai ficando cada vez mais parecida com uma piada pronta. Piada pronta de humor negro, assim é que está o nosso país no plano mundial. Entramos nesta segunda-feira com a notícia de que a Heckler & Koch (H&K), fabricante alemã de armas, vai suspender a exportação de armamento para o Brasil. A empresa é fabricante da arma que foi usada para matar a vereadora Marielle Franco, uma submetralhadora de uso restrito.

A suspensão da exportação de armas para o Brasil se deve a pressões de acionistas alemães, a partir de questionamentos da Associação Críticos na Alemanha feitos à direção da empresa. Este é um tipo de ação social já comum na Europa e nos Estados Unidos, com a pressão de ativistas sobre marcas e empresas, exigindo respeito ético na escolha de sua clientela, que neste caso da H&K atinge por inteiro um país tomado por barbaridades que arrasam com a nossa imagem no exterior.

Um porta-voz da fábrica de armas alemã disse que a situação política e a violência policial fizeram a H&K suspender a exportação das armas. Os bolsonaristas vão ficar irritados. A justificativa mira exatamente este governo que tem no comando esta figura execrável que se elegeu fazendo com as mãos um gesto de matar com arma de fogo.

Vejam o que disse o porta-voz da H&K: “Com as mudanças no Brasil, especialmente a agitação política de antes das eleições presidenciais e a dura ação da polícia contra a população, foi confirmada a decisão de não fornecer mais para o Brasil”.

Como eu disse, a notícia tem até um toque trágico de humor, no entanto tem consequências muito sérias, com a consolidação do Brasil como um estado pária no contexto internacional. Como por aqui se obedece cada vez menos a leis, regras ou normas, especialmente da parte das mais altas esferas, dos que têm dinheiro, poder e o domínio do uso da violência, as relações externas vão ficando cada vez mais difíceis.

Esta é a nossa imagem atual e ponto final. Vivemos em um país de tal forma descontrolado, que aos olhos estrangeiros não tem responsabilidade suficiente nem para comprar armas. E nada vai adiantar ficar buscando justificativas, que servirá apenas para o costumeiro auto-engano entre nós.

É preciso tomar decisões sobre o destino que se deseja afinal para este nosso país. O que ficou muito óbvio é que o Brasil não pode ser conduzido por um sujeito que podia até ser motivo de riso quando fazia suas besteiradas como político idiota do baixo clero, mas que na presidência da República arruína o futuro do país.

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Marguerite_S. © IShotMyself

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Marilyn Monroe. © Tom Kelley

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Eleições para prefeitos e vereadores

O Brasil chega a trinta e três partidos políticos. Cada partido é uma máquina cujos donos não abrem mão de mandar e desmandar em prol de seus interesses. As siglas são como famílias monárquicas para comandar o estado brasileiro.

O fundo partidário este ano é de 2 bilhões de reais. A distribuição varia de 201 milhões a 1 milhão de reais para cada um destes afortunados. Parcela considerável dos partidos tem inconfessáveis interesses religiosos, outra parcela são verdadeiras famílias e a maioria representa interesses de grupos econômicos.

A escolha de candidatos é uma trama que antecede as convenções que são meramente para sacramentar o que os caciques partidários decidiram. Quem tem a chave do cofre?

Normalmente, os tesoureiros que pagam publicitários, e mais modernamente as empresas de tecnologia para distribuir propaganda digital e fake news.

Há caixa dois? Ninguém admite abertamente isto, seja pelas divisões de salários dos funcionários ocupantes de cargos em comissão, seja pela fraude em licitações com a desculpa de que a mala de dinheiro irá para as campanhas eleitorais.

Nas cidades brasileiras, os grandes orçamentos são para as licitações de transportes públicos e para a coleta de lixo. O transporte público é coalhado de denuncias e sua qualidade está muito aquém do que é regiamente subsidiado pelos cofres públicos.

A coleta de lixo é outra falácia, há no Brasil 3 mil lixões espalhados por mil e seiscentas cidades. O que esperar das campanhas eleitorais? Nada.

O povo nas eleições é um inocente útil, vota, elege e entrega a representatividade, que é um cheque em branco, para os donos do poder. Diferente de algumas democracias no mundo, o autoritarismo à brasileira cresce a passos largos, nunca o discurso pela ditadura foi tão presente

Há um desencanto pelas falácias das políticas públicas, pela malversação dos recursos e pelos escândalos que se tornaram rotineiros. Neste cenário, crescem os discursos por acabar com tudo, que nada presta e que o estado deve ser demolido, entregue para a iniciativa privada.

Na pandemia as populações se aperceberam o quanto o Estado é vital para a sociedade, seja pelos hospitais públicos, pela educação, pela pesquisa científica, por organizar a economia e zelar pelos orçamentos.

Não temos no Brasil a possibilidade jurídica das candidaturas avulsas, isto é, daqueles que rejeitam os conchavos partidários e poderiam se lançar candidatos sem sigla partidária.

Também não temos a rechamada, que acontece quando políticos fazem justamente o contrário do que foram eleitos e o povo volta a se manifestar sobre a sua imediata saída. O voto obrigatório fere a liberdade de não participar.

O povo não decide quem serão os candidatos nos partidos pois é uma escolha entre a seleta de candidatos aparentados e afiliados dos patrões políticos.

Durante o mandato não há democracia direta, nem plebiscitos nem referendos nem escolhas dos temas que o povo poderia propor na mesa política, apesar dos avançados meios digitais de que dispomos na atualidade.

O povo é o provedor dos recursos por meio dos tributos e é cada vez mais espoliado pelo sistema econômico concentrador de renda e distribuidor privilégios aos bancos e corporações.

Neste cenário, a centenária drenagem de recursos, os filhos da classe média brasileira estão fugindo para o exterior, diante da insegurança pública e do crescimento da pobreza estrutural.

As eleições se sucedem e muito pouco se altera na estrutura social brasileira, são ritos de passagem para a continuidade do caos no qual mergulhou o Brasil. Não há planejamento, nem projeto. Os discursos são moldados pelas pesquisas de opinião.

Vota-se por carisma, simpatia, beleza ou outro motivo qualquer que os publicitários sabem identificar muito bem. Em resumo, temos uma democracia sem povo e sem fins públicos. Ruim com ela, pior sem ela.

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Deputada Flordelis troca a bancada evangélica pela bancada da bala

O Brasil parou para acompanhar o desfecho da novela Família Flordelis que terminou com a prisão de 9 pessoas envolvidas na morte do pastor Anderson do Carmo de Souza. Considerada pela polícia a mandante do crime, Flordelis não teve mandado de prisão expedido por causa do mandato de deputada federal.

Na câmara, Flordelis negocia a sua saída da bancada evangélica para integrar a bancada da bala. Roteiristas em todo país estão planejando uma paralisação pois acusam a vida real de exercício irregular da profissão.

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