Ranço autoritário talvez seja razão para ‘esclarecidos’ votarem em Bolsonaro

No segundo turno das presidenciais, vários amigos e conhecidos votaram em Haddad, “tapando o nariz” sobre o cheiro do PT. Outros, com sentimentos parecidos, anularam seu voto.

Para outros, porém, a decepção falou mais alto do que qualquer desconfiança: votaram em Bolsonaro para votar contra o PT, cansados da corrupção, do aparelhamento do Estado e da incompetência do governo Dilma.

E, ainda, vários amigos e conhecidos meus votaram em Bolsonaro positivamente, ou seja, não contra o PT, mas por aquilo que o candidato propunha: mais segurança, menos corrupção e uma guinada liberal na economia.

A maioria desses amigos e conhecidos bolsonaristas declara de antemão que despreza os ranços bizarramente caretas da campanha de Bolsonaro. Mas eles sequer se preocupam com isso, pois lhes parece óbvio que os evangélicos e os TFPs não irão interferir na vida de ninguém.

Esses dois grupos dos eleitores de Bolsonaro que eu conheço —os que afirmam que votaram contra o PT e os que dizem que votaram para uma mudança econômica sem a qual o país iria pelo ralo— têm algo em comum: nas conversas que eu presenciei, eles afirmam que votaram em Bolsonaro e, a seguir, também afirmam que eles não concordam com o moralismo tacanho, por exemplo, dos futuros ministros da Educação ou das Relações Exteriores.

“A cada vez que via a Gleisi Hoffmann na TV, queria votar mais no Bolsonaro, mas não tenho nada a ver com Malafaia, viu?” “Votei nele, sim, mas sou totalmente feminista; o que importa hoje é permitir ao país uma virada modernizadora, justamente.”

Claro, entre os eleitores de Bolsonaro, deve haver uma parte grande de indivíduos explicitamente engajados no projeto de impor aos outros as regras de conduta que eles idealizam (e que eles mesmos, aliás, mal conseguem seguir). Os indivíduos que gostam de regrar a vida dos outros, eu chamo de boçais —salientando que os boçais não são uma prerrogativa do eleitorado de Bolsonaro, eles existem no espectro político inteiro.

Os bolsonaristas com quem converso não são boçais: eles dizem que votaram quer seja contra o PT, quer seja para promover uma reforma liberal da economia —sem por isso apoiar em nada as ideias ou o temperamento autoritário dos que gostariam de regrar o comportamento dos outros.

Agora, a questão está justamente aí: “eles dizem” isso MUITO. À força de escutar negações preventivas que não eram solicitadas nem por mim nem por ninguém, comecei a duvidar delas.

Para a psicanálise, a negação não solicitada é suspeita: “Sonhei com uma mulher mais velha, loira como minha mãe, mas não era minha mãe, não era mesmo”. Claro, claro…

Da mesma forma, negando com força sua adesão à agenda mais boçal da base de seu candidato, talvez esses eleitores estejam revelando uma adesão que eles mesmos, racionalmente, ignoram.

Para esses eleitores que se consideram “esclarecidos”, o ranço autoritário, antidemocrático, homofóbico, misógino e racista não seria algo que eles tiveram que engolir (tapando o nariz) para acabar com o PT ou para ter uma política econômica liberal. Na verdade, para eles, o tal ranço talvez seja a verdadeira razão para eles votarem em Bolsonaro —uma razão que eles escondem de si mesmos.

Não só no Brasil, ao longo dos últimos 30 anos, constituiu-se uma classe média aparentemente esclarecida, ou seja, que compartilha, em tese, o ideal social-democrata que parecia prevalecer no mundo.

Mas 30 anos é muito pouco, e a mudança pedida é muito grande: essa classe supostamente esclarecida engoliu mas não digeriu quase nada das “conquistas” das últimas décadas —nem o feminismo, nem o MeToo, nem os direitos das minorias raciais e sexuais— e, no fundo, nem os próprios direitos civis.

