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Antonio Thadeu Wojciechowski

Ontem, eu e meu filho Alessandro finalizamos a Exposição Beijo de Língua. Última revisão dos painéis. Últimas filmagens. Tudo pronto para a reprodução. Serão 17 painéis de 1,20 m de altura por 0,65 m em madeira dura fabricada com impressão colorida a laser. Além dos poemas, nos painéis haverá um QR code para ver e ouvir Monica Prado Berger interpretando Wislawa Symborska e Emily Dickinson. E Antonio Thadeu Wojciechowski dando voz a Shakespeare, Poe, Maiakovski, Cummings, Yeats, John Donne, Ghandhi, Rimbaud, Baudelaire, Blake, Holderlin.

A Exposição será em abril, na Gibiteca. Logo todos receberão o convite para ver, ouvir e sentir as subversões praticadas por mim neste Beijo de Língua.

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Contravérbios

bione-dois

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Mural da História – René Ariel Dotti por inteiro – parte I

No dia 11 do triste fevereiro, sem vacinas para todos, o professor René Ariel Dotti nos deixou, depois de inúmeras batalhas pela democracia, liberdade e cidadania, sendo que, na maioria esmagadora delas, sagrou-se vencedor.

René Dotti jamais escondeu ou esqueceu a sua origem humilde. Ao contrário, sempre a relembrava, muitas vezes com os olhos marejados. Filho de um pintor de paredes e de uma costureira, nascido e criado num “arrabalde” da cidade, como dizia, muitas vezes reconhecia, com incontido orgulho, que sofria da síndrome da perfeição. E arrematava contando que seu pai jamais havia entregue uma parede sem que a pintura estivesse perfeita e que sua mãe nunca havia dado por completa uma costura que também não estivesse inteirada. Relembrava a infância de apertos, dizendo que nunca havia faltado comida em casa. Contava que desde cedo acordava às cinco da manhã, horário em que toda a família já estava de pé na luta pela sobrevivência. O caminho do arrabalde ao Colégio Estadual (onde fez toda a sua formação pré-profissional) era longo. Tinha que acordar de madrugada e caminhar, não havia dinheiro para o ônibus, depois do café da manhã que a mãe lhe preparava. Guardou o costume de acordar às cinco da manhã por todos os seus 86 anos.

Era marcante quando René relembrava o dia em que o pai chegou em casa com um rádio de válvulas, comprado em várias prestações, numa das lojas do centro da cidade. O aparelho era a atração da casa. Contava que acompanhava, com incontida emoção, o “speaker” narrar os gols do seu Coxa Branca. Imaginava as jogadas conforme o locutor ia narrando. Conhecia o Alto da Glória e pela narração sabia exatamente ao lado de qual publicidade pintada na mureta do estádio o ponta esquerda havia cruzado a bola para o “center-forward” saltar mais alto que os “backs” e colocar a bola nos fundos das redes. Não tinha dinheiro para ir ao Estádio Belford Duarte (antigo nome do Couto Pereira) em dia de jogos, mas nas sextas-feiras, antevéspera de clássico (Atlético ou Ferroviário), cabulava as aulas depois do recreio, ao lado de outros colegas do mesmo credo, e iam ao estádio assistir ao “apronto” ou “coletivo”, como diziam os cronistas da época, entre titulares e reservas. Notava que o treinador colocava o “goalkeeper” titular na equipe dos suplentes, os atacantes titulares sempre exigiam mais do goleiro.

Às vezes, entrava em pânico. Os reservas, querendo mostrar serviço, dividiam pesado e um titular acabava lesionado e era baixa para o domingo. Temia que o substituto não desse conta do recado. Mais tarde, quando já ganhava um “dinheirinho”, passou a frequentar o estádio e percebeu que os “speakers” eram muito exagerados nas narrações que faziam. “A bola passava longe e o sujeito gritava que tinha tirado tinta da trave”.

René relembrava que na adolescência pensou em ser médico. Mais tarde, não tendo condições financeiras para pagar um curso preparatório para as pouquíssimas vagas da Faculdade de Medicina da Federal, a única existente, resolveu arriscar o curso de direito, este sim, com 100 vagas. Não tenho dúvidas que, se médico fosse, teria sido um extraordinário cirurgião, salvo milhares de vidas e com seu extraordinário poder de oratória consolaria os familiares daqueles que não pudesse evitar a morte. René Dotti era um cirurgião da vida, sua inteligência era um verdadeiro bisturi que operava coisas maravilhosas em tudo o que fazia. Continue lendo

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O útil do inútil

SABE esses livros grandes, grossos, coloridos, de papel de luxo com fotos de museus, aqueles, sabe, imóveis e empilhados nas salas de visitas? Ninguém tira da pilha para folhear, e se tirar a dona da casa se contorce, incomodada, tremelicada pela quebra da harmonia sepulcral; tanta proteção e isolamento que as folhas grudam umas nas outras; sua única vantagem constatada está na imunidade às traças. Sabe esses livros, claro que sim, você tropeça neles irritado porque, ainda que perfeitos, a norma vigente doméstica os interdita como apoio para os pés durante o futebol ou para ali deixar em repouso o copo de uísque e a latinha de cerveja. Esses livros, sabe, têm utilidade cultural fundamental, que um dia aparece: nivelar mesas e armários capengas.

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Quando vi a tentativa de crucificar você, Solda, lembrei do Mario Filho

Mario Filho, você sabe, é o brilhante jornalista que deu nome ao estádio do Maracanã e escreveu o clássico “O Negro no Futebol Brasileiro”. Fui na prateleira certa. Descobri que minha segunda edição, de 1964, Editora Civilização Brasileira, capa do grande Eugênio Hirsch, prefácio de Gilberto Freire, está mais atual do que nunca.

Logo na “Nota à Segunda Edição” Mario Filho explica o que é preto e o que não é preto no Brasil. Pelé, por exemplo, não era preto, por mais que fosse chamado de Crioulo e de Negão. Nem Leonidas da Silva. Nem Garrincha.

Escreve Mario Filho, explicando o capitulo que acrescentou à segunda edição: “…diz respeito ao embranquecimento do preto nos clubes que defendem. Um preto do Fluminense não é preto para o Fluminense. É tratado como branco. Pode esquecer-se da cor e dizer como Robson:

– Eu já fui preto e sei o que é isso.

O que vale para o futebol, vale para os outros esportes. Rosa Branca, bi-campeão mundial de basquete em 1963, era branco, assim como brancos são Serena e Venus Williams, do tênis, Tiger Woods do golfe e por ai.

Vale para o shoubis, onde ninguém se lembra da cor do Gilberto Gil, por mais que ele seja pai da Preta Gil. Nem se toca ao chamar o campeão do carnaval deste ano de Neguinho da Beija-Flor.

Vale para o serviço público, do Itamarati ao Ministério do Esporte, ao Judiciário e ao Legislativo. Com isso, estou tentando dizer que o presidente dos Estados Unidos – que veio fazer diplomacia e ajudar as empresas americanas a vender aviões, automóveis e software – é branco.

E Obama fica branquíssimo se considerarmos que leva adiante políticas econômicas e militares de seus antecessores loiros. Tanto que hoje comanda as forças dos EUA nas guerras do Afeganistão e do Iraque e está quase entrando em outra na Libia.

Resumindo tudo: exagera quem vê Obama como um colonialista em estado puro, mas pelo que falou e deixou de falar ele nos tratou, sim senhor, como uma República das Bananas. Você, Solda, está certíssimo na crítica.

Ah, mas teve gente que não entendeu. Houve quem visse racismo em sua charge em vez de sátira política. Acontece.Também houve gente que acusou Cristo de querer dar um golpe e assumir o trono de rei dos judeus.

Se é complicado decodificar palavras, imagine decodificar desenhos – e aí você faz um diagnóstico da nossa imprensa, na entrevista de hoje na CBN com o José Wille. A imprensa perde filtros porque fatura e é obrigada a despedir editores, embora deva produzir diariamente um produto inteligente. O editor está na redação como o volante no jogo de futebol. Para evitar o gol; fazer falta no meio do campo, interromper a jogada, evitar que a bola chegue na área.

Faltou um editor para olhar a charge, mostrar para o subeditor e os dois consultarem o desconfiômetro, verificar o ponteiro quase na faixa vermelha de perigo. E pedir a você uma revisão do trabalho com um recado: “Cuidado, Solda, com essa história de República das Bananas na visita de um presidente que já foi preto”.

O Estado do Paraná|24|03|2011

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Orlando

© Orlando Pedroso

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Trajetórias em territórios afetivos

Abertura da exposição, dia 19 de março, às 17h. Centro Cultural da PUC. Rua Imaculada Conceição, 1155. Todo mundo lá!

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Descultura

Cultura. Incultura. Descultura. A primeira vem daquilo que você sabe que ainda sabe, mesmo já sabendo menos do que antes sabia; por si só, pode nem conter graça nenhuma. A segunda é quando alguém se confunde entre o que talvez saiba e o que certamente nunca soube; em geral não passam de gracinhas desgraçadas. A terceira surge sempre que se cria uma falsa segunda sem ostentar a primeira; pode ir da graçola óbvia ao gracejo sutil. Por onde sigo agora:

Memórias Póstumas de Dom Casmurro
A mais famosa obra de Dyonélio Machado de Assis narra as lembranças de um corno recém falecido, que é cobrado por um leiteiro até no além.
Alice no País dos Bruzundangas
O genial Lima Carrol leva a velhinha Oligarquia pra bagunçar uma fazenda de criação de coelhos ao lado de uma fábrica de baralhos.
Como era verde o meu francês
Família de mineiros de carvão vem da Irlanda para o Brasil e aqui abre o primeiro restaurante para antropófagos numa aldeia indígena.
O Diário de Anne Frank Sinatra
Filha de crooner se esconde por dois anos na bateria anti-aérea de uma big-band formada por músicos nazistas.
Sangue sobre as neves de Kilimanjaro
Escritor fracassado e ferido, hóspede num iglu, prefere fazer sexo com um leopardo congelado que com a mulher do esquimó.
Michael Jackson do Pandeiro
Filho de nordestina inventa show em que masca chicletes e muda a cor da pele enquanto escorrega para trás em cascas de banana.
Jesse James Joyce
Bandoleiro mitológico usa legendas de cartazes de procura-se para contar a incompreensível odisséia de um lingüista de volta à casa.
Ray Charles Chaplin
Comediante cego célebre por usar uma bengala como microfone vira garoto-propaganda de famosa grife de óculos escuros.

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Bolsonaro discute prisão

O ex-presidente Jair Bolsonaro já discutiu com aliados políticos as consequências de uma possível prisão a partir de investigações que correm no Supremo Tribunal Federal. Bolsonaro avaliou em mais de uma reunião que o ministro Alexandre de Moraes busca criar um clima para sua detenção e que agora só avalia o “momento certo”, segundo um membro do PL que esteve em um dos encontros.

O ex-presidente e aliados buscaram, nos últimos dois meses, governadores e parlamentares com interlocução com ministros do STF para “sentir o clima”. Seus advogados também entraram em ação.

A ordem é, após Moraes derrubar o sigilo de depoimentos prestados à Polícia Federal de investigados e testemunhas envolvidos em um suposto plano de golpe nesta sexta-feira (15), insistir no discurso de que as medidas discutidas após a derrota na eleição de 2022 não foram adiante e estavam de acordo com o que prevê a Constituição, já que precisariam do aval do Congresso.

Discussões sobre a postura do ex-presidente diante dos avanços das investigações também voltaram à tona com força nos primeiros meses do ano em reuniões internas. Houve, por um tempo, a dúvida entre integrantes do PL se Bolsonaro deveria convocar manifestações ou se a atitude potencializaria o seu desgaste com a Justiça.

Ficou acordo que o ex-presidente, que está encarregado de ser o principal fiador do partido nas alianças para as eleições municipais deste ano, aproveitaria os encontros para demonstrar a sua força popular como cabo eleitoral.

Nesta sexta, Bolsonaro publicou nas suas redes sociais vídeos de visitas a cidades do Rio de Janeiro, entre elas Maricá, Araruama, Saquarema e Iguaba Grande. Todos com multidões ao seu redor. A ideia é rodar o país.

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Mural da História – 10 de novembro, 2014

torquato-neto-70-anos-22 Logo sobre ideia de Durvalino Couto, jornalista e publicitário.

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Flagrantes da vida real

flagrantesVida de cachorro. © Maringas Maciel

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Desaforismos

gbs© Furnaius Rufus

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Pixiedream. © IShotMySelf

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