O poeta e o personagem. Em vida, o personagem Mario Quintana (1906-1994) era tão conhecido quanto o poeta Mario Quintana; e Porto Alegre, a cidade de adoção deste alegretense, aprendeu a gostar do personagem tanto quanto dos seus versos. Este livro, com 130 historinhas protagonizadas por Quintana e registradas e adaptadas pelo jornalista Juarez Fonseca  que entrevistou amigos, familiares e conhecidos -, eterniza o personagem e presta uma homenagem ao poeta.

Mais do que o humor e a irreverência de Quintana, estas anedotas (pequenos poemas do dia-a-dia, segundo alguns) expõem claramente uma personalidade rica, forte e marcante. Muitas delas deliciam pelo seu lirismo, algumas assustam pela quase crueldade, mas todas encantam pela sua originalidade e pelo tanto de humanidade que revelam. No correr das páginas, o que vai se desenhando é um painel biográfico e sentimental daquele que é um dos maiores poetas brasileiros. L&PM Pocket – edição revista e aumentada, 2004. Quem procurar, acha.

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Pleonasmos

rodrigão-divertido-foto-de-línguaRodrigo Homem Barros Del Rey. Retícula sobre foto de Anderson Tozato, o Língua.

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Como prever terremotos

Cientistas italianos foram condenados por não terem sido capazes de prever com segurança, em 2009, um terremoto que matou quase 300 pessoas, na cidade de L’Aquila. Os cientistas eram membros da Comissão Nacional para Previsão e Prevenção de Grandes Riscos, e incluía pessoas ligadas às áreas de sismologia e vulcanologia. A sentença alegou que eles deram declarações contraditórias quanto à possibilidade de que, depois que ocorreram alguns pequenos tremores, viesse um terremoto maior. Sem um alerta formal, a população ficou em casa, e muita gente morreu. Foi o maior terremoto ocorrido na Itália desde 1980.

O caso estava em julgamento desde então, e a sentença de condenação (da qual os advogados, claro, já recorreram) provocou uma inquietação danada nos círculos científicos.  Os cientistas ficam numa encruzilhada dos diabos numa situação assim.  Por um lado, um dos aspectos de que a Ciência mais se orgulha é de sua capacidade de prever resultados de experiências ou de fatos do cotidiano, pela simples compreensão das leis físicas que o determinam. Quando a Ciência entende um processo, ela é capaz de dizer: “Se as coisas estão assim, em tal-ou-tal momento ficarão desta outra forma”.

O problema é que justamente em áreas como sismologia (e vulcanologia, meteorologia, etc.), nunca se pode ter uma certeza absoluta. É um mundo parecido com o dos fenômenos sociais, das ciências humanas: o que se tem são condições básicas, indícios eventuais e tendências futuras.  Conhecendo as condições, é possível interpretar os indícios recolhidos hoje e imaginar que tipo de consequência futura eles podem ter. Mas isso nunca é uma certeza.  Com relação ao clima e às profundezas do subsolo, as variáveis envolvidas são numerosas demais para permitir uma “profecia” – e a Ciência nos acostumou a pedir profecias, certezas.

Os cientistas disseram que um terremoto naqueles dias era improvável, e que não dava para considerá-lo nem uma certeza nem uma impossibilidade. A grande quantidade de mortos e o fato do julgamento ter sido local, inclusive o juiz, o promotor e o público, pode ter influído no veredito. O cientista inglês Malcolm Sperrin afirmou: “Se a comunidade científica vai ser penalizada por ter feito previsões incorretas, ou por não prever com exatidão um evento que veio a ocorrer, então a atividade científica vai se ver restrita somente a certezas, e os benefícios decorrentes de descobertas em campos desde a Medicina e a Física serão bloqueados”. A Ciência está pagando o preço da imagem que sempre procura vender (o que eu descubro tem utilidade prática”), para poder conseguir verbas e financiamentos.

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Specials & Amy Winehouse

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Precursora da imprensa alternativa, Pif-Paf usou irreverência contra a ditadura

Charge de Fortuna na quarta capa da “Pif-Paf” nº 7, de 13 de agosto de 1964.