Ao contrário, o aparente triunfo dessas reivindicações as tornou mais indigestas para essa classe, que certamente gostava de seus pequenos privilégios mais do que ela admitia.

Seu racismo, sua misoginia e sua homofobia ficaram como uma espécie de pequena dor de dentes, quase esquecida. Até o dia em que alguém veio liberá-los, ou seja, conclamar que não era vergonhoso pensar nada do que eles não se permitiam mais pensar.

Alguns foram para a rua caçar veado. Outros foram para exterminar vermelhos. Outros ainda, para censurar e chantagear professor. Outros, os mais modestos, disseram que eles não concordam, mas, enfim, é preciso salvar o país, não é?

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Marcello, filho de Beto Richa, desiste da política

A história de que o ex-governador José Richa não queria o filho Beto na política é antiga e foi, ao longo do tempo, até modificada pelo próprio Beto: depois da resistência inicial do pai, ele não só teria aprovado como apoiado a trajetória de sucesso.

Se ainda estivesse vivo, o velho e bom José Richa certamente poderia repetir a frase, fatídica, de todo pai ou mãe, diante de um problema dos filhos, aquele “eu não falei?” definitivo. Depois do sucesso extraordinário na política do Paraná, o ex-governador Beto Richa foi preso, junto com a mulher, Fernanda, e o irmão José Richa Filho, o Pepe, por conta de acusações de irregularidades no decorrer dos mandatos de prefeito e governador. O primo distante, Luiz Abi Antoun, está no Líbano. Todos eles podem voltar para a prisão de acordo com as investigações do Ministério Público Estadual.

Este cenário familiar provocou a decisão do herdeiro do clã, o jovem e primogênito do ex-governador Beto Richa, Marcello, a desistir da política. Por conta das desventuras da família, Marcello sequer conseguiu se eleger deputado estadual ao receber apenas 20 mil votos na última eleição, mesmo tendo recebido de presente o cargo de secretário de Esportes do prefeito Rafael Greca. Para um filho de governador recém saído do Palácio Iguaçu, foi sinal de fracasso total nas urnas.

A decisão de Marcello praticamente encerra nos próximos anos a participação dos Richa na política do Paraná depois da tradição de mais de 40 anos, ou desde que José Richa foi eleito prefeito de Londrina no começo da década de 70.

Se não via com bons olhos a presença do filho, Beto, na política do Paraná, José Richa teria motivos para se lamentar ao ver o neto desistir. Homem probo, José Richa conduziu sua trajetória com simplicidade e honestidade e jamais foi acusado de qualquer deslize nos cargos que ocupou.

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Mural da História

sonho-de-carli16 8 2011 – Blog do Fábio Campana

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Ser mãe é padecer no paraíso – “Me preocupo com a ausência da mulher de casa. Hoje, a mulher tem estado muito fora de casa. Costumo brincar como eu gostaria de estar em casa toda a tarde, numa rede, e meu marido ralando muito, muito, muito para me sustentar e me encher de joias e presentes. Esse seria o padrão ideal da sociedade. Mas não é possível. Temos que ir para o mercado de trabalho”.

“A mulher nasceu para ser mãe. Também, mas ser mãe é o papel mais especial da mulher. A gente precisa entender que a relação dela com o filho é uma relação muito especial. E a mulher tem que estar presente. A minha preocupação é: dá pra gente ter carreira, brilhar, competir, consertar as bobagens feitas pelos homens. Sem nenhuma guerra, mas a gente conserta algumas. Dá pra gente ser mãe, mulher e ainda seguir o padrão cristão que foi instituído pras nossas vidas”.

De Damares Alves. – A afirmação é datada, de março de 2018, da assessora do senador Magno Malta. Damares, advogada e pastora evangélica, com a perda de espaço pelo chefe – que recusou a vice de Jair Bolsonaro – pode ser ministra de Direitos Humanos (ou Humanos Direitos, nas palavras de um dos generais do presidente), Igualdade Racial e das Mulheres.

