Uiara Bartira comemora 40 anos de trajetória com mostra e eventos

© Isabela Milita

A artista Uiara Bartira inaugura a exposição “O Silêncio e a Eroticidade da Gravura”, dia 10 de agosto, terça, das 10 às 18h, no Museu Municipal de Arte (MuMA),  e celebra a história de 40 anos de sua trajetória. Várias atividades estão previstas para marcar a data.

Por conta da pandemia não haverá evento de abertura da exposição. O momento de confraternização se dará no dia da mesa redonda e lançamento do livro que acontecerá no dia 30 de setembro, quando então, a maioria da população já estará vacinada, em horário ainda a ser determinado de acordo com a bandeira em Curitiba.

A mostra apresenta cerca de 150 gravuras que pontuam os mais de 40 anos da sua trajetória artística – parte do acervo do Museu da Gravura Cidade de Curitiba e da coleção particular da artista, além de obras atuais, com técnicas de Gravura em metal, Litografia, Xilogravura, Monoprint e Fotogravura.

Além da mostra, será lançado um livro que documenta e celebra sua trajetória – que caminha junto à história da arte paranaense- com registros de obras vindas dos acervos dos Museus de Arte Contemporânea do Paraná e de São Paulo (MAC-PR e MAC-SP), Museu Oscar Niemeyer (MON), Museu de Arte Brasileira (FAAP), Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), Museu de Arte de Santa Catarina (MASC), Museu de Arte do Espírito Santo (MAES), Museu de Arte Latinoamericana da Universidade de Essex, na Inglaterra, National Gallery of Camberra, na Austrália e também obras relevantes de coleções particulares.

A publicação conta também com fragmentos de textos críticos já existentes, descrição dos diferentes processos de produção, poemas, etc, além do texto do crítico Agnaldo Farias e texto de apresentação de Margarita Sansone.

Tanto a exposição como o livro ressaltam a importância do trabalho de Uiara Bartira para a gravura brasileira, assim como solidifica toda uma geração pós-moderna que abre o caminho da Arte Contemporânea no Paraná com um legado de rompimento de limites para as novas gerações.

De acordo com o professor José Roberto Teixeira Leite em seu livro “Gravuras do Paraná”, Uiara é a primeira mulher mestra da gravura local, conforme a ordem descrita por ele: Guido Viaro, Poty Lazzarotto, Fernando Calderari, Uiara Bartira e Denise Roman, o que coloca Curitiba como polo da gravura no Estado do Paraná e assim, rompe o eixo Rio/São Paulo nos anos 1980.

Algumas atividades estão programadas durante o período expositivo, de 10 de agostoa 10 de novembro, como visita guiada pela exposição, mesa redonda com convidados, lançamento do livro e palestra, que serão divulgados posteriormente.

A artista Uiara Bartira nasceu em Curitiba e formou-se em Pintura pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP). Estudou Gravura e Pintura com Fernando Calderari e depois concluiu uma especialização em Gravura de Metal e Desenho na The Art Students League e outra em Fotogravura no Bob Blackburn Workshop, em Nova Iorque. Pós-graduou-se em Fotografia e Processos de Construção de Imagens na Universidade Tuiuti do Paraná. Implantou e dirigiu o Museu da Gravura em Curitiba entre 1989 e 1992. Participa de diversas exposições individuais e coletivas e como professora dedica-se a diferentes cursos de teoria e práticas artísticas.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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