Ugh!

Carlos Fernando Mazza, o Mazzinha (waurá), Waltel Branco (caingangue) e o cartunista que vos digita (txucarrapai), em algum lugar do passado. Foto de Vera Solda (txucarramãe)

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A lei é aquilo que César quer –Cristo nosso senhor por favor fale comigo, nem que seja em sonho, ainda que seja no pé de butiá da Ponta Grossa de nossa infância, de Joice e minha. Dê-nos compreensão para as promessas de retorno às trevas, à retórica de ditadura caribenha dos anos 1950, ao resgate da Guerra Fria.

Na semana Jair Bolsonaro falou com políticos do DEM, o presidente ACMJr incluso. Falou barbaridades para a platéia silenciosa, impassível, oferecida para apoio parlamentar ao futuro governo e no farrear das verbas e nomeações. Políticos temperados, cegos pela cupidez.

As barbaridades ditas pelo presidente mostram a ignorância cuja extensão não aquilatamos nos seus quarenta anos de mandato. Antes, a ressalva: o presidente não tem meias palavras, pois não as conhece por inteiro (o “isso tudo daí” é prova robusta, na reserva mental do ex-juiz Sérgio Moro).

O futuro presidente começou dizendo que não vai demarcar terras de quilombolas e de índios. Isso prejudica o agronegócio – o senador Ronaldo Caiado, da UDR, babava de prazer. Os direitos trabalhistas precisam certa informalidade, são muito rígidos. Tem que haver tolerância na fiscalização.

Mais: a ignorância crassa sobre o ministério público do Trabalho, ramo do ministério público. Para Bolsonaro, os procuradores agem cada um por si. Precisam de hierarquia e da disciplina militares. Quer acabar com “isso tudo aí”. Ele não aceita a independência funcional do MP.

O presidente revelou indignação com a multa aplicada ao dono das Lojas Havan, por exigir que seus funcionários votassem no candidato Bolsonaro. A fiscalização, para o presidente, tem que “ser amiga”. É o presidente da República a incitar a desobediência civil e o descumprimento das leis.

Além do fiasco anunciado e da vergonha que causa ao Brasil – que merece, pois elegeu corruptos que levaram à eleição plebiscitária de Bolsonaro – o presidente eleito, mesmo antes de assumir, iniciou a campanha de reeleição maciça e avassaladora do PT nas próximas eleições. 

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O grude complicado das famílias Bolsonaro e Queiroz

Os estreitos vínculos das famílias Bolsonaro e Queiroz têm um laço em Brasília, no gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados. O ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro, o policial militar Fabrício José Carlos Queiroz, tinha transações financeiras atípicas com a filha Nathália Melo de Queiroz, nomeada como assessora no gabinete de Bolsonaro, em Brasília. E agora descobriram que no mesmo período a moça trabalhava como personal trainer no Rio de Janeiro. Esforçada a criatura. Isso faz lembrar a história da assessora de Bolsonaro que vendia açaí na praia. Tanto é assim que já estão chamando a filha de Queiroz de “Nat do Açaí”.

Pelo jeito, o deputado Flavio Bolsonaro apreciava o trabalho dos Queiroz. Nathalia já foi de seu gabinete, além da mulher de Fabrício, Márcia Oliveira de Aguiar, e outra filha dele, Evelyn Melo de Queiroz. Nathalia saiu da Alerj no Rio para ser nomeada por Jair Bolsonaro em 2016 como secretária parlamentar na Câmara dos Deputados. Ficou até outubro deste ano, no exato dia em que o pai dela foi também exonerado do gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Outra coincidência interessante neste enredo com tantos inocentes é que as exonerações ocorreram dois dias antes do Ministério Público solicitar à Justiça autorização para a Operação Furna da Onça, que chegou até as suspeitas movimentações financeiras na Assembleia carioca.

Até agora sabe-se que Fabrício José Carlos Queiroz movimentou com a filha o valor total de R$ 84 mil, depósitos e saques no período em que ela trabalhava para Jair Bolsonaro. Mesmo que não seja comprovada nenhuma ilegalidade da parte do presidente eleito, de qualquer forma essas revelações abalam sua imagem. Fica evidente seu nível medíocre como parlamentar, baixeza política estendida ao filho deputado, agora senador eleito. As encrencas se acumulam para Flávio. O Jornal Nacional já havia descoberto que os depósitos para seu assessor coincidem com o dia de pagamento dos salários na Alerj. E nesta quarta-feira deram a notícia de que uma outra pessoa em cargo nomeado por ele passou metade do tempo fora do Brasil.

