Praça D. Pedro II, Teresina, Piauí.  © Joyce Vieira

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Dois pesos

O MINISTRO Flávio Dino é criticado – indevidamente – porque o alto funcionário do ministério da Justiça recebeu em comitiva a mulher de Tio Patinhas, um dos chefes do Comando Vermelho. Dois pesos e duas medidas: o ex-ministro Sérgio Moro nunca foi criticado – devidamente – quando se reunia com Jair Bolsonaro, chefe supremo do Comando Rachadinha.

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Do Aurélio

letraset-com-palhaço

Retícula sobre foto de Julio Covello

solda 1. [Dev. de soldar.] S. f. 1. Substância metálica e fusível us. para ligar peças também metálicas. Solda autógena. 1. Solda de dois metais por fusão parcial deles, conseguida por meio do maçarico. Solda de bismuto. 1. A que se efetua com liga de bismuto, chumbo e estanho, de ponto de fusão muito baixo, us. na selagem dos extintores automáticos de incêndio. Solda de chumbo. 1. A que se efetua mediante liga de chumbo e estanho, de baixo ponto de fusão, relativamente mole, e pouco resistente. Solda de prata. 1. A que se efetua mediante liga de prata, zinco e cobre, e é muito dura e resistente. Solda elétrica. 1. A que se efetua pela ação de um arco elétrico

sorda (ô). [De açorda, poss.] S. f. Bras. RS 1. Caldo de carne engrossado com farinha de mandioca, e ao qual se acrescentam ovos.

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Mural da História – 1970

Os Vondas, década de 1970, com Jotade Silva, Kito Pereira, Sérgio Macedo e Luiz Antônio Karam © Joe Trujeitto

Foto feita sobre o teto da Prefeitura de Curitiba, que ainda não estava finalizado. Pode se ver ao fundo o edifício da Assembleia e Tribunal de Justiça. Da esquerda para a direita:  Jotade Silva (Lead guitar & vocal), Kito Pereira (Drums), Sergio Macedo (Bass & vocal) e Luiz Antônio Karam (Keyboard & vocal). Acho que foi 1969. A banda “Os Vondas” é considerada a 1ª Banda de Hard Rock do Paraná e foi fundada por Jotade Silva e Sérgio Macedo em 1965 e existiu até 1974. Foi a banda oficial da TV Paraná Canal 6, sendo que um dos últimos shows foi no Circulo Militar do Paraná em 1974, onde tocaram Os Vondas, A Chave e Secos & Molhados. Um show memorável!

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O irritante guru do Méier

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© César Marchesini

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Magaluco

O MAGAZINE LUIZA glosa R$ 830 milhões de seu patrimônio líquido, essas coisas como as que complicaram as Americanas. O Magalu podia dar um jeito também na Estante Virtual, o sebo virtual, saite complicado e truncado, que opera com complexo de superioridade, onde qualquer alfarrábio surrado é vendido como antiguidade.

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o que ama e o que detesta

um homem caminha rumo ao horizonte
com uma calma que o faz driblar o passo
isento de pensamentos e de cansaço
sem com quem falar nem com quem conte

outro sobe apressadamente um monte
pensando em como é deprimente céu abaixo
sentindo-se infeliz e cabisbaixo
porque subir não o leva além de ontem

os dois se encontraram um dia num deserto:
— isso um dia já foi uma floresta
— em qualquer direção que eu vá fico mais perto

se despediram, um com um aceno de dor, o outro de festa
você que é sábio, se diz bom e esperto
diga qual o que ama e o qual detesta

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Mulheres na Academia

Um momento: não se trata de mulheres malhando na academia. O assunto é a discriminação contra as mulheres nas academias de letras. E não é privilégio brasileiro.

A honorável Academia Francesa, criada pelo Cardeal Richelieu, em 1635, como maneira de agrupar os intelectuais e também controlá-los, manteve o machismo por 345 anos, até que, em 1980, recebeu Marguerite Yourcenar em suas arcadas. Antes dela, a jornalista Pauline Savari teve sua candidatura vetada em 1893, com a seguinte justificativa: “As mulheres não são elegíveis, porque só se é cidadão francês quando se cumpre o recrutamento militar”. Inacreditável.

