Paulo Leminski, 75 anos

A obra de Paulo Leminski tem duas marcas principais: a força poética e a carga polêmica. Leminski teve uma visão crítica feroz da realidade. Não se limitava ao Paraná – não pode ser visto como um “poeta paranaense”: foi um cidadão do mundo. Sua obra dialoga com autores e ideias de procedências múltiplas. Esse diálogo a elas impõe uma espécie de tremor: Leminski – como as crianças curiosas – gostava de sacudir os pensamentos para descobrir o que transportavam dentro de si.

Foi um homem de espírito exaltado, mas essa exaltação, em vez de ferir sua força poética, a aumentou. Como todo polemista, transformou-se em um personagem da cultura. Não temos, portanto, só uma obra para analisar, mas um personagem para interpretar.

No aspecto do desempenho, teve uma força incomum. Ainda hoje sentimos os efeitos de suas sacudidelas e dos solavancos que provocou no meio das ideias prontas. Revista Ideias|154|Agosto|Travessa dos Editores

Jose_Castell - Matheus-DiasJosé Castello é escritor e crítico literário.Vive em Curitiba

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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