Tantas complicações vão fazer Jair Bolsonaro subir a rampa do Palácio do Planalto com a imagem gravemente afetada. O chamado “mito” não sobe com ele. Essa má qualidade política não é novidade para quem acompanha a política de perto. Dava para saber dos péssimos hábitos políticos do presidente eleito enquanto ele seguia carreira como deputado do baixo clero em Brasília. Mas tanta história mal contada deve estar fazendo muita gente passar vergonha depois de comprar brigas com amigos, conhecidos e nas redes sociais, defendendo o presidente como alguém que estava fora da chamada “velha política”.

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Situação complicada

Do Goela de Ouro – A situação do professor Maury Cruz se complica a cada dia – por causa das denúncias contra o médium João de Deus. Na terça-feira o Jornal Nacional fez longa reportagem e anunciou que os ministérios públicos de Goiás, São Paulo e Paraná estão se unindo para combater esse tipo de crime (eles são acusados de abuso sexual), ou seja, que não prescreve.

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Os bonitões de Bolsonaro

Questões ideológicas à parte, declarações estapafúrdias em outra, o fato é que o governo Bolsonaro leva para Brasília uma penca de homens apresentáveis e bonitos como se nunca viu antes na história deste País. A começar pelos intrépidos três filhos do presidente eleito – Carlos, Eduardo e Flávio – passando por aquele enrolado e indicado para a chefia da Casa Civil, com nome de marca de carro, Onyx Lorenzoni, recém casado, temos aí bons exemplos de homens vigorosos e na flor da idade.

E agora, para compensar o general Mourão, vice presidente eleito, que não venceria um concurso de Mister Brasília nem com reza braba, eis que surge o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. De onde saiu este, meu Deus do Céu? Tem cara, jeito e óculos de norte americano com alto cargo no Comissariado das Nações Unidas.

E para não ficar de fora, o Paraná contribuiu para o grupo da beleza com ninguém menos do que o ex-juiz-símbolo da Lava Jato, Sérgio Moro, um chuchuzinho que sempre ficou meio escondido sob a capa das decisões anti petistas e afins. Agora, mais sorridente no papel de super ministro, já começa a expor novas e surpreendentes facetas da personalidade.

Só numa passada rápida d’olhos, temos aí um grupo que já se sobressai, por enquanto, pela beleza. No caso das mulheres, a futura primeira dama, Michelle, é jovem e bonita. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, muito simpática. E temos, também a pontagrossense Joice Hasselman, eleita a deputada mais votada do Brasil pelo PSL, e até agora, a presença feminina mais ativa no grupo do novo Governo.

Joice não surpreendeu ninguém em Curitiba pela postura espalhafatosa na disputa por espaço político próprio. Mas, sim, pelos quilos a mais que adquiriu nessa luta. É uma bela mulher, mas deveria se preocupar mais com a saúde.

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A tragédia de 13 de dezembro

O espaço da coluna de hoje deveria ser ocupado por uma faixa preta, de cima a baixo, sem legenda ou palavras, já que a data assinala a passagem dos 50 anos de um dos mais trágicos momentos da vida nacional. Considerado por Zuenir Ventura “um golpe dentro do golpe”, o Ato Institucional nº 5, o famigerado AI-5, foi promulgado pelo Conselho de Segurança Nacional (CSN) em 13 de dezembro de 1968, institucionalizando a ditadura militar no Brasil e fazendo baixar as trevas sobre a nação. O Congresso Nacional foi fechado, o habeas-corpus foi banido do mundo jurídico, muitas prisões foram realizadas, mais de mil cidadãos tiveram os seus direitos políticos cassados, filmes, peças de teatro, livros, programas de rádio e de TV, jornais e letras musicais foram censurados, podados ou simplesmente proibidos.

Ilegítimo e sem o apoio popular, o governo do ditador Arthur da Costa e Silva estava em pânico no curso de 1968. Passou a ver “contrarrevolucionários” em todos os cantos e frestas. E, pressionado pelo núcleo duro fardado, apertou o torniquete às liberdades de expressão e aos direitos humanos como nunca se fizera na história do Brasil.

