Meus arquivos da Ditadura

Delfim Netto, em algum lugar do passado.

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Retrato de Fausto Bergocce que integra ensaio com os principais cartunistas brasileiros

Fausto Bergocce nasceu em Reginópolis (SP), da safra de 1952. Começou sua carreira de cartunista no jornal “Guaru-News”, de Guarulhos (SP), em 1974. Depois fez parte da primeira redação do jornal “Metrô-News” — também guarulhense — e, em 1976, foi trabalhar na imprensa de São Paulo (SP), atuando como ilustrador, cartunista, chargista e caricaturista nas seguintes publicações: “Última Hora”, “Folha de S. Paulo”, “O Estado de S. Paulo”, “O São Paulo”, “Popular da Tarde”, “Diário Popular” e “Diário de S. Paulo” e “Diário de Guarulhos”.

Colaborou igualmente como chargista do jornal “Diário do Grande ABC,” no portal chargeonline.com.br e produziu charges animadas para os programas Vídeo Esporte e Jornal 60 Minutos, ambos da TV Cultura, com atuação paralela no Departamento de Cenografia e Arte da mesma emissora.

Na imprensa sindical, produziu com grande intensidade por meio da agência Oboré e lançou o “Gibi do Trabalhador”, em 1979, usando a linguagem dos quadrinhos em parceria com o cartunista Laerte. Em 1981, recebeu menção honrosa como melhor cartum no 1.º Prêmio Abraciclo de Jornalismo e, em 2000, foi agraciado com o Troféu HQ Mix (melhor livro de caricaturas) pelo lançamento de “Sem perder a linha”.

Ainda no ano 2000, a convite do historiador Carlos Alberto Ungaretti Dias, desenhou o painel em comemoração aos duzentos anos do Jardim da Luz, através da Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de São Paulo. Autor de treze livros, em especial “Reginópolis: Sua História”, em 2011 — em que conta a saga de sua cidade natal em parceria com Henrique Perazzi de Aquino —, e autor do DVD “Fausto Animado”, em 2019, dirigido pelo escritor e quadrinista Darlan Zurc.

Com sua arte, Fausto participou de inúmeras exposições e salões de humor, em destaque o Salão Internacional de Humor de Piracicaba e o Salão Internacional de Saint-Just-le-Martel, na França. Hoje ele é colaborador do jornal “+Humor” – “Sou um PROVOCADOR de sorrisos. Os RISCOS são por minha conta”.

Paulovitale ©All Rights Reserved

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Mural da História – Psicose

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Ensinamentos que jamais

Tentei chegar à iluminação, mas faltou luz na rua. Fiquei debaixo do poste esperando a enchente passar.  Enquanto isso, abri o Livro das Glosas Internacionais. Minha sorte estava lançada — às moscas!  Então, nada melhor do que tirar alguns preceitos motivacionais para usar como bote salva-vidas, enquanto a Defesa Civil atacava pontos de alagamento. Deixei de lado os últimos desacontecimentos políticos, esportivos e econômicos. Me ative apenas aos aspectos peculiares da criação de galinhas carijós com mantra e incenso. Foi com alívio que extraí ensinamentos pra toda a vida de um protozoário ciliado. Vou usar e recomendo.

  1. Nunca lavar a cabeça com xampu no dia que faltar água.
  2. Não tentar cobrir uma rã-pimenta com edredom sem explícito consentimento dela.
  3. Não comer nada com estômago vazio.
  4. Jamais gesticular em voz alta com as mã abanando.
  5. Nunca trocar de roupa na frente de um ursinho de pelúcia.
  6. Não falar sozinho quando desligar o celular.
  7. Não comer peixe cru enquanto ele estiver dentro da água, mesmo que ele insista.
  8. Não tentar se aproximar de um elefante quando ele estiver rezando com a tromba voltada pro sol nascente.
  9. Jamais chamar o porteiro do edifício se ocaso for de uma cabeça de alface trancada no banheiro e chorando.
  10. Não piscar durante uma semana cheia de conflitos no ambiente de trabalho.
  11. Não atravessar a rua se o semáforo estiver com alguma cor suspeita e de óculos escuros.
  12. Nunca dizer pra um cego qual é seu signo no momento em que ele espirrar.
  13. Jamais ler um livro se o autor tiver morrido de uma doença rara que nem sequer foi autorizada pelo Ministério da Saúde.
  14. Não deixar passar nem um minuto a dívida, caso o relógio esteja devendo uma hora pra você.

Não passe adiante, sob pena de multa. Os retardatários serão chicoteados e amarrados com cadarços de alto-coturno. E vice-versa.