Nesse aspecto a Academia Brasileira de Letras saiu à frente, redimindo-se em 1977 de 80 anos de proibição feminina, com o ingresso de Rachel de Queiroz entre seus 40 integrantes. Mas os episódios discriminatórios foram diversos, como veremos.

Durante as tratativas para a criação da Academia Brasileira, no fim do século XIX, a escritora Júlia Lopes de Almeida, uma candente abolicionista, participou das reuniões preparatórias, mas não teve seu nome aprovado para ocupar uma das cadeiras por ser mulher – ainda que sua obra tivesse muito mais importância que a do seu marido, o poeta português Filinto de Almeida, enfim fundador da Cadeira nº 3.

A primeira candidatura feminina na ABL ocorreu em 1930, com Amélia Beviláqua, também descartada. Depois, nos anos 1950, Dinah Silveira de Queiroz tentou o ingresso mais de uma vez, embora só tenha entrado no Petit Trianon, nome do prédio da sede da entidade, em 1980.

A terceira mulher a compor a Academia foi Lygia Fagundes Telles. A seguir vieram Nélida Piñon, Zélia Gattai, Ana Maria Machado, Cleonice Berardinelli, Rosiska Darcy e Fernanda Montenegr

Entre nós, a Academia Paranaense levará para sempre uma relação de patronos exclusivamente masculina. Não que não tivéssemos nomes a serem lembrados, como Júlia da Costa, por exemplo. No entanto, nada de saias na APL – ainda que as batinas fossem prestigiadas, com a participação de bispo, cônego, monsenhor e irmão marista ao longo das décadas.

Em 1966, 30 anos depois da fundação da APL, Raul Gomes rebelou-se pela não aceitação de Helena Kolody (foto) e da também poeta Graciete Salmon nos quadros da academia. Graciete, na época já com mais de 60 anos, deixou uma extensa obra iniciada com a publicação de O que Ficou do Sonho (1947) até Ciranda (1982), além de um volume de crônicas.

Mesmo com a Academia fazendo ouvidos moucos aos apelos de Raul Gomes, ele não desistiu. Incentivou a criação da Academia Feminina de Letras do Paraná em 1970, enfeixando na nova entidade os nomes mais expressivos entre as intelectuais paranaenses. Inclusive Helena Kolody e Graciete Salmon.

Na Academia Paranaense de Letras a luta pela participação das mulheres durou até o até os anos 1990, quando houve um decisivo movimento de renovação, após a renúncia de Vasco Taborda. Helena Kolody foi a primeira a ser consultada, mas colocou um entrave: ela entraria, mas não seria a primeira.

A responsabilidade recaiu sobre a professora e escritora Pompília Lopes dos Santos, que tomou posse aos 92 anos, como sucessora do marido, Dario Nogueira dos Santos, na Cadeira nº 37 – e, após Pompília, a cadeira foi ocupada por outras três mulheres sucessivamente.

Helena Kolody tomou posse seis meses mais tarde. Em seguida, entraram Chloris Casagrande Justen, Adélia Maria Woellner, Hellê Vellozo Fernandes, Leonilda Justus, Flora Munhoz da Clotilde Germiniani, Cecilia Vieira Helm, Maria José Justino, Marta Morais da Costa, Luci Collin, Etel Frota e Liana de Camargo Leão, que tomará posse na próxima semana.

A autora, editora e diretora do Solar do Rosário, Regina Casillo, é uma das candidatas à vaga aberta pelo falecimento de Ário Taborda Dergint, na Cadeira nº 9. A eleição vai ocorrer no próximo mês.

Elas engrandecem as academias de letras por muitos motivos, além da odiosa discriminação que haveria caso continuassem a não ser aceitas. Emprestam seu talento, saber e determinação às reuniões, representam as academias com muita dignidade e enriquecem as reuniões com sua animação.

Como afirma com frequência o escritor Deonísio da Silva, membro honorário da APL, “a mulher é a melhor parte do ser humano”. Não acho que pairem dúvidas quanto a isso, mas os homens relutaram séculos para aceitar a graça feminina nas academias que criavam – sem saber o quanto de insensatez e estultice havia naquela discriminação.

