A CASA DO DEPUTADO Paulo Maluf, em Campos do Jordão, São Paulo, foi roubada. O ladrão será preso. Qual? O outro.

O JAPONÊS DA FEDERAL, policial que conduzia os presos da Lava Jato, Alberto Yousseff, o réu precursor da Operação, o juiz Sérgio Moro e os procuradores, e outros, tanto presos quanto delatores, publicaram ou irão publicar livros sobre suas experiências. Melhora a literatura, contarão segredos que desvendarão os subterrâneos do Brasil? Não. Mas podem melhorar o mercado editorial, cronicamente raquítico.

O SECRETÁRIO VALDIR ROSSONI, nos finais de semana um youtuber em ascensão, promete acampar em frente à Rede Globo se esta não lhe der direito de resposta sobre as reportagens em que aponta sua participação nos episódios da Operação Quadro Negro.

Com o devido respeito, ele pediu à Justiça? Não é a Globo quem decide sobre o direito de resposta. Agora, entre nós, com ou sem o direito, seria bacana se Rossoni cumprisse o ameaçado, acampar, ainda que ignorando as sugestões em contrário da turma do deixa-disso – e podemos imaginar quem é essa turma.

Seria algo novo, algo convincente, se Rossoni levasse adiante. Pode até engrossar o acampamento com outros supostos caluniados pela Globo. Faria como daqueles acampamentos que os professores montam em frente ao Iguaçu. Aqui sacamos um blefe do secretário: os professores do Paraná, que brigam com o quadro negro, acampariam ao lado para atacar com giz a barraca de Rossoni.

Rogério Distéfano

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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