Eleições 2018

© Cláudio Paiva

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Uma surpresa na Lua

No ano da graça de 2019, completar-se-á 50 anos que o homem terrestre colocou os pés na Lua. Antecipando-se às comemorações do feito, o diretor Damien Chazzele, de apenas 33 anos, nos oferece “Primeiro Homem”, produção cinematográfica roteirizada por Josh Singer (que já nos dera os jornalísticos “Spotlight” e “The Post”), com base no livro de James R. Hansen.

Não sou crítico de cinema, mas garanto: é uma pequena obra-prima cinematográfica, que não faz a apologia da façanha espacial americana, mas centraliza a câmara, quase sempre em primeiro plano, na vida pessoal e emocional do tímido e introvertido Neil Armstrong, através de tomadas claustrofóbicas, primorosa montagem e belíssima trilha sonora. Está aí um filme que vale o ingresso.

Dito isso, é de se lamentar que Chazzele e Singer não tenham podido contar o que realmente aconteceu quando da chegada da Apollo 11 na Lua.

“Um pequeno passo para o homem, mas um gigantesco salto para a humanidade”, proclamou Armstrong, ao assentar o pé no solo lunar. O coração do comandante batia 150 vezes por minuto. Mas essa pulsação logo se aceleraria mais ainda, pois uma espantosa surpresa, de igual ou maior dimensão, estava preparada para os jovens astronautas na árida paisagem do Mar da Tranquilidade. Eles não estavam sozinhos. Ou por outra: alguém havia chegado antes deles.

Apollo 11: — Oh, meu Deus!… Eles estão aqui!… E são enormes!… Esses “bebês” são enormes!…
Houston: — O que foi, Apollo 11? Que diabo foi…?
Apollo 11: — Não… Não… Não é nenhuma ilusão de ótica nem distorção… Oh, meu Deus!… Ninguém acreditaria nisso!…
Houston: — Que… que está acontecendo com vocês?… Que diabo ocorre…?
Apollo 11: — Eu lhes digo… Há outras naves espaciais aqui, alinhadas na borda da cratera!… Estão na luz… só observando!… Estão sobre a superfície!…
Houston: — Controle chamando Apollo 11…
Apollo 11: — Roger… Roger… Estamos bem aqui… Mas encontramos alguns visitantes. Eles estão aqui já há algum tempo, a julgar pelas instalações…
Houston: — Missão central falando. Confirme a última informação…
Apollo 11: — Estou lhe dizendo que aqui há outras naves espaciais… Estão alinhadas em fila, do lado mais distante da cratera…
Houston: — Repita… Repita…
Apollo 11: — Examinaremos a órbita… Queremos voltar para casa… Em 625 e um quinto. O relógio automático está colocado. Minhas mãos tremem de tal forma que não consigo…
Houston: — Filmar?…
Apollo 11: — Diabo! É assim… As condenadas câmeras estão funcionando mal aqui em cima…
Houston: — Vocês conseguiram alguma coisa, rapazes?…
Apollo 11: — Não temos mais filmes agora… Temos apenas três tomadas dos ufos, ou o que quer que sejam… Mas podem estar veladas…
Houston: — Missão… Controle. É o controle da missão. Estão para partir? Repita… Vocês estão para ir embora?… Que significa toda essa agitação?… Por que cenas de ufos?… Expliquem…
Apollo 11: — Estão pousados aqui!… Estão na Lua, nos observando!…
Houston: — Obtenham fotografias… Todas as fotografias possíveis… Vocês estão filmando?…
Apollo 11: — Sim, os espelhos estão todos no seu lugar… Mas esses seres podem vir amanhã e levá-los embora… Seja qual for a sua forma, aquilo eram naves espaciais… Não há dúvida…

Esse diálogo foi mantido entre os astronautas Neil Armstrong e Edwin Aldrin e o Centro de Controle da NASA, em Houston, no Texas, EUA. A transmissão era vetada aos meios de comunicação, mas foi captada por um grupo de radioamadores, através de sofisticados equipamentos. O jornal The Washington Post publicaria a transcrição da conversa que, algum tempo depois, acabou sendo ratificada por Otto Binder, membro da equipe espacial da NASA, e pelo diretor Christopher Craft, quando este deixou a agência.