A célebre reunião de 13.12.68, hoje até pode parecer folclórica (ou lembrar uma peça do tropicalismo, dirigida por José Carlos Martinez Corrêa, como frisa Zuenir), porque marcada pela presença de um bando de homens de siso enfarruscado, que se diziam preocupados com o futuro do país, mas que, na verdade, estavam muito pouco informados sobre a realidade nacional, não sabiam bem o que queriam e não tinham a necessária noção das consequências do que estavam prestes a fazer. O único que demonstrava alguma lucidez era o então vice-presidente da República Pedro Aleixo. Foi a única voz contrária ao terror, mas tinha um problema – era um civil – e foi logo arredado das negociações.

Jarbas Passarinho, então ministro do Trabalho, fingiu repugnar-se com o caminho da ditadura, mas votou a favor, mandando “às favas todos os escrúpulos de consciência”. E aí todos os presentes, menos um, estatuíram no país o reinado do terror e da tortura. Entre os presentes – é sempre bom lembrar – havia um paranaense: o então ministro da Agricultura Ivo Arzua.

Para citar, mais uma vez, o jornalista, escritor e autor do clássico “1968 – O Ano que Não Terminou” Zuenir Ventura, na bela resenha feita para a revista Veja: “Além de efetuar o expurgo nas obras de criação, o AI-5, em dez anos, puniu 1.607 cidadãos, dos quais foram cassados 321: seis senadores, 110 deputados federais e 161 estaduais, 22 prefeitos, 22 vereadores – mais de 6 milhões de votos anulados. (…) Entre os funcionários públicos punidos por delito de opinião estavam três ministros do Supremo Tribunal Federal – Hermes Lima, Evandro Lins e Silva E Vitor Nunes Leão – e professores universitários como Caio Prado Júnior (condenado a quatro anos e meio de prisão por uma entrevista a um jornal estudantil), Florestan Fernandes, Fernando Henrique Cardoso e muitos outros”.

O ex-presidente Juscelino Kubitschek e o ex-governador Carlos Lacerda, de posições políticas diametralmente opostas, foram os primeiros a serem presos. JK, então com 66 anos, nas escadarias do Teatro Municipal por um grupo de oficiais do Exército, e Lacerda, um dia depois, quando foi ao Regimento Caetano de Faria, protestar contra a prisão do ex-presidente.

Dito isso, nada mais direi. O silêncio do espaço que me restaria é dedicado à memória daqueles que perderam a vida por obra e graça do maldito AI-5, a começar pelo estudante Edson Luís.

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Abadiânia

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Noite de 13 de dezembro

Um disco de Charles Mingus tornou-se a triste trilha sonora do AI-5

Às 20h30 de 13 de dezembro de 1968, Alberto Curi, locutor da Agência Nacional, leu em rede de rádio e TV o comunicado do governo anunciando o Ato Institucional nº 5. Naquele momento eu estava na Modern Sound, loja de discos em Copacabana, aonde ia todas as sextas depois de sair do Correio da Manhã, em cujo 2º caderno trabalhava com Paulo Francis. Comprara um LP de Charles Mingus, e já estava saindo quando alguém veio me contar: “Acabei de saber. Os militares baixaram um ato para fechar tudo. Agora é sério”. Não vacilei. Tomei um táxi e voltei para o Correio, na Lapa.

Meia hora depois, já chegara lá. Havia uma multidão na porta do jornal. Desci do táxi, mas ninguém podia entrar. De repente, Osvaldo Peralva saiu do saguão imobilizado por dois homens. Passou a um metro de mim e foi jogado dentro de um carro. Peralva fizera parte da elite comunista na Europa, mas largara tudo em 1956, ao se convencer dos crimes de Stálin denunciados pelo sucessor Kruschev. Então escrevera um livro, “O Retrato”, em que revelava as táticas dos partidos comunistas, inclusive o brasileiro. Com isso, fora jurado pela esquerda. E, agora, por dirigir um jornal liberal e de oposição, era preso pela direita.

Paulo Francis estava num avião naquela noite, voltando de Nova York. Desceu de manhã no Galeão. Foi para seu apartamento em Ipanema e eles o pegaram pouco depois, ainda de pijama. Uma colega do jornal me ligou dizendo que meu nome estava numa lista que ela vira por lá. Mandou-me sumir por uns tempos.