Isso de “me preocupo com a ausência da mulher em casa” é do tempo em que se dizia que mulher que tem emprego prejudica o serviço da casa. Se a futura ministra quiser ficar em casa, ela pode: basta casar com um bispo da igreja, desses que nadam na grana do dízimo. Já isso de dizer que “mulher nasceu para ser mãe” é bobagem da grossa.

A ministra in pectore ignora a inseminação artificial e a barriga de aluguel, em que a verdadeira mãe ou não pode ou está impedida de gerar o filho. Ser mãe é circunstância, não destino. Se for assim, o editor do Insulto reivindica a vocação e glória masculinas de que “homem nasceu para ser pai”. O que também não é vantagem.

Gays e lésbicas têm-se revelado pais e mães mais devotados e presentes que os héteros estritos que “nasceram para ser” mães ou pais. Diga-se a bem da verdade que as palavras de Damares revelam mais um currículo perfeito, na medida, para o ministério Bolsonaro, em que os ministros têm que ser à imagem e semelhança do chefe.

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Zé Dirceu vem a Curitiba para lançar suas memórias

Escrito à mão, dentro de uma cela do Complexo Médico de Pinhais, o primeiro volume da auto biografia do ex-ministro Zé Dirceu será lançado em Curitiba, agora em dezembro, dia 10.

Durante quase 2 anos, o ex-ministro escreveu sua versão pessoal dos últimos 40 anos, passando pela trajetória de líder estudantil em São Paulo, a prisão durante a ditadura, o exílio em Cuba, o período em que passou anônimo em Cruzeiro do Oeste, aqui no Paraná, e o retorno à política como o maior quadro do PT. E entra no declínio da sigla, pelas denúncias do Mensalão e da Lava Jato e chega até à prisão de Lula.

Condenado a mais de 30 anos de prisão por corrupção no Mensalão , quando era o todo poderoso ministro chefe da Casa Civil, nome sempre lembrado como candidato a presidente, e por desvios de dinheiro da Petrobrás, Zé Dirceu conta histórias extraordinárias. Tanto do ponto de vista pessoal, no que refere aos grandes amigos, vivos e mortos, e na relação com (muitas) mulheres, como do político, sobressai no livro um homem que cabe totalmente naquele velho chavão de “sua história daria um filme”.

Mas no relato de Zé Dirceu o que se sobrepõe é a formação do PT, o primeiro partido de base do País, o esforço no longo caminho para a Presidência, os erros, as falhas, a superação e a tomada do poder. E leva a uma questão ainda mais intrincada de como um partido forjado num projeto popular, acaba com todas as suas principais lideranças acusadas de corrupção e presas.

Zé Dirceu não explica tudo, nem deve ter sido esta a intenção do primeiro volume, que lança em Curitiba. Mas apresenta pistas que deverão compor o segundo volume ou outros que virão. O lançamento será no próximo dia 10 dezembro, às 19 horas no Sintracom, rua Trajano Reis, 538.

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Playboy – Anos 50

1955|Marguerite Empey. Playboy Centerfold

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O desespero no velho de guerra

© João Carlos Frigério

Do Analista dos Planaltos – O quase ex-senador Roberto Requião desejava permanecer no comando do MDB do Paraná como presidente. O objetivo seria garantir empregos para os apaniguados, os que perderão as boquinhas no gabinete do senado, e continuar controlando as polpudas verbas dos fundos partidários e eleitoral.

Para se garantir, mandou fazer uma pesquisa interna, mas o resultado foi decepcionante para ele: 90% dos filiados e dirigentes regionais querem renovação – e Requião fora da presidência do velho de guerra. O motivo todos sabem: perda de deputados federais e vereadores , nenhum prefeito eleito em municípios grandes (e raros em médios) e ainda a quase extinção da bancada estadual, onde só sobraram o deputado Anibelinho e Requião Filho, que teve toda a força e os recursos do partido direcionados para ele.