De todo modo, a missão Apollo 11 não teria sido a única a defrontar-se com objetos voadores não identificados no espaço. Praticamente todas as anteriores e posteriores tiveram experiências semelhantes. Mas isso já é assunto para outra conversa. Fica, porém, uma indagação final: por que será que americanos e russos, de repente, cancelaram todos os projetos para a Lua e nunca mais foram lá?

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Desespero de Haddad e a teoria sobre Lula

Fernando Haddad quer ganhar na justiça o direito de ser entrevistado na Globo porque o adversário se recusa a participar de um debate. Isso é desespero. O petista sabe que já perdeu e ouviu isso de Cid Gomes e Mano Brown em eventos de “apoio”. Há quem defenda a tese de que Lula da Silva tramou tudo. Se escolhesse Ciro Gomes como candidato, este tinha mais chances de vencer e, como cospe fogo, ao assumir poderia dar um chega pra lá no líder dos petistas e assumir de fato o comando. Com a derrota do poste que foi escolhido, Lula torce para o desastre do governo de Bolsonaro para poder continuar como guru e comandar o próximo espetáculo, nas base do “eles são piores do que a gente e, se erramos, vamos reconhecer tudo e seguir em frente”. Isso é política!

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Flagrantes da vida real

luizarada-21º Encontro da Luizarada: Luiz Antonio Guinski, Luiz Antonio Ferreira e Luiz Antonio Solda. © Neri da Rosa

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Memória de tempos sombrios

O pior é que eles parecem estar de volta

Comecei minha vida profissional, ainda estudante de jornalismo, na sucursal paulista do Correio da Manhã. Era 1963, época de tempos turbulentos como hoje, mas a crispação se notava menos porque não havia redes sociais e a difusão de notícias era bem mais lenta.

Cobri a Marcha da Família com Deus pela Liberdade. Era, na verdade, a marcha pelo golpe contra o governo constitucional de João Goulart. Desde então me dá taquicardia cada vez que alguém põe Deus e Liberdade na mesma frase.

Passei a madrugada de 31 de março para 1º de abril circulando no DKW azul de meu pai entre o Palácio dos Campos Elíseos, então sede do governo paulista, e o comando do à época 2º Exército, na r. Conselheiro Crispiniano. Eram os polos civil e militar da conspiração.

Ao amanhecer estava desmentida a sabedoria popular que diz que quanto mais negra a noite mais próximo o alvorecer.

O Brasil iniciava o que viria a ser uma longa noite de trevas.

Dias depois, o jornal me escalou para ouvir a pintora Djanira da Motta e Silva, que havia sido detida por pouco tempo pelos militares. Libertada, foi para seu refúgio em Paraty.

Conversamos em sua casa de praia, que tinha luz, mas não tinha telefone. Então, para enviar o texto ao Rio, ela me levou para sua casa da cidade, que tinha telefone mas não tinha luz. Pendurei o aparelho no parapeito da janela, para usar a luz do poste da rua para iluminar os rabiscos que ditaria ao jornal.

Foi juntando gente na rua para ver aquele rapaz comprido e magro dizer ao telefone coisas que deviam parecer esotéricas. Vez ou outra, falava “tortura” ou “ditadura”. Apareceram dois PMs para ver a cena. Eu baixava a voz para dizer “ditadura” ou “tortura”. O datilógrafo, do outro lado da linha, gritava: “Fala mais alto, foca filho da puta”.

O fotógrafo se apavorou. Implorava que fôssemos embora. “Vamos acabar presos”, profetizava. Não fomos. Desconfio que a notícia de que o Brasil era uma ditadura ainda não chegara aquele paraíso quase inacessível escondido no litoral carioca.

Nos meses seguintes, começou o cerco ao Correio, embora tivesse sido o jornal que publicou pelo menos dois editoriais famosos pela contundência contra o governo de Jango, com os títulos eloquentes de “Basta” e “Fora”. O primeiro dizia: “O Brasil já sofreu demasiado com o governo atual, agora basta!”.

Aos poucos, os anunciantes, pressionados pelos militares, foram retirando anúncio e o jornal acabou sufocado financeiramente.

Eu já havia mudado de emprego quando o Correio da Manhã fechou. Claro que foi um episódio relativamente insignificante na comparação com a devastação que a ditadura provocaria nos anos seguintes.

Mas essa época me veio à memória ao ver agora um apologista da ditadura, Jair Bolsonaro, dirigir ataques à Folha, enquanto sua milícia virtual hostiliza pesadamente jornalistas como Patrícia Campos Mello, Wálter Nunes e Joana Cunha e o diretor-executivo do Datafolha, Mauro Paulino, todos de admirável competência.

