Pandemia (da Internet)

Ontem, quando fui ao banheiro no trabalho, empurrei a porta com o joelho, acendi a luz com o ombro, levantei o tampo do vaso com o pé, acionei a descarga com o cotovelo, abri e fechei a torneira com o antebraço, sequei as mãos sem tocar no secador, puxei a porta com a biqueira do sapato e atravessei os corredores sem tocar em nada. Uma hora depois, avisado por uma colega bastante constrangida durante a pausa do café, reparei que tinha esquecido de guardar o pinto.

Só vacilei nessa parada aí.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
Esta entrada foi publicada em Pandemia da Internet e marcada com a tag , . Adicione o link permanente aos seus favoritos.
Compartilhe Facebook Twitter

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.