Pensando bem…

Foi o PSDB que abriu no TSE o processo de anulação da eleição de Dilma/Temer, a ser julgado por estes dias. Da chapa inteira, como tinha que ser. O partido, com Aécio Neves, perdera a eleição para Dilma/Temer. Dilma caiu da presidência por impeachment e Michel Temer assumiu, vice que era – with a little help from his friends tucanos. O processo avançou e as provas põem em risco a eleição da chapa, Temer incluso.

O partido agora faz um recuo no processo. Pede ao TSE que poupe Temer. Argumenta que as provas só atingem Dilma. O que mudou? O PSDB. Antes queria a presidência, agora contenta-se com nacos de poder dados por Temer, ministérios que podem cacifar na próxima disputa. Para entender, nada melhor que resgatar a história da mulher que recusava propostas em dinheiro para sexo, e cada recusa só fazia aumentar a oferta.

Quando as propostas atingiram o pico, a resistência caiu por terra, sumiram as sucessivas broncas no sedutor – “quem você pensa que eu sou?”  Ao finalmente ceder à per$istência do sedutor, foi a vez deste responder: “quem você é, nós sempre soubemos; agora eu descobri o seu preço”. Sem ofender a dama, não me surpreenderia se ela fosse tucana. Sabíamos do PSDB. Agora também sabemos o preço.

Rogério Distéfano

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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