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Bolsa-Palavra

Entre a terra de Utopia e a ilha da Fantasia, se encontra a península de Ironia. Ela avança sobre o mar de Ignorância, onde ondas de sandices vêm bater nos rochedos debochados. Esse choque produz uma maresia carregada de não se sabe quais nutrientes, que se depositam sabe-se lá como nas planícies irônicas. O resultado dessa luta do rochedo contra o mar não é um samba-enredo mas uma verdejante horta nas regiões irrigadas pelas gotículas desinstruídas do Oceano Analfabético.

O resultado é que em Ironia não falta comida. Ao contrário, a fartura é tanta, as safras descomunais, que as autoridades priorizam o abastecimento, em detrimento da educação. O resultado é que, em vez de escolas, Ironia tem redes oficiais de restaurantes e lanchonetes. E o povo é obrigado a frequentá-las.

Assim, o ano-letivo se passa não por entre classes e sim em meio a mesas e fogões. O corpo docente é formado por cozinheiras e mestres-cucas, e o reitor da universidade é um gourmet – todos, vai se ver, autodidatas. E o currículo é feito de noções culinárias e nutricionais.

O que se ensina em Ironia é como se saciar, como engordar. O que se aprende é como dar conta da produção hortifrutigranjeira. Tão ocupados ficam nisso que não há tempo nem pro abc. O resultado é que, nessa terra em que até sem plantar tudo dá, o povo é fofinho e corado mas padece de anemia vocabular e há surtos constantes de discordância verbal.

Por isso o irônico governo instituiu o programa Bolsa-Palavra, para atender aos desassistidos intelectualmente. Isto é, todos.

O Bolsa-Palavra contempla a população em idade escolar, desde que as famílias comprovem que não faltam às refeições diárias. O que é controlado em pesagens nos postos de distribuição. É que quanto mais nutridos, mais palavras recebem. Daí as tentativas de fraude: é comum alunos com nabos e pepinos nos bolsos diante da balança. Gramas por fonemas, pretende o golpe da criançada ávida por polissílabos.

Cada Bolsa-Palavra vem com porções básicas de vocabulário, que devem prover os índices mínimos requeridos pela OMS, a Organização Mundial de Sílabas. Mas como em Ironia é escassa a boa expressão, o programa apresenta falhas: palavras com grafia errada, pronúncia incorreta, falta de acentuação. Também se aponta desvio de verbos, que vão, justamente, para a alta cúpula dos comensais administrativos.

O resultado é que o Bolsa-Palavra continua ironizado.

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Mural da História – 2010

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Duas pauladas, uma pedrada e quase um tiro

No começo dos anos 1970, eu trabalhava como redator e produtor na TV Iguaçu Canal 4 e escrevia, entre outros, um programa chamado “Os Bons de Música”. Cada semana, eu convidava alguém que fazia música na cidade. Cantores, compositores, instrumentistas, grupos vocais e instrumentais. O âncora era Ivan Cury, o locutor que fazia aquele jornal da meia-noite na Rádio Iguaçu sempre começando com o bordão “É calmo o início da madrugada em Curitiba”. Entre “Os Bons de Música”, apresentaram-se figuras como Marinho Gallera, Gebran Sabbag, Reinaldo Godinho, Waltel Branco, Lápis, Bitten 4, Regional do Janguito do Rosário, Opus 4, Fernando Montanari,  etc.

Sabendo disso, Paulo Leminski, seu irmão Pedro Leminski e um amigo deles, conhecido como Paulo “Psico”, que então formavam o trio “Duas Pauladas e Uma Pedrada”, me procuraram para cantar nesse programa. Depois de fazer algumas perguntas sobre o tipo de música que eles cantavam, imaginei tratar-se de algo meio folk, no estilo Bob Dylan, principalmente porque na curva superior do violão do Pedro havia uma arataca de metal feita para prender sua gaita de boca.

Li algumas letras, achei muito boas e fiquei ainda mais interessado em gravar o trio quando o Paulo Leminski propôs que também participasse do programa a dupla Nhô Belarmino & Nhá Gabriela. Feitos os arranjos de produção, a gravação ficou marcada para a quinta-feira seguinte às 8h da manhã.