Depois do golpe, cobri incontáveis episódios de transição do autoritarismo para a democracia (Argentina, Brasil, Chile, Uruguai, vários países centro-americanos, Espanha, Portugal, África do Sul, entre outros). Achava que ganhara o direito a uma velhice sossegada. Que tolinho.

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Eleições 2018 – 2º Turno

jornal-bandeide-fulanos

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Sylvio Back é homenageado pelos 50 anos do filme Lance Maior

© Mauro Vieira|Agência RBS

O cineasta Sylvio Back, que completou 81 anos e já realizou 38 filmes, está sendo duplamente presenteado em outubro. Seu filme Lance Maior, que completa 50 anos, será exibido hoje na Cinemateca de Curitiba, em programação que começa às 18h com o lançamento do livro A Formação de um Cineasta: Sylvio Back na Cena Cultural de Curitiba nos Anos 1960.

O livro é de autoria de Rosane Kaminski. O evento é aberto ao público e tem classificação indicativa de 14 anos. Como indica o título, o livro trata do processo de formação cultural de Sylvio Back, delineando os caminhos e as dificuldades que marcaram sua escolha profissional.

O recorte temporal é demarcado, num extremo, pela sua chegada na cidade de Curitiba e a sua “entrada” oficial no jornalismo cultural, passando pelas experiências de crítico de cinema e de produção de filmes de curta e média-metragem que antecedem o primeiro longa. Culmina, no outro extremo, na produção e no lançamento do longa-metragem ficcional Lance Maior, filmado em Curitiba e Antonina em 1968.

Esse filme marca o início da sua projeção no cenário cinematográfico nacional, num contexto sociopolítico conturbado. Nele vemos a representação das instabilidades da cidade de Curitiba sob a lente do cineasta.

Lance Maior

Com exibição às 20h, o filme aborda um triângulo amoroso entre jovens de diferentes classes sociais que vivem na Curitiba da década de 1960.

Apesar de o enredo ser baseado em romance e ambição social, um dos elementos principais do filme é o ambiente da cidade que se moderniza. Fazem parte do elenco do filme Regina Duarte e Reginaldo Farias.

O evento é uma realização da Fundação Cultural de Curitiba, do Departamento de História da UFPR, Linha de Pesquisa em Arte, Memória e Narrativa (PPGHIS UFPR) e Grupo de Pesquisa Navis – Núcleo de Artes Visuais.

Serviço: Lançamento de livro sobre o cineasta Sylvio Back na Cinemateca. Local: Cinemateca de Curitiba – Rua Carlos Cavalcanti, 1174. Hoje, 24|10|2018. Programação: 18:00 horas: sessão de autógrafos. 18:30 horas: palestra A Formação de um Cineasta, com Rosane Kaminski. 19:30 horas: bate-papo com Sylvio Back. 20:00 horas: exibição do filme Lance Maior (1968). Classificação: 14 anos.

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Jantares e generais – A garota não engole o Capitão, que a família adora e venera. Foi banida do jantar da família. Meu pai ficou um mês sem falar comigo quando o chamei de puxa-saco de general. Na ditadura o jantar era mais em baixo.

Sinal dos tempos – O coronel da reserva libera vídeo no You Tube chamando a presidente do TSE de corrupta para cima. Isso se chama sinal dos tempos.

Esses gaúchos! – Em plena era Bolsonaro os gaúchos elegem governador o prefeito de Pelotas.

Coitadismos O Capitão promete acabar com os “coitadismos de negros, gays, mulheres e nordestinos”. Nada sobre os coitadíssimos torcedores do Paraná Clube.

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Ratinho Jr e Bolsonaro: as tratativas

Como o pessoal de Jair Bolsonaro age na condição de campanha vitoriosa, o encontro entre o governador eleito, Ratinho Jr e o presidenciável, no Rio, na semana passada, tratou de assuntos muito além do jardim.

O nome de um futuro ministro paranaense para uma das áreas mais complicadas do governo, que demanda reforma urgente, ficou na mesa de Jair Bolsonaro. Ele considerou a sugestão perfeita. Agora, a indicação e a nomeação só dependem do “sim” do próprio.

