Digital e transal – Estudo de Harvard revela que a atividade digital prejudica a atividade sexual. Bom era antigamente, quando a atividade sexual começava pela atividade digital.

A pastinha do capitão – O Capitão foi ao barbeiro, ontem, para cortar o cabelo. Ele não frequenta cabeleireiro, de clientela unissex, reduto de boiolas. Corte tradicional, o de décadas, com a pastinha*. O corte lembra alguém do passado, um ferrabrás salvador da Europa. (*Penteado em que uma porção de cabelo cai sobre a testa ou na lateral do rosto).

Tiempos revueltos – Renan Calheiros cacifa-se para presidir o Senado novamente. A redenção de Corisco. Seria o herói da resistência ao Messias e seu profeta, o mouro do Ahú.

Árbitro, só o que ajuda – Hoje tem futebol europeu, o único que merece ser visto. Se no Brasil tem, nem conferi. Faltam arte e graça. Queira o pai do messias que não se apresente a seleção bozonárica, onde o time A joga contra o time B, um e outro disputando quem fica fora do banco de reservas.

O time não é um time, são dois, do mesmo clube. Técnicos, são sete, os dois oficiais e os auxiliares, filhos do capitão, mais o próprio e o general que treina para presidir o clube. Os times não se acham em campo, culpa do capitão, ruim na estratégia, péssimo na tática.

Lá do meio de campo ele manda o povo avançar até o gol e quando os atacantes – são 22, os goleiros também saem – chegam na área, depois de driblar todos os zagueiros – perdão todos são zagueiros e atacantes -, o capitão recolhe os times para rearmá-los no meio do campo.

O problema: o capitão só sabe rearmar. Não segue regras, orienta passes, marcação, assistência. Abomina o fair play. Árbitro, só o que o ajuda. Se futebol se passa em campo há de ser batalha campal, jogado com coturnos – que chuteiras, agora até cor-de-rosa, são coisa de fresco.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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