Retrospectiva do Brasil de 2020

Foi o ano repleto de atenções para Bolsonaro e seus aliados do Centrão que, discretamente, elegeu mais de cinquenta por cento dos prefeitos no Brasil.

A omissão governamental contribuiu para quase 200 mil mortes pela Covid-19.

As fake news da campanha presidencial continuaram com a negação da ciência, das rachadinhas, da corrupção e com frases de impacto.

A troca de ministros da Saúde até a posse de general que atrasou o repasse de verbas do combate à pandemia, tudo isto e mais um pouco, deixam o Brasil em último lugar na fila na vacinação nos países da América do Sul.

Em 2020 ouvimos palavras de ordem ditas pelo Presidente e aliados pelo fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. Até uma noite de fogos de artifício em cima do STF, contra seus ministros, ocorreu.

Caíram as máscaras dos principais paladinos da Lava-Jato, segundo reportagens, planejavam prender dois ministros do STF, assim abririam duas vagas?

Aposentou-se do STF o Ministro Celso de Mello, e demorará algumas décadas para aparecer alguém como ele, naquele local.

Em 2020 o governador justiceiro carioca e o prefeito bispo do Rio de Janeiro foram presos, e os outros em situação semelhante?

Os principais pesquisadores das vacinas contra a Covid-19, nos centros de excelência do mundo, são brasileiros, refugiados do próprio país, que desinvestiu em ciência.

As tribos indígenas, a fauna e a flora brasileira em 2020 foram castigadas com queimadas, a expansão da pandemia, o afrouxamento da legislação ambiental, a grilagem, o garimpo e a ausência da proteção governamental.

Houve retrocessos de toda ordem na legislação trabalhista, sindical, previdenciária, ambiental, da proteção social, da cidadania, nas licitações, no combate à corrupção e nos direitos dos consumidores.

A economia andou para trás, desinvestimentos, queda do IDH, desvalorização da moeda, desemprego de 15 milhões e a velha desculpa de que tudo é fruto de fatores externos e não do desgoverno na economia

Terras brasileiras, estatais lucrativas, jazidas de minérios, águas e energia foram vendidas pelos estados e pela União. Tudo para grandes bancos e grupos estrangeiros.

O Brasil será o último país do mundo a vacinar seus cidadãos isto inaugurou o turismo sanitário dos brasileiros ricos viajando para o exterior para serem vacinados

Coisas boas: houve maior solidariedade entre diversos setores da sociedade, o racismo estrutural veio a público e mais pessoas discutiram o tema.

                2021?

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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