Mural da História

16 de outubro, 2010.

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Tchans!

© AnsexLuc

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Digital e transal – Estudo de Harvard revela que a atividade digital prejudica a atividade sexual. Bom era antigamente, quando a atividade sexual começava pela atividade digital.

A pastinha do capitão – O Capitão foi ao barbeiro, ontem, para cortar o cabelo. Ele não frequenta cabeleireiro, de clientela unissex, reduto de boiolas. Corte tradicional, o de décadas, com a pastinha*. O corte lembra alguém do passado, um ferrabrás salvador da Europa. (*Penteado em que uma porção de cabelo cai sobre a testa ou na lateral do rosto).

Tiempos revueltos – Renan Calheiros cacifa-se para presidir o Senado novamente. A redenção de Corisco. Seria o herói da resistência ao Messias e seu profeta, o mouro do Ahú.

Árbitro, só o que ajuda – Hoje tem futebol europeu, o único que merece ser visto. Se no Brasil tem, nem conferi. Faltam arte e graça. Queira o pai do messias que não se apresente a seleção bozonárica, onde o time A joga contra o time B, um e outro disputando quem fica fora do banco de reservas.

O time não é um time, são dois, do mesmo clube. Técnicos, são sete, os dois oficiais e os auxiliares, filhos do capitão, mais o próprio e o general que treina para presidir o clube. Os times não se acham em campo, culpa do capitão, ruim na estratégia, péssimo na tática.

Lá do meio de campo ele manda o povo avançar até o gol e quando os atacantes – são 22, os goleiros também saem – chegam na área, depois de driblar todos os zagueiros – perdão todos são zagueiros e atacantes -, o capitão recolhe os times para rearmá-los no meio do campo.

O problema: o capitão só sabe rearmar. Não segue regras, orienta passes, marcação, assistência. Abomina o fair play. Árbitro, só o que o ajuda. Se futebol se passa em campo há de ser batalha campal, jogado com coturnos – que chuteiras, agora até cor-de-rosa, são coisa de fresco.

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O presidenciável

Ao aceitar o Ministério da Justiça, o juiz Sérgio Moro se torna candidato ao Planalto

No momento em que aceitou o convite para assumir o Ministério da Justiça, o juiz Sérgio Moro credenciou-se para se candidatar à sucessão do próprio chefe, caso prospere a ideia de Jair Bolsonaro de acabar com a reeleição. Ou até para concorrer com Bolsonaro, se a reeleição for mantida e o capitão reformado do Exército se sentir tentado a buscar um outro mandato.

Esse será o caminho de Moro. Por mais que ele e Bolsonaro digam que o cargo de ministro serve para que o governo central assuma o combate à corrupção e ao crime organizado, e que, depois, o juiz de Curitiba será nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) quando uma vaga surgir, o fato é que, hoje, Moro está credenciado a disputar a próxima eleição para a Presidência da República.

A nomeação de Sérgio Moro para um superministério da Justiça a ser criado é também o pagamento de uma promessa de campanha feita por Bolsonaro ao eleitor que o elegeu, um eleitor que parece dar mais importância ao combate à corrupção do que às questões econômicas. Não que o nome do juiz estivesse vinculado à promessa. Mas, ao nomeá-lo, a identificação de uma coisa com a outra foi imediata. O eleitor talvez não tenha votado em Bolsonaro porque ele gosta de Bolsonaro. Ele votou no capitão porque este assumiu um discurso anti-PT e anticorrupção, e se propôs a ser aquele que virá demolir tudo para que algo novo nasça. Essa é a visão que uma boa parte do eleitorado vencedor tem daquele a quem deu o voto.

Alguém pode discordar de tudo isso. E certamente muitos vão discordar. O fato é que Bolsonaro venceu a eleição ao se opor ao PT, ao sistema político, aos esqueminhas e esquemões que costumam capturar governos e os tornam reféns do fisiologismo. Tanto é que, ao nomear Moro, Bolsonaro foi criticado por aliados e opositores, pois ele pôs no jogo político um nome que tem tudo para construir uma carreira política a partir de agora. O eleitor vibrou, ao contrário do status quo político, que aguarda a hora de botar a faca no pescoço de Bolsonaro em nome da governabilidade.

Quanto a Moro, mesmo que ele venha a dizer que não quer se tornar um político, como disse em 2016, numa entrevista ao Estado, ao aceitar o convite para o Ministério da Justiça ele se tornou político. Porque o cargo é político. Porque Moro tem vocação política. Na entrevista ao Estado, Moro chegou a dizer que jamais seria político. Estava enganado. Sua carreira de êxito na magistratura foi pontuada por atos políticos. Quando, em 2016, atropelando o relógio, divulgou o conteúdo de conversas entre a então presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, à véspera do impeachment, ele tomou uma decisão política. Por ela foi advertido. Se não tivesse divulgado o teor do grampo, que mostrava as manobras para dar foro privilegiado a Lula e livrá-lo de uma ordem de prisão, Dilma talvez não tivesse sofrido o processo de impeachment. Foi um gesto tão político que mudou a História.