*Rui Werneck de Capistrano é autor de Nem bobo nem nada, romancélere, 150 páginas, 2009

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As leis foram criadas para burlar a justiça (Millôr Fernandes)

sofismas-e-falácias

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defunto poema© Getty Images

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Mural da História – 2009

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Paulo Moura

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Séquisso

livro-newton-bentoDo livro Idéias Menores Abandonadas, de Newton Bento, maio, 1993, São Paulo.

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Na moldura

Julio Covello. © Bruno Covello

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Mural da História

Nireu Teixeira Júnior e Maringas Maciel, em algum lugar do passado. © Pablito Pereira

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Como tornar-se invisível em Curitiba

Você pode começar treinando numa dessas manhãs de muita neblina, à margem de um lago ou num bairro bem afastado do centro da cidade. Pode optar por uma rua deserta, no começo da noite ou numa véspera de feriado. Pode vestir um uniforme camuflado ou levar o seu “personal trainer” a tiracolo, pouco importa.

Esteja você com a síndrome do pânico ou com o coração amargurado, existe um método muito mais eficiente para tornar-se invisível em Curitiba do que essas deambulações (sic) pelos ermos da cidade. Embora não esteja ao alcance de todos, convém conhecê-lo, já que é absolutamente infalível e seus resultados surpreendentes.

Primeira condição: você precisa ter talento genuíno. Estudar bastante também ajuda, mas não substitui aquele toque de gênio inconfundível que marca e distingue certas pessoas desde o berço. Pois bem. De posse desse talento que Deus lhe deu – e contra a falta de estímulo da família, do meio e particularmente da própria cidade – você deve se atirar de corpo e alma na consecução de seu destino. Guiado unicamente pelo seu daimon, pelo seu anjo tutelar, você dará início à construção de sua lenda pessoal e dos projetos que dela advirão. Você estará, finalmente, a caminho de tornar-se invisível.

Cada conquista, cada livro publicado, cada poema, escultura ou canção, cada tela, espetáculo, disco, filme ou fotografia, cada intervenção bem sucedida no esporte, no direito ou na medicina, cada vez que alguém, lá fora, reconhecer com isenção de ânimo que você está produzindo obra ou feito significativo – o seu grau de invisibilidade aumenta em Curitiba. E é muito fácil perceber isso.

Primeiro, não faltarão pessoas tentando dissuadi-lo de seu próprio talento. Tudo farão para reconduzi-lo de volta à mediania, ou melhor, à mediocracia, que é o sistema vigente nesse estrato a que denominamos cultura. Se você resistir, tentarão cooptá-lo com promessas de nomeações ou ofertas de emprego em atividades sucedâneas. Se você é um belo projeto de escritor, alguém tentará convencê-lo de que é melhor, mais lucrativo, ser um redator de propaganda.

Se você é jovem e promissor cirurgião plástico, com projetos de especialização no exterior, não faltará quem o convide para sócio de uma dessas empresinhas de medicina privada lá onde o diabo perdeu as botas. Se mesmo assim você se mantiver fiel ao seu daimon, à sua lenda pessoal e não arredar pé de seu destino, a invisibilidade torna-se então um processo irreversível.

Os amigos mais chegados são os primeiros a acusar falhas em seus sistemas de radar quando o objeto a ser captado é você ou algo que lhe diz respeito. Os convites tornam-se mais escassos, o telefone já não toca como antigamente; e mencionar seu nome ou seus feitos, nas reuniões para as quais você não foi convidado, passará (sic) a ser tomado como um gesto de imperdoável traição ao grupo. Desse momento em diante, só os inimigos falarão de você. Falarão mal, obviamente.

E o mais curioso: à maioria desses “inimigos”, a noventa por cento deles, você jamais falou, jamais sequer foi apresentado. Os amigos a gente escolhe, os inimigos escolhem-se a si próprios. Esta talvez seja a parte mais cruel (ou mais irônica) da história. A sua visibilidade, enquanto pessoa, transfere-se para a imagem que os outros fazem de você. Pois é ela, a sua imagem, que circula e passa a freqüentar os lugares para os quais você já não é solicitado. Não é mais você em pessoa – carne, sistema nervoso, personalidade, alma –, que se oferece à percepção do outro, mas uma espécie de correlato simbólico impregnado de tudo o que os outros lhe atribuem.

Para encurtar: vale a pena manter-se fiel ao seu daimon e cumprir com resignação cada etapa de sua lenda pessoal? Acho que sim. Curitiba está cheia de pessoas invisíveis.

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Mural da História – 2010


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