Orelhas de livros

Para Viver Um Grande Almoço

Aos poetas interessa a poesia. A poesia é necessária, embora o povo, na sua humildade peculiar, ainda prefira arroz com feijão. Ou no feijão com arroz da poesia.

Nascido em 1968 na pacata cidade de Piraí do Sul, no Paraná, Hilton Baudelaire só percebeu a gravidade do fato ao cometer, aos seis anos de idade, o primeiro soneto.

Único sobrevivente do grupo de paranistas que renovou a poesia e deus às letras nacionais nomes como Périplo Republicano e Sofisma Carvalhaes, só agora tem a petulância de vir a público e mostrar o seu repugnante lirismo incontido.

“Para Viver Um Grande Almoço”, por isso mesmo, só interessa aos poetas. E aos que ainda não almoçaram. Se vocês não sabem, o autor escreve bem. Não alinhava bem as idéias, pensamentos e só exige do leitor concentração absoluta para não perder o fio da meada, se é que existe fio e meada.

Certos romances policialescos são muito mais complicados e frequentam com assiduidade a lista dos mais vendidos. Pedimos desculpas aos leitores.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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