Quando o juiz autorizou o acesso público a parte do conteúdo da delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci, a uma semana do primeiro turno da eleição de 2018, Moro tomou uma decisão política, mesmo que no limite do que orienta a Lei Orgânica da Magistratura.

Moro sabe que, ao aceitar o convite para o Ministério da Justiça, ele deixa de ser o juiz de Curitiba reconhecido mundialmente pelo combate à corrupção e ao crime organizado. Passa a ser um superministro da Justiça com uma missão complexa. Se tudo der certo, e sua passagem pela Justiça resolver questões relacionadas à corrupção e ao crime organizado, será empurrado para o próximo passo, o de tentar ser o presidente da República do combate à corrupção e ao crime organizado. João Domingos|Estadão

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Da série “Eu não sou Petista!”

A onda “Direita Volver” está jogando no mesmo saco do petismo militante todo brasileiro que exerça o mínimo senso crítico sobre qualquer ato, fato, nomeação, pronunciamento ou declaração do grupo que cerca o presidente eleito, Jair Bolsonaro. É um comportamento padrão que veio para ficar. E a reação já virou um mantra, quase um grito de guerra, ou de defesa, que ecoa no Brasil inteiro “Eu não sou petista!”.

Reunimos aqui, com certo cuidado, um pequeno glossário para esclarecer aos novos donos do poder que nem todo brasileiro é petista, assim como, na música de Maria Rita, nem toda brasileira é bunda. Trata-se de exercer o direito de criticar e opinar, hábito que foi estabelecido desde os anos Collor no Brasil, e que em democracias ocidentais é parte do jogo político. E também de gostar, ou não gostar, de músicas, artistas, personagens políticas e celebridades que povoam a imaginação de todos nós.

Pois bem, ninguém pode ser chamado de petista quando:

1) Gosta do Chico Buarque, do Caetano, do Gil e da Mãe Menininha
2) Tem no grupo de amigos, um gay e outro que passou na universidade por cota
3) Foi fã da Marta Suplicy na juventude (dela)
4) É católico, admira o Papa Francisco e o casal Obama
5) Não gosta do Ciro Gomes e desdenha a Marina Silva
6) Lê, todos os dias, a “Folha de São Paulo”
7) Defende o meio ambiente, os índios, os animais e os povos da floresta
8) Ainda lembra, muito de vez em quando, do refrão “Lula lá”
9) Não faria campanha pra santificar o juiz Sérgio Moro
10) Não sabe se chama um General de “General” ou V. Excia
11) Virou réu em algum processo de corrupção. Ex: Beto Richa
12) Viajou de avião, pela primeira vez, no governo Lula e
13) Votou no capitão Bolsonaro tremendo. De medo

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Musas

Amy Jade Winehouse – 1983|2011. © Reuters

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Deus acima de todos

É interesse das religiões que Deus seja mantido longe das engrenagens do Estado

“Brasil acima de tudo, Deus acima de todos” foi o lema da campanha de Jair Bolsonaro (PSL), que ele continua utilizando em seus pronunciamentos pós-eleitorais. O “Deus acima de todos” me incomoda mais do que o “Brasil acima de tudo”, do qual já não gosto muito (nacionalismos têm se mostrado uma força mais destrutiva do que construtiva).

É evidente que, numa democracia como é o Brasil, as pessoas, incluindo o presidente eleito, têm o direito de professar a fé religiosa que preferirem, privada ou publicamente. Não me parece inteligente, porém, trazer Deus para a política. Ele até pode ser um bom cabo eleitoral, mas é do interesse das próprias religiões que seja mantido tão longe quanto possível das engrenagens do Estado.

Eleitor veste camisa com o lema da campanha de Jair Bolsonaro – Daniel Ramalho/AFP

O laicismo, afinal, embora seja do agrado de ateus e agnósticos, é um princípio que visa primordialmente a proteger as religiões. É só quando o Estado se mantém neutro em relação a todas as fés que os grupos minoritários podem estar seguros de que não sofrerão nenhum tipo de perseguição nem verão seus concorrentes sendo favorecidos pelas autoridades.

Outro problema de colocar o Criador na arena política é que fazê-lo pode estimular a radicalização. Com efeito, religiões operam amiúde com absolutos morais. Se as Escrituras dizem que o aborto e o homossexualismo são pecado, como podem simples mortais duvidar da palavra imutável de Deus? Assim, já nem haveria o que discutir num eventual projeto de lei sobre a matéria. Seguir a lógica espiritual acaba sendo a negação da política, compreendida como a construção de consensos através de negociações.