Fiquei longe também do Solar da Fossa, onde morava, um ninho de anarquistas facilmente confundíveis com “subversivos”. Passei uns dias na casa dos tios de uma namorada, no Flamengo. Lá finalmente escutei o LP, “Mingus Revisited”. Achei muito triste.

Nunca me desfiz do disco, mas levei 30 anos para conseguir ouvi-lo de novo. Para mim, ele se tornara a trilha sonora do AI-5

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© Son Salvador – O Estado de Minas

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Mural da História

13 de novembro, 2009 – O Ex-tado do Paraná

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Jornal do Cínico

Do Filósofo do Centro Cívico O PT organizou uma manifestação em Berlim. Foi na segunda-feira, dia em que a Declaração dos Direitos Humanos completou 70 anos. Apareceram quatro pessoas. Duas segurando uma faixa “Lula Livre” e dois tocando trompetes. A assessoria do partido informou que tinha mais gente que nas manifestações de Paris. Um verdadeiro “Lulaço”.

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O agá da questão – A letra h tem um destino estranho na língua do Brasil. Sucessivas reformas ortográficas foram eliminando seu uso e o substituindo por equivalentes fonéticos: chímica por química, para citar de cabeça. O h permaneceu nos vocábulos onde era indispensável: conhecer, amanhã. A certa altura tornou-se falsa alavanca de ascensão social.

Dondocas registram filhas como Mariah, sonhando que o h final funcione como acento e alguém evoque a cantora Mariah (Maraia) Carey. Da metade para baixo da escala sócio-econômica o h é polvilhado como sal, ao gosto do freguês, no início, no meio e no fim dos nomes: tem Hiago, Jhenniffer (aqui a paixão da consoante dupla) e por aí vai.

Hoje assisti críticas ao Atlético Paranaense por incorporar o h, agora Athlético. A diretoria nada mais fez que resgatar a grafia de origem. Podia o mesmo com o Clube, Club no nascimento. A algaravia ofendia a língua, a gramática e os ouvidos: “como se pronuncia, é At gr lético?”. Buscava-se um h aspirado para turbinar o time?

O h no Athlético não faz diferença, é falado igual. Fosse Atlhético, aí sim, o h iria parir um som complicado no conjunto da pronúncia. Fiquei quieto, não seria ético fazer o sabido, um pária paranista de origem colorada entre athleticanos campeões, comandados pelo condottiere Mario Petraglia. Será que o Paraná sairia desse miserê mudando para Paranah Club?

Bolsa-naro Damares Alves, a ministra de Direitos Humanos, Mulheres e Índios propõe auxílio às grávidas por estupro que optarem por não abortar. Lula deu o bolsa-família, Bolsonaro dará a bolsa-estupro. Nome de fantasia sugerido: bolsa-naro. Será que Damares combinou com o ministro da Fazenda, que quer cortar o custo da Previdência?

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O neto de Tancredo Neves

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Hoje!

© Caetano Solda

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Greca de novo? É o que temos

Gostem ou não do cheiro de moradores de rua, o fato é que o prefeito Rafael Greca é o candidato mais forte à reeleição em 2020, independente de quem concorrer com ele. Mesmo longe de ser um Jaime Lerner, de quem os curitibanos são eternas viúvas, Greca cuida da cidade no dia-a-dia, mantendo-a limpa e confortável, como qualquer sala de visita da classe média local.

Greca se acalmou um pouco em relação à primeira gestão, quando ainda refletia o coroinha afoito que guarda dentro dele. Não ousou na base dos indefectíveis Faróis do Saber porque, mais sozinho, não tem os técnicos de Jaime Lerner à espreita para evitar grandes desastres na área urbana da city. E, a rigor, também já não precisa superar mais o inspirado mestre e arquiteto, que mudou Curitiba como nunca em sua história.

Greca fez, na verdade, o que seu antecessor, Gustavo Fruet, e aqui não entram as razões de Fruet, mas a percepção do curitibano, ficou devendo à Curitiba: cuidado com o básico do básico – tráfego, saúde, educação – e não reclama nem choraminga a falta de recursos.

Politicamente, Greca tem o apoio da família Barros e não é o grande adversário do grupo Ratinho Jr, que começa a governar em janeiro. Não lhe falta, portanto, chances de formar um bloco político com força para disputar a reeleição. Se nenhum escândalo aparecer pelo caminho e nenhum grande problema atingir Curitiba nestes próximos dois anos (toc, toc, toc), Greca deverá continuar onde está.

É o que temos.

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