Tempo

Correio dos Ferroviários foi uma revista de publicação oficial interna da RVPSC (Rede de Viação Paraná-Santa Catarina), editada desde outubro de 1933 e distribuída para todas as ferrovias do país e para a administração da RFFSA, chegando a alcançar, em alguns períodos, uma tiragem variável entre 11,5 a 13 mil exemplares. A revista foi fundada por Antônio Dantas, era editada em Curitiba, e tinha tiragem mensal, tendo veiculado até 1973/ 1974. Apresentava notícias nacionais, internacionais e, em especial, aquelas que dissessem respeito à Rede Ferroviária.

Divulgava os “Atos da Diretoria”, a “Caixa de Aposentadoria e Pensão dos Ferroviários” (C.A.P.), crônicas de ferroviários apaixonados pela Rede, dicas de beleza e etiqueta na “Página da Mulher”, aniversariantes do mês, além de prestar homenagens a figuras que foram importantes para a RVPSC.

A partir de 1949, teve início a segunda fase do “Correio dos Ferroviários”, caracterizada pela ausência de propagandas devido à tutela da RVPSC. Reiniciou, assim, a numeração como ano I, em 1949.

Colaboradores

A revista contou, ao longo de sua existência, com a colaboração literária de escritores, poetas, jornalistas e até anônimos, como era o caso das crônicas “Meu Marido Um Ferroviário”, escritas por esposas de ferroviários. Entre os colaboradores mais famosos figuraram: José Petroski, Denisar Zanello Miranda, Nilo Brandão, Euro Brandão, Raquel Prado, Adolpho Werneck, Newton Sampaio, Manoel de Oliveira Franco Sobrinho, Leonor Castellano, Luiz Antônio Solda, Alceu Chichorro, Carlos Klug, Faria Júnior (caricaturas), Helmuth Erich Wagner, além de apresentar textos e poesias de autores como Cruz e Sousa, Raquel de Queirós, e outros.

José Maria Petroski

José Petroski, falecido em 2005, teve entre outras atribuições, como funcionário da Rede de Viação Paraná-Santa Catarina, a gerência da revista “Correio dos Ferroviários”.

Nilo Brandão

O professor de português Nilo Brandão (1895-1967) foi diretor do “Correio dos Ferroviários” entre outubro de 1952 e 1961, e criou as colunas “Nos Domínios da Gramática” e “Corrija se souber”, nas quais, respondendo a perguntas de leitores, transmitia informações gramaticais.

Adolpho Werneck

O poeta, jornalista, humorista e charadista Adolpho Werneck (1877 – 1932) teve vários de seus trabalhos publicados, postumamente, nas páginas do “Correio dos Ferroviários”, inclusive uma homenagem, a poesia “In memoriam” de seu filho, Arion Werneck de Capistrano, na edição de setembro de 1934.

Newton Sampaio

O romance incompleto “Dor”, de Newton Sampaio, tem o único registro na publicação do seu terceiro capítulo, intitulado “Volta ao lar”, no número 9, de junho de 1934, do “Correio dos Ferroviários”. Outro trabalho de Sampaio publicado pelo Correio foi “Carnaval de Camelô”, em janeiro de 1936.

Denisar Zanello Miranda

Engenheiro graduado em 1956 pela Universidade Federal do Paraná, professor, foi editor por mais de 10 anos do “Correio dos Ferroviários”.

Leonor Castellano

Na década de 1930, a escritora e feminista Leonor Castellano dirigiu algumas colunas femininas no “Correio dos Ferroviários”, pertencendo ao Conselho da revista por duas décadas. Atuou na revista ao lado de Ilnah Secundino e Rosy Pinheiro Lima, as três pertencentes ao Centro Paranaense Feminino de Cultura.

Raquel Prado

Jornalista e escritora curitibana, Raquel Prado (1891-1943), teve vários de seus textos publicados no “Correio dos Ferroviários”. .

Luiz Antônio Solda

Luiz Antônio Solda, paulista nascido em Itararé, mudou-se para Curitiba em 1966 e foi auxiliar de escritório na Rede Ferroviária Federal, participando como ilustrador e chargista do “Correio dos Ferroviários”.

Alceu Chichorro

O jornalista, poeta e chargista curitibano Alceu Chichorro (1896-1977) participou do “Correio dos Ferroviários” na década de 1930.

Carlos Klug

Trabalhou durante 35 anos nas áreas administrativas da Rede de Viação Paraná-Santa Catarina (RVPSC) e Rede Ferroviária Federal S.A (RFFSA). Produziu contos, artigos e poemas para jornais e para a revista “Correio dos Ferroviários”, assinando como Carlos Klug, Carlito ou, ainda, usando os pseudônimos “Cirano” e “K.Litto”. Aposentou-se da RFFSA no ano de 1980. Possuía uma grande paixão a filha Perci Cristina Klug, única filha menina de seu segundo casamento com sua segunda esposa Iraci da Silva.

Manoel de Oliveira Franco Sobrinho

Manoel de Oliveira Franco Sobrinho foi um advogado, juiz, jornalista, administrador público, político, professor e escritor que atuou na cidade de Curitiba, escrevendo vários livros na área jurídica. Colaborou com a revista “Correio dos Ferroviários” nos anos 1930.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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