Esse aspecto mais absolutista da invocação a Deus está em linha com as declarações de cunho profano e pouco tolerante que Bolsonaro já deu sobre gays, negros, bandidos etc. É triste quando o que de melhor se espera de um presidente eleito é que suas afirmações e lemas não passem de palavras vazias.

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O que deve ser In e Out no governo Bolsonaro

Prepara, como diria a Anitta, que agora é a hora. Cada governo tem seu cabedal de manias, palavras, usos e costumes que marcam o período. E qualquer referência ao período anterior, por distração ou saudade, pode colocar tudo a perder. Portanto, é melhor começar a imaginar o que vem por aí no governo Jair Bolsonaro para não ficar fora de moda. Eis algumas dicas:

IN
1) Porte de arma e tiros
2) Fardas, botas e quepes – valem do Exército, Marinha e Aeronáutica
3) Deus acima de tudo. Com exceção dos Generais
4) Orar com as Igrejas Evangélicas
5) Posição de sentido
6) Lives, stories, watts, tuíters e facebooks
7) “Vamos cuidar disso aí”
8) Educação Moral e Cívica
9) Israel e Estados Unidos
10) Sul do País e Amazônia
11) Agronegócio
12) Bandas fardadas e hinos
13) Verde e amarelo
14) O número 17
15) Casamento e família

OUT
1) Camisetas com palavras de ordem
2) Acampamentos do MST
3) Padres progressistas
4) Caravanas pelo País
5) Jornais impressos
6) “Nunca antes na história deste País”
7) Aulas de orientação sexual
8) Cuba, Países Africanos e América do Sul
9) Nordeste
10) Agricultura familiar
11) Vermelho e estrela vermelha
12) O número 13
13) O mundo LGBT
14) Assembleias de sindicatos e sindicalistas
15) Cachaça

E por aí vai…

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Eleições 2018

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O mourão – O general Hamilton Mourão, presidente eleito, declara que a imprensa é fundamental. A coisa está preta quando Mourão se torna mourão.

Partners in crime – O ex-governador Beto Richa foi denunciado a partir das investigações da Operação Rádio Patrulha. Ele e uma dúzia de outros, entre parceiros e empreiteiros. Se for condenado, levará junto um secretariado inteiro. A Granja do Canguiri terá que ser reformada para abrigar a todos.

Com este sinal – Envergando fatiota de ministro, camisa sóbria e gravata discreta, o juiz Sérgio Moro voga para o Rio, ao encontro do presidente Bolsonaro. Visível para a imprensa seu livro de medidas contra a corrupção. Como Deus mostrou ao imperador romano, “com este sinal vencerás”.

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Ruy Castro dá curso sobre gêneros literários no Rio, e Frei Betto ensina escrita

© Marcus Leoni|FolhaPress

Em cinco encontros, aulas discutirão jornalismo, biografia, reconstituição histórica, ficção histórica e crônica

O escritor e colunista da Folha Ruy Castro irá ministrar um curso sobre gêneros literários a partir da próxima segunda (5) no IEL, no Rio (r. Marquês de Abrantes, 177, lojas 107 e 108, Flamengo).

Com cinco encontros, sempre às segundas-feiras, das 18h às 21h, as aulas discutirão o jornalismo, a biografia, a reconstituição histórica, a ficção histórica e a crônica. Cada um dos módulos custa R$ 250 —quem fizer duas aulas terá 10% de desconto; três ou

Já no dia 9 de novembro, das das 16h às 19h, Frei Betto fará uma oficina de escrita, com leituras e produção de textos. O encontro custa R$ 200. E o poeta e jornalista Cesar Garcia Lima, professor de literatura comparada da Uerj, dará o curso Somos Todos Clarice Lispector: Oficina de Leitura e Criação de Textos Curtos, nos dias 14, 21 e 28/11, das das 14h às 16h, no valor de R$ 300.

Interessados podem se inscrever pelo email iel@estacaodasletras.com.br ou pelo telefone (21) 3237-3947.

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Gleisi ataca Moro

Gleisi Hoffmann não gostou nada da aproximação entre Moro e Bolsonaro: “Sergio Moro não vê problema em conversar com presidente eleito e considerar seu convite para ocupar um ministério. O presidente em questão falou que Lula vai apodrecer na cadeia e quer exterminar os vermelhos. Viva juízes isentos como Moro e presidentes democráticos como Bolsonaro”, disse a petista.

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Salto às claras!

Minha mulher, Susana de Godoy Martins, professora universitária, que eu conheci nos “Barracões” da Universidade de São Paulo há quase 50 anos, votou em Jair Bolsonaro! E eu pouco a influenciei.

