O casus belli decorreu de ser filmado. No Brasil, como no mundo, a aparência de correção esconde, suaviza e absolve a maior das patifarias. Quebra de decoro, desaforo explícito, logo entra um MP para aparecer e cassar os caras. Modus in rebus, como diria o senador Jorge Kajuru, que tatuou o ex-colega Álvaro Dias nas costas, situação que nós do Insulto consideramos explícita e escandalosa quebra de decoro – do tatuado, não do inspirador, há décadas zeloso de seu decoro.
Se a câmara autorizou voto remoto, é problema do regimento da câmara; não há prova de que os vereadores estivessem de porre quando votaram, pois normalmente fazem coisa pior quando sóbrios, como ofender as mães e assediar mulheres alheias, sem contar as rachadinhas, essa doença infantil e incurável dos vereadores – e alguns presidentes da república. Os respeitáveis edis atuaram premidos pelo prazo de atualizar os ganhos próprios e do prefeito. Uma saudável precaução para não se deixarem cair na tentação das rachadinhas.
Haveria material para despejar aqui a catadupa de coisas corriqueiras e cabeludas da prática legislativa. Até parece que os dois vereadores de Jataizinho votavam direto na zona. Não seria problema pois o vereador faria na profissional o que faz no povo. Se passassem cartão corporativo na moça para lançar a sacanagem em débito orçamentário, não haveria nada diferente do corriqueiro de comprar milhares de pães para um lanche individual.