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Gols contra

Quando o ‘núcleo duro’ de Bolsonaro abre a boca, as instituições tremem

“A democracia é a ciência e a arte de administrar o circo a partir da jaula dos macacos.” A frase é do jornalista, escritor e polemista americano H. L. Mencken (1880-1956) —e olhe que ele não viveu para ver Donald Trump na Presidência dos EUA. 

Se a democracia mais sólida e experiente do mundo produziu Trump, era talvez inevitável que a nossa, tão jovem e ingênua, gerasse um Bolsonaro. A sorte dos americanos é que, em volta de Trump na Casa Branca, há homens dedicados a “esquecer-se” de cumprir suas ordens e esperar que ele também se esqueça —maneira discreta de neutralizar seu risco à paz mundial, ao comércio internacional, à defesa do ambiente e à própria democracia. Mas duvido que possa haver gente assim em volta de Bolsonaro no Planalto.

Pelas amostras, o que teremos será justamente o contrário. Quando um dos membros de seu “núcleo duro” —os filhos, o general vice, o economista, o coordenador da campanha— abre a boca, as instituições tremem. Um ameaça fechar o Supremo, outro fala em autogolpe e em revogar o 13º salário, o terceiro ameaça com novos impostos e o último quer extinguir cargos que não existem. Ao ser avisado sobre esses disparates, é o próprio Bolsonaro que sai correndo para apagar o incêndio. Mas, se tivermos de contar com Bolsonaro para a casa se manter de pé, convém sair de baixo. Afinal, já sabemos suas opiniões sobre ditadura, tortura, estupro, desmatamento, armas, gays, negros e mulheres.

Com tudo isso, Bolsonaro continua a ser levado a sério por empresários, economistas e militares supostamente responsáveis, para não falar na Regina Duarte e nas multidões que, bem provável, o elegerão neste domingo. Dali até 1º de janeiro, dia da posse, ele e seus conselheiros terão o direito de dizer e desdizer quantos absurdos quiserem. Mas, a partir daí, cada gol contra cometido por ele ou por um dos seus irá para o placar. 

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TV Programas

Célio Heitor Guimarães. Reportagem publicada na revista TV Programas sobre o longa metragem de Sylvio Back, Lance Maior. Acervo de Rosirene Gemael

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Fernando Haddad e a Bíblia desaparecida

Uma das histórias mais patéticas desta eleição indecente é esta complicação de Fernando Haddad com uma Bíblia recebida por ele em um palanque no Ceará, que depois apareceu nas mãos de uma pessoa em um vídeo da internet com a acusação de que ele jogou fora o livro. O episódio grotesco serve para demonstrar o grau inacreditável de amadorismo do PT, que deveria estar mais precavido, até pela experiência do próprio partido em armar sujeiras para o adversário.

Qualquer um que faça com o PT apenas metade das maldades do que esse partido já fez para os outros já estará sendo bastante cruel. O partido do Lula carrega muito golpe traiçoeiro na sua folha corrida, como a absurda criação do falso dossiê contra José Serra, quando o tucano disputou e ganhou a eleição para o governo de São Paulo, contra o petista Aluizio Mercadante. O documento acusaria Serra de ter relações com a chamada “máfia dos sanguessugas”, esquema corrupto que vendeu ambulâncias superfaturadas para o governo.

O escândalo aconteceu durante o governo Lula e ficou conhecido como “Dossiê dos aloprados” porque para se safar, como de costume Lula inventou uma lorota. Tachou de “aloprados” os petistas que negociavam o documento falso criado para favorecer o candidato do PT. A fraude foi em setembro de 2006 e teve a apreensão pela polícia de 1,7 milhão de reais em espécie. Ninguém reivindicou a propriedade da dinheirama, que foi para a União. Em abril de 2017 o ex-executivo da Odebrecht, Luiz Eduardo da Rocha Soares, revelou em delação premiada que o dinheiro era da Itaipava e Odebrecht. Então, quem acredita que tem alguma superioridade moral quando defende Haddad de ataques da campanha de Bolsonaro, lembre-se do dossiê dos aloprados. Existem outras falcatruas petistas em eleições, mas agora voltemos ao incrível enrosco do candidato petista com o exemplar da Bíblia.