Nem sempre convergimos em política: nas duas últimas eleições municipais, ela votou num candidato a prefeito e eu em outro.

Digo que Susana foi muito motivada civicamente por esta campanha de 2018. De posse de um smartphone e um tablet, ela se manteve o tempo inteiro plugada na marcha dos acontecimentos.

Muito de vez em quando, ela me consultava para saber se deveria ou não compartilhar determinada informação, temendo contribuir com a distribuição de fake-news. (Confesso que eu mesmo, jornalista calejado, me vi impotente em separar o falso do verdadeiro nessa feérica tempestade de mentiras que perturbou a campanha do começo ao fim)

Sou testemunha de que o voto de Susana foi um voto determinado e consciente. Intuitivamente, ela captou o sentido da esplêndida frase de Margareth Thatcher: “A Democracia não é um sistema feito para garantir que os melhores sejam eleitos e sim para impedir que os ruins permaneçam no poder para sempre”.

Indignação

Ninguém mais que Susana esteve indignado com a roubalheira praticada sob as asas do Partido dos Trabalhadores. E ela só fez acertar o passo com os 57.797.464 brasileiros que se moviam convictos de que era chegado o momento de apear o PT do poder.

Não, o salto de todos aqueles que votaram em Bolsonaro não foi um “salto no escuro” como a mídia impressa tentou nos convencer. Foi um salto às claras, de quem sabia o que fazer.

O que o candidato – ou o seu guru na economia, Paulo Guedes – deixaram de dizer, o eleitor intuiu: bastava pensar que alguém que se opôs ao “socialismo corrupto” com o vigor de Jair Bolsonaro, não poderia desafinar.

Por isso mesmo, o “Discurso da Vitória”, proferido por Bolsonaro na noite deste histórico 28 de outubro de 2018, pode ter trazido emoção, mas não trouxe surpresa.

O ponto alto desse discurso, que quase leva Susana às lágrimas, foi “emprego, renda e equilíbrio fiscal é o nosso compromisso para ficarmos mais próximos de oportunidades e trabalho para todos”.

Susana e todos os mais de 57 milhões de eleitores do Capitão sabem muito bem que a corrupção e a desobediência fiscal contumaz são os dois fatores que deixaram este país no estado deplorável em que se encontra… 

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O irritante guru do Méier

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O fim da função de cobrador no transporte coletivo

A anunciada medida no transporte coletivo de Curitiba é discutível. Sem esgotar a pauta, seguem alguns pontos para pensarmos a respeito: O valor da tarifa deve ser reduzido pois o custo da função dos Cobradores deve impactar a planilha de custos do transporte coletivo, e esta redução vai ser repassada aos passageiros? Quem realmente lucra com isto?

Esta pretensão vai alterar novamente os contratos das concessões do transporte coletivo, isso é possível? Com essa facilidade?

Toda despedida coletiva deste volume, tem impactos sociais e este processo deve ser gradativa, assegurar as indenizações legais e compensações, às custas dos empresários donatários do transporte coletivo. Deve assegurar a migração das funções com um programa de demissões voluntárias e a formação de cursos para reinserção desses trabalhadores em novos mercados de trabalho. Isto está sendo feito?

Quem pagará a automatização? Será licitado? Quais projetos se apresentaram na mesa do debate? E principalmente, como será o controle seguro da bilhetagem para evitar fraudes?

Como ficam passageiros que são de fora da cidade ou usuários esporádicos? Tem que comprar o cartão apenas para pouquíssimas viagens? O argumento da segurança pública que é função dos empresários e da Administração Pública pode fazer rever todo o transporte coletivo?

O motorista tem condições seguras, psicológicas e funcionais de exercer a dupla função de auxiliar na catraca, conversar com passageiros sobre algum problema no cartão e dirigir com atenção e preparo suficientes para cumprir o itinerário com eficiência?

Esta redução foi discutida com a sociedade e, principalmente, com os usuários do transporte coletivo?

A bilhetagem e a gestão dos cartões de transporte serão dadas para o mesmo grupo que controla o transporte coletivo? Não há um conflito de interesses nestas funções? Os passageiros serão realmente beneficiados com essa “praticidade” e “evolução”?

Falar nisto, a quantas andam as discussões sobre o metrô e todas aquelas promessas de campanha de dois anos atrás?

Tomar medidas que impactam e prejudicam milhares de pessoas e suas famílias, inclusive os mais humildes, não pode ser a regra na Administração Pública brasileira, até pelo preceito constitucional da garantia do pleno emprego. O lema “mais tecnologia” não pode desconsiderar os seres humanos, pois não vamos construir uma cidade solidária e próspera sem respeitar as pessoas e seus empregos.

Publicado em Claudio Henrique de Castro | Deixar um comentário
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