Quando Requião percebeu a recente movimentação dos prefeitos do MDB para apeá-lo, correu convocando eleições, apesar de o mandato ter sido prorrogado para abril quando o pleito deveria ocorrer. Quer o processo agora , já em dezembro, em cima da hora, com os delegados por ele indicados como representantes provisórios dos municípios e sem campanhas nem debates ou discussões.

Uma eleição manipulada e sem democracia com muitos diretórios por ele destituídos e outros com votos de cabresto de pessoas indicadas e sem legitimidade . Os prefeitos e vereadores que se reuniram em Curitiba temem que Requião liquide de vez o partido e acabe com as chances dos candidatos nos municípios nas eleições de 2020, como ocorreu nas eleições estaduais onde o senador ficou em quarto lugar em Curitiba, cidade onde foi prefeito, deputado e três vezes eleito Governador. Ameaçam sair do partido se Requião continuar.

Já surgiram candidaturas alternativas e mais modernas como as dos deputados Sérgio Souza, em oposição ao velho cacique, e João Arruda pela situação. Talvez surja outra que concilie as alas em divergência. Quando faltam mandatos, o velho casarão da Avenida Vicente Machado é sempre uma alternativa para sacar passagens aéreas, viagens, contratar apaniguados, pagar advogados e usufruir das verbas dos fundos para campanhas eleitorais à vontade – e sem transparência, como ocorreu nos últimos anos.

Não será de estranhar que a manipulação do pleito acabe na Justiça, para desarmar o jogo marcado, restabelecendo a ordem natural: primeiro as eleições dos diretórios municipais e depois a do estadual.

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Quaxquáx!

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Um buraco de 1 bi e meio

Tudo que o Rio perdeu graças a Sérgio Cabral e quadrilha

No Globo de segunda-feira (3), o repórter Rafael Galdo somou os prejuízos aos cofres públicos do estado do Rio, levantados por 15 operações da Lava Jato no Rio desde 2016, e chegou à assombrosa quantia de R$ 1,5 bilhão. Este é o dinheiro que abasteceu as contas da quadrilha chefiada pelo ex-governador Sérgio Cabral e formada por seu ex-vice e sucessor, Luiz Fernando Pezão, secretários de governo, deputados estaduais, ministros de tribunais de contas e quem mais fosse necessário para manter o esquema funcionando com o que sobrasse da compra de casas de praia, joias, regabofes na Europa e outros artigos de primeira necessidade dessa turma. 

Segundo o Ministério Público e a Polícia e a Justiça Federais, o pagamento de propinas a Cabral e asseclas envolveu saúde, educação, segurança, obras, transportes, abastecimento e até a escolha do Rio como sede da Olimpíada. Seguem-se a isto a lavagem de dinheiro, evasão de divisas e ocultação de bens —somente Cabral teria R$ 340 milhões no exterior.

Galdo calculou o quanto esse buraco de 1 bi e meio representou em termos de construção, manutenção ou reforma de hospitais nunca executadas e consultas, partos e cirurgias que não puderam ser feitos —e isso apenas na saúde. Estenda agora o que foi desviado dos professores, policiais e servidores públicos, e terá uma ideia das causas da degradação do estado. Esse rombo remete diretamente ao dinheiro que deixou de circular nas ruas, às empresas que fecharam ou deixaram de ser abertas, aos negócios cancelados ou nunca realizados, às vagas abertas no mercado e jamais repostas. Mas o custo real da corrupção, maior que qualquer soma de dinheiro roubado, deveria ser calculado em fome, doença e morte.

Escrevi outro dia que Sérgio Cabral, condenado por enquanto a 197 anos de prisão, nunca mais poderia andar a pé por uma rua do Rio. 

Mas, claro, posso estar enganado.

