Todo dia é dia

Desenho de Cesar Marchesini
sete de seis
de oitenta e nove
fechem as portas
apaguem as luzes
o poeta jaz num canto
todo em cânticos
silêncio semântico
kamikase do espanto
por um porém
um talvez
quase um acaso
do desencanto
mergulhou fundo
no instante
em que era raso
solda

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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