‘Venha, querida!’

Meu amigo Luiz Renato Ribas Silva, companheiro de tantas jornadas – TV Programas, Guiatur, Programas, Directa e, mais recentemente, o livro “A Pequena Notável”, que narra a história de TV Programas e da televisão do Paraná –, está indignado comigo:

Célio, você prometeu a você mesmo e continua não cumprindo, insistindo no mesmo e insuportável tema político bolsonarista, perdendo seu precioso tempo e comprometendo desconfortavelmente seu fiel leitor. Revolta, reação de nojo, e por ai afora, pouco adiantam. Nada melhor que o desprezo, explorando outros assuntos tão ricos em nostalgia, reconhecimento a méritos de pessoas do nosso e outros tempos, entre outros, mesmo políticos, que tão bem você sabe descrever, dando a essa sua memória cavalar a expectativa de uma leitura, no mínimo mais atraente e, até, divertida. Um abraço, Ribas.”

Concordo com ele. Ele tem razão. Prometi não mais escrever sobre aquele cujo nome não se deve mencionar. Fiz o possível. O leitor é prova disso. Mas, meu caro Ribas, às vezes fica impossível cumprir a promessa. O infeliz está aí no poder, fazendo besteira sobre besteira, prejudicando o Brasil e os brasileiros. Como ficar calado?! Pareceria omissão irresponsável, seja lá o que isso velha significar, como diria o nosso Nelson Padrella. O homem é candidato à reeleição. Tem muito pascácio (o significado disso pode ser encontrado nos dicionários) que ainda acredita nele. O risco existe. É necessário desnudar o elemento à exaustão. Prefiro ver na presidência da República uma das emas que pastam em torno do Alvorada. A Nação não suportará um novo mandato do desditoso (também está no dicionário). Será o Apocalipse, apregoado por católicos e evangélicos.

De todo modo, bom amigo Ribas, vou atendeu ao seu pedido. Pelo menos esta semana. E retornar àquele instante fugaz de graça.

Conhece aquela do paulista que, cansado do mau tempo em São Paulo, resolveu tirar uma folga no Rio com a esposa, só que antecipou-se uns dias à esposa? A estória me foi enviada, para variar, por outro amigo querido, o Márcio Augusto Nóbrega Pereira. É a seguinte:

Quando chegou ao seu quarto no hotel, no Rio, o marido viu que havia ali um computador com acesso à internet. Decidiu, então, enviar um e-mail à mulher. No entanto, ao digitar o endereço, errou uma letra, e a mensagem foi enviada para outra pessoa, uma viúva maranhense, que acabara de chegar do enterro do seu marido. Ao conferir os seus e-mails, ela desmaiou instantaneamente.

O filho, ao entrar em casa, encontrou a mãe desmaiada, ao lado do computador, em cuja tela lia-se o seguinte:

“Querida esposa: Cheguei bem e, embora esteja aqui a poucas horas, estou gostando muito. Você provavelmente se surpreenda em receber notícias minhas por e-mail, mas agora tem computador aqui e pode-se enviar mensagens às pessoas queridas. Já me certifiquei de que está tudo preparado para quando você chegar, na sexta-feira. Estou com muitas saudades suas e espero que a sua viagem seja tão tranquila como está sendo a minha. “Beijos do seu eterno e amoroso marido.

“P.S. – Não traga muita roupa porque aqui faz um calor infernal”.

E então, amigo Ribas, deu, ao menos, para sorrir?

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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