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Duke

© Duke – O Tempo (MG)

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Zombando da lei e de todos

Fala-se bastante na insegurança jurídica e no papel que o Supremo Tribunal Federal, o STF, representa nessa dificuldade de se saber o que de fato vale no respeito à lei neste país e na responsabilização dos que ultrapassam o limite legal. Todo mundo sabe que se trata de uma linha maleável, na medida do poder político e financeiro do acusado. Nesse aspecto, a esquerda tem sido muito importante, ainda que de modo involuntário. Na teimosia da defesa do criminoso Lula, os petistas vêm permitindo aos brasileiros ter a plena compreensão do que se passava até agora de forma totalmente velada no âmbito da Justiça, com as maquinações pretensamente jurídicas que se misturam aos bastidores da pior forma de fazer política e de exercer o direito de defesa.

Nesta terça-feira o Brasil passa novamente por um dia tenso, no julgamento pelo STF de mais uma tentativa de manipulação do processo jurídico, o que é bastante facilitado por uma Corte onde valores institucionais e a própria Constituição pesam muito menos que os humores pessoais deste ou daquele ministro. Alguns agem às vezes como se fossem advogados de defesa de maiorais pegos em atitude ilegal, atuando inclusive como se fossem agentes políticos, buscando influenciar a população com opiniões totalmente fora do âmbito de suas atividades e da responsabilidade de cada ministro com a imparcialidade e o resguardo de sua função.

Novamente a tensão social vem de um pedido de liberdade para Lula, o ex-presidente preso por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e que tem pela frente a possibilidade de outras condenações, em razão da quantidade de provas de mais crimes e do abuso pessoal e partidário com os cofres públicos como nunca se viu neste país. A tese desta nova tentativa da notória banca de advogados do chefão do PT chega a ser ridícula, na alegação de parcialidade de Sérgio Moro por causa de sua nomeação como ministro do próximo governo. Na tentativa de livrar Lula da cadeia, sua defesa levanta uma tese que desmoraliza todo o Judiciário brasileiro e agride também o bom senso, já que a alegação só pararia em pé se for considerado que um juiz de primeira instância exerce o pleno domínio não só sobre todo o âmbito da Justiça, do Ministério Público e da Polícia Federal, como também do processo eleitoral brasileiro, com extraordinária capacidade de previsão e manipulação, habilitando-o a dar a vitória a determinado candidato a presidente da República.

Espera-se que o STF não conceda a Lula e seu partido este direito de zombar dos brasileiros, o que pode instaurar uma indignação coletiva sobre a qual se teme as conseqüências. No entanto, o fato da mais alta Corte estar se ocupando de uma tese tão absurda revela uma origem da insegurança jurídica e social que vive o país: é a segurança dada aos acusados de terríveis ilegalidades para que possam fazer de tudo, mesmo com argumentos sem sentido jurídico, agredindo a inteligência dos brasileiros e sua tolerância, com o risco da desmoralização do direito de defesa, trazendo o perigo para a democracia no país. É claro que se o STF se pautasse  no mínimo pelo princípio da razoabilidade, como os próprios ministros costumam dizer, criminoso algum ousaria abusar tanto da nossa paciência.

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Mural da História

sequelas-12

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Mural da História

cartas-marcadas28 de maio, 2005 – Blog do Fábio Campana

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Tristenezuela

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Ceticismo – Escrevi uma vez que era um cético que só acreditava no que pudesse tocar: não acreditava na Luiza Brunet, por exemplo. Cruzei com a Luiza Brunet num dos camarotes deste carnaval. Ela me cobrou a frase, e disse que eu podia tocá-la para me convencer da sua existência. Toquei-a. Não me convenci. Não pode existir mulher tão bonita e tão simpática ao mesmo tempo. Vou precisar de mais provas. (Luís Fernando Veríssimo)

Visita da saúde – O ministro da área e a AGU refutam a decisão da equipe de Jair Bolsonaro de extinguir o ministério do Trabalho. A primeira discordância do cauteloso, até amedrontado, governo Temer com os rumos do futuro governo Bolsonaro.

A menos de um mês do fim do governo, as únicas e solitárias manifestações. Uma “visita da saúde”, como os médicos chamam o surto de vitalidade que alguns doentes desenganados apresentam na véspera da morte.

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