Haddad recebeu a Bíblia no Ceará e logo após ela apareceu nas mãos de uma pessoa que o acusa de ter jogado fora o livro. O vídeo já está bombando, com trechos editados em vários outros materiais de ataque ao petista, naquele tom direitista de colocar o adversário contra a religião cristã. Cabe lembrar que esse assunto apareceu depois do próprio Haddad dar aquela mancada de ir comungar em uma missa e ainda levar a tiracolo sua vice comunista Manuela D’Ávila. E antes que alguém venha com bobagens, claro que sou contra esse tipo de ataque político, mas acontece que isso existe. Então que se cuidem. O que não pode é brigar com a realidade. Haddad teria de ter tomado o máximo cuidado com assunto de religião, mas em vez disso inventou uma missa para efeito eleitoral, trazendo exatamente o mote que os seguidores de Bolsonaro precisavam para apontar um suposto ateísmo.

Essa história da Bíblia também é resultado de uma falta de organização e cuidado da campanha petista. Não é só porque o adversário é um militar, mas caberia ter um serviço de inteligência bem ativo, não acham? Era óbvio que tentariam trazer de volta o assunto de religião, que rende que é uma beleza para o adversário do PT. A Bíblia, que aliás é de capa vermelha, foi presenteada a Haddad por um militante de seu partido. A ideia inoportuna, porque o candidato já estava sob ataque depois da ida à missa, lembra até o ditado da corda em casa de enforcado.

Mas vá lá que não tenha sido possível para a equipe evitar o retorno deste assunto que já estava claro que traz dificuldade para a campanha. Ora, então que cuidassem do exemplar da Bíblia. Haddad afirma que furtaram o livro no próprio palanque logo que ele o passou para alguém. E no mesmo dia apareceu o vídeo com a acusação de que a Bíblia foi jogada fora. Pode ser que tenha sido mesmo uma armação. Mas não há nenhuma dúvida de que ocorreu um descuido feio na campanha petista, onde parece haver uma despreocupação até ingênua com o que os inimigos podem fazer.

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Business

© Orlando Pedroso

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Tchans!

Californian fingersnails. © Helmut Newton

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Sinalização de que Bolsonaro pode indicar Moro para o STF desagrada cortes superiores

Segundo magistrado, hipótese é como colocar um soldado para comandar os generais.

A sinalização de Jair Bolsonaro (PSL) de que, se eleito presidente, pode indicar o juiz Sergio Moro para o STF (Supremo Tribunal Federal) não caiu bem nas cortes superiores.

FILA 2 - Segundo um magistrado, não é “normal” a indicação de um juiz de primeira instância para o mais importante tribunal do país.

FILA 3 - Em geral, quando a escolha recai sobre a magistratura, a disputa se dá entre ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça) ou desembargadores de tribunais regionais e de justiça dos estados.

FILA 4 - Levar o juiz ao STF furando fila, diz outro ministro, é como colocar um soldado para comandar os generais.

NUVENS - Bolsonaro ainda cria arestas no STJ: vários dos ministros da corte sonham um dia ir para o STF.

CHUMBO - O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) decidiu pedir proteção à Polícia Federal. Ele foi citado por Bolsonaro em um discurso que o presidenciável fez por telefone, no domingo (21), para seus seguidores na av. Paulista, em SP.

CHUMBO 2 – Bolsonaro disse, dirigindo-se a Lula, que “brevemente você terá Lindbergh Farias para jogar dominó no xadrez”. Afirmou que “esses marginais vermelhos serão banidos de nossa pátria” pois fará “uma limpeza nunca vista na história”, com a polícia fazendo “a lei valer no lombo de vocês”.

CHUMBO 3 – “Foi o discurso de um candidato a ditador. A ideia central foi de eliminação do adversário. É um discurso que autoriza a violência. Me preocupo porque no Rio todos os grupos milicianos apoiam Bolsonaro”, afirma o senador.

ELE NÃO – O secretário de Inovação e Tecnologia, Daniel Annenberg, disse, em suas redes, que votará em Fernando Haddad (PT). Eleito vereador pelo PSDB, ele foi nomeado por João Doria, que se declara entusiasta de Bolsonaro.

MISSÃO IMPOSSÍVEL  – “Não tenho como votar numa pessoa que propaga o ódio e que é a favor da tortura e contra mulheres, negros e LGBTs”, disse ele.

SÓ EU SEI  – Já o prefeito Bruno Covas não diz qual é a sua opção: “O voto é secreto”.

Publicado em Mônica Bergamo - Folha de São Paulo | Com a tag | Deixar um comentário
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