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Haddad com moral

Durante o churrasco na Granja do Torto para integrantes do governo, o presidente Lula se mostrou animado com o crescimento econômico do Brasil a partir de 2024. Ele ainda fez questão de atribuir o futuro crescimento econômico ao ministro Fernando Haddad (Fazenda).

Lula disse a seus interlocutores que a inflação ficará ainda menor, o que significará o aumento no poder de compra das pessoas. Uma das principais reclamações dos eleitores, segundo pesquisas internas encomendadas pelo governo, é a falta de percepção de que a vida melhorou no último ano.

Foi Haddad o responsável pelo convite de Lula ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que compareceu ao evento. Lula e ele trocaram algumas palavras e, novamente, o presidente disse acreditar no crescimento econômico maior a partir do próximo ano. Campos Neto concordou.

A deferência de Lula a Haddad foi interpretada como sinal de confiança e um recado a Rui Costa (Casa Civil), que ao longo de 2023 comprou briga com o colega e tentou enfraquecê-lo no governo.

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Poluicéia Desvairada

Galinho da Igreja de Santa Efigênia. Bem no centro da cidade. © Lee Swain

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Seremos todos brancos

Redenção de Cam, quadro de Modesto Broco (1895), acervo do Museu Nacional de Belas Artes (Rio), ilustrando as três gerações do branqueamento brasileiro: mãe negra, filha parda, neta branca.

O BRASIL é 45,3% pardo e 43,5% branco. A informação do Censo complementa com 10,2% negros. Estamos na transição para o branqueamento, o pardo sendo fio condutor? O branqueamento foi sempre a aspiração não só dos negros como fuga ao preconceito, como da elite branca, envergonhada com a composição étnica brasileira. O imperador Pedro II, chegou a patrocinar o movimento indigenista nas artes para fugir da vergonha e da culpa de ser o único chefe de Estado com população escrava. Vem daí seu apoio material a compositores como Carlos Gomes, autor de O Guarani, e escritores como José de Alencar, de Iracema; melhor enaltecer o índio poético, puro, distante e longe das vistas, que o negro sujo e descalço das ruas e das residências, vendido como mercadoria e tratado como animal depois de avançado o Iluminismo.

O Império não podia se desvencilhar do trabalho escravo que o sustentava; quando o aboliu, fez nascer a República. Mas a população negra continuou sendo o pesadelo da elite branca. O indicativo, o fenômeno das primeiras décadas da República na proliferação de sociedades de estudos sobre eugenia, a pseudociência da purificação étnica – um movimento que tivera apoio em dom Pedro II, que se correspondia com o conde Arthur de Gobineau, divulgador francês da eugenia. Em 1911, o médico João Batista de Lacerda, diretor do Museu Nacional, defensor da tese do branqueamento da população brasileira, foi o único representante da América Latina no Congresso Universal de Raças, realizado em Londres, onde apresentou seu estudo ‘Sobre os mestiços do Brasil’. Lacerda teve apoio oficial, aprovado pelo presidente Hermes da Fonseca.

A tese do branqueamento pela miscigenação ainda é sustentada pelo darwinismo social, pelo qual a população mais forte suplanta e domina a mais fraca e assume o poder do Estado. Entre nós o caminho seria a miscigenação, pela qual, segundo João Batista de Lacerda, em um um século, três gerações, todo o Brasil seria branco, assimilado ao homem europeu. Já se passou século e tanto desde a Lei Áurea e a tese de João Batista de Lacerda. A julgar pelo Censo, o movimento continua com os pardos a caminho do branqueamento; essa miscigenação não pode ser fruto exclusivo da inclinação afetiva ao casamento misto, pois se sabe desde sempre que tais uniões também têm sua componente de ascensão social. E os índios? Ora estes desaparecem por inanição, ataques de garimpeiros e posseiros e e pela indiferença criminosa do Estado.

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Mural da História – 2018

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Mural da História – 2012

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Argentina

buenos_aires_julho_2009-030Buenos Aires. © Giselle Hishida

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Crist (Cristobal Reinoso)

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Mural da História – 2018

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