Milagrosamente, no dia da gravação, ninguém perdeu a hora. Belarmino e Gabriela estavam, como sempre, lépidos e paramentados com seu traje caipira. Já o “Duas Pauladas e Uma Pedrada”, embora pontual e presente, não demonstrava grande disposição. Os três sentiram-se obrigados a passar a noite anterior inteira ensaiando para não fazer feio diante da maior dupla sertaneja do rádio paranaense. Portanto, naquela manhã, deles, eu só conseguia ver diante de mim seis fundas olheiras denunciando a ingestão de uma quantidade industrial de coisas que prefiro nem imaginar.

Antes de iniciar a gravação, o diretor de TV, ninguém menos do que Osni Bermudes, pediu para o trio dar uma passada nas músicas. Pedro dedilhou o primeiro acorde e todos entraram juntos, só que cada um em um tom diferente ou em uma música diferente, até hoje não sei. O Osni me olhou e perguntou se era daquele jeito mesmo. Respirei fundo e respondi que devia ser. Se três gralhas de bandos diferentes, sem querer, grasnassem ao mesmo tempo, não sairia um acorde tão desafinado. Mas àquela altura não havia mais o que fazer e, a duras penas, o programa foi gravado.

Belarmino e Gabriela, impecáveis. O “Duas Pauladas e Uma Pedrada”, um sofrimento, só aliviado quando, entre uma e outra música, o Paulo Leminski conversava com o Belarmino. O Paulo, com aquele seu modo enfático de falar, estabelecia pontos de contato entre a dupla e o trio, apresentando uma argumentação sofisticada. Em seguida, mobilizava uma caudalosa torrente verbal para demonstrar sua insatisfação em ver a música sertaneja tratada como “o primo pobre da Música Popular Brasileira”. O Belarmino ouvia e dizia “Pois é… é ou não é, Gabriela?” e a Gabriela respondia “Pois é…”. No fim, todos se abraçaram, se despediram e eu avisei que iriam ao ar quinta-feira às 11 da noite.

Para fechar aquele programa, passei umas 10 horas na ilha de edição, que ainda funcionava com um sistema de corte mecânico (a fita magnética, larga como a lombada do Aurélio, era literalmente cortada a gilete, retiravam-se e descartavam-se as cenas sem qualidade e depois reuniam-se as pontas colando-as com um tipo de fita adesiva). Feito isso, fui dormir tentando, como se fosse possível, esquecer os acontecimentos do dia. Não consegui. Os acontecimentos estavam gravados e só faltava uma semana para irem ao ar com todos os seus detalhes e prováveis consequências.

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Cálculo do impacto

A notícia de que uma envolvida com o crime organizado esteve no Ministério da Justiça não tira de Flávio Dino a condição de indicado por Lula ao Supremo Tribunal Federal. É o que disse ao Bastidor um aliado do ministro.

A avaliação se difere da de um deputado do PT que, à reportagem, afirmou que a repercussão do caso e a exploração pelos bolsonaristas atrapalham os planos de Dino.

No PT, como mostrou o Bastidor em outubro, houve quem defendeu que Lula adiasse a escolha para o STF. A justificativa é que o ministro está envolvido em uma crise na segurança pública e que uma eventual indicação – e a consequente mudança no ministério – poderiam prejudicar os projetos da pasta.

O objetivo, claro, era outro: deixar Dino exposto para tirar o seu favoritismo da corrida pela cadeira.

Em sua defesa, Dino disse que não participou do encontro do Ministério da Justiça. Quem a recebeu foi Elias Vaz, secretário de Assuntos Legislativos. Até agora, nenhum petista influente se posicionou favoravelmente a Dino.

Logo pela manhã, com a divulgação do episódio, Vaz foi alvo de uma bronca de Dino. O controle de acesso ao prédio do ministério deve sofrer alterações.

A oposição começou a protocolar pedidos de convocação para que Dino se explique no Congresso, além de defender o impeachment do ministro.

Recorrentemente, os bolsonaristas tentam ligar o ministro ao crime organizado.

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Tempo

 Itararé, Posto Pimentel, em algum lugar do passado. © Claro Jansson

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