Janja é palpiteira, novidade nenhuma, vem do fascinante feminino. Chegada à China, atropelou o arcabouço e a política fiscais, além dos ministros Haddad e Tebet, ao dizer que a recente decisão de taxar o e-commerce e seus gigantes chineses Shoppee e Shein não irá complicar as comprinhas do mulherio caingangue. Logo ela, que se veste de Maria Rendeira. Azar do gambá, como disse a portuguesa ao viajar pra casa com o bicho escondido na calçola. Lula aceita seus palpites felizes em matéria de roupa.
Confiram. Lula já usa saia e blusa, o conjuntinho discreto, casual ortodoxo de blazer-calças; abandonou as camisas fornecidas pela companheira-mulher do senador Jacques Wagner, feitas sob medida na Bahia; repassou aos companheiros catadores os ternos mal cortados, antiquados, saídos do mostruário da Renner. Lula está moderno, contemporâneo, foge do padrão amarfanhado e caipira do Centrão e do estilo pós-udenista do vestuário de Brasília; compõe ternos, camisas e gravatas em tons degradê.
Ao contrário da dupla jeca que o antecedeu, o casal presidencial dá o tom do vestuário da companheirada, que entre o primeiro e segundo turnos correu aos alfaiates para repaginar os guarda-roupas (que os companheiros Gleisi/Lindi já chamam de clôse). Mesmo o ministro Flávio Dino, um Reizinho dos quadrinhos, consegue estar elegante com a pança a desabar nas fivelas. Lula é o amor do homem que ouve a mulher, sua estrela-guia. Disse Bilac, “só quem ama pode ter ouvido capaz de amar e de entender estrelas”.