Ellen Knox. © Zishy

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Elas

 Ruth Bernhard Double by Marguaretta Mitchell. ©La Petit Mélaconlie

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Boy dodói faz qualquer loucura por amor, desde que seja o amor-próprio

Tente vazar da vida de um homem cis mimado para ver o que acontece

Vi no Instagram da ilustradora e quadrinista Helô D’Angelo que ela, em parceria com a editora Bebel Books, está procurando histórias de mulheres ou pessoas não binárias que já sofreram com o comportamento machista de homens cis. Na mesma hora tive 632 gatilhos. E agora serei obrigada a escrever sobre cada um deles ou não conseguirei dormir.

Uma mulher da minha idade, ao olhar para trás (muitas, infelizmente, ao olhar para o lado), pode muito bem dividir 80% do seu périplo amoroso em clássicas cenas de alto grau de masculinidade tóxica. Só para aquecer a conversa, pensei aqui em alguns personagens típicos que se encaixariam muito bem no livro.

Vamos começar com o tradicional “não sobe que eu te derrubo”, que aparece quando você teve uma semana boa no trabalho, recebeu aumento, foi elogiada pela equipe, ganhou um prêmio, vai fazer uma viagem importante para a carreira. O que o fofo invejoso e inseguro faz com você naquela exata semana? Maltrata, ignora, coloca defeitos no seu cabelo, aperta o gordinho do seu braço, te lembra, do nada, de algum momento em que sua autoestima estava no chão e pergunta como assim você deixou acabar o queijo preferido dele.

Tem também o insuportável “você precisa aprender a se divertir mais”. É quando o cara é o rei das festas, da socialização, dos encontros, do “só mais um copo e já vamos”. E ele, sempre quimicamente alterado, nunca quer ir embora de nenhum evento, por pior que seja. E você até iria sozinha, dane-se, largando o mala na festa, mas ele te segura: “Fica, a gente precisa se divertir mais!”.

E você está exausta porque trabalha muito e ainda cuida da casa, dos cachorros, dos filhos, dos boletos. Tudo isso em proporções —não à toa o feminismo fala tanto sobre carga mental na vida das mulheres— muito superiores às dele.

Mas o entretenimento em forma humana te abraça, simula um air-forrozinho com as ancas e dá aquele sorriso guerreirão de quem se considera um santo por aguentar a sua carinha de adulta cansada: “Você já foi tão legal!”.

Quando era mais nova, cheguei a namorar algumas vezes com o tipo “não sou violento, sou enfático”. Teve socos em volantes, janelas, mesas. Celulares atirados em paredes e no chão. Carros dirigidos em alta velocidade em marginais e rodovias. Gritos e interrupções. Mas ficava tudo na conta da personalidade forte de um homem vigoroso, nunca na do descontrole de um infrator.

Passemos agora para o pavoroso “faço qualquer loucura por amor, desde que seja o amor-próprio”. Nós, mulheres, com a ajuda de terapia, amigos e uns comprimidos de venlafaxina quando a coisa complica, aceitamos com alguma dignidade os 5.279 foras que levamos ao longo da nossa história. Mas tente vazar da vida de um único mimado criado para jamais tirar sua bunda da poltrona de ouro do topo da cadeia alimentar.

Uma vez aturei, durante meses, um maluco me ameaçar e deixar recados no meu celular dizendo que eu era uma vaca manipuladora desgraçada nojenta puta que usava as pessoas para exercer o poder da conquista. Eu só tinha deixado de gostar dele.

Por fim, chegamos ao “cafajeste bacanão e desconstruído pois honesto com suas limitações afetivas”.

É muito difícil categorizá-lo como manipulador ou afetivamente irresponsável, porque ele é o cara que TE AVISA, pelado e no seu colo, que não quer nada com você. E avisa outras 78 pessoas, ao mesmo tempo, que também não quer nada com elas. Avisa inclusive que também não quer nada com todas as suas amigas, das quais ele vai dar em cima na primeira oportunidade, já que te avisou antes.

Mas vamos pensar como seria se o “boa alma indisponível” fosse um batedor de carteira. Ele entra no restaurante e grita “eu gostaria de avisar a todos, porque meu lance é o olho no olho, que a qualquer momento eu posso levar a bolsa de todo mundo e, como estou armado, talvez até matar uns dois ou três”.

Você acharia esse cara menos bandido só porque ele te deu a chance precária e duvidosa de ir embora no meio de um assalto?

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Mural da História

© Glen

Luiz Alberto Borges da Cruz|Curitiba, 1963|2018 – Desenhista autodidata, teve principal influência artistica de ilustradores e quadrinhistas europeus e argentinos de onde se iniciou pela técnica de “bico de pena” e dry-brush. Começou sua carreira artística em 1981 ao participar do Salão Paranaense e do movimento “Moto-Contínuo” e “Bicicleta” junto com vários artistas plásticos e gráficos de Curitiba.

Participou de salões e mostras que se inscreveu e foi premiado no Salão de Novos 1982, nas 38º, 39º, 40º e 42º edições do Salão Paranaense, 2ºJovem Arte Sul – América entre outros. Participou de coletivas em salas da Secretaria de Cultura do Estado e da Fundação Cultural de Curitiba e também de mostras promovidas por estas instituições em outros estados e no exterior (EUA, Polônia, Tchecoslováquia, Bélgica e Austrália) entre 1986 a 1989. Entre 1988 a 1998 atuou como ilustrador free-lance para diversos jornais e publicações de Curitiba e também na Folha de São Paulo (SP).

Em 1991 a 1996 trabalhou como diretor de arte para a Audisom Cine TV (Filmcenter), TV Bamerindus, Rede CNT e várias agências de propaganda sendo premiado com medalha de bronze no Prêmio Colunistas de Propaganda 1996 e ouro no Prêmio Profissionais do Ano (nacional) da Rede Globo com curta metragem de animação em 1997, foi premiado também o Sillicon Graphics Awards. (EUA) com criação e direção de animação por computador sobre Leonardo Da Vinci em 1998.

Como cenógrafo criou e produziu dezenas de cenários para vídeos e filmes comerciais entre 1988 e 2008, paralelamente no teatro criou dezenas de cenários e cartazes para produções de Curitiba. Foi diretor de arte da TV Educativa do Paraná de 2004 a 2009.

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Dilma toma posse como presidente do banco dos Brics e Temer embarca para a China

Lula foi hoje na posse de Dilma como presidente do banco dos Brics em Xangai.

Ao saber que Dilma tinha virado presidente de novo, Temer embarcou para a China. “Vou lá para comprar pastilhas para a garganta antes do imposto”, desconversou, enquanto procurava num dicionário de latim como se escreve “vice-presidente de banco decorativo”.

Por falar nelas, as novas regras de taxação de importados da China promete trazer de volta a moda das roupas rasgadas e puídas – desta vez, porque quem comprava blusinhas baratas todo mês vai ter que usar a mesma até rasgar.

Agora, compras chinesas passam de presas em Curitiba para prisão perpétua em Curitiba.

A taxação também vai dificultar a importação de pano para os apoiadores mais radicais passarem para tudo que o governo faz.

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Fraga

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Stanley Kubrick – selfie

selfie-stanley-krubrickStanley Kubrick era fotógrafo antes de se tornar diretor. Ele tirou esta foto no set de filmagem de O Iluminado (The Shining). Aparentemente,  Jack Nicholson pensou que Kubrick esta fazendo uma foto dele.

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Céline Sallette, atriz do filme “L’Apollonide: Souvenirs de La Maison Close”

L’Apollonide – Os Amores da Casa de Tolerância – O bordel L’Apollonide está vivendo seus últimos dias de funcionamento no início do século 20. Mas é neste mundo reservado que muitos homens se apaixonam e se entregam, tornando-se muitas vezes dependentes das “companheiras”, com quem dividem seus segredos, medos, dores e, claro, o prazer.

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Flagrantes da vida real

Rodrigo Barros del Rey e Samuel Ferrari Lago, Rádiocaos. Entra por um ouvido e não sai pelo outro. © Maringas Maciel

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Censurada!

Sem palavras, nádegas a declarar.

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Tempo

Marinho Gallera, Stellinha Egg e Lindolpho Gaya, 1984.  © M.Campos

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Sergio Mercer, diário de bordo

Houve quem dissesse que, um dia, voamos no Morcego Negro, o jatinho do PC Farias, às expensas do governo Collor: eu, Sergio Mercer e seu bandoneon imaginário rumo ao Planalto Central. Fosse verdade e teria sido uma viagem inesquecível pelo que posso imaginar. Mas pouco acrescentaria ao que tenho para contar acerca dessa que foi nossa maior peripécia.

Alguns anos antes da aventura que nos levou aos bastidores da República do Jet-Ski, é preciso que se diga, eu já havia viajado muitas vezes em companhia do Mercer. Foram viagens mais pedestres, mas justamente por isso muito mais divertidas do que nossa fugaz experiência com o chamado Poder.

Que ante-salas ministeriais poderiam ter sido mais luminosas do que todos os bares por onde acompanhei o cantor e dançarino Sergio Mercer em turnê de uma noite, apresentando impagável improviso jazzístico do samba “Emília”? Que passeio entre repartições públicas teria sido mais inspirador do que nossas freqüentes viagens entre as Mercês do Bar Botafogo e o Bacacheri do Bar Sem Nome?

Nenhum evento da Esplanada, por certo, mais me emocionaria do que ver sair do forno a extraordinária “Marcha do Porco Chauvinista”, interpretada pela dupla de autores, Mercer & Solda, no Bar Rei do Siri. Ou, então, o tango tragicômico que, se a memória curitibana merecer confiança, terá imortalizado esse já desaparecido bar.

Os comediantes federais nada teriam para me oferecer de mais engraçado do que o convite feito pelo Presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Sergio Mercer, para eu escrever, em 30 dias, a revista musical de inauguração do Teatro de Bolso em homenagem aos comediantes municipais. Qual job publicitário proveniente dos meandros da Casa da Dinda poderia ser mais desafiador do que ajudar a dar forma à campanha do “Coração Curitibano”, criada pelo Mercer e pelo Zanoni para o nosso amigo Jaime Lerner?

Em suma, não precisávamos de Brasília para nada. No entanto, ela passou a fazer parte do nosso destino no exato momento em que Alceni Guerra assumiu o Ministério da Saúde e o curitibano Heitor Gurgel do Amaral Valente Neto tornou-se seu assessor especial.

Heitor queria uma grande idéia para a gestão do Alceni e, por isso, resolveu promover um brainstorm na Capital Federal, reunindo Sergio Mercer, Antonio de Freitas, Cleto de Assis e eu. O encontro aconteceu na casa do Cleto, que nos hospedou e recebeu a parte paranaense da República das Alagoas com um jantar capaz de arrancar suspiros do Barão de Tibagy. Naquela circunstância, nosso grupo já havia constituído um pool e o tal do brainstorm não passara da idéia de abrir em nossas cabeças o job psicológico que, sumariamente, solicitava uma proposta de impacto que desse notoriedade ao Ministro da Saúde.

No dia seguinte, vencida a ressaca e com esse job dormindo em alguma dobra da alma, Sergio Mercer e eu embarcamos em um avião da Varig com destino a Curitiba. Em dado momento da viagem, o Mercer sugeriu que pensássemos em algo para as crianças. Eu olhei para ele e provoquei: que tal um Ministério da Criança?

Bem, não é preciso dizer que aterrisamos em Curitiba com o Ministério da Criança completamente concebido. Antes de nos despedirmos, o Mercer lembrou que seria prudente conseguirmos um japonês que transformasse aquela idéia em um projeto. Respondi que não seria necessário, pois eu mesmo poderia fazer esse trabalho. Depois de uma semana de muito trabalho, mostrei o projeto ao Mercer. Ele limitou-se a dizer “eu não sabia que você era japonês”, sentença que nos fez rir mas que muito me lisonjeou. Tal qual saiu de minha máquina de escrever, o Ministério da Criança viajou para Brasília, foi aprovado e implantado em parte.

Na volta da aprovação, o Mercer apenas me disse: “velho, acho que, com essa, viramos Bichos do Paraná”. Ele se referia a um título conferido pelo antigo Bamerindus aos paranaenses que se destacavam nacionalmente em alguma área de atividade.

Não ganhamos o título, o Ministério da Criança ficou muito longe do que sonhamos para ele, não recebemos um tostão do Governo Federal e, ainda por cima, fomos vítimas de uma intriga motivada por nota publicada na imprensa local que reconhecia a mim como o autor único da idéia. O Mercer ficou chateado comigo, mas levou na esportiva. Convocou um encontro dos integrantes do pool em sua agência. Quando entramos na sala de reunião, em todos os lugares da mesa havia uma toalha e uma caixa de lanche com o logotipo da Varig.

Fiquei na minha durante toda a reunião. No final, ao se despedir de mim, o Mercer abriu um sorriso e me disse: “ah, sobre a idéia que tivemos de fazer o Ministério da Criança, vamos fazer o seguinte: você passa um fax para mim e eu passo um fax para você, e fica tudo resolvido”.

Nunca trocamos esse fax. Mas saí de lá pensando: mais do que um sujeito genial, Sergio Mercer é, e provavelmente sempre será, o amigo mais elegante que eu tive em minha vida. Hoje, mais do que nunca, sei que estava certo.

Palavraria

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Correndo o risco

Caneta de retroprojetor sobre papel